Fanfic: Nosso Pedido de Natal - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA

luananevess: que bom que ainda tem alguem lendo

vms a historia continuando....

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No meio de novembro as folhas já haviam caído e as árvores estavam nuas. Até isso era bo­nito, pensou Anahi. Havia beleza nos galhos escuros e nus, no farfalhar das folhas secas no meio-fio, na gea­da que fazia a grama reluzir como poeira de diamante nas manhãs.

Ela se pegou espiando pela janela várias vezes, es­perando pela neve como uma criança aguardava um feriado escolar.

Era uma sensação maravilhosa. Era fantástico an­tecipar o inverno e lembrar o outono. Pensava, com frequência, na noite de Halloween, e em todas as crianças que bateram em sua porta vestidas de piratas e princesas. Lembrava-se do modo como Bruno e Breno haviam rido quando ela fingiu não reconhecê-los nas elaboradas roupas de astronauta que Alfonso fizera para eles.

Anahi se pegou relembrando o concerto de música country a que Alfonso a levara. Ou no quanto se diverti­ram quando se encontraram no shopping na semana anterior, todos com a intenção de completar suas lis­tas de compras de Natal mais cedo.

Agora, passando pela casa que Alfonso estava refor­mando, ela voltou a pensar nele. Fora tão doce o modo como ele se esforçara para descobrir o presente certo para Julie! Alfonso Herrera não comprava presentes só por comprar, para as pessoas que lhe eram queri­das. Era preciso ter a cor certa, o estilo certo.

Anahi começava a acreditar que tudo a respeito dele era certo.

Ela passou pela casa, apreciando o ar fresco da noi­te e sentindo-se leve. Naquela tarde, tivera o orgulho de anunciar que dois dos seus alunos iriam participar do festival estadual.

Enfim, ela havia feito alguma diferença, pensou Anahi, fechando os olhos de prazer diante dessa certeza. Não era apenas o prestígio, o prazer de ser cumprimentada pelo diretor do colégio. O que fizera diferença mesmo foi a expressão no rosto dos alunos. O orgulho, não apenas no rosto de Julie e do tenor que participaria com ela do festival estadual, mas do coral inteiro. To­dos compartilhavam o triunfo, porque ao longo da­quelas poucas semanas haviam se tornado um time. O time dela. Seus garotos.

— Está frio para uma caminhada.

Anahi sobressaltou-se, tensa, e então riu de si mesma quando viu Alfonso sair da sombra de uma árvore no jar­dim da casa da irmã.

— Céus, você me assustou! Já estava pronta para assumir uma das minhas posturas de defesa pessoal contra assaltantes.

— Não temos muitos assaltantes em Herrera’s Gro­ve. Você está indo visitar Maite?

— Não, na verdade estou apenas caminhando um pouco. Estava com energia demais acumulada para fi­car parada em casa. — Seu rosto se acendeu com um sorriso. — Você já soube das boas-novas?

— Parabéns.

— Não sou eu...

— Sim, é. E muito. — Aquela foi a única maneira que Alfonso encontrou de lhe dizer o quanto estava or­gulhoso do que ela fizera. Ele se voltou para trás para olhar para a casa da irmã, onde as luzes cintilavam na noite. — Maite e Julie estão lá dentro, chorando.

— Chorando? Mas...

— Não esse tipo de choro. — As lágrimas femini­nas sempre o embaraçavam. Ele deu de ombros. — O outro tipo.

— Oh! — Em resposta, Anahi sentiu os próprios olhos arderem. — Isso é legal.

— Christian está andando de um lado para o outro com um enorme sorriso no rosto. Estava falando com os pais dele quando saí. Maite já falou com nossos pais, e também com todos os seus amigos e parentes espa­lhados pelo país.

— Bem, mas isso é mesmo importante.

— Sei disso. — Ele abriu um sorriso. — Eu mesmo já dei alguns telefonemas. Você deve estar muito satis­feita com tudo isso.

— Pode apostar. Ver o rosto deles hoje, quando fiz o anúncio... bem, isso foi o melhor de tudo. E é um excelente pontapé inicial para nossa arrecadação de fundos. — Ela estremeceu quando o vento balançou as árvores.

— Você está com frio. Vou levá-la de carro para casa.

— Seria bom. Continuo esperando pela neve.