Fanfic: Veela, Draco? - Dramione | Tema: veela, dramione, harry potter, draco malfoy, hermione granger
-Acho que o Potter não se sente muito seguro na minha presença.
Nunca que Gina teria percebido a figura de Zabini encostado naquela parede, somente ao ouvir sua voz se deu conta de que não estava só. A garota caminhava decidida até a cozinha, tinha perdido o almoço e estava com fome. Blásio vinha do dormitório. Tinha acabado de ter uma conversa bem constrangedora com Draco. Pela fusão das personalidades, era estranho demais ver o garoto suspirando apaixonadamente ao falar de Hermione.
Ele não esperava encontrar a ruiva por ali, mas decidiu aproveitar a rara oportunidade de falar com ela após aquele beijo na sala de troféus.
-Como se ele devesse sentir alguma coisa...
-Ele talvez não, mas e você?
- O que tem eu?
- Vai continuar fingindo que não aconteceu nada e me ignorar ou deixar me aproximar?
-Você quer fazer isso? – Sua cara era confusa
-Se eu estou aqui, no meio do dia, te perguntando isso... – ele disse, talvez um pouco impaciente.
-Você não tem nada a perder, Weasley. – Ele soltou ao perceber a demora para uma resposta.
-Talvez.... Eu deixe.
-Ótimo, porque assim você não reclamaria quando eu fizesse isso. – Ele diminuiu a distância rapidamente até colar suas bocas, num beijo completamente rápido e rude.
Hermione não esperava encontrar sua amiga se agarrando com Zabini justamente na esquina do dormitório, certamente ela não poderia entrar lá com ela de plantão. A sua única solução fora, de fato, ir para a Lufa-Lufa. Ela passou rapidamente, despertando a atenção do casal.
-Eu, Hermione! – Gina gritou ao desgrudar sua boca do Sonserino.
- O que ela faz aqui? – Ele perguntou.
-Deve estar vindo ver o namorado.
-Na-namorado? – Pensava se ela tinha contado a Gina a verdade.
-É, da Lufa-Lufa.
-Ela falou isso? – Ele estanhou.
-Não com palavras exatamente, mas todo tempo livre ela vem para cá. Obviamente que um elfo não é.
***
-O que você foi fazer no Salão da Lufa-Lufa?
Draco não havia dado chances para Hermione perceber sua presença e sair de seu caminho quando praticamente a encurralou na parede. Não havia um pingo de carinho ou malícia no gesto, apenas curiosidade e ciúmes.
Muito ciúmes.
Ele nem se preocupava de ser meio de tarde num corredor movimentado ou de estar com todo o peso da sua mochila em apenas um dos ombros. Ligava menos ainda dos olhares curiosos que surgiam para os dois, mas era óbvio que nunca ninguém suspeitaria deles. Eram Malfoy e Granger, afinal.
- Você está me machucando, Malfoy. – Ele liberou um pouco o aperto de seu braço já rosado.
-Voltamos aos sobrenomes agora? – Seu tom era baixo – O que você estava fazendo lá, Granger?
-Eu não te devo explicações de onde vou!
Por estar louco de ciúmes, Draco não percebeu os olhares mais curiosos ainda sobre si, além da aproximação de Harry Potter junto de Ronald Weasley. Hermione era esperta o suficiente para não ter uma DR em público, preferindo voltar ao tratamento de meses antes – que já não era surpresa para ninguém a grosseria dos dois.
-Não me diga que o boato é verdadeiro.... Realmente está com um Lufano?! – Ele mesmo percebeu a besteira que havia dito momentos depois de soltar.
-ORAS! – O olhar que recebeu da namorada era de completa indignação.
-Você não pode estar falando sério, Granger! Não acredito que confirma isso por aí!
-Malfoy, você não pode dizer com quem eu falo ou aonde eu vou.
-Mas é claro que posso!
-VOCÊ NÃO MANDA EM MIM, DRACO! – Embora no começo a briga fosse de mentira, ele havia conseguido tirá-la do sério. Hermione queria sair correndo dali, mas também não queria manter uma pose de covarde por fugir do loiro.
-Malfoy, desencosta dela antes que eu te azare! – Ronald ameaçou enquanto Harry puxava a amiga pelos ombros para atrás dele.
-Me larga, Harry! – Hermione se debatia por estar com raiva e estar sendo encurralada mais uma vez.
-Ela disse para você soltar, Potter. – Sua voz engrossou consideravelmente. Draco sabia como se controlar, havia feito aquilo de propósito com o único intuito de amedrontar o cara que tocava em sua companheira, já que não podia estraçalhar seu pescoço devido as normas de conduta socialmente aceitas naquele ambiente escolar.
-Desde quando você defende ela, Malfoy? – Ronald empinou o nariz, juntamente com sua varinha.
-Potter. – Ele encarava o moreno fixamente até que ele a soltou lentamente.
Hermione não esperou nem mais uma palavra para sair pisando duro do ambiente resmungando coisas incompreensíveis sobre garotos. Antes mesmo que Harry pudesse ter alguma reação Draco também deu meia volta e desapareceu na direção oposta da garota, bufando de raiva.
Ele não era burro, sabia somar 2+2 quando necessário. Quais eram mesmo as características de um Veela enciumado? Não conseguia se recordar do conteúdo dado, mas também não queria ser direto com Hermione, precisava de provas primeiro. Toda aquela situação era muito estranha e ele certamente descobriria o que estava acontecendo.
Já não era tão difícil pois era de conhecimento geral a condição do Sonserino, então metade do caminho já estava andado. Apenas precisava observá-lo um pouco mais para descobrir se sua hipótese maluca realmente estava certa.
Afinal, impossível não poderia ser.
***
Hermione não conseguia acreditar que Draco chegou a cogitar a possibilidade de realmente ter outro namorado. Será que ele era tão idiota de não perceber que o suposto Lufano era na verdade ele? E ela ter entrado em seu Salão não era nada demais, não entendia o motivo de tanto escândalo. Era para estar mais calmo depois de tê-la marcado, mas impressionantemente não haviam se passado 48 horas do ocorrido e já estava tendo outra crise. O problema seria com ela? Uma falha no gene? Ou ela realmente dava a entender essa mentira?
A única certeza que tinha era a vontade de esganar o loiro assim que possível. Sua cabeça fervia pensando em várias possibilidades, mas nunca sequer cogitou o que aconteceu: braços fortes abraçaram sua cintura/braços impedindo qualquer movimento brusco de sua parte enquanto um queixo era apoiado em sua cabeça.
-Me desculpa, por favor.... Aquilo não fez o menor sentido...
-Eu fico impressionada de você realmente ter acreditado que eu tinha outro namorado além de você. Não sei se você é burro ou só idiota mesmo. – Ela nem fazia esforço para se livrar de seu abraço.
-Um idiota louco de ciúmes.
-Pensei que a marcação diminuiria com isso...
-E quem disse que só meu lado Veela sente ciúmes de você? – Ele diminuiu a força do abraço, possibilitando que ela se virasse desconfiada e surpresa ao mesmo tempo.
-Eu só não consigo acreditar ainda que você realmente aceitou tudo isso sem nenhum drama. Que eu não vou morrer e principalmente que você corresponde na mesma intensidade do que eu...
-Draco?
-Quais eram as chances de você realmente gostar o mínimo de mim para me aceitar? Eu passei minha adolescência toda preocupado com isso e agora.... Realmente é real. Me desculpe por ter cogitado te perder, é mais forte do que eu.
-Draco?
-Eu acho que te amo. – Todo o torpor que ele estava sentindo se dissipou dando lugar ao constrangimento. Completamente roxo de vergonha, ele começa a gaguejar tentando reverter a situação.
-E-eu quero dizer, sei que você corresponde o mesmo que eu, m-mas talvez não se sinta preparada para isso. E-eu entendo que posso estar exigindo muito, mas....
-Draco, só cala a boca.
Se as gravatas existem, são para uma função específica: serem puxadas durante um beijo. Quando foi puxado ao encontro da garota Draco se permitiu um leve desequilíbrio, o recuperando no momento em que colou sua boca na namorada. Não havia porque terem cerimonias, mal haviam se encostado e Draco já enfiava sua língua na boca meio aberta de Hermione. Embora ela não tivesse dito com palavras exatamente, sua atitude perante aquela declaração dava entender que sentia o mesmo. Em meio aquele amasso Hermione deixou sua mochila cair no chão no momento em que foi mais pressionada contra a parede. Parecia que pretendiam tornar seu corpo um só, tamanha era a força que investiam um contra o outro. Estavam numa área mais abandonada naquele horário, ninguém os veria. Hermione propositalmente havia atraído o namorado para aquele canto, afim de se resolverem logo. E era óbvio que ela a farejava afim de dar um ponto final na briga.
Se lembravam vagamente sobre o desejo ficar a flor da pele até a consumação da marcação, mas naquele momento no corredor, nada importava. Hermione sequer se importou quando sentiu as mãos de Draco se arriscarem por seu quadril e bumbum, revidando ao acariciar seu peito. Aquilo certamente iria passar dos limites a qualquer momento, mas quem se importava? Precisavam de ar, enquanto a garota arfava tentando recuperar o fôlego, o loiro recuperava o seu em seu pescoço, obviamente despertando ainda mais os seus sentidos aguçados e hormônios.
-Se eu te chamasse para o meu quarto agora, você recusaria? – Sussurrou entre um beijo e outro.
-Zabini estaria na esquina dele se atracando com Gina?
-O que isso tem haver? – Ele perdeu um pouco da vontade.
-Foi por isso que entrei na Lufa-Lufa. Gina acredita que namoro um garoto de lá, não faria o menor sentido entrar no seu dormitório naquela hora. Descobririam onde você está.
-Como eu sou idiota. – Disse após alguns segundos de silêncio, recostando sua testa na dela,
-Concordo plenamente. Mas um idiota que beija bem. – Completou com um beijo rápido. – Agora se me dá licença, preciso xingar você para os meus amigos.
Hermione se afastou lentamente, piscando para ele antes de desaparecer no corredor.
-Você ainda me mata, mulher.... – Draco suspirou com um sorriso de orelha a orelha. Ele era um homem de sorte de ter uma garota como Hermione como sua companheira, porque esposa seria muito em breve.
Autor(a): Sereia de Água Doce
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