Fanfic: Tizith Chronicles - Missão na selva vermelha | Tema: Ação, RPG, Comédia
Ainda se recuperava de seus ferimentos na última batalha, quando amarrou o cacho de bananas em suas costas, firmou a corda para que não caísse e embainhou as katanas.
Jhonson retomou o caminho da estrada sentindo-se “puto”, por estar todo sujo após a última batalha. Apesar de sua velocidade ser maior que a de um soldado comum, devido ao intenso treinamento físico ao qual parte dos alunos da Academia são submetidos, o combate anterior havia lhe tomado tempo.
O recruta seguiu pelo caminho da selva vermelha, em uma caminhada normal, até que seus ferimentos estivessem suficientemente cicatrizados, coisa que não demorou muito, já que havia tomado uma poção de cura assim que a batalha terminou. E assim que se sentiu melhor, voltou a usar sua alta velocidade habitual, para chegar ao local o mais rápido possível.
- Ah cara, eu realmente espero que não tenha dado encrenca com a expedição. Tomara que eles estejam apenas bebendo por aí. Eu quero voltar logo pro Deserto. Abriu um restaurante novo lá. E tem suco de uva!
Por um momento, o guerreiro reparou em seu entorno.
- E ao que parece, eu sou realmente muito bom. Devo ter matado todos os monstros lá atrás, já que tem uns 30 minutos que estou andando aqui e mais nenhum apareceu.
- Foda é essa lama. Aliás, esse é o único trecho da região onde a terra é vermelha. Nunca entendi isso.
- Enfim, melhor eu me concentrar no caminho e - Olhando para o horizonte na estrada, percebeu algo - Espera. Essa luz lá no fundo… Parece magia… Talvez... Melhor chegar na encolha, porque né... vai saber o que é isso...
Conforme foi avançando, começou a ouvir o som de moskeras próximos.
- Ér… Tava demorando pra essas coisas aparecerem. Pelo menos, são apenas 3… Só essa luz que parece magia que ainda está me incomodando...
Jhonson percebeu os 3 monstros indo em direção a luz que ele havia visto. E enquanto cercavam-na, um deles foi atingido.
- Fogo! É realmente magia! Tem alguém sendo cercado!
Acelerou em direção a luz, desembainhando as katanas. Pouco antes de se aproximar, percebeu que mais uma bola de fogo parecia se formar.
- Aehoo! Um, dois, três e… corta!
Com seu grito, os monstros tiraram o foco da luz emanada pelo fogo, e voltaram-se para o recruta. Mas, antes de pensarem em fazer qualquer coisa, foram cortados ao meio, por um só golpe da katana do guerreiro.
Jhonson terminou seu movimento, e ao olhar para o lado, percebeu que a bola de fogo estava apontada para ele, e que quem à conjurava era uma criança.
- Ô “crianço”, abaixa isso-
O disparo mágico foi em direção ao guerreiro, e ele só desviou por reflexo. Mesmo tendo feito o movimento de mambo na horizontal para evitar o ataque, alguns de seus cabelos foram chamuscados.
- Hey! Para com isso!
A criança então abriu seus olhos, fechados pelo medo que sentia, e viu que quem estava à sua frente agora era um homem, e não mais os monstros de antes. E expressando um sorriso de alívio, caiu para o lado, desmaiado.
- Caralho, caiu de cabeça na lama. Deve ter lama até dentro do ouvido desse moleque.
O recruta colocou o garoto desacordado sobre os ombros, acima e apoiado no cacho de bananas, e carregou-o consigo pelo caminho, como se fosse um saco de batatas.
Passou aproximadamente 1 hora, até que ele despertou de seu sono.
- Hmmm… Hã… que… - Despertou aos poucos, confuso com a situação.
- E aí crianço. Qual foi? Se perdeu na floresta?
- Aaah! Socorr-
- Cala a boca cara, eu vim te ajudar. Olha aqui - Apontou para o símbolo da Academia em seu quimono - Se tu berrar, os monstros vão voltar…
Deu uma pequena pausa, enquanto o garoto apenas encarava-o sem dizer nada, e com olhos assustados.
- Se acalmou?
- Ah… Ah… bem, sim… foi mal…
- E então, o que faz aqui?
- Meus pais… Meus pais! Eles vão morrer! Os Insetos e as plantas vão pegar eles! Os guardas também morreram! Me ajuda!
- Calma cara, calma. Aqui ó - Tirou o cacho de bananas de suas costas, e colocou-o sobre uma pedra a beira da estrada - eu achei esse cacho de bananas no caminho. Pega uma, e me conta o que tá rolando… Você mora com as pessoas do posto de observação da selva vermelha?
- Sim… - Respondeu, enquanto tirava uma banana do cacho
- E as moscas atacaram?
- Não… - Respondeu, enquanto a banana era descascada - Foram as plantas carnívoras da entrada do posto de observação.
- Essas plantas… - Pensou Jhonson - Bem, até onde me lembro, elas são pequenas, e sobrevivem comendo pequenos insetos… Como estão atacando?
- Eu não sei… Meus pais e os guardas tentaram lutar, mas a nuvem de fumaça não deixava eles verem direito, e alguns guardas morreram... Nós fugimos de casa, e conseguimos seguir até encontrarmos moskeras no caminho. Começaram a lutar outra vez, e minha mãe me mandou correr. Daí, eu fugi sozinho, mas já tava cansado. E quando parei pra descansar, ouvi zumbidos e fui me esconder no mato. Mas eles me acharam e iam me atacar. E aí, eu desmaiei… E essa banana tá verde!
- Entendi… [Quanta coisa estranha… esse garoto não deveria sequer saber como funciona magia, muito menos conseguir usar. E essa história das plantas...]
- Já que seus pais estavam no meio de uma luta. Vamos torcer para que estejam bem até chegarmos onde estão... Como se chama, crianço?
- Eu? Keny...
- Venha Keny, suba nas minhas costas… - disse, prendendo novamente o cacho de frutas em suas costas - NÃO DERRUBA AS BANANAS! E segura que vai ser louco.
- Mas o que você-
A fala de Keny foi interrompida com a velocidade de movimento com que Jhonson partiu.
- O que você vai fazeeeeeeeer!?
E saindo em disparada, seguiram os dois adiante no caminho. Keny segurava-se firme em Jhonson, enquanto o recruta avançava com destreza, e katana em punho. Os poucos seres voadores que tiveram o azar de estar passando no local naquele momento, foram fatiados pelos golpes do recruta, que tinham sua força amplificada pela alta velocidade em que ele se movia. E seguiram assim por cerca de 30 minutos.
- Ei crianço, ainda não chegamos?
- Acho que era por aqui… Ali! Eu me lembro de ter passado por essa pedra enquanto corria.
- E essa “catacumba”... - comentou o recruta, reparando na lateral da estrada - Não me espantaria de sair um monstro ou dois daí.
E quase que respondendo ao seu comentário, alguma coisa se moveu dentro da caverna.
- Aaah! Onde foi isso?!?! - Respondeu a criança, assustada
- Parece que veio lá de dentro… Crianço, fica atrás de mim. Não sai daí.
Concentrou-se para identificar o que estava vindo, e lhe pareceu ser o som de passos.
- [Ah, que droga… pessoas… talvez ladrões? Mas justo agora? Pô, eu ia assinar um seguro de vida na próxima semana…]
Uma voz ecoou de dentro da gruta.
- Keny… Keny… Keny! Keny!!! É você Keny!?!?
- Essa voz… é da minha mãe… tá vindo lá de dentro...?
E de repente, um rosto surge na entrada do esconderijo. Cabelos longos e claros, pele branca. Sua expressão era de angústia, mas se desfez assim que viu o filho do lado de fora, logo atrás do recruta.
- Keny! - Gritou a mulher
- Babãe! - Respondeu Keny
- … Babãe…? - Jhonson achou estranho.
E no instante em que Keny ia correr até os braços de sua mãe, dois insetos, provavelmente atraídos pelo barulho que eles fizeram, saíram da floresta, voando alguns metros acima do recruta, e partindo em direção a entrada da gruta.
- Ah não! Merda! Eu não percebi eles ali! - exclamou o recruta
Jhonson partiu em direção a entrada da caverna também, tentando impedir a investida dos moskeras na mulher.
- Não vai dar… Não vai dar tempo! Merda!
Jhonson viu os monstros indo chegando próximos à mãe de Keny, enquanto tentava chegar até eles para impedir o ataque. E quando ela estava para ser atingida, as cabeças dos monstros foram atravessadas por espadas.
Dois guardas que estavam descansando dentro do esconderijo natural, após sobreviver a invasão do posto de observação, ouviram o zumbido se aproximar.
Empunharam suas armas, partiram para a entrada da gruta, a tempo de presenciar a investida dos insetos sobre a mulher. Sem a necessidade de qualquer diálogo, cada um posicionou-se de um lado, ambos logo atrás da mulher, e deram ao mesmo tempo uma estocada, que passou ao lado da cabeça da mulher. Os golpes, que dependendo do ponto de vista pareciam errar o alvo, acertaram, cada um, uma mosca. “Head-shot”.
O ataque inicial dos guardas deu tempo para que o recruta chegasse até o local, e finaliza-se os dois monstros, que os guardas deixaram praticamente mortos. Como quem havia usado suas últimas forças para abater os inimigos, os guardas voltaram a se sentar no chão, e se escorar na parede.
- Entra todo mundo! - Disse Jhonson
- Você… - A mãe de Keny reparou no símbolo no quimono do recruta - Venha. Lá no fundo tem mais gente escondida. Os monstros não nos acham lá…
- Ok. Let’s do this!
No fundo da caverna, não havia nada além de umas poucas pedras soltas, e uma chama no chão, que ansiava por tornar-se uma fogueira. A labareda era, muito provavelmente, fruto de alguma peripécia arcana.
- [hmm… Tem mais alguém aqui que sabe usar magia… Talvez a mãe de Keny. Pelo menos, isso explicaria o fato de ele ter esse conhecimento]
Jhonson, e um dos guardas ficaram em pé, próximos a chama, escorados na parede, observando a dança do fogo, alertas para um possível novo ataque. Os outros, acomodaram-se como foi possível, ao lado das paredes e pedras. Alguns talvez mais do que os outros, porém, todos famintos. Jhonson colocou o cacho de banana no chão, e fez um sinal, indicando para que eles se servissem.
- Ok, vejamos quem temos aqui. Dois guardas, a mãe e o pai do crianço, e o próprio crianço.
- E você! - Disse Keny
- Boa, crianço. Bem… Vou ignorar por hora o fato de alguns aqui usarem magia - olhou para Keny e sua Mãe
A manipulação da magia arcana era ensinada apenas na academia. E aqueles que a dominavam, na maioria dos casos se tornavam recrutas. E mesmo quando isso acontecia, eles ainda eram conhecidos entre as outras pessoas. Todavia, o guerreiro nada sabia sobre um usuário de magia no posto de observação. Provavelmente, ninguém fora do posto sabía.
- Por hora, vamos deixar isso de lado. Tem coisas mais importantes para nos preocuparmos agora. Me chamo Jhonson. Sou um recruta da Academia, na extensão de Dunkirk - Mostrando o distintivo - Fui enviado para investigar o atraso das caravanas em chegar à vila. Mas o caminho foi um tanto quanto mais perigoso que o normal. O que tá pegando?
- Está um pouco atrasado, senhor recruta - disse Broki, um dos guardas, lançando um olhar de reprovação para o guerreiro.
- Hunf… grande novidade. A própria tropa da expedição só chegou até nós depois que já estávamos fugindo do local - Disse o segundo soldado, Guardy.
- O posto de observação é longe demais. Não dá pra chegar até lá tão rápido - respondeu o recruta
- Mais um erro: construir essa coisa tão longe - Completou Broki
- Por favor… As pessoas que ficaram pra trás estão correndo perigo… Não é hora pra essas discussões. Me chamo Ysor, recruta. - Interrompeu Ysor, a mãe de Keny
- Maheck. Me chamo Maheck - Apresentou-se o pai de Keny
- … Ok. Porque os outros estão correndo perigo? Porque vocês estão machucados?
- O posto de observação foi atacado por algum tipo de planta carnívora - Disse Guardy - Várias delas. Ao mesmo tempo.
- [... Outra vez essa história das plantas...] Não existe nada desse tipo por aqui. Tá, até tem aquelas na beira da estrada, mas… - retrucou Jhonson
- Essas mesmo! - Exclamou Ysor
- Mas elas só comem insetos… -
- Não as que atacaram a vila. - Afirmou Ysor
- E como foi esse ataque?
- Próximo ao meio dia… - começou Broki - Estávamos ajudando os mercadores na organização da caravana dos alquimistas. A caravana anterior, havia sumido a duas semanas e por isso uma nova teve de ser criada. Quando estava quase pronta para sair, o guarda da torre de vigia avistou uma nuvem de fumaça, meio rosada, e densa, vindo pelo caminho usado para ir em direção a vila. A nuvem não se aproximava rápido, mas era espessa demais e não conseguíamos ver através dela. A medida que ele se aproximava, também a floresta foi ficando coberta. Após alguns minutos de aproximação, as duas mulheres que faziam a guarda da outra saída, relataram uma nuvem exatamente igual, aproximando-se por aquele lado também. Ambas as nuvens eram baixas, mas grandes o suficiente para chegar ao topo das árvores. Nós estávamos sendo cercados por alguma coisa.
- Conforme elas foram se aproximando - Guardy continuou -, sons estranhos, que pareciam vir de dentro delas, começaram a chegar até nosso ouvidos. Isso deixou os guardas em alerta, de armas em punho. No início, pensei que pudesse ser uma quantidade anormal de moskeras. Muitos deles, para fazer um barulho tão infernal quanto aquele. Em dado momento, a nuvem alcançou o posto de observação. O barulho que vinha dela, a essa altura, era muito maior, e diferente demais, para ser um zumbido. E foi então que começou a bagunça… Ouviu-se o barulho de uma carroça se movendo na direção do posto. O som misturava-se aos outros que vinham de dentro da nuvem, e foi aumentando. Até que de dentro da fumaça, à frente de uma carroça rompeu a neblina, e seguiu posto à dentro. Ela estava coberta por uma lona com o selo do posto de observação. E quando a carroça inteira rompeu a nuvem, os guardas puderam ver com exatidão: era a caravana de armamentos, a primeira que havia sumido, três semanas atrás. Ninguém entendeu o que ela estava fazendo ali. Um homem gordo assumia a direção, e, bem… Depois disso, minha próxima lembrança sou eu de espada em punho, me defendendo a todo custo daqueles monstros.
- As plantas carnívoras surgiram logo atrás da carruagem - emendou Broki -, e vieram direto pra cima dos guardas e dos outros civis dentro do posto de observação. A confusão e o medo tomaram conta até mesmo de nós, militares. Nunca havíamos visto, ou enfrentado algo assim. Eu ví companheiros... serem arrastados, feridos, e… até mortos, por aqueles demônios… E por mais que eu quisesse, não consegui ajudá-los. Até mesmo civis… Como estes - apontou para Keny e seus pais -, que podiam ajudar de alguma forma, foram para a batalha. Mas tínhamos sido pegos de surpresa e estávamos em menor número. Claramente não venceríamos aquela batalha. Foi então que demos um toque de retirar, para que formassemos o maior grupo possível, e escapássemos de alguma maneira. Todos se amontoaram em um canto, ficando os guardas nas bordas daquele pelotão improvisado. Dali, começamos a correr em direção a saída, que infelizmente, era de onde vinham as plantas, e a carroça, com o seu guia desconhecido. Tínhamos que arriscar uma investida pelo corredor ao lado da carruagem, evitando todos os monstros possíveis, e continuar avançando. Mas... Instantes antes de conseguirmos, enquanto o grupo passava ao lado da carroça, o gordo olhou em nossa direção, e saindo do nada, uma parede de fogo surgiu e dividiu o pelotão, segurando a maior parte dos que fugiam conosco, dentro do posto de observação
- E então nós… Apenas fugimos. Não é como se quiséssemos ter abandonado eles… Mas o medo nos fez continuar indo em frente - terminou Maheck.
- Fugimos então por algumas horas - retomou Broki -, utilizando o caminho que os comerciantes fazem para ir até a vila. Até que, encontramos saindo de dentro da floresta, vários moskeras. No mínimo, uns 10. Não conseguiríamos vencer a todos sozinho, e quando eles começaram a se mover em nossa direção, pensamos ser o nosso fim… Mas, quando faltava pouco para que eles chegasse até nós, eles pararam, deram meia volta, e voltaram. Como se tivessem um alvo mais interessante que nós. Nessa hora, comecei a ouvir um som de cavalgada, que até então eu não tinha percebido. Forçando um pouco a vista, pude enxergar no horizonte um grupo de soldados vindo ao longe. E já se aproximaram desembainhando suas armas e partindo para o combate com os monstros, ainda enquanto estavam montados em seus cavalos. Com o golpe das espadas tendo força amplificada pela velocidade de movimento dos cavalos, todos os insetos foram mortos logo na primeira investida. E foi só quando os monstros caíram sem vida no chão, que eu consegui ver o uniforme dos soldados: eram todos soldados da vila.
- Eles vieram até nós - continuou Guardy-, e paramos um momento com eles, para explicar a situação. Os soldados então nos contaram que a criação da tropa, havia sido feita para investigar o sumiço da carga de armamentos, e o atraso na carga de alquimistas. Disseram para que continuássemos correndo, pois o caminho pelo qual eles haviam passado estava livre daqueles monstros, disse que eles iriam até o posto para resolver a situação, mesmo após termos alertado-lhes do perigo. Seguimos por mais algumas horas, até que novamente, mais moskeras surgiram ao lado da estrada. Dessa vez, 5 deles. Entramos em combate, mesmo em menor número, pois acreditamos que poderíamos vencer. Porém, a situação se mostrou mais difícil, do que esperávamos, e no meio do combate Ysor deu ordem para que Keny saísse de trás da pedra onde estava escondido, e corresse pela estrada sozinho. Nós, que ficamos, conseguimos derrotar três deles, mas ficamos feridos em combate. Ysor utilizou de magia para atordoar os monstros que sobraram. E então fugimos por alguns minutos, até encontrar essa caverna. Pensamos que Keny pudesse estar aqui, mas ele deve ter passado por ela sem perceber. E antes de entrarmos, Ysor lançou duas bolas de fogo na floresta, para despistar as moscas. Aparentemente deu certo.
- Ficamos aqui por algumas horas, até escutar a voz de Keny, agora a pouco, Enfim, a partir daí, você já sabe… - Disse Ysor
- É… fodeu. Pelo visto vai ser treta grande. Eu sabia que não devia ter vindo pra cá! - Exclamou Jhonson. Fez uma pausa, e respirou fundo - De todo modo, a existência dessas plantas continua sendo algo um tanto quanto estranho.
- Estávamos pensando sobre isso antes de você aparecer, e temos uma suspeita de quem possa estar por trás disso: o guarda Ketrof. - Disse Guardy
- E quem seria esse? - Questionou Jhonson
- Um ex-recruta, que atualmente era um guarda. Viciado em magia arcana e pesquisas, ele acabou descobrindo que o cheiro das plantas carnívoras, as normais que sempre cresceram na floresta, afastava os insetos, apesar de atrair os pequenos e inofensivos. Após mais pesquisas, ele descobriu como utilizar-se da magia arcana para realizar uma mutação nas plantas, para que emitissem mais perfume, e de maneira mais forte. A idéia era formar uma barreira natural ao redor da vila, para afastar os moskeras. - Disse Maheck
- Todavia - Prosseguiu Broki -, Ketrof já havia tentado outras coisas, e todas suas experiências anteriores colocaram os habitantes do posto em risco. A gota d'água se deu, quando uma das crianças passou perto de uma das plantas alteradas pela magia de Ketrof, e teve seu braço mordido por ela, tendo quase que amputá-lo. Mais tarde, galinhas mortas haviam sido encontradas próximas aos arredores de onde as pesquisas aconteciam. Como já havíamos tentado por várias vezes dialogar com Ketrof, para que ele parasse com isso, mas ele nunca repensava suas ações, nós solicitamos uma ordem do oficial, e com ela, expulsamos ele do posto.
- Ketrof ameaçou nos atacar. Mas logo percebeu que não teria chance sozinho, e foi embora prometendo vingança. - Terminou Broki
- Mais clichê, impossível. - Disse Jhonson
- Pois é. Ele nutria raiva por não ter suas pesquisas reconhecidas. Não seria um completo absurdo se ele realmente tivesse voltado para se vingar. - Disse Ysor
- Vocês disseram que quem dirigia a carroça era um mago… - Repetiu Jhonson
- Foi o que pareceu… - Respondeu Maheck
- Ele tinha relação com magos? - Questionou o recruta
- Não que alguém aqui saiba… - Disse Ysor
- Droga. Espero que seja só um bruxo solitário.
- O que você quer dizer com isso? - Perguntou Guardy
- Talvez… Mas apenas talvez… O clã dos magos possa estar envolvido nisso. E aí teríamos problemas futuros bem grandes. Bem - Terminou Jhonson - … Já conversamos o suficiente. Vamos auxiliar os feridos rapidamente, e vamos voltar ao posto de observação. Podemos encontrar a tropa de expedição por lá. Quem sabe até já tenham tomado controle da situação… E caso necessário, eu lutarei também.
Autor(a): peacemaker
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Iniciaram caminho de volta para o posto. Pela estrada havia muita lama, que começava a dificultar a passagem do grupo. Pedaços de moskeras eram encontrados ao longo do caminho. Alguns eram remetentes dos monstros derrotados pelos guardas do posto. Mas a grande maioria, eram cadáveres produzidos pela tropa de expedição. Haviam até, po ...
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