Fanfics Brasil - Capítulo 5 A Química - Adaptação Vondy

Fanfic: A Química - Adaptação Vondy | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 5

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Ela achou que os músculos dele eram mais de atleta do que de frequentador de academia. Nada de formas muito definidas, apenas um alinhamento bonito e suave que indicava uma pessoa ativa sem ser obsessiva.

Girá-lo de bruços foi difícil, e ele caiu no assoalho do carro, entre os assentos. Tinha duas suaves cicatrizes na escápula esquerda, paralelas e do mesmo tamanho. Explorou-as com cuidado, cutucando a pele ao redor, mas não sentiu nada que deveria estar ali, somente a musculatura normal, hipertrofiada.

Logo percebeu que deveria ter tirado a calça jeans antes de virá-lo. Teve que montar em cima dele, deitado daquela forma esquisita, e colocar os dois braços em volta do tronco para conseguir abrir a braguilha. Grata pelo fato de que ele não estava usando um jeans justo, subiu pelo outro lado do banco de trás e puxou a calça pelos pés. Não se surpreendeu ao ver que ele usava boxer em vez daquela cueca menor, em formato de sunga. Combinava com o estilo dele. Tirou a cueca, depois as meias, e em seguida juntou o restante das roupas, caminhou alguns metros para longe da estrada e enfiou tudo atrás de um tronco caído. Fez o mesmo com a mochila. O laptop seria um excelente esconderijo para algum dispositivo eletrônico que alguém quisesse fazê-lo carregar sem saber.

Não era a primeira vez que ela tinha que despir completamente um alvo. No laboratório, havia ajudantes que preparavam o alvo para ela — Barnaby os chamava de subalternos —, mas nem sempre ela estava no laboratório, e durante sua primeira viagem de campo para Herat, no Afeganistão, aprendeu a ser profundamente grata aos subalternos. Despir um homem que não tomava banho havia meses não era agradável — sobretudo quando não havia um chuveiro disponível para ela depois de cumprir a tarefa. Pelo menos Christopher estava limpo. Era ela a única suando a camisa hoje.

Pegou a chave de fenda no porta-malas e rapidamente trocou a placa de Washington por outra que ela havia retirado de um carro semelhante em um ferro-velho da Virgínia Ocidental.

Por via das dúvidas, examinou em detalhes as partes posteriores das pernas, as solas dos pés e as mãos. Ela nunca tinha visto um rastreador nas extremidades, provavelmente porque às vezes eram decepadas quando alguém queria mandar um recado. Não achou cicatriz alguma. Tampouco encontrou calos que sugerissem algum treinamento com armas de fogo ou seu uso com frequência. Ele tinha mãos suaves de professor, apenas com alguns pontos mais rijos que devem ter sido bolhas de trabalho de alguém pouco experiente.

Tentou virá-lo de volta para o assento, mas logo percebeu que era um esforço em vão. Não era uma posição confortável para dormir, mas ele não iria acordar de qualquer jeito. Mais tarde ficaria dolorido, embora fosse completamente absurdo chegar a pensar nisso.

Enquanto ajeitava a manta e cobria o corpo dele da melhor maneira possível, ela construía uma história a seu respeito a partir dos documentos que havia lido e da evidência diante de si.

Ela acreditava que Christopher Uckermann era, em geral, o homem que ela via agora, o rapaz agradável e com muitas qualidades. A atração pela ex-mulher mesquinha era compreensível. Devia ser fácil se apaixonar por ele. Depois de algum tempo, o suficiente para se habituar ao amor, a ex teria mudado seu foco para as coisas que não possuía — o apartamento confortável, o anel vistoso, os carros. Provavelmente ela sentia saudades desse lado de Christopher agora. Era a grama do vizinho sempre mais verde ou coisa parecida.

No entanto, havia também escuridão em Christopher, enterrada lá no fundo, talvez nascida da dor e da injustiça de ter perdido os pais, agravada pela traição da mulher e depois inflamada pela perda do último membro da família. Essa escuridão não viria à tona facilmente. Ele a dividiria, a manteria afastada de sua vida refinada e a enfiaria à força em espaços sombrios, onde iria permanecer. Não era de admirar que ele falasse do México com tanta alegria. Ele teria dois Méxicos: o feliz, que o professor adorava, e o perigoso, onde o monstro crescia. Provavelmente ocupavam lugares separados em sua cabeça.
Ela tinha esperanças de que ele não fosse um psicopata genuíno. Apenas um homem dividido que não queria abrir mão da pessoa que acreditava ser, mas que necessitava do escape que a escuridão lhe oferecia.



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Autor(a): ana

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Sentiu-se reconfortada com essa avaliação, que mudou um pouco seu plano. Havia um grande componente de espetáculo no que ela fazia. Para alguns alvos, um personagem mais clínico e sem emoção funcionava melhor — jaleco branco, máscara cirúrgica e aço inoxidável —; para outros, era a ameaç ...


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Comentários do Capítulo:

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  • Manuzinhaa Postado em 24/04/2018 - 17:32:56

    MULHER DO CÉU, CONTINUA

  • heloisamelo Postado em 15/12/2017 - 02:20:44

    Contt

  • julianafontes Postado em 13/12/2017 - 05:15:11

    Ansiosa para que o Chris apareçaaaa, continuaaa

  • julianafontes Postado em 05/12/2017 - 01:19:33

    Estou amando demais, continua logooo

  • beatris Postado em 04/12/2017 - 00:51:11

    ctn logo pfv pq eu estou realmente curiosa e levemente perdida...


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