Fanfics Brasil - Capítulo 5 A Química - Adaptação Vondy

Fanfic: A Química - Adaptação Vondy | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 5

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Sua única opção era continuar representando a personagem.

— Estou apenas verificando sua condição. Você não está à beira da morte.

De certa forma, isso era verdade. Os rapazes lá do laboratório podiam muito bem acabar matando esse homem. Pelo menos ela poderia livrá-lo disso. Ainda que... depois que ela evitasse a catástrofe, Christopher Uckermann nunca mais veria o mundo de fora da prisão. O que a deixou...

Um milhão de pessoas mortas. Bebezinhos inocentes. Doces vovós idosas. O Primeiro Cavaleiro do Apocalipse em um cavalo branco.

— Ah, vamos pegar um ônibus também — disse Christopher suavemente.

— Vai nos levar até onde está meu carro. Depois você não vai precisar andar mais.

— Não me importo. Gosto de andar com você.

Ele sorriu com carinho para ela e os pés dele se enroscaram enquanto subia os degraus. Ela o amparou antes que caísse, depois o acomodou no assento mais próximo no ônibus quase vazio.

— Você gosta de filmes estrangeiros? — perguntou ele, do nada.

— Humm, de alguns, eu acho.

— A universidade tem um cinema bom. Talvez, se o jantar der certo, possamos tentar marcar de ler algumas legendas no cinema na próxima vez.

— Vou fazer um trato com você — respondeu ela. — Se você ainda gostar de mim depois desta noite, com certeza vou acompanhá-lo para vermos juntos um filme que não dá para entender.

Ele sorriu, as pálpebras fechando.

— Vou continuar gostando de você.

A situação era totalmente ridícula. Deveria haver um meio de afastar do flerte aquela conversa. Por que era ela que se sentia o monstro aqui? Tudo bem, ela era um monstro, mas já tinha aceitado a ideia, quase completamente, e sabia ser o tipo de monstro necessário para garantir o bem comum. Em alguns aspectos, ela era como uma médica normal — tinha que infligir dor para salvar vidas. Como cortar um membro gangrenado para salvar o restante do corpo. Dor aqui, salvação em outro lugar. E o outro lugar merecia muito mais ser salvo.

Estava só racionalizando, como sempre fazia, para poder tocar a vida. No entanto, ela nunca mentia totalmente para si mesma. Sabia que não existia em alguma zona cinzenta da moralidade; ela existia inteiramente em uma zona negra. E a única coisa pior do que Dulce desempenhar bem o seu serviço era alguém fazê-lo mal. Ou simplesmente ninguém fazer o trabalho.

Contudo, mesmo que abraçasse totalmente o rótulo de monstro, ela nunca foi o tipo de monstro que matava gente inocente. Ela não mataria nem mesmo esse homem imerso na culpa... esse homem que ainda a observava, por baixo dos longos cachos, com os enormes e adoráveis olhos castanhos.

Bebês mortos, entoava para si mesma, como um cântico. Bebês mortos, bebês mortos, bebês mortos.

Ela nunca tinha desejado ser espiã nem trabalhar disfarçada, mas agora percebia que tampouco estava emocionalmente preparada para o trabalho. Pelo visto, tinha solidariedade gratuita em excesso fluindo pelo corpo, o que era mais do que irônico. É por isso que você nunca conversava com seu alvo antes de conversar com ele.

— Muito bem, Christopher, vamos nessa. Consegue se levantar?

— Uhum. Ah, aqui, deixe que eu levo sua mala.

Ele ergueu a mão com fraqueza em direção à mala.

— Já apanhei — disse ela, embora seus dedos na verdade estivessem dormentes ao redor do pegador. — Agora você só precisa se concentrar em se equilibrar.

— Estou cansado demais.

— Eu sei. Olhe, meu carro está bem ali. O prateado.

— Tem uma porção de carros prateados.

Exatamente.

— Está bem aqui. Vou colocar você no banco de trás para poder se deitar. Por que não tira o casaco? Não quero que sinta muito calor. Tire os sapatos, isso mesmo — disse ela, livrando-se de algumas coisas que teria de administrar depois. — Dobre os joelhos para suas pernas caberem. Perfeito.

Christopher ficou deitado usando a mochila como travesseiro, o que certamente não era lá muito confortável, mas ele estava longe de se importar.

— Você é tão legal, Dulce — murmurou, os olhos fechados. — A mulher mais legal que já conheci.

— Também acho você legal, Christopher — admitiu ela.

— Obrigado — disse ele, sem muita clareza, e em seguida adormeceu.



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Autor(a): ana

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Ela rapidamente tirou do porta-malas a manta bege, que era da mesma cor que os assentos, e cobriu o homem. Puxou uma seringa da mala e a aplicou em uma veia perto do tornozelo dele, curvando o próprio corpo para impedir que alguém de fora visse o que ela estava fazendo. Os efeitos da Siga o Líder acabariam em aproximadamente uma hora, e ela precisava que ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • Manuzinhaa Postado em 24/04/2018 - 17:32:56

    MULHER DO CÉU, CONTINUA

  • heloisamelo Postado em 15/12/2017 - 02:20:44

    Contt

  • julianafontes Postado em 13/12/2017 - 05:15:11

    Ansiosa para que o Chris apareçaaaa, continuaaa

  • julianafontes Postado em 05/12/2017 - 01:19:33

    Estou amando demais, continua logooo

  • beatris Postado em 04/12/2017 - 00:51:11

    ctn logo pfv pq eu estou realmente curiosa e levemente perdida...


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