Fanfic: O Enigma do Medalhão *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
"Anahí viu-se num salão de baile, em meio a um grande grupo de pessoas.
Uma pequena orquestra tocava um jazz animado, e a música misturava-se ao som de vozes e risos.
Homens fumavam charutos, mulheres fumavam cigarros colocados em piteiras enfeitadas com pedras preciosas.
Todos vestiam modelos elegantes dos anos 20.
No centro do salão, casais dançavam sob a luz brilhante lançada por um grande e luxuoso lustre feito de centenas de pingentes de cristal.
Como que surgido do nada um homem parou ao lado de Anahí, que também usava roupas no estilo em voga nos anos 20.
Ela estremeceu diante da intensidade do olhar que o desconhecido lhe dirigiu.
Será que o conhecia? Nunca o vira antes, embora o rosto lhe parecesse familiar.
Ou melhor, muito mais que familiar, ambos tinham um passado em comum.
Confidências, segredos, intimidade... O olhar do desconhecido revelava tudo isso.
No entanto, mesmo que a expressão dele não houvesse revelado nada, Anahí teria adivinhado que laços fortes os uniam, pois jamais se sentira como se sentia agora perto de qualquer outro homem.
Os olhos do desconhecido, verdes, estreitaram-se. Uma expressão de zanga surgiu no rosto másculo, atraente.
"Por quê?", Anahí teve vontade de perguntar. "Por que está zangado comigo?"
O traje que o homem usava era tão elegante quanto o dos outros convidados da festa, mas de algum modo Anahí adivinhou que ele não estava à vontade ali na festa.
O desconhecido possuía uma aura de força e rusticidade que as roupas civilizadas não conseguiam disfarçar.
E fora justamente essa aura que atraíra Anahí desde a primeira vez que o vira.
"Primeira vez? Mas esta era a primeira vez que o via, não era?"
Os convidados da festa dançavam, conversavam e riam, mas o homem continuava sério.
"Diga logo!", Anahí teve vontade de gritar. "Por que está me olhando desse jeito quando sei que você não me odeia? Ao contrário, você me ama!"
A visão desapareceu tão depressa quanto surgira, e o rosto do homem pareceu partir-se em mil pedaços diante dos olhos de Anahí.
Ela gemeu baixinho, dominada por uma profunda sensação de perda.
"Volte! Não me abandone!"
Anahí retornou à realidade com a impressão de que fora atingida por um raio.
Deixando os braços caírem ao longo do corpo, deu dois passos para trás.
Ofegante, sem conseguir respirar direito, fitou a porta de entrada da mansão com os olhos cheios de lágrimas.
Confusa e assustada, virou-se e começou a correr na direção do seu carro, sem enxergar nada do que a cercava.
Abriu a porta do automóvel com mãos trêmulas, jogou-se no banco do motorista e, depois da terceira tentativa, conseguiu enfiar a chave na ignição.
Enxugou as lágrimas que lhe escorriam pelas faces, tentando entender o que acontecera.
Tivera uma visão, ou sofrera uma alucinação?
Quem era o homem que vira?
Sabia que não o conhecia, mas ao mesmo tempo sabia que o amava!
Oh, céus, que loucura!
Anahí deu partida no motor e engatou a primeira marcha, sem conseguir tirar do pensamento a imagem do desconhecido de olhos verdes.
Antes de pôr o carro em movimento, avistou a mansão pelo espelho retrovisor.
Uma espécie de paralisia a dominou.
De algum modo o homem misterioso estava ligado à mansão. E estava ligado a ela, também.
Mas como?
Como que hipnotizada, Anahí desligou o carro e virou-se para trás para observar melhor a mansão.
Será que encontraria alguma resposta lá dentro?
— A mansão demorou cinco anos para ficar pronta. — disse Betty, a guia turística. — O projeto foi executado por um conjunto de arquitetos de renome internacional, e os melhores artesãos do país foram contratados para trabalhar na construção. O Sr. Tremayne tinha gostos caros e era exigente, sempre fazia questão do melhor. — ao terminar de falar, a guia apontou para o teto.
Anahí e os outros turistas olharam para cima e soltaram uma exclamação de surpresa e admiração.
O teto inteiro era folheado a ouro!
A mansão era uma verdadeira "arca do tesouro".
O grupo de visitantes do qual Anahí fazia parte já se deslumbrara com vários outros cômodos da residência.
A imensa cozinha onde podiam ser preparadas refeições para centenas de convidados, salões cheios de quadros e esculturas de preço inestimável, aposentos decorados com belíssimos e luxuosos móveis...
No escritório, Betty chamara a atenção dos turistas para um grande retrato no qual apareciam Carlos e sua primeira mulher, Virgínia.
Carlos era mostrado de pé, numa postura rígida, ao lado da mulher, que estava sentada numa cadeira com as mãos cruzadas sobre o colo.
Virgínia era atraente, mas a boca de lábios finos e os olhos cinza expressavam frieza.
E Carlos não era o homem que aparecera na estranha visão de Anahí, como ela havia imaginado antes de ver o retrato.
Desde então Anahí passara a observar com cuidado todos os outros retratos em exposição na mansão, na esperança de encontrar o tal homem, mas ainda não o vira.
O que ela desejava, no fundo, era uma explicação para a visão que tivera.
Talvez já houvesse visto o retrato do desconhecido em algum lugar e enterrado a imagem dele no subconsciente.
Talvez a "Tremayne Gazette" tivesse publicado uma reportagem com fotos sobre a história da mansão, quem sabe?
Nas primeiras semanas após o ataque cardíaco do pai, Anahí procurara distraí-lo lendo o jornal para ele. Desse modo, era possível que tivesse visto a fotografia do homem no jornal, não era?
Mas como poderia ter esquecido um rosto tão marcante? Que mulher não se lembraria daqueles enigmáticos olhos verdes, mesmo tendo-os visto numa foto granulada em preto e branco?
Interrompendo os devaneios de Anahí, Betty, que mais de uma vez lançara olhares curiosos na direção dela, conduziu o grupo até uma sala de jantar com paredes revestidas de painéis de mogno.
Uma imensa lareira de pedra encimada pelo brasão da família Tremayne ocupava boa parte de uma das paredes, diversas peças de porcelana estavam expostas em cristaleiras bem iluminadas.
Em seguida, a guia turística levou os visitantes para a ala dos aposentos particulares da família.
O quarto de Carlos era o cômodo mais impressionante da mansão, todo decorado com móveis em estilo barroco inglês.
Duas poltronas ladeavam uma pesada arca de nogueira.
A cabeceira da cama era ornamentada por um delicado trabalho de marchetaria.
Tocheiros italianos iluminavam uma coleção de vasos chineses dispostos sobre uma cômoda entalhada.
O grupo de turistas percorreu mais uma série de aposentos, incluindo um andar inteiro de quartos de hóspede, antes de chegar ao último cômodo a ser visitado.
— Carlos Tremayne pediu que os arquitetos fizessem nessa sala uma cópia de um aposento de um castelo medieval construído na Europa por um de seus ancestrais. — informou Betty aos turistas. — Estão vendo a lareira? — a guia entrou no "buraco" formado pelas altas paredes de pedra, onde uma pessoa de tamanho médio podia ficar de pé sem problemas. — Reparem que há uma porta escondida, aqui. Ela leva aos túneis que Carlos mandou abrir durante a construção da mansão. Existem outras entradas para os túneis, incluindo uma na casa de hóspedes.
— Eu já tinha ouvido falar nos túneis. — comentou uma mulher de meia-idade. — Parece que eles eram usados para esconder tonéis de uísque durante a época da Lei Seca.
— A senhora está enganada. — disse Betty. — Lembre-se, Carlos foi o fundador da cidade. Ele servia bebidas alcoólicas em todas as festas que dava, sem fazer nada para esconder tal fato. Isso significa, é claro, que os túneis não foram abertos para esconder tonéis de uísque, e sim por uma questão prática. Muitos dos quadros e esculturas que enfeitam a mansão foram produzidos num ateliê que Carlos mandou erguer na propriedade para os artistas contratados. Quando completavam suas obras os artistas as traziam para a mansão através dos túneis, para evitar que elas fossem danificadas pela poeira, pelo sol ou pela chuva. Depois que a construção da mansão terminou, os túneis raramente foram usados.
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
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A mulher de meia-idade franziu a testa, parecendo não gostar de ter sido contrariada. A seguir, declarou: — Mas eu ouvi dizer que o gângster Pretty Boy Floyd matou um homem aqui na mansão por causa de um jogo de pôquer, e depois arrastou o corpo através dos túneis e o jogou num dos lagos. — Isso não passa de mero ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 46
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lara_rbd Postado em 27/12/2017 - 04:53:52
Caramba, não sei nem o que falar dessa fanfic, que história maravilhosa, realmente estou sem palavras. Que pena que a história já acabou foi tão rápida, parabéns a história é perfeita e também combinou perfeitamente com Los A.!
Mila Puente Herrera ® Postado em 27/12/2017 - 20:57:12
Uou fico muito contente :3 Eu digo que os livros me escolhem, sempre leio e acho a cara deles :3
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Nandacolucci Postado em 27/12/2017 - 01:41:59
NOSSAAAAAAA UMA DAS MELHORES ESTÓRIA QUE JÁ LI <3 sério não sei nem o que dizer desses últimos cap's cada um traz um mistério e um segredo revelado diferente, e a Mia é a avó da Anny por isso a semelhança agora tá explicado, e eu fiquei com a cara no chão QUANDO O ALFONSO VAI PARA O FUTURO NOSSA MANO NÃO TÔ ACREDITANDOOO eles ficaram juntooos <3 TÕ SURTANDO SÉRIÃOOOOOOO. e agora não odeio mas tanto o Carlos e agora gosto da Mia <3. Não queria que a estória terminasse :( AMEEEEEEEEEEI MUITÃO AQUI VOU SENTIR SAUDADES DE FICAR SUPER CURIOSA PRA VER O QUE IA ACONTECER NO PRÓXIMO CAP. </3 <3
Mila Puente Herrera ® Postado em 27/12/2017 - 20:56:07
Fico MUITO feliz :3 Sim, são muitas revelações... KKKKKKKKKKKKK Mas é CLARO que eles tem que ficar juntos no fim u.u KKKKKKKKKKKK Essa história deixa a gnt bipolar :3 Tmb vou sentir falta de ver vocês surtando KKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 26/12/2017 - 21:11:45
O que dizer dessa história? Simplesmente amei !!!, adorei ficar morta de curiosidade a cada capítulo, tentando descobrir pq Anahi parecia com Mia. Amei a história fazer eu sentir raiva de Mia e no fim ficar do lado dela <333. Poncho e Anahi juntos no futuro aaaa *-----*
Mila Puente Herrera ® Postado em 27/12/2017 - 20:54:15
Ainnnnnnnn fico super feliz <3
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ponnyforever10 Postado em 26/12/2017 - 12:41:14
Estou chocada e com mais ódio do Carlos. Mia vó da Anahi :0. Por isso tão parecidas. Ai que história triste dos avôs da Anahi :(, final trágico o dos dois :(. Anahi vai ter que voltar para o futuro quero Poncho indo junto.
Mila Puente Herrera ® Postado em 26/12/2017 - 20:28:00
KKKKKKKKKKK Do Carlos a gnt só acrescenta o ódio a cada página KKKKKKKKKKK Exatamente :3 Pois é, pelo menos se amaram :/ Veremos...
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Nandacolucci Postado em 24/12/2017 - 01:04:37
essa estória me deixa numa montanha russa de sentimentos tá tudo lindo e fofo maravitop com a Anahi e Alfonso, ai depois quero matar esse idiota do Carlos, não sei se gosto ou não da Mia tá complicado kkkkk, quem diria que a paixão da Mia era um garoto religioso CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAA
Mila Puente Herrera ® Postado em 25/12/2017 - 23:18:32
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Ficamos assim mesmo... Carlos a gnt fica arrependida de ter ficado com dó dele lá no começo, e Mia a gnt gosta, só tirando oq ela fez com o Poncho :/ Pois é, como ela contou no diário ngm acreditaria nela com um religioso :3
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lara_rbd Postado em 23/12/2017 - 04:51:35
Que história maravilhosa, louca para ler o próximo capítulo. Leitora nova, Posta mais!
Mila Puente Herrera ® Postado em 25/12/2017 - 23:17:12
Bem vindaaaaa 0/ Sim, a história é muito boa e ficamos vidradas a cada capítulo :3
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ponnyforever10 Postado em 22/12/2017 - 22:07:25
Ai que lindo Anahi e Poncho dizendo que se amam <3333. Ele chamou ela de Anahi nem acredito :))). Que nojo do Carlos, ele odiava a Mia mesmo hein, coitadinha :(, ele acha q fez um favor para o Poncho !!, raiva dele. Ai tbm me emocionei igual Anahi pelo menos mia pode ter o prazer de encontrar alguém q valorizasse ela *---* .
Mila Puente Herrera ® Postado em 25/12/2017 - 23:16:32
Lindos demais né? <3 A gnt tem muita raiva dele quando descobre a versão da Mia :/ Pois é, a bichinha pode ser feliz por um curto período :/
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Nandacolucci Postado em 21/12/2017 - 23:01:24
nossa pelo que está escrito no diário o Carlos era péssimo pai para a Mia e vejo que a esposa dele não fazia nada tava nem ai também, mas a Mia fez uma péssima escolha usando o Alfonso pra chamar a atenção do Carlos, adoreeeeei essa cena que Z Anahi fez kkkkkk. ai alguém para esse Nico CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAA
Mila Puente Herrera ® Postado em 22/12/2017 - 21:37:39
Eles eram péssimos pra ela, e pior foi ela ter se apaixonado pelo Carlos... Claro, Poncho não merecia, teve uma vida difícil tmb :/ Todas amamos ela *vingando* a Mia :3 Será que alguém para ele? :x
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ponnyforever10 Postado em 21/12/2017 - 21:09:06
Bom agora não odeio mais a Mia, claro tenho raiva pelo que ela fez com Poncho: (, mas ódio eu to do Carlos, a mia era só uma criança tadinha, fez ela se sentir um nada :0,. Amei a Anahi fazendo Carlos passar vergonha pelo menos vingou um pouco a Mia :)). Anahi entendeu pq veio para o passado, e a gente tbm né kkk
Mila Puente Herrera ® Postado em 22/12/2017 - 21:35:55
Pesado a vida dela né? Um criança... Isso não passa pq apesar de tudo Poncho é bolinho KKKKKKKKKKK Exatamente, é tudo culpa dele u.u SIM <3 CLAROOOOOO
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Nandacolucci Postado em 21/12/2017 - 00:00:52
eles ficaram juntos <3 AAAAA. menina a Anahi tá só o Clay de Os Treze Porquês nunca vai cicatrizar a testa e acaba se machucando mais coitada kkkk . CHOCADA que o babado da Mia é que ela fico gravida será que era do Alfonso?? :O .que empregada entrometida já tinha demitido essa fofoqueira fica se metendo onde não é chamada. CONTINUAAAAAAAAAAAAAA (desculpa o sumiço fiquei um pouco ocupada com esse final de semestre escolar mas já estou de volta e agora pra ficar, finalmente já estou de férias)
Mila Puente Herrera ® Postado em 21/12/2017 - 20:41:19
Ficaram <3 KKKKKKKKKKKK Pelo menos a dela não muda de lugar igual a dele KKKKKKKKKKKK Veremos... Não é? MUITO sem noção ZzzzZzz Nem me fale, graças a Deus tô de férias da Universidade :3