Fanfic: Tosic, a Origem. | Tema: Espaço

*GRAVAÇÃO INICIADA*

Lucas de Almeida Silva. É, esse é meu nome. Meu nome na Terra. Aqui fora eu me chamo Hanzo. Aqui fora onde? Bem, no espaço. Em qualquer planeta que você imaginar e que você não imaginar. Eu sou o que você pode chamar de Estratégico, Esperto, Astuto e até mesm-

Ladrão! - Gritou o segurança da Exposição de Jóias Raras de Oxyris - É ele mesmo! Foi ele quem pegou as pérolas do Arquiduque! Atirem pra matar, rapazes!

*GRAVAÇÃO PAUSADA*

EU IA DIZER GÊNIO! GÊNIO!!! E NÃO LADRÃO - Disse Hanzo, enquanto corria e se protegia dos tiros. - Qual é, tu estragou minha introdução cara.

Hanzo, sendo perseguido por quase senão todos os seguranças da Exposição, tenta escapar correndo em direção a sua nave chamada Priority.

*CONTINUANDO GRAVAÇÃO*

Essa aqui é minha bebezinha! Ela era so uma navezinha qualquer antes de eu "pegar ela emprestada" de uns jargonianos e fazer umas modificações, mas agora...

Hanzo abre a entrada de sua nave e pula em direção ao banco do piloto, fechando a porta e saindo do planeta numa velocidade altíssima. - É disso que eu to falando, essa belezinha voa pra um caralho.

Muito bem rapazes, voltem à exposição. - diz o oficial dos seguranças - Desgraça, ja é a segunda vez no mês que esse Hanzo rouba uma pedra rara da exposição. Eu vou muito ser demitido agora.

Bem, agora que eu to mais seguro, vou contar minha história pra vocês rapaziada.

Como ja disse, sou da Terra, único lugar que fabrica essa espécie idiota chamada Seres Humanos. Nasci em São Paulo, abandonado pela mãe desde o nascimento e pelo pai aos 2 anos, mas pelo menos o velho teve a decência de me colocar em um orfanato. Cresci junto de várias outras crianças pestes como eu, mas dentre elas so eu me destacava. Desde pequeno eu pegava os brinquedos dos meus irmãos para mim, deve ser um dom, sei lá. Na escola, matava aula pra me aventurar pelo parque. Eu ia pra detenção pelo menos duas vezes por semana.

A Dona Marla, que cuidava de nós no orfanato, era a melhor mãe que qualquer um ali podia ter. Ela defendia seus filhos a qualquer custo, mas sabia botar a gente na linha quando precisava. Ah, como eu amava essa mulher.

A Marla foi pega pelo famoso "câncer" aos 58 anos, quando eu tinha praticamente acabado de fazer 16. Eu nao queria ficar de luto, nao queria aceitar que a mulher que me viu crescer no decorrer do tempo tinha ido embora. Entao eu fugi. Que nem um bebê choramingando, sai correndo sem rumo pelas ruas, até que parei num campo de futebol a céu aberto. Sentei la e fiquei pensando no que eu ia fazer sem a Marla, como seria minha vida sem ela pra me guiar ou dar conselhos. Foi ai que eu comecei a ouvir uns zumbidos estranhos ficando mais altos a cada segundo.

Foi aí que tudo mudou pra mim.