Fanfic: Tizith Chronicles - Missão na selva vermelha | Tema: Ação, RPG, Comédia
Floresta de Firenzi, em algum período no passado.
A Floresta de Firenzi. Assim chamamos a ilha do lado esquerdo do arquipélago de Tizith. Este, composto de 6 ilhas: quatro maiores, e duas menores, mas não menos importantes. Em Firenzi, estão três dos vários distritos do arquipélago: Vila da cachoeira, a Rota do Lenhador, e os Lagos do Gárgula. Porém, devido aos grandes conflitos do passado, e problemas ainda não resolvidos, desses três distritos, apenas uma pequena parte da Vila da cachoeira permanece habitável.
Ao final da guerra, os antigos sábios protegeram o arquipélago contra a ameaça, ao custo de suas vidas. Contudo, a maldição que havia sido lançada não pode ser quebrada. Agora, monstros e criaturas de toda a espécie passaram a atacar os moradores, fazendo com que as vilas recuassem suas divisas, construíssem torres de patrulha, e empregassem guardas para vigília constante.
Cada vila tem seu próprio ecossistema, mas elas comunicação e comércio entre si. Apesar de se concentrarem em toda a parte do mapa, a maior concentração de pessoas ainda é dentro das vilas. E entre elas, o que mais se encontra, são jovens aspirantes a guerreiros. E estes vem para o arquipélago com um mesmo objetivo: ingressar na Academia.
A Academia ensina apenas alguns poucos que são aprovados nos testes preliminares. Estes, ficam conhecidos como recrutas, e são ensinados pelos instrutores, homens e mulheres que enfrentaram e sobreviveram aos monstros. Alguns tornam-se recrutas, almejando fama, ou apenas o dinheiro que se recebe por defender as terras dos invasores. Outros, querem fugir da pobreza, ou buscam vingança contra as aberrações que tanto mal causaram. Alguns, são simples curiosos, e vão até a Academia em busca dos conhecimentos sobre a magia arcana, que é passado pelos instrutores apenas aos recrutas.
Os jovens alunos fazem os meus diversos tipos de trabalho. E são nesses trabalhos que alguns se destacam, e ficam conhecidos pela vila, ou até mesmo por todo o arquipélago. Seja por estarem envolvidos em grandes feitos, ou em grandes tragédias.
- Instrutor James! - chamou o oficial da vila.
- Sim, Senhor Owen. Algum problema? - respondeu o instrutor, demonstrando respeito ao seu superior.
- É sobre Jhonson, o recruta de quem me falou… Ele já retornou de Dunkirk?Ainda não, senhor. Mas assim que eu tiver a confirmação de sua chegada, eu o encaminharei até o Se- Bem, talvez não seja mais necessário. Falando no Diabo...
- Ah, posso ver. Então é ele? Não me parece muito diferente dos outros...
- No início todos se vestem igual, e comportam-se de maneira parecida. Mas ele é um dos melhores da última turma de Dunkirk. Obteve sucesso em 100% de suas missões solo.
- Quantas missões solo ele tem, instrutor?
- Bem, segundo estes papéis… uma… apenas uma missão, senhor.
- Isso explica tão “grandioso” desempenho. E qual foi essa missão, instrutor?
- Bem… Colar cartazes de aviso sobre tempestades de areia.
- …Hunf…
- É nossa única opção no momento, senhor. E precisamos enviar alguém em busca da equipe de expedição o quanto antes.
- …Bem, deixemos que ele nos mostre do que é capaz.
Enquanto isso, as poucas crianças que brincavam próximas a entrada da vila, correram para ver o jovem passar pelo portão de entrada. Não eram todos que eram aceitos como recruta na Academia, portanto, para os pequenos, eles eram vistos como heróis.
- Ah… toda essa lama… tô outra vez aqui… Ah! Guardas! Bom dia! - disse Jhonson, forçando um bom humor, enquanto adentrava a vila - Aqui! Minha identificação!
- Senhor, é.... vejamos aqui… senhor Jhonson! - respondeu o guarda, enquanto verificava a identificação do recruta - Ok, entre!
- Obrigado, obrigado! Bonito penteado senhor guarda!
E enquanto passava pelo portão, Jhonson observou duas figuras ao longe.
- Eitcha… aqueles dois em pé… Droga, o instrutor e o oficial… considerando que foi o instrutor quem me chamou, vish… mais trabalho… Espero que o ferreiro daqui possa ao menos dar uma olhada nas minhas kata-
- Aaah! - exclamou o instrutor - Falávamos justamente de você, Jhonson. Venha até aqui, jovem.
- [Mas eu mal cheguei… droga… E pra que berrar desse jeito…] - pensou o recruta - Oh! Instrutor! Como tem passado? Estou aqui pela sua convocação.
- Imagino que já conheça o oficial Owen!
- Sim… e eu estou bem, minha família também vai bem. Obrigado por perguntar, instrutor - respondeu o recruta, em tom provocativo.
- Mas isso é jeito de falar com seu superior, rapaz? - disse James, visivelmente incomodado.
- Ora, James. Deixe o rapaz - disse o oficial, interrompendo a conversa - Venha comigo Jhonson, tenho de lhe passar as informações de sua próxima missão.
- Mas eu acabei de chegar, e não tive descanso depois da minha última tarefa.
- Bem, depois de conversarmos, você vai poder descansar o quanto quiser. Isso se você ainda pensar em descansar ao final da conversa.
- Vish… é perigoso? Sabe, tem uns bares novos por aí, e eu gostaria de conhecê-los antes de morrer. - disse o recruta, tentando mudar de assunto
- … Hunf.. tinham nos dito que era habilidoso. Mas, já está com medo da morte? - retrucou o oficial
- … Tá, tá… Vamos logo para a sua sala pra ver qualé a dessa missão.
- Tenho certeza que você foi mais bem disciplinado que isso, rapaz. - respondeu o Owen, agora, em tom mais sério.
- Aff… Sim… Senhor Owen.
E sem mais retrucar, o jovem recruta acompanhou o chefe da vila.
Os dois, oficial e recruta, iniciaram o caminho até o prédio administrativo da vila. O instrutor James não foi com eles. A função do instrutor era coordenar as missões entre os recrutas, mandando-os para diferentes partes do mapa, de acordo com suas aptidões e requerimentos da missão. Além disso, novos recrutas costumavam chegar de repente, e eram os instrutores quem os recepcionava também. Apenas em algumas ocasiões, os oficiais chamavam os recrutas pessoalmente para passar alguma missão.
O prédio administrativo costumava ser a parte mais formal das vilas. Devido a pouca estrutura, muitas atividades diferentes aconteciam no mesmo local.
- Entre rapaz, irei lhe explicar os detalhes.
- Ótimo! Faz horas que eu não sento. Se me der licença...
O oficial então, se pôs a explicar.
- 10 soldados… 10 soldados dentre os melhores da vila, estão desaparecidos, a mais de 24 horas.
- Isso é bem preocupante para a ~Crunch~ segurança da vila ~Croc~ né? - respondeu o recruta, enquanto mastigava umas torradas encontradas na mesa de centro.
- Sim, é sim. Mas, nesse exato momento, é mais preocupante pra você.
- Hã?
- Você vai atrás da tropa de expedição, e vai resgatá-los… Caso estejam vivos.
- Pera ai, Pera ai… Para onde o senhor os enviou?
- Estão aqui mesmo, na vila. Na antiga vila. No caminho dos mercadores.
- E então como foi que sumiram? Toda essa rota é mapeada. Sabemos os perigos, quem são e onde estão. Um grupo de 10 soldados deveria ser capaz de lidar com qualquer eventualidade nessa região.
- Exatamente. Foi o que nós pensamos. Mas ao que tudo indica, nós subestimamos os avisos dos mercadores.
- E o que eles tem a ver com isso? - indagou
- Foi por causa deles que a expedição teve de ser criada… Há três semanas, as caravanas de armamentos não chegaram como previsto. O último contato havia sido antes de entrarem na rota dos mercadores. Há duas semanas, a caravana dos alquimistas também não apareceu como o previsto, tendo sumido no mesmo ponto que a caravana anterior. Há uma semana, a caravana com os alimentos deveria ter chegado também. Mas…
- Mas…?
- Bem, ela chegou dois dias após a data estipulada, pois teve de passar por uma rota maior, que desviava da rota convencional. Isso porque, segundo os comerciantes, logo na entrada da rota, plantas carnívoras bloqueavam a passagem a algumas até ameaçavam atacar. Sabemos que não existem criaturas como essas nesse local, mas além dos relatos dos mercadores, tínhamos duas outras caravanas desaparecidas. Resolvemos então enviar uma expedição, composta por 10 soldados, para eliminar qualquer ameaça, e relatar alguma possível situação adversa.
- Hã… - continuava prestando atenção no oficial.
- Mantínhamos contato com a expedição 3 vezes ao dia. O último contato foi ao se aproximarem da zona do desaparecimento das caravanas. Desde que eles entraram nessa zona, 4 contatos já deveriam ter ocorrido. Porém, nenhum deles se concretizou.
- Hã…
- Sua missão é ir ao encontro da expedição, e retornar com um relatório sobre a situação do que realmente está acontecendo naquela área.
- Você quer que eu vá sozinho, fazer algo que 10 soldados não conseguiram?
- Basicamente… sim.
Jhonson ficou em silêncio por um momento, encarando o oficial.
- … Hã…
- Quero que parta o mais rápido possível. Não sabemos o que aconteceu aos soldados. Até mesmo os mercadores das caravanas. Podem estar todos vivos precisando de ajuda. Mas se você acha que as vidas deles não são importantes… você pode ir descansar primeiro e tudo mais…
- Oin! Que bonitinho! Chantagem emocional! - exclamou o recruta - Assim que o reparo das minhas armas estiver pronto, partirei. Mas, dada as circunstâncias, não espere um milagre. Meu nível de poder ainda é limitado. Há limites sobre o que eu posso enfrentar e voltar vivo.
- Peço que compreenda, mas não podemos destacar mais soldados para te acompanhar. Já estamos desfalcados demais. Infelizmente, terá de fazer isso sozinho.
- Darei o meu melhor, senhor [apesar de eu não acreditar que eu vá mesmo salvar o dia, mas enfim]
Aproximadamente duas horas depois do término da conversa, Jhonson dava o primeiro passo rumo a rota dos mercadores, para cumprir a tarefa a qual foi emcubido. As duas horas serviram para reparar as lâminas, revisar suas poções, e calibrar suas habilidades mágicas (poucas - afinal, ele não era um mago -, mas existentes).
Terminando de preparar seu equipamento, o recruta saiu em direção a uma outra saída da vila. Levou consigo, a vestimenta e armamento padrão para os recrutas, e condizente com seu nível (já que dentro da academia, a classificação entre os recrutas definia os equipamentos que os mesmo tinham permissão de utilizar). Seu quimono e botas das cores da areia do deserto, chamava muito a atenção, visto que não era uma vestimenta comum naquele local. As cores claras de sua roupa combinavam com sua pele ligeiramente morena, e contrastavam com seus cabelos negros e curtos, e olhos escuros. Jhonson tinha pouco mais de 1,80 metros de altura, e apesar de ser forte, fisicamente, não aparentava. Tinha um rosto jovem, e a barba por fazer.
Nas suas costas, duas katanas, que agora brilhavam devido ao reparo feito pelo ferreiro a momentos antes. Carregava escondido no quimono, poções e demais itens que pudesse vir a usar em batalha. As principais eram as poções de cura, e poções para magia. A poção de cura, aumenta as forças regenerativas do corpo, mas isso não impedia que ataques fatais acertassem os guerreiros enquanto ainda se recuperavam. Enquanto a poção de magia restaurava quase que instantaneamente as substâncias necessárias para utilização dos poderes arcanos.
A distância entre a entrada da selva vermelha (um outro nome pelo qual era conhecida a rota dos comerciantes), e o ponto onde as caravanas supostamente desapareceram, gerava 12 horas de percurso. Fazer todo o caminho solitário, poderia ser perigoso, ou no mínimo, entediante. Mas, bem... Jhonson era um recruta, e como tal, tinha habilidades que os soldados comuns não possuíam. Além de força bruta, e uma melhor técnica de luta com espada, algumas habilidades provenientes da magia arcana estavam em seu catálogo de aptidões. A magia arcana não era algo fácil de se controlar, e apenas aqueles que dedicavam anos de estudo a seus segredos, é que conseguiam extrair o máximo de seu potencial. Contudo, algumas formas básicas de como controlar a magia surgiram com o tempo, de modo com que até os guerreiros e espadachins, considerados pouco intelectuais, poderiam manipulá-las. Em grande maioria, essas habilidades aumentavam as capacidades físicas da pessoa, além da precisão e alcance da espada, e as vezes um pouco sua força de ataque. Jhonson possuía algumas dessas habilidades, e sabia que para ele, o percurso seria mais rápido. Todavia, a utilização de magias arcanas cobrava seu preço, portanto, carregavam poções mágicas por todo o lugar onde iam.
- Bem, a primeira parte do caminho é até sem graça. Não tem monstros ao redor da entrada da vila, já que sempre tem um ou outro guarda rondando por ali. O que complica é que… Essa rota… é um saco. É um lamaçal essa droga! E os superiores me mandam pra esse lugares, e ainda cobram que eu esteja sempre limpo! Meu pé fica todo vermelho, meu quimono fica todo sujo, e… bem… eu até não ligaria pra isso, se eles não cobrassem que eu estivesse limpo depois.
Jhonson seguiu o caminho até o primeiro posto dos desbravadores, antiga unidade que foi usada apenas temporariamente durante a época de colonização da vila. Até ali, a segurança dos guardas praticamente impedia a aproximação dos monstros. E os poucos que ainda arriscavam eram eliminadas durante as patrulhas dos guardas.
- Bem, até aqui está bom. Veja só, as ruínas do antigo posto. Daqui em diante, melhor eu andar segurando uma katana, só por precaução...
- Realmente, a aura desse lugar está muito diferente de antes, e olha que eu apenas comecei a entrar aqui. Talvez eu devesse ficar mais atent~ Hã?, Como assim? - Paralisou por um momento. Não acreditava naquilo que seus olhos viam.
- Isso… Não. É impossível. Nunca ví isso nesse lugar. E tinha que ser justo agora? Merda! … Aaah!!! Que se dane! Eu não vou ficar aqui parado simplesmente olhando! Você é minha presa!
Em um passo muito rápido, ele aproximou-se do seu alvo, quase que instantaneamente, e executou um corte veloz com sua katana da mão direita. Seu alvo nem teve tempo de esboçar qualquer reação. O corte foi tão preciso, que as duas partes foram se separando devagar e gradativamente. Jhonson já estava abaixo, só esperando a parte que havia sido separada cair.
- Te peguei! Você é meu! Cacho de bananas!
Segurou-o quando caiu, e como quem estivesse a horas sem comer, começou a saborear sua colheita.
- Hmmm… deliciosas… Só que não! Não tão maduras! Vou levar comigo isso aqui. Posso economizar uma grana comendo bananas no café da manhã, almoço e jantar…
Jhonson improvisou um meio de carregar o cacho de bananas nas costas, amarrando-o com uma corda.
Ao mesmo tempo em que ele avançava pelo caminho, um zumbido, vindo da floresta ao redor da estrada, tornava-se mais forte. Em dado momento, o recruta chegou a um ponto da estrada onde havia uma encruzilhada, e um poste no ponto onde o trajeto se dividia em dois. A luz estava quase completamente coberta com uma espécie de moscas gigantes e ambos os caminhos estavam bloqueados por elas. Rapidamente, outras saíram da mata, e cercaram o guerreiro. Jhonson parou, onde estava, analisou a posição dos monstros ao seu redor, cerrou os punhos, e esboçou um sorriso discreto.
- É uma pena que a carne de vocês seja ruim… Mas talvez eu tente fazer um risoto.
Aqueles eram os monstros conhecidos como Moskera. Eram como mosquitos gigantes, porém mais com pelos negros, asas maiores, e um bico ainda mais afiado, que usava para atacar.
Respirou fundo, e apertando o cabo das katanas, aguardava o momento certo para agir. A tensão foi quebrada quando um dos monstros partiu em sua direção. No mesmo instante, outros monstros que o cercavam avançaram também. Perante a aquela situação, um grito do recruta abalou seus inimigos por um momento. Ou não.
- Eitcha caralha!
Segurando uma katana em cada mão, executou giros consecutivos e rápidos, exterminando os primeiros monstros que vieram em sua direção, e espantando os outros que vinham logo atrás, apenas por um pequeno instante, mas que já foi tempo suficiente para um contra-ataque. O recruta parou de girar de repente, direcionando seu foco para o poste com luz que estava na sua frente, e saltou ferozmente em direção ao alvo. Parte dos moskeras foi dizimada com um único golpe, e outros ficaram mutilados e se debatendo no chão. Com isso, a luz do poste voltou a iluminar o ambiente, o que facilitou para que Jhonson pudesse encontrar seu próximo alvo. Assim que seu campo de visão aumentou, percebeu que um novo ataque vinha em sua direção, mais forte e mais rápido que antes. Quase que instantâneamente, o recruta concentrou magia arcana em suas katanas, e executou novamente um giro, para afastar os ataques vindo de todas as direções. Imbuída em poder arcano, a lâmina deixava um rastro azul enquanto cortava o ar. O guerreiro executou uma sequência de giros que aniquilou quase todos os insetos que lhe atacaram. Ainda sim, isso não foi suficiente para impedir que alguns deles ferissem seus braços e pernas com os ferrões e garras.
Após o ataque de Jhonson, a organização dos monstros pareceu ter desmanchado. Os monstros ainda seguiam em direção ao guerreiro, surgindo de todos os lados, mas seus ataques agora pareciam aleatórios, facilitando para o guerreiro. Usando de magia arcana para amplificar o poder de sua katana, efetuava cortes cruzados, cortes rápidos, estocadas, cortes verticais e horizontais, cortes duplos,... E um a um, ou às vezes até aos pares, os monstros iam caindo. Alguns já decepados e mortos, outros feridos e se debatendo.
- Caramba cara! Eles não param! E quanta carne!
- E lá vem eles de novo!
Com a diminuição dos monstros, os intervalos entre os golpes começaram a ficar cada vez maiores, até que cessaram por um momento.
- Opa! Ufa! Tava ficando chato já. Olha só esses rasgos no quimono… Vai sair uma nota pra arrumar isso... Porcaria de monstros! Espero que o risoto com a carne deles fique-
Mas antes de completar sua frase, algo a sua frente lhe chamou a atenção.
- Olha só... que feio me enganar assim... Acho que vou deixar vocês de fora do cozido.
O recruta não percebeu, mas enquanto exterminou os insetos que lhe atacaram de maneira desesperada, um outro grupo deles recuou, e organizou-se. A “tropa de moscas”, estava disposta de modo a formar de uma ponta de seta, composta por aproximadamente 30 deles.
- Se essa coisa me acertar, eu posso realmente ter problemas aqui...
Jhonson fincou suas armas no chão.
- Preciso pensar em alguma coisa... Venham, seus merdas! Eu vou cozinhar a mãe de vocês!
Os moskeras partiram pra cima de Jhonson, que abriu os braços, e depois esticou-os na direção dos monstros. Uma espécie de luz vermelha começou a brilhar em suas mãos, crescendo rapidamente e tomando a forma de uma bola.
- Espero que minhas habilidades mágicas não me zoem agora... Lá vai! Bola de Fogo!
O golpe atingiu em cheio a formação dos monstros, que por um curto momento ficaram atrás de uma cortina de fogo. Mas o movimento da seta em direção ao guerreiro não foi reprimido, e ela continuou avançando, como se nada tivesse atingido-a. Nem mesmo os insetos da frente da formação, que receberam a maior parte do impacto, sofreram qualquer dano. Contudo, aquilo fazia parte do plano. Assim que os primeiros seres voadores - que estavam na ponta da seta - cruzaram a cortina de fogo, Jhonson já estava com as katanas em punho, e concentrando magia em suas mãos.
- Ok. Esse golpe vai ser sério.
Esperou até que os monstros se aproximassem, mas antes mesmo que chegassem próximos para serem atingidos por seus golpes, Jhonson começou a balançar suas katanas, como se quisesse acertar um alvo a sua frente, mesmo não havendo ninguém ao alcance da katana. Os cortes provocados pela katana cortavam o ar, lançando uma rajada de ar que desfazia os monstros da seta, assim que entrasse em contato com eles. Enquanto a sequência de golpes era executada, as moscas iam caindo ao chão. O último golpe acertou de uma só vez, toda a última fileira que vinha em direção ao recruta.
- Yeah! Me chama de SBP!, Ah não, pera...
Assim que os monstros atingidos cairam, um último deles, maior e um pouco diferente, surgiu de trás da formação.
- Mas o q-
Jhonson teve tempo apenas de cruzar as armas em frente ao corpo, para defender-se da investida, que fez com que fosse arremessado para longe. O guerreiro conseguiu manter-se em pé, mas não escapou de ser ferido nos braços.
- Monstro maldito. Você é diferente dos outros. Droga, eu já estou cansado. E eu não esperava ficar perdendo tempo aqui. Tenho que acabar com isso o quanto antes.
Percebeu então que o monstro preparava-se para um novo ataque.
- Vai tentar de novo? Que seja..
O moskera retomou voo em direção ao guerreiro, que cerrou os punhos, mantendo firme a pegada no cabo da katana. Notou que apesar de ser mais forte e maior que os outros, seus ataques não eram calculados. O guerreiro esperou que ele aproximasse com velocidade, assim como o monstro havia feito instantes antes. Jhonson deu um passo em sua direção e pareceu desaparecer do local onde estava, fazendo mover uma coluna de ar por onde passou. Quase que ao mesmo tempo, reapareceu logo abaixo do monstro, com as duas katanas em punho. Pulou, mirando o monstro, e cortou o ar, e seu adversário acima de sua cabeça, ao meio. Ainda no ar após seu salto, pouco antes de começar a cair, Jhonson arremessou as duas katanas em direção a cabeça do monstro, fincando-as junto com ele no chão. Ao cair, aterrissou equilibrando-se no cabo da lâmina, em uma majestosa pode de vitória.
- Jhonson. Terrível contra os insetos. Contra os insetos!
Jhonson pulou para o chão, e analisou os monstros que havia acabado de derrotar...
- Essas coisas são bem maiores que um frango! E especialmente você... – olhou para o último inimigo que enfrentou, que era diferente dos demais.
- Esses insetos habitam esse lugar a muito tempo. Mas não tinham um ataque tão organizado assim. Será que isso foi obra desse monstro diferente? Não sei...
- Enfim. já me atrasei o suficiente por aqui. Obrigado Sra. Alquimista por estas poções. Quer dizer, obrigado não. Eu paguei por elas.
- Veja só, toda essa carne na lama... que pena. Pelo menos, tenho esse cacho de bananas aqui. – disse, batendo no cacho de bananas, como um homem de meia idade bate na barriga com orgulho, após uma refeição.
- Já é o suficiente pra seguir em frente.
Autor(a): peacemaker
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Ainda se recuperava de seus ferimentos na última batalha, quando amarrou o cacho de bananas em suas costas, firmou a corda para que não caísse e embainhou as katanas. Jhonson retomou o caminho da estrada sentindo-se “puto”, por estar todo sujo após a última batalha. Apesar de sua velocidade ser maior que a de um soldado comum, ...
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