Fanfic: Nossa Velha Infância AyA | Tema: RBD, Anahí, Alfonso, AyA
Angélica sempre fôra uma mulher que apreciou as coisas materiais da vida, não só as coisas materiais como também um homem com uma conta bancária bem recheada.
Essas preferências a fizeram se casar com César, dono de uma empresa de carros, no auge de seus vinte e dois anos.
César era um bom homem, e realmente gostava de Angélica, se dedicava ao máximo a família e tentava sempre agradar aos gostos extravagantes da esposa. Aos 3 anos de casados, Angélica deu a luz ao primeiro filho do casal, Lucca, foi a maior alegria de César. Angélica acabou por dar o filho ao marido depois de tanta insistência do mesmo. Por ela passariam a vida toda em filhos.
Logo após o nascimento de Lucca, César quis mais e dois anos depois, nascia a pequena Olívia, que se parecia muito com a mãe, o que encantou mais ainda César, para ele a vida não poderia estar melhor.
Cinco anos depois, por motivos de negocio, César precisaria fazer uma viagem de dois anos para a Indonésia. Como as crianças estavam em tempo de formação escolar, tanto César como Angelica, optaram para que ela e as crianças ficassem no México.
Para Angelica, foi como se livrar de um peso, assim teria um tempo só para ela, já que as crianças eram cuidadas por babás na maioria do tempo. Também poderia aproveitar esse tempo para se dedicar um pouco mais ao seu romance com seu motorista, Alberto.
Três meses após a partida do marido para a Indonesia, o romance de Angélica e Alberto estava em chamas, ele já até dormia alguns dias na casa dela. Claro, ele só aparecia depois de Lucca e Olivia dormirem. Nesse meio tempo, Angélica, engravidou de seu terceiro filho.
Alberto foi ao delírio, seria seu primeiro filho e não se continha de emoção. Entretanto, Angélica estava surtando, não poderia ter aquele filho, César acabaria com o casamento com toda a certeza!
Já tinha pensado centenas de vezes em abortar, porém depois de descobrir a gravidez, Alberto estava ainda mais grudento, cada passo, cada respiração... ele estava sempre lá. Então acabou levando a gestação.
Até que no dia 28 de agosto de 1983, Alfonso Herrera Rodrigues, nasceu, prematuro de sete meses. Alberto oscialava entre felicidade e preocupação com um bebê tão prematuro.
Angélica estava feliz, porém a ideia de César voltar e encontrar aquele bebê a apavorava, uma coisa que havia aliviado, ou adiado a sua preocupação, foi que César ligou dizendo que ficaria mais seis meses na Indonésia.
Olivia e Lucca tinham odiado a notícia, o pai era a única pessoa que se importava com eles de verdade. Mal tinham visto a mãe no ultimo ano, as agendas sempre cheias entre escola e atividades extra curriculares, as babás até tentavam suprir um pouco da necessidade de ambos por carinho pórem, eles eram crianças de sete e cinco anos, queriam a mãe! Quando estava devidamente em forma e devolta ao corpo, Angélica voltou a ter um contato próximo aos filhos que não sabiam do irmãozinho, e por ela nem saberiam e assim seria.
Alberto babava no bebê o quanto podia, nos horários de trabalho fazia o possível para ver o pequeno.
Quando Poncho, apelido carinhoso que Alberto dera a Alfonso, estava proximo a completar um ano, Alberto sofreu um acidente a caminho do trabalho para a casa dos Rodrigues, como nem sempre dormia na casa com a amada, tinha que pegar um ônibus e, nesse dia além da chuva forte, houvera um derramamento de óleo na pista. O ônibus que ia a toda velocidade acabou batendo de frente com outro, Alberto foi lançado de cabeça para fora do ônibus batendo com a cabeça em um poste. Alberto entrou em coma pelo choque da colisão.
Angélica fez a sua internação em um dos hospitais que o marido mantinha algumas alas. Ela tinha entrado em desespero, mas viu ali uma saída para seu problema, se o coma durasse muito Alberto poderia perder a memória, assim não se lembraria de Poncho. Então, naquela noite, a loira pegou o filho, que dormia um sono inocente, o colocou no carro e o levou para um orfanato com o seguinte bilhete:
"Sinto em deixá-lo, mas esse primeiro ano dele já foi muito difícil para mim e meu marido sustenta-lo. Por falta de condições, peço que cuidem bem do meu menino. Chama-se Alfonso Herrera Rodrigues, mas podem chama-lo de Poncho, o pai o apelidou assim. Ao meu pequeno, digam que a mãe o ama!"
A última parte não tinha sido bem uma mentira, pois o amava, mas amava mais o dinheiro e as regalias que ele poderia trazer, as portas que ele poderia abrir. Não poderia deixar nada atrapalhar aquele estilo de vida que ela tanto amava.
Apesar de todo o remorso, Angélica achara um jeito de lidar com ele. Afogando tudo em comprar e viagens! Comprar para os filhos, para ela ou para o marido, viagens sozinha ou acompanhada, tanto fazia, eram formas de esquecer da culpa. Na semana que comemoraria o nascimento de seu terceiro filho, Angélica sempre se reservava, passava a semana pensando como ele estava. Ela também reservava uma parte de seu tempo nessa semana para visitar Alberto. Como ele não tinha familia em Plueba, a maioria deles estava em DF, e como não tinham dinheiro para visitar o filho, muito menos bancar os gastos médicos, iam uma vez ao ano e ficaram muito agradecidos por Angélica ter se preocupado e custeado os gastos.
Já faziam dois anos e Alberto ainda não havia acordado, Angélica estava ficando cada vez mais preocupada com aquilo. Os médicos diziam que poderia levar mais algum tempo, já que a batida tinha sido feia. Entretanto, em um dia chuvoso em meio ao calor de primavera, Alberto comecou a balbuciar algumas palavras, ou melhor, chamar por alguém. Angelica praquejou baixinho sabendo por quem ele chamava. Poncho. Ele não havia esquecido.
Angélica:- Oi meu amor, sou eu, Angélica ... - fungou - espero que quando acorde não me odeie mais do que já me odeio pelo que fiz - desabafou beijando a testa dele.
Alberto voltou a repetir aquilo durante toda a semana, sempre falava alguma coisa, as vezes chamava pelo filho, outras por Angélica, algumas vezes falava sobre os pais, irmão e sobrinhos. Um mês depois Alberto acordou definitivamente, aparentemente, sua única sequela tinha sido no movimento reduzido da perna esquerda, fora isso se sentia como novo! Angélica estava cada vez mais aflita, pois sempre que ia visitá-lo as perguntas sobre o filho aumentavam, queria ver o menino o quanto antes e isso sempre acabava em uma discussão, baixa, por conta de estarem em um hospital e ele se recuperando, mas sempre acalorada. Até o dia em que Angélica se excedeu
Angélica:- EU O DEI PARA A ADOÇÃO!!! - berrou para quem quissese ouvir. Aquilo foi um baque para Alberto, mesmo em coma ele sonhava com o filho e em poder ensinar tudo o que sabia daquela cruel vida a ele, entretanto, Angélica acabara de tirar todas as suas ilusões quanto aquilo - Desculpa, mas eu não pod...- interrompida
Alberto:- Não podia deixar que seu marido soubesse, não podia abrir mão da vida fútil que tinha para viver comigo e com o nosso fillho! - Acusou. Apesar da voz baixa o tom era ameaçador - Você preferiu o dinheiro, como sempre
Angélica:- Também não me acuse assim, se eu me divorciasse para viver com você ainda teriam Lucca e Olivia para vir comigo, como acha que criariamos três crianças? Olivia e Lucca não sabe o que é viver com tudo contado, sempre tiveram de tudo - lembrou
Alberto:- Enquanto isso, nosso filho esta por ai. Sabe se lá onde, com quem, em que condições tem vivido - baixou o olhar para a cama
Angélica:- Você nunca irá me perdoar, não é mesmo? - Ela já sabia a resposta, mas o coração ainda queria acreditar que seria outra
Alberto:- Sabe que não, ele era meu filho também Angélica! - disse sentido - eu preciso de um tempo - os olhos estavam vermelhos, as primeiras lagrimas já caindo. Angélica assentiu saindo do quarto o deixando sozinho.
Aquilo serviu para Alberto ver Angélica do modo a que todos a viam e o alertavam para não se aproximar, mas o coração, estúpido e romântico ao extremo que era não aceitavam vê-la de outra forma a não ser pelo lado apaixonado, que apagou todos os defeitos.
Assim que ele saiu do hospital, e foi para casa decidiu que encontraria o filho, não importaria o quanto demorasse, mas o encontraria. Alberto se dedicou ao máximo a reabilitação e a uma ideia de abrir sua própria companhia de motoristas, como Angélica ainda custeava a reabilitação, ele usou um pouco de dinheiro que havia guardado e investiu na compra de um carro e uma parte investiu, não sabia muito sobre isso mas tinha uma vaga noção. O dinheiro e o negócio logo ganharam força e ele contratou um detetive para procurar o filho perdido.
Autor(a): lety_stoessel
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Naquele mesmo ano, não muito longe da família Rodrigues, na família Portilla, tinha nascido uma linda menininha que chamaram de Anahí. A pequena, que completara três meses, era a alegria do jovem casal, que conseguiu engravidar depois de dois anos tentando. Anahí foi mais que planejada naquela família, Enrico estava mais que a ...
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