Fanfic: Autodestruição - AyA | Tema: Ponny
P.O.V. Anahi
Canalha. Idiota. Babaca. Filho da puta.
Como eu pude ser tão tonta, meu Deus?! Como se Poncho fosse capaz de ser homem de uma mulher só. Ele sempre teve várias, e eu acabei sendo só mais uma em sua lista. Nada mais do que um número. E eu realmente acreditava que eu era especial para ele.
Ele nem ao menos me perguntou se podíamos ter uma relação aberta. Mesmo que seja uma amizade colorida, nesse tipo de relacionamento também se supõe que deve-se ter exclusividade. O que ele fez foi uma traição. Ele me enganou, me fez de otária. Enquanto eu ficava toda boba com seus carinhos e beijinhos, ele já estava pensando na próxima.
Eu falei com ele sobre minha virgindade e como eu gostaria de perdê-la com ele! Eu me abri para ele. Que estúpida que eu fui!
O que ele fez me magoou imensamente. Jogou anos de uma amizade tão especial fora por conta de uma piranha. Acho que nunca vou poder perdoá-lo por isso, porque ele não se importou comigo quando decidiu me trair. Ele me machucou propositalmente, caramba! Nunca achei que ele pudesse querer me infringir dor.
Quando ele me viu, sai correndo para que ele não pudesse falar comigo. Mas não podia ir a nenhum de meus esconderijos que eu tinha no colégio. Poncho certamente me encontraria, conhecia todos eles. Não podia também fugir do colégio, pois estava somente de biquíni. Só me restava o meu quarto.
Entrei como um furacão nele, assustando Dulce e Maite. Tranquei rapidamente a porta, para que ele não pudesse entrar. Em seguida, encostei-me na porta e acabei por deslizar até o chão. Ambas vendo que eu estava mal, vem em meu socorro.
- Anny?? O que aconteceu com você? – Maite me perguntou visivelmente preocupada. Cada uma colocou um de meus braços em seus ombros e me carregaram juntas até minha cama. Estava me sentindo muito fraca para dar mais um passo sequer.
- O P-poncho, e-ele me tr-traiu. – Como num passe de mágica, lá estava a bendita gagueira novamente.
- Ele o quê??? Eu vou matar esse desgraçado!! – Dulce tomou minhas dores e enfureceu-se.
- Mas vocês estavam num relacionamento, afinal? – Maite estava bastante confusa.
- Mesmo que fosse uma amizade colorida, ainda sim é um relacionamento. Que requer fidelidade. – Dulce explicou por mim.
- Ô Anny, não fica assim. Ele não vale a sua tristeza. – Maite acariciava os meus cabelos. Ela tinha um jeito materno natural que me reconfortava. Nunca recebi um carinho assim de minha mãe. Ela nunca nem percebia quando eu estava me sentindo mal.
- Você não pode perdoar ele. Não pode. Ele não merece alguém maravilhosa e com um coração tão bom quanto o seu. – Dulce me abraçava enquanto dizia isso.
- A t-terceira ga-gaveta. – Minha voz mal saía, estava com um nó imenso na garganta. Dulce abriu a gaveta de minha cabeceira e olhou para o único objeto que ali tinha.
- Um maço de cigarros, Anny? Você fuma?? – Ela me perguntou chocada.
- T-tinha p-parado. – Não precisei dizer mais nada, elas me entenderam ali. Poncho tinha me machucado tanto que não conseguia suportar. Estava precisando de um alívio instantâneo. Elas nem ao menos me repreenderam quando acendi um dos cigarros.
Um sentimento de culpa me invadiu ao pensar que estava jogando fora todos os meses que batalhei para largar o vício. Tudo por um cara que não merecia meu sofrimento. Mas ao mesmo tempo que fumar estava me fazendo sentir mal, também me deixou relaxada. Na minha cabeça isso não era paradoxal. A vida é complicada demais para existirem paradoxos.
- Anny!! Eu sei que você está aí! Abre a porta, por favor!
- Vai embora, Poncho! Antes que eu vá até aí arrebentar a sua cara! – Dulce gritou para que ele a ouvisse.
- Anny, vamos conversar! Me dá uma chance de eu me explicar! Por todos esses anos de amizade, me dá uma chance!
Droga! Ele sabia muito bem como me atingir. Tocar em nossa amizade foi ponto baixo. Eu lhe daria uma chance de se explicar. Não por ele, e sim pelo antigo Poncho. O Poncho que eu conheci quando era uma menina.
- Dulce, abre a porta por favor. – Ela arregalou os olhos e me olhou como se eu estivesse doida.
- Mas Anny, depois disso você ainda vai passar a mão na cabeça desse filho da puta?
- Só vou ouvi-lo, isso não quer dizer que vou perdoá-lo.
- Mas para que ouvir se não vai perdoar? – Maite me perguntou. Suspirei.
- Para ficar com a consciência limpa.
Dulce foi até a porta e a abriu fazendo cara feia para Poncho. Ele entrou no quarto e ficou esperando que elas saíssem, o que não aconteceu.
- Dulce, Maite. Por favor, nos deixem a sós. – Pedi.
- Eu não saio daqui. Não vou te deixar sozinha com ele, Anny. – Dulce bateu o pé.
- Por favor, Dulce. Eu sei me cuidar.
- Mas, Anny... – Não a deixei terminar de falar.
- Dulce, a conversa é particular. – Ela acabou concordando contrariada e saiu junto de Maite.
Poncho ficou só me olhando por um minuto. Perdi minha paciência com ele.
- Vai falar alguma coisa ou vai ficar só aí me encarando? – Ele ficou surpreso com minha agressividade, era bastante raro tratá-lo assim.
- Você voltou a fumar? – Revirei os olhos e soltei a fumaça em sua cara.
- O que que você acha? Estou segurando uma caneta em minha mão? Eu acho que não. – Ele pareceu magoado pelo meu tratamento. Foda-se ele.
- Você voltou a fumar por minha causa?
- Não, Poncho. Ao contrário do que você pensa, o mundo não gira a sua volta.
- Eu... Preciso me explicar. – Disse de cabeça baixa.
- Tá esperando um convite formal para falar? Eu não tenho o dia todo.
- Eu estava conversando com o Ucker e o Christian, aí a Angelique passou me dando bola e eu não quis ficar com ela... – Interrompi-o incrédula com sua cara de pau.
- Eu vi como você não queria ficar com ela. – Falei de modo irônico.
- Então eles começaram a dizer que eu não queria pegá-la porque estava apaixonado por você. Eu só beijei-a porque eu sou um idiota e queria provar para eles que isso não era verdade.
- Tenho que concordar, você é realmente um idiota. Como pode ser tão influenciável assim?
- Eu não sei. Cada vez que falam sobre nós dois, e que supostamente temos sentimentos um pelo outro, isso mexe comigo de um jeito que não sei explicar. Eu sinto uma necessidade louca de provar que o que eles dizem não é verdade. – Isso me magoou.
- Estar apaixonado por mim seria tão ruim assim? - Ele levou as mãos à nuca e suspirou.
- Eu honestamente não sei. Tudo entre nós é muito intenso e extremo, é difícil saber onde tudo isso poderia parar. A paixão por você poderia acabar por me tornar um homem melhor, na intenção de estar à sua altura. Ou poderia me destruir completamente, caso minha mente fraca não aguentasse um sentimento tão forte como o amor por você seria. Ou poderia não acontecer nada disso, e sim outra coisa. Que poderia ser boa ou ruim.
- E o que você faria se estivesse apaixonado por mim? Iria ignorar o sentimento ou lutaria por ele?
- Eu não tenho a mínima ideia. Acho que não dá para prever isso. Seria o tipo de coisa que eu descobriria na hora, como eu me sentiria e o que iria querer fazer com o sentimento. E você, o que faria? – Me olhou com expectativa.
- Eu acho que a sua resposta serve muito bem para mim também. – Vendo que eu baixei a guarda, ele se aproximou e sentou em minha cama junto de mim.
- Nós somos tão confusos. – Ele me exibiu um sorriso triste.
- O que aconteceu com os pensamentos felizes?
- Às vezes acontecem umas recaídas. – Não resisti e o abracei. Não suportava vê-lo sofrer e tinha o perdoado ainda no meio da conversa, quando ele se abriu para mim. Não sei que efeito era esse que Poncho tinha sobre mim, que era impossível ficar chateada com ele por muito tempo.
- Isso quer dizer que você me perdoa?
- Sim, eu te perdoou. – Ele suspirou aliviado. - Mas se você se engraçar com outra de novo, acabou tudo entre a gente. Não vai sobrar nem a amizade. Você é só meu, Poncho.
- Seu é? Não sabia que você era tão possessiva, Anny. – Ele estava com aquele delicioso sorriso convencido dele.
- Eu sou, agora aguenta. – Em seguida puxei-o para mim e prendi sua boca a minha, com fúria. Ele pegou meu cabelo e enrolou-o em sua mão, puxando com força. Nossas línguas pareciam disputar espaço, pelo modo rápido como se tocavam. Ele me deitou na cama, seu corpo sobre o meu. Ficamos um longo tempo saboreando a boca um do outro. Beijos para fazer as pazes eram realmente muito bons.
Prévia do próximo capítulo
P.O.V. Poncho Era sábado e tínhamos combinado Ucker, Dulce, Christian, Maite, Anny e eu de irmos a uma praia que ficava à meia hora da capital. Tínhamos acertado que iríamos sair às sete, então às seis da manhã Ucker já estava de pé tentando tirar eu e Christian da cama. Foi difícil, ele tev ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 182
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Feponny Postado em 26/08/2019 - 01:11:32
Vollllllta
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anyeponcho Postado em 11/06/2018 - 23:44:57
Saudades!!!
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anyeponcho Postado em 15/05/2018 - 15:57:19
Quero maissssss
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anyeponcho Postado em 23/04/2018 - 01:40:39
Kkkkkkkk Tadinha da Any com esses garotos. O Poncho com ciúmes é a coisa mais fofa e maravilhosa, adoro quando ele sente ciúmes dela :)
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ponnyayalove Postado em 13/04/2018 - 21:20:18
Anny dando graças a Deus por ir para a diretoria kkkk ´louca mesmo,cnt
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Angel_rebelde Postado em 13/04/2018 - 19:45:05
Definitivamente Ryan, Levy e Poncho combinaram de deixar a Anny em saia justa kkkkkkkkkkkkkkk quem mandou ser tão adorável q nem ela né ? :3 Mas é melhor ela decidir dar um basta logo antes q Poncho brigue com eles ñ apenas por ciúmes e sim para mostrar q as senhas da fila dela acabaram e o cargo de namorado dela já foi preenchido U.u Coooooooooooonnttt Por Angel_rebelde
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ponnyayalove Postado em 11/04/2018 - 22:22:32
Não creio nisso pega a Angelique aquela vadia Willian e deixa Anny quieta kkk
amandaportilla Postado em 13/04/2018 - 07:19:12
Kkkkkkkkk Morri com esse comentário. Bem que o William podia deixar a Anny em paz mesmo, porque tá pra nascer cara mais chato!
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Angel_rebelde Postado em 11/04/2018 - 18:57:51
Queee azaar esse do Poncho ! Quando pensou ter se livrado do Ryan, agora vem o Levy ! Puuutssss :@ Anny foi ridícula em fazer ceninha fingindo q ela ñ está com o Poncho apenas para Ryan se sentir menos mal ¬¬ Na hora q estiverem sozinhos, espero q ela tenha uma explicação mto boa para ter agido assim. Coooooooooooooooooooooooonttt Por Angel_rebelde
amandaportilla Postado em 13/04/2018 - 07:17:24
Desse jeito que tão as coisas, o Poncho ainda vai perder a cabeça por causa de tanto ciúmes kkkkkk Ah eu não achei tão ruim assim o que a Anny fez. É tipo a mesma coisa que rolou com a Mia e o Miguel na primeira temporada, quando eles esconderam o namoro pra não magoar Celina, Giovanni e Julieta.
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anyeponcho Postado em 10/04/2018 - 00:01:07
Ansiosa por amanhã kkkkk vão botar fogo no quarto kkkk
amandaportilla Postado em 11/04/2018 - 08:35:02
Foi mal te decepcionar, mas vai ter que esperar mais um pouco pra ver se rola deles matarem toda essa saudade no quarto kkk
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Angel_rebelde Postado em 09/04/2018 - 19:01:37
Mesmo rabugentos eles são meeeu casaaaal maaaaaaaaaaais lindoooooooo *---* Poncho qndo deixa de ser besta consegue a Anny de volta e ainda aumenta o amor q ela sente por ele <3333 Coooooooooooooooonnttt Por Angel_rebelde
amandaportilla Postado em 11/04/2018 - 08:32:54
Casalzão toppp mesmo. Poncho sabe direitinho o que fazer pra deixar a Anny boba por ele. Mesmo que os dois vivam fazendo burradas, um acaba sempre perdoando o outro. Não tem jeito, é o amor kkkk