Fanfic: Nosso Pedido de Natal - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA

ponnyayalove:  continuando

Nandacolucci: tem que criar um pouco de suspense kkk continuando

um capitulo maiorzinho pra vcs espero que estejam gostando.

_____________________________________//_____________________________________________//___________________________________

— A mã... — a declaração de Bruno foi cortada pela cotovelada que recebeu do irmão.

— A professora — completou Breno, com um olhar irritado para Bruno. — A mais bonita. — Ele apontou e o pai acompanhou a direção até o piano.

— Ela é a professora? — Antes que Alfonso pudesse reavaliar o que pensara, houve um último acorde, a música parou e Anahi se levantou.

— Foi muito bom mesmo! Uma primeira passada muito consistente. — Ela colocou o cabelo alvoraçado para trás. — Mas ainda precisamos trabalhar muito. Gostaria de marcar o próximo ensaio para segunda-feira, depois da aula. Às 15h45.

No mesmo instante começaram as conversas e a agitação, e Anahi precisou subir o tom de voz para conseguir transmitir o restante das suas instruções acima do barulho. Satisfeita, virou-se para sorrir para os gêmeos e se pegou rindo para uma versão mais velha, e muito mais perturbadora, dos gêmeos Herrera.

Não havia dúvida de que era o pai deles, pensou Anahi.  Os mesmos olhos verdes, orlados por cílios longos e escu­ros, a encaravam. O rosto podia não ter a delicade­za levemente arredondada das crianças, mas a versão mais rude também era muito atraente. Ele era alto e magro, e tinha o tipo de braço que parecia forte sem ser obviamente musculoso. Estava bronzeado e mais do que um pouco sujo. Ela se pegou imaginando se aparecia uma covinha no canto direito de sua boca quando ele sorria.

— Herrera. — Em vez de descer pelas escadas, ela pulou do palco, tão ágil quanto qualquer uma de suas alunas, e estendeu a mão cheia de anéis para ele.

— Portilla. — Ele cobriu a mão dela com as suas, calosas, lembrando-se tarde demais de que não estava lá muito limpo. — Agradeço por ter deixado as crianças ficarem aqui, enquanto Julie ensaiava.

— Sem problema. Eu trabalho melhor com plateia. — Inclinando a cabeça, ela baixou o olhar para os gê­meos. — Bem, rapazes, como nos saímos?

— Foi perfeito — falou Bruno. — As músicas de Natal são as nossas preferidas.

— São as minhas também.

Julie se juntou a eles, ainda agitada e lisonjeada pela ideia de fazer um solo.

— Olá, tio Poncho. Vejo que já conheceu a srta. Portilla. — Não havia muito mais a dizer. Ele ainda achava que ela parecia muito jovem para ser professo­ra. Não a adolescente por quem a tomara, percebeu. Mas aquela pele perfeita e sedosa e o corpo pequeni­no realmente confundiam. E era muito atraente.

— Sua sobrinha é muito talentosa. — Em um mo­vimento espontâneo, Anahi envolveu os ombros de Julie com o braço. — Ela tem uma voz maravilhosa e enten­de rápido o que a música significa. Estou encantada por tê-la no grupo.

— Também gostamos dela — disse Alfonso, fazendo Julie ruborizar novamente.

Breno mudava o peso do corpo de um pé para o outro. Não era para eles estarem falando sobre a tonta da Julie.

— Talvez você pudesse vir nos visitar uma hora des­sas, Srta. Portilla — ele levantou a voz. — Nós vivemos na grande casa marrom na Mountain View Road.

— Isso seria legal. — Mas Anahi percebeu que o pai de Breno não confirmara o convite, nem parecera espe­cialmente satisfeito com ele. — E vocês, rapazes, serão bem-vindos como nossa plateia sempre que quiserem. Quanto a você, Julie, trabalhe nesse solo.

— Vou trabalhar, Srta.  Obrigada.

— Prazer em conhecê-lo, Sr. — Ele apenas murmurou uma resposta e Anahi voltou a subir no pal­co para pegar suas pautas musicais.

Era lamentável, pensou ela, que o pai não tivesse o charme expansivo e a cordialidade dos filhos.