Fanfics Brasil - Capítulo 7 A Química - Adaptação Vondy

Fanfic: A Química - Adaptação Vondy | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 7

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— Centenas de milhares de pessoas, Christopher — prometeu ela, tão séria quanto ele. Também usou a terceira pessoa: — Ele tem acesso a um vírus mortal e vai espalhá-lo a mando de um chefe do tráfico psicopata. Ele já tem hotéis reservados... no seu nome. Fará isso em três semanas.

— Não acredito — sussurrou.

— Também não quero acreditar. Esse vírus... é bem ruim, Christopher. Vai matar muito mais gente do que uma bomba. Não há como controlar a forma como ele se alastra.

— Mas como ele poderia fazer isso? Por quê?

Nesse ponto, ela estava quase sessenta e cinco por cento convencida de que não estavam falando sobre uma das múltiplas personalidades de Christopher.

— É muito tarde para isso. Só o que importa agora é detê-lo. Quem ele é, Christopher? Me ajude a salvar essas pessoas inocentes.

Um tipo diferente de agonia contorceu suas feições. Ela já havia visto isso antes. Se fosse outro alvo, ela saberia que o seu desejo por se manter leal estava em conflito com o desejo de evitar mais tortura. No caso de Christopher, ela preferia achar que a batalha era entre lealdade e querer fazer a coisa certa.

Na perfeita quietude da noite, enquanto esperava pela resposta dele, através da espuma que só deixava passar ruídos fracos, ela claramente ouviu um pequeno avião turbo-hélice acima deles. Bem perto.

Christopher olhou para o alto.

O tempo passou mais devagar enquanto ela analisava.

Christopher não parecia surpreso ou aliviado. O barulho não lhe pareceu sinalizar nem resgate nem ataque. Ele apenas o percebeu, como quem percebe um alarme de carro disparado. Nada relevante para ele, apenas uma distração momentânea.

Parecia que ela estava se movendo em câmera lenta quando deu um salto e correu para a mesa para pegar a seringa de que precisava.

— Você não precisa fazer isso, Dulce — disse Christopher, resignado. — Eu vou falar.

— Shh — sussurrou ela, inclinando-se por cima da cabeça dele enquanto injetava a droga; dessa vez no acesso do soro. — Agora só vou colocá-lo para dormir. — Ela deu tapinhas na bochecha dele. — Sem dor, prometo.

Um brilho de compreensão se revelou em seus olhos quando ele ligou o som ao comportamento dela.

— Nós estamos em perigo? — sussurrou de volta.

Nós. Hum. Outra escolha de pronome interessante. Ela nunca tivera um alvo como este antes.

— Não sei se você está em perigo — retrucou ela enquanto os olhos dele se fechavam. — Mas eu com certeza estou.

Houve um impacto violento, não logo do lado de fora do celeiro, mas perto demais para o gosto dela.

Ela colocou a máscara de gás no rosto dele, depois vestiu a sua e aparafusou o cilindro. Dessa vez não era treinamento. Ela deu uma olhada no computador — ainda faltavam cerca de dez minutos. Não tinha certeza se era suficiente, então apertou a barra de espaço. Depois apertou um botão na caixinha preta, e a luz na lateral começou a piscar depressa. Quase como um reflexo, cobriu Christopher de novo com o cobertor.

Apagou as luzes, de modo que o aposento ficou iluminado apenas pelo brilho branco da tela do computador, e saiu da tenda. Dentro do celeiro, tudo estava escuro. Ela tateou, com as mãos estendidas, até encontrar a bolsa perto da cama dobrável e, guiada pelos anos de prática, montou às cegas todo o seu aparato de segurança facilmente acessível. Enfiou o revólver na parte da frente do cinto. Pegou uma seringa na bolsa, espetou-a na coxa e apertou o êmbolo. Preparada na medida do possível, engatinhou até o canto nos fundos da tenda e se escondeu onde sabia que estaria a sombra mais profunda caso alguém entrasse com uma lanterna. Pegou o revólver, tirou a trava de segurança e o segurou com as mãos. Depois encostou a orelha na junção da tenda e apurou os ouvidos, esperando alguém abrir a porta ou uma janela do celeiro, e morrer.

Durante os vagarosos segundos de espera, sua mente disparou em mais análises.

Não era uma grande operação chegando para capturá-la. Nunca uma equipe de extração ou de eliminação que se preze anunciaria sua chegada com um avião barulhento. Havia formas melhores, formas mais silenciosas. E, se fosse uma equipe grande, estilo SWAT, enviada atrás dela sem instruções específicas, apenas abrindo caminho de repente, teria vindo de helicóptero. Pelo som, o avião parecia bem pequeno — três lugares no máximo, provavelmente dois.

Se mais uma vez um assassino solitário estivesse vindo pegá-la, como sempre fora o caso, ela não sabia o que esse cara achava que estava fazendo. Por que ele se anunciaria? O avião barulhento era a atitude de alguém que não tinha muitos recursos e estava com muita pressa, alguém para quem o tempo era muito mais importante do que uma ação camuflada.

Quem seria? Não era De la Fuentes.

Antes de tudo, um pequeno avião turbo-hélice não parecia o modus operandi de um chefe do tráfico. Ela imaginava que, com De la Fuentes, haveria uma frota de utilitários pretos e uma porção de assassinos com metralhadoras.

Além disso, ela tinha um pressentimento sobre aquele alvo.

Não, ela não era um detector de mentiras. Bons mentirosos, mentirosos profissionais, podiam enganar qualquer um, ser humano ou máquina. O trabalho dela nunca fora adivinhar a verdade a partir de contradições intrincadas ou de olhares evasivos do alvo. O trabalho dela era quebrar o alvo até não restar nada, a não ser carne submissa e uma história. Ela não era a melhor porque conseguia discernir a verdade da mentira; era a melhor porque tinha um talento natural para avaliar as capacidades do corpo humano e era um gênio com uma proveta. Ela sabia exatamente quanto um corpo poderia aguentar e como levá-lo até esse ponto.

Então, pressentimentos não eram o seu forte, e ela não se lembrava da última vez que havia sentido algo assim.

Ela acreditava que Christopher estava falando a verdade. Era por isso que esse exercício com ele a incomodava tanto — porque ele não estava mentindo. Não era De la Fuentes vindo atrás dele. Ninguém estava vindo atrás de Christopher porque ele não era nada além do que dizia ser: um professor de inglês e de história e um técnico de vôlei. Quem quer que estivesse chegando estava atrás dela.



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Autor(a): ana

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Por que agora? Será que o departamento a estava rastreando o dia inteiro e só a encontrara agora? Será que estavam tentando salvar a vida de Christopher, tendo percebido tarde demais que ele não era o cara? Sem chance. Eles teriam sabido disso antes de armar tudo. Tinham acesso a informações demais para serem enganados assim. O arqui ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • Manuzinhaa Postado em 24/04/2018 - 17:32:56

    MULHER DO CÉU, CONTINUA

  • heloisamelo Postado em 15/12/2017 - 02:20:44

    Contt

  • julianafontes Postado em 13/12/2017 - 05:15:11

    Ansiosa para que o Chris apareçaaaa, continuaaa

  • julianafontes Postado em 05/12/2017 - 01:19:33

    Estou amando demais, continua logooo

  • beatris Postado em 04/12/2017 - 00:51:11

    ctn logo pfv pq eu estou realmente curiosa e levemente perdida...


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