Fanfic: Tizith Chronicles - Missão na selva vermelha | Tema: Ação, RPG, Comédia
- Olhem! É Ketrof! - Sandi exclamou
- Calma ai… - Hyzen observou bem o homem que estava caído no chão - Não. Não é ele.
- A roupa não é a mesma - Youtta completou
- Essa roupa é da Academia. É um recruta. Alguém veio em nosso socorro! - Comemorou Dill
- Ele tá ferido. Vamos lá ajudar - Disse Corata
- Mas... E Ketrof? E o mago? - Lembrou Sandi
- Deixa isso. O único cara aqui com alguma chance de vencer uma luta contra eles, é o cara caído ali no chão - Disse Youtta
- Ele tá certo. Pra gente sair daqui, vamos precisar da ajuda desse cara - Completou Hyzen
- Vamos logo então! - Terminou Corata
Os prisioneiros saíram correndo em direção ao recruta, olhando para os lados, procurando onde estaria Ketrof, e torcendo para não encontrá-lo.
Usavam as formas e panelas como escudo, protegendo-se de um eventual golpe que pudesse vir à acertá-los. E quando se aproximaram do guerreiro, notaram um novo elemento se aproximando junto com eles: uma planta carnívora, que andava sozinha, pronta para atacar.
- Ah não! Cacete! - Dill se assustou
- Pensei que estavam todas mortas! - O medo tomou conta de Corata
- Calma! É só uma! Podemos conseguir! - Youtta tentou reagrupar o time - Vocês dois! Peguem o recruta, e levem pro barraco onde nos prenderam antes.
- E a gente? - Perguntou Hyzen
- Pra gente, é hora do quebra pau!
Dois outros reféns, que saíram da casa depois do grupo, vieram até eles, levantaram Jhonson do chão, apoiando-o pelos braços, e então partiram em direção a casa onde haviam sido prisioneiros até pouco tempo. O grupo de Youtta, Hyzen, e os outros, ficou no meio do caminho entre a planta e o recruta, para facilitar a fuga deles.
- Antes elas estavam em maior número. Agora temos a vantagem - Lembrou Sandi
- Tá certo, mas… eu ficaria mais confiante com uma arma. Vou fazer o quê com essa forma de bolo? - Questionou Hyzen
- Você podia cozinhar pro monstro - Sacaneou Dill
- Sério mesmo essa piada? Nessa hora cara?
- Ta, parei.
- Droga, ela tá chegando. O que a gente tem de armas aqui? - Corata continuava assustada
- Bem… Duas formas, duas facas, e uma frigideira - Sandi pensava em voz alta sobre a situação
- Quem estiver com as facas fica responsável pelo golpe final na planta. Eu, o outro com a forma, e o cara da frigideira vamos bloquear os ataques - Sugeriu Youtta
- Se isso der certo, ninguém vai acreditar quando eu contar - Disse Sandi
- O monstro chegou! Vamos! - Gritou Hyzen
Dill e Sandi partiram em direção a planta. Atiraram as formas na planta, mirando no lado contrário ao qual estava correndo. A planta esticou seus tentáculos, e defendeu-se das fôrmas como se não fosse nada. Porém, as fôrmas serviam apenas para distração, criando uma abertura na defesa do monstro. Assim que os tentáculos tocaram as fôrmas, os dois reféns passaram correndo ao lado da planta, indo para as suas costas, e imobilizando cada um, os tentáculos de um lado.
Os prisioneiros que imobilizavam o monstro, estavam ao alcance da mordida da planta, que tentou uma investida. E quando estava próxima de acertar Dill, Youtta, que já vinha em direção a planta logo atrás dos dois primeiros, acertou a cabeça do monstro com a frigideira, em um golpe de baixo para cima. Percebendo o desequilíbrio do monstro, os prisioneiros que o imobilizavam, trataram de se jogar no chão para segurá-lo com mais facilidade. Corata e Hyzen, que vinham com facas em punho, preparavam-se para inflingir o ataque final. Youtta tentou acertar mais um golpe com a frigideira, mas desta vez, a planta conseguiu morder o objeto, e arrancá-lo da mão do Youtta, deixando-o desarmado. Praticamente ao mesmo tempo, Sandi e Dill sentiram-se tontos e fracos, afrouxando a pegada da imobilização que estava mantendo a planta no chão, deixando com que ela move-se um pouco seus tentáculos. A reação da planta assustou Hyzen e Corata, que cessaram o ataque. Aquele monstro se debatendo no chão era uma cena horrível de presenciar.
Youtta, percebendo que a planta novamente tentaria morder um de seus companheiros, acertou um soco na boca da planta, que não a feriu, mas serviu como distração.
- Sandi! Dill! Não desistam! Não soltem os tentácu~Coff! ~Coff!
Enquanto falava, Youtta tossiu sangue. O efeito da névoa rosa que cobria o posto de observação começou a afetá-los, assim como havia feito com o recruta.
Com seus tentáculos, que agora estavam minimamente soltos, a planta conseguiu cravar as pontas nos reféns que os seguravam. Os moradores por sua vez, ao invés de ceder, reagiram. Mesmo sangrando e com a dor do ferimento causado pela planta, eles tornaram a imobilizá-la no chão, segurando-a ainda mais forte. Youtta, percebendo o esforço dos companheiros, chutou a cabeça da planta, e foi para as costas dela, tentando aplicá-la um mata-leão. Mas assim que colocou o braço abaixo da cabeça dela, a planta reagiu e mordeu seu braço.
- Aaa! - gritou de dor - Não soltem! Aguentem a dor! E vocês dois aí parados! Vai logo! Aproveitem o pescoço amostra e cortem a cabeça!
Como que saindo de um transe, Corata e Hyzen partiram em direção a planta, pulando e caindo os dois com as facas fincadas em seu pescoço. O monstro se contorcia tentando escapar, enquanto os dois reféns serravam as facas contornando o pescoço da planta. Até que, então, teve a cabeça arrancada do corpo, dando fim a batalha.
Do outro lado do posto de observação, aproximava-se do corpo caído de Ketrof, uma figura imponente.
- É rapaz… Se deu mal hein. - Disse o mago olhando o corpo sem vida de Ketrof.
- Eu te emprestei meu orbe, e agora tá quebrado. Você ficou de me pagar o lucro da carroça roubada, e agora eu fiquei sem. E se eu levar a carroça sozinho, o clã dos magos logo vai ser visado como alvo. Mierda! E ainda vão me encher o saco quando voltar pro clã… “Xô” ir lá reclamar com o Recruta. Sacanagem isso.
Dentro da cabana onde estavam os prisioneiros, Jhonson acordou. Tonto, perdido, ferido e fraco, foi apoiado pelos que ali estavam.
- Argh! Aaa! Hã… Onde eu… Argh! - Reagiu o recruta
- Deita aí, rapaz. A gente tá fazendo uns curativos improvisados aqui em você - Avisou Hyzen, segurando Jhonson no chão - A luta acabou. Você venceu. Assim que os outros voltarem, nós-
A porta do casebre abriu nesse momento.
- O inimigo foi derrotado! + 10 de experiência! + Você ganhou uma espada de madeira! - Disse o Youtta ao entrar na cabana, com o braço sangrando, seguido dos outros.
- Ok… Mais feridos… Que beleza hein - Disse um dos reféns que havia ficado dentro da casa durante o combate.
- Legal a sua gratidão após termos salvado vocês - Retrucou Corata
- Pessoal, vamos tratar os feridos o mais rápido possível, e sair daqui. Ketrof, aparentemente foi derrotada. Mas o mago sumiu - Sugeriu Hyzen
- Verdade. Precisamos sair o quanto antes - Disse Youtta
- Dill e Corata. Sei que é arriscado, mas vão até a cabana ao lado, e procurem qualquer alimento, bandagem, ou arma. Precisaremos dessas coisas para dar o fora daqui. O caminho de volta será longo - Pediu Hyzen
- Certo. Iremos.
- Acabei de tratar o recruta - Disse um dos reféns
- Ótimo. Eu machuquei meu braço. Pode me ajudar? - Disse Sandi
- A planta acertou a gente também… - Completou Hyzen
- Certo, certo… Vamos fazer o mínimo para que possam seguir o caminho...
Os prisioneiros menos feridos trataram os mais machucados, e assim que Corata e Hyzen, todos prepararam-se pra partir.
- Achamos essas duas poções de cura… Dividam entre os feridos.
Youtta, Sandi, Dill e Jhonson dividiram as poções entre si. Poucos minutos depois, já conseguiam ficar de pé, mas ainda moviam-se com determinada dificuldade.
- Aqui, recruta: suas armas - Entregou-as Hyzen
- Grácias…
- Não fala nosso idioma?
- To zuando.
E foram saindo porta afora, em direção a vila da cachoeira.
- Pessoal, devem ter armas que os guardas do posto de observação deixaram cair - Lembrou Corata - Vamos tentar conseguir algumas no caminho até a saída do posto. Também temos que tomar cuidado com as plantas dispersas no cam-
De repente aparece na frente da casa de onde o grupo saía, o mago.
- E ai pessoal! Aqui quem fala é o Edu! - Disse o mago, em tom de sarcasmo
- Edu?! - Perguntou Sandi, ainda sem entender a situação
- É o mago! - Gritou Dill
- Peguem as armas! - Falou Hyzen
- Calma gente!... Edu? - Youtta estava confuso
- Era uma piada, cara. Enfim, meu recado aqui é apenas para o recruta - Disse o mago, ignorando o resto das pessoas ali presente, e olhando nos olhos do recruta.
- O que você quer comigo? - Pediu Jhonson, levando suas mãos ao cabo da katana.
- Relaxa cara. Não vim matar ninguém. Mas, é um aviso: Não se metam nos negócios do clã dos magos, ou vocês, a Academia, as vilas, e todos que amam, sofrerão as consequências.
- Você subestima a força da Academia e das vilas - Jhonson respondeu confiante
- Não… É você quem não sabe com quem está lidando… Você não sabe a verdade…
O mago teleporteu-se para a frente de Jhonson, rápido demais para que qualquer pudesse esboçar alguma reação. Nem mesmo Jhonson.
- Todo bem tem um pouco de mal, e todo mal tem um pouco de bem.
E falando essa frase, teleportou-se outra vez, afastando-se do grupo,
e continuou teleportando, indo em direção a outra saída da vila, até desaparecer no horizonte.
- Caraca… O que foi isso? - Sandi voltou a falar
- Que medo… - Disse Dill
- ...
- Acorda galera! Vamos sair rápido daqui, antes que outra coisa aconteça! Vai! Vai! - Hyzen impulsionou o grupo
- Bora! - Jhonson apoiou
O grupo partiu então em direção à saída, desviando de todas as plantas no caminho, evitando combates, pegando as espadas e outras armas que os guardas mortos utilizaram durante o combate. O grupo enfim, passou pelo portão de saída, e atravessaram a nuvem rosa, enxergando o caminho de volta para a vila.
- Nem te agradecemos direito Recruta. Obrigado por nos salvar - Corata agradeceu em nome do grupo.
- Ah, tranquilo cara. O salário é massa.
- Sério?
- Não...
- E… é um trabalho altruísta então? É isso?
- Não cara, to zuando. O salário é normal. Mas tem plano de saúde e seguro de vida também, então...
Jhonson e os reféns fizeram todo o caminho de volta até a caverna que ficava no meio do caminho, onde pararam para descansar.
- Ei, vamos segurar a onda aí um pouco. Sei que a gente tem que voltar logo, mas tá todo mundo cansado. Não tem problema e descansarmos uns minutos - Youtta sugeriu uma parada
- Além do que, tem comida aqui - Lembrou Jhonson
- Sério?
- Tem um cacho de banana aqui dentro. Pera aí.
- Só pode ser piada… - Sandi pensou que fosse sacanagem
O recruta adentrou o esconderijo, e saiu dela com um belo cacho de bananas em suas mãos.
- Caraca, era verídico! - Espantou-se Sandi
Jhonson trouxe o cacho de bananas, e colocou entre os moradores.
- Comam o quanto quiserem - Ofereceu o recruta
- Maravilha - Hyzen estava realmente faminto.
Youtta rapidamente sacou uma banana do cacho, e descascando-a , começou a comer. Jhonson então, olhou o companheiro com um sorriso discreto.
- E aí, tá gostoso? - Jhonson perguntou, com um sorriso de canto de boca
- Tá verde neh… - Respondeu Youtta, como quem havia sido sacaneado
- Pra cacete…
- Mas, eu gosto de banana verde.
- Sério?
- Não. Mas é que eu tô cagado de fome, então...
Os ex-prisioneiros acharam graça na situação, e também degustaram a fonte pouco saborosa de nutrição que tinham. E até mesmo Jhonson, entrou na brincadeira, saboreando todo o horror de uma banana verde
.
Pegaram outra vez a estrada, levando o que restou do cacho de bananas. O maior obstáculo que lhes restava agora era: o tempo. Eram horas de caminhada, que pareceram ainda mais longas, para o grupo que já estava cansado. Os moskeras, além de serem poucos, já não eram uma ameaça agora que o recruta já estava minimamente recuperado.
E após horas, viram ao longe, um portão, com dois guardas fazendo vigía.
- Chegamos! - Disse Corata
- É sério mesmo? A gente conseguiu? Eu nem acredito! - Sandi estava realmente feliz
- Eu tô com fome! - Algumas bananas não foram suficiente para Hyzen
- E eu to atrasado… - disse Jhonson
- Atrasado pra que? - Pediu Youtta
- Não sei, mas eu sempre me atraso.
Os guardas do portão deixaram que o grupo entrasse, assim que viu o recruta com eles. Todavia, ficaram espantados com os ferimentos dos integrantes do grupo.
Adentrando um pouco mais a vila, Jhonson e os reféns perceberam uma concentração anormal de pessoas na praça principal.
- E aí galera. Qualé a da festinha? É open bar? - Disse Jhonson
- Mas… O quê? Você tá vivo cara! Como?! - Disse o instrutor ao ver o recruta chegando junto com o grupo.
- Eu não sei!
- Recruta! - Gritou Keny ao ver o recruta na vila
- Crianço! Como você cresceu!
- Mas fazem só algumas horas… - Keny não entendeu a piada
Formou-se um círculo em torno do grupo que havia chegado. As pessoas em torno do grupo eram em sua maioria, soldados.
- Estávamos organizando um grupo para ir em seu resgate, Recruta. Ficamos preocupados com o relato do grupo que chegou primeiro - disse o oficial, apontando para Keny, seus pais, e os outros.
- E ainda disseram que você tinha voltado para enfrentar o inimigo sozinho. Me pareceu loucura…- Completou o instrutor
- Bastante imprudência de sua parte, eu diria. - Surgiu uma voz em meio a multidão de soldados.
- Olha só, você aqui, Mark? - Jhonson reconheceu a voz
- Pois é. Vim pra salvar um certo duelista patético…
- Owwwn, que fofo você… Já aprendeu a usar esse arco, ou tá brincando de curandeiro ainda?
Mark era colega da Academia de Jhonson, e um recruta assim como ele. Mas enquanto Jhonson era um duelista, Mark era um arqueiro. A Academia formava guerreiros aptos em vários estilos de luta. E assim como Jhonson, os trajes do arqueiro eram diferentes dos demais soldados.
- Deixa eu ver esse corte aí… - Disse Mark sobrepondo uma das mãos sobre o ferimento do recruta.
- Ué, o que ele vai fazer? - Pediu Youtta
- Curar - Respondeu o recruta
E em instantes, uma luz vindo de um orbe, envolveu a mão de Mark, que apontava para Jhonson, envolvendo o duelista no mesmo brilho. Em poucos segundos os ferimentos de Jhonson se fecharam, e ele estava totalmente revigorado.
- Bem, Mark… Tenho que admitir que pelo menos nisso você melhorou - Disse Jhonson, agradecendo ao amigo.
- Obrigado pelo elogio - Respondeu Mark
- Ei, Senhor… - Disse Dill, tentando chamar a atenção de Mark
- “Senhor...”? Haha - Riu Jhonson
- Diga - Disse Mark, ignorando o amigo
- Pode nos curar também? - perguntou Dill, mostrando seu ferimento e o de Sandi, ambos causados pela planta que enfrentaram.
- Claro. Vocês salvaram Jhonson, afinal.
- Obrigado! Ei pessoal, vamos até ele, e entã-
- Ah, não será necessário...
Mark foi envolto por uma luz. Um brilho azul forte, derivado da invocação de alguma magia, circulou todo seu corpo.
Com um movimento de braço, Mark espalhou a magia entre os feridos próximos daquele local, e estes começaram a brilhar como Jhonson, tendo seus machucados cicatrizados em instantes, assim como o recruta.
- Ei Mark… Essa técnica cansa você demais. Não devia ter usado aqui - Disse Jhonson, mostrando-se preocupado com o amigo
- Tá tudo bem cara. Já que não vamos precisar lutar mais por enquanto mesmo.
- Como? - Um soldado que estava ao lado escutou o comentário de Mark
- O que? - Outros soldados começaram a prestar atenção no que os recrutas falavam
- Mas a gente andou do deserto até aqui então… Pra nada? - Os soldados mostraram-se insatisfeitos com a situação
- Bem… Pessoal! - Gritou o oficial - Reunimos todos vocês aqui para criar uma tropa de resgate. Mas aqueles que vocês iriam resgatar, voltaram sozinhos. Então, estão dispensados!
- Puts cara… Que saco! - Disse um soldado indignado
- A gente perdeu a final do campeonato de bobeira… - Mais reclamações dos soldados
- Seria melhor ter ido ver o filme do Pelé… - E novas reclamações
Os soldados foram então dispersando-se pela vila, para aproveitar um pouco o local, antes de retornarem a seus postos oficiais.
Jhonson, Mark, Oficial, Instrutor, o grupo de Keny, e o grupo de reféns, foram até a residência oficial da vila.
- E então - iniciou o oficial - O que exatamente aconteceu? Temos o relatório aqui, mas dada as circunstâncias, prefiro ouvir diretamente de vocês.
- Foi horrível… - Jhonson começou a falar - Quando eu mordi, e percebi que estavam todas verdes, … Eu…
- Jhonson!
- Tá, parei.
- Bem, acho que nós que moramos lá podemos ser os primeiros a falar… - Ysor tomou a frente
- A vontade..
E então, enquanto um assistente do oficial anotava tudo que era dito, todos os acontecimentos na rota da selva vermelha foram relatados. Desde o sequestro da primeira caravana de suprimentos, até a invasão do posto de observação. Todas as batalhas enfrentadas no caminho da selva vermelha e tudo que aconteceu no próprio posto de observação. O envolvimento de Ketrof, um ex-aluno da Academia, e também o envolvimento de um dos mercenários do clã dos magos. E enfim, o retorno deles até a vila.
- Então o clã dos magos está envolvido… - Observou o instrutor
- Quem exatamente são eles? - Perguntou Sandi
- Como o nome já sugere, são todos magos. - O oficial iniciou a explicação - Originados em sua maioria do deserto, mas são de toda parte do mapa. O clã é um grupo de mercenários, que realizam de tudo, desde que sejam pagos por isso. Provavelmente por isso ele foi embora assim que Ketrof perdeu.
- Já que ele ficaria sem pagamento… - Completou Jhonson
- Exatamente - Disse o instrutor
- Embora, isso que ele disse no fim, seja uma incógnita pra mim… - Continuou o recruta
- “Todo bem tem um pouco de mal, e todo mal tem um pouco de bem...” - O instrutor repetiu a frase que Jhonson havia lhe dito
- Pelo modo como ele me disse isso, me pareceu até estar me avisando de algo, alguma coisa que ainda venha a acontecer… - Jhonson pensou em voz alta
- Bem, pode estar acontecendo agora já… - O oficial deixou um pensamento escapar
- Como assim? - Pediu Corata
- Não, nada. Enfim… - o oficial mudou o assunto - Já obtivemos as informações que podíamos. Por hora, devemos ficar atentos a qualquer nova ação do clã dos magos. Caso eles se posicionem como inimigos, nós vamos agir. Faremos também uma nova tropa de expedição para recuperação e reconstrução do posto de observação.
- E quando essa tropa parte? - Pediu Hyzen
- Amanhã, por favor. Já tivemos confusões demais por hoje. Vão descansar com suas famílias, ou encher a cara no bar mais próximo. Estão dispensados.
- Sim, Senhor! - Todos da sala acataram a ordem
Saindo da residência oficial, Jhonson e Mark caminharam pela vila.
- E aí Mark, você vai ficar aqui?
- Sim. E você vai voltar com os soldados para o deserto, do mesmo modo com que os sobreviventes vão retornar ao posto para reconstruí-lo. Não importa as adversidades, devemos ir em frente, sempre!
- Cara, tu é muito chato pra terminar histórias… - Jhonson reprovou o discurso do amigo
- É, eu sei… - Disse Mark, conformado
- Vamos comer cara… Gosta de bananas? Eu achei um cacho vindo pra cá. Estão bem maduras, você vai gostar.
Autor(a): peacemaker
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).