Fanfic: ModernTales | Tema: Yaoi, Lemon, Homossexualidade, Adolescência, Problemas, Disney, Genderbend
??? Pov
Era uma vez. . . Uma terra encantada, repleta de magia e felicidade. . . Afs, sério isso? Não tem essa de magia e gente alegre não, cara! Aqui é Brasil, p*rra! Além disso, nossa história não começa assim! Ela começa numa cidade em São Paulo, onde nove garotos que estão sempre se metendo em confusão e, por ironia do destino, um desses embustes em forma de humano. . . Era eu: Arion Burrell.
Sem nada a declarar, mas eu era um aluno meio-à-meio, tinhas notas boas, mas o que têm de mal em aprontar algumas vezes? Afinal, só vive-se uma vez!
Minha família não gostava dessa parte que aprontava, não os culpo, tivemos problemas como a morte de meu pai, ele foi morto por um ônibus escolar que tinha perdido o controle, e, numa família de seis adolescentes, precisa-se de muita paciência.
Sempre esqueci meus problemas com os meus amigos, cada um é diferenciado do outro, mas me divertem pra valer. Tá legal, chega dessa melosidade! Vamos começar essa história verdadeiramente!
Era uma terça, havia acabado o horário de aula, mas não gostávamos de ir embora cedo - tanto pelo fato de que nossas casas eram chatas, quanto pelo fato de que um amigo nosso vinha nos buscar na maioria das vezes e chegava um pouco tarde por conta da faculdade, ele tirava o tempo precioso do horário do almoço para nos buscar já que nenhum de nós tinha carteira além dele, que fofíneo! -, estávamos ocupando a quadra jogando basquete, não que não gostássemos de futebol, basquete animava-nos mais.
Acabando o jogo, nos direcionamos ao portão, estávamos distraídos falando sobre as coisas que aconteceram.
Cara, o dia hoje hoje foi pior do que semana passada! O professor de matemática só ficou passando revisão! Tá' louquinho para que passemos naquela porcaria de Saresp! Será que ele não percebe que faltam oito meses ainda pra fazermos a prova? Além de que estamos em março! MARÇO! Cabô' o mês de revisão de começo de ano!-reclamou Valério, meu melhor amigo.
—Aah! Pare de reclamar! Agradeça que está tendo essa revisão, ano passado sua maior nota foi 6.7! Esse ano tenho certeza que ela vai aumentar pra' 7.25!-retrucou Raphael.
— Afs, cala a boca, você tem dezoito anos e ainda tá' no terceiro do médio!
—A culpa não é minha se ninguém aqui fez o primeiro, além de mim. E mais, se quer falar algo relacionado, fale com o Tiago!
—Não me meta nessa discussão! Só repeti porquê tive que ajudar minha mãe, e vocês sabem disso!-respondeu Tiago.
—Tá' bem! Mas repetir o sétimo duas vezes por falta é demais né?!-indaguei-o.
—Ah me deixem!
Começamos a rir alto. Paramos em frente ao portão, avistando um garoto alto de cabelos loiros e com óculos escuros encostado numa van prateada. Este era Cid, o mais velho dentre todos, era o amigo que vinha nos buscar geralmente.
—E aí, cambada de jumentos! Entrem logo nessa carranca, antes que eu esfole suas carcaças podres no asfalto!-disse o mesmo quase nos enfiando dentro da van.
Dentro do carro, olhei-o ligá-lo, analisei seus movimentos, estranhando a rapidez nos mesmos.
—Qual o problema? Vai ter trabalho extra na facu'?-inquiri desconfiado.
—Talvez!-respondeu-me animado, subitamente dando partida e complementando: -Só não quero me atrasar e olhar aquele monte de estrume do Eduardo!
—Seu rival de faculdade?-perguntamos.
—Esse ridículo mesmo! Ontem ele conseguiu a maior nota da sala por ter feito um vestido à base de pano, da qual a mulheres podem usar pra' tudo! Odeio esse riquinho mimado! Tá' pior que meus irmãos!
—Ninguém supera seus irmãos! A não ser o padrasto do Breno!-falou Murilo.
Em seguida, todos rimos da verdade dita. Cid parou em frente à minha casa, abri a porta e desci, subitamente virei-me e dei um "Tchau, Cuzões" para eles, que riram e devolveram o tchau seguidamente indo embora.
Abri o portão de minha casa, adentrando o jardim frontal, notei que lírios azul-ciano haviam florescido no pequeno vasinho abandonado, então resolvi pegar um pouco d'água para não morrerem de sede. Corri para dentro de casa, joguei minha mochila no sofá e peguei um copo de água, voltando para fora colocando-a no vasinho. Voltei para dentro e subi para meu quatro, por fim.
Nossa família era classe média alta, mas não tínhamos um quarto para cada filho, então dormíamos em treliches. Minha cama era a de cima, contudo a maioria de minhas coisas ficavam no colchão de baixo.
Senti meu celular vibrar, peguei-o e vi que havia recebido uma mensagem.
Val: Ôu, anta roxa! Vai pra do Cid depois, valeu? Tenho uma coisa pra mostrar pra geral!
Eu: Que coisa? É de comer? Se não for, não quero!
Val: Vai logo, poha! Se arruma antes que eu te dê um tapa nessa sua cara de girino!
Eu: Aff! Espero que seja algo interessante! Cara de sapo-boi!
Naquele momento achei que - já que se tratava de Valério - era uma coisinha besta e que iria perder meu tempo. Mas 3,72% de mim queria muito saber o que era e mudaria minha vida! E não é que mudou?
Fui correndo para a casa de Cid, não havia me trocado, não estava ligando. Cid podia ser maior de idade, mas não morava sozinho, morava com a mãe doente junto do padrasto que era horrível e seus dois filhos egocêntricos e mimados. Ele tinha oportunidades, mas pensava muito na mãe e não queria deixá-la sozinha com o padastro.
Cheguei em sua casa, Cid recebeu-me com um sorriso, já seu padrasto nem me olhara. Entrei no quarto de Cid, que ficava no último andar como um sótão. Vi todos os meus amigos lá. Após sentar em cadeira, Val pediu a atenção de todos, com sorriso enorme de orelha à orelha.
—Anda logo! Fala o que você quer dizer, eu tinha coisas mais importantes pra' fazer!-disse apressado.
—Hahahaha. . . Isso aqui é muuuuuito mais importante!
Val pegou o computador de Cid, colocando em uma página no Facebook e virando para vermos.
—Isso!-disse apontando para a tela. -Isso aqui é importante!
A página falava sobre a festa de um garoto da nossa escola, Patrick Arantes, um dos mais populares da escola - e também o garoto por quem Valério tem um "penhasco" de amores -, parecia que ele estava convidando todos do colégio para participarem de uma festança em uma boate. Olhamos com para Val com caras de "Sério?".
—Você só pode tá' de brincadeira, né'?!-perguntou Áureo.
—Cara, você me fez sair da cozinho como um doido só pra falar de uma festa? Eu tô' querendo te matar!-disse Tiago.
Começamos a falar ao mesmo tempo, causando uma bagunça no quarto, até que Val resolveu falar algo a mais.
—Calmem aí, garotos, não é só uma simples festa. É A festa! Todos precisam de uma pausa de seja-lá-o-que-fazem-da-vida! Precisamos descontrair algumas vezes!
—O que você espera que façamos? Eu tenho 14 anos! apesar de querer muito ir, não tem como! Além do mais, por quê diabos tá' obrigando a gente à ir?-retrucou Breno.
—Relaxem, aqui diz que é uma festa para todas as idades, não tem bebida alcoólica e nem nada disso. E. . . Admitam. . . Todos aqui precisam de um macho na vida! Vocês tem que desencalhar, principalmente você, Tiago!
—Afs, sai dessa, se era só isso que queria, já estou retirando-me!-disse Tiago preparando-se para levantar-se.
—ESPEREM!
Valério gritou fazendo todos olharmos para ele, então abaixou a cabeça e começou a deixar lágrimas rolarem.
—Iih, tá' chorando por quê?-perguntei.
—Eu não queria que soubessem d-disso tão rápido! E-eu quero muito que v-vocês vão pra' essa festa, porquê. . . Porquê. . . Porquê-eu-tô'-com-medo-de-falar-com-um-garoto!
Valério poderia ter dito as palavras muito rápido, mas todos entendemos o que ele havia dito e ficamos de boca aberta. Afinal, ele era o mais atirado de nós todos e conseguia fácil arranjar um "boy-magia".
—COMASSIM, GZUIS?-gritou Breno.
Sentamos ao redor de Valério, e este explicou que estava com medo de falar com Patrick. Estranhamos ele; o mesmo continuou, dizendo que era fácil conseguir um cara por não se apaixonar fácil e ser apenas um divertimento. Isso nos esclareceu muitas coisas, então o mesmo disse que havia se apaixonado por Patrick há algum tempo, mas que estava com medo de falar com o mesmo por ser o mais popular e que talvez fosse um hétero homofóbico.
Pensamos um pouco à respeito, não queríamos deixá-lo triste. Resolvemos fazer algo que estava fora de cogitação, contudo, faríamos tudo por um amigo.
—Tá' legal, vamos aceitar ir nessa porcaria!-respondi para ele, que levantou seu rostinho molhado devido as lágrimas e abriu outro sorriso de orelha à orelha.
Continua. . .
Autor(a): chacal2.08
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