Fanfic: Autodestruição - AyA | Tema: Ponny

P.O.V. Poncho

Era sábado e tínhamos combinado Ucker, Dulce, Christian, Maite, Anny e eu de irmos a uma praia que ficava à meia hora da capital. Tínhamos acertado que iríamos sair às sete, então às seis da manhã Ucker já estava de pé tentando tirar eu e Christian da cama. Foi difícil, ele teve de realmente pegar Christian pelos pés e puxá-lo para fora da cama. Comigo, só precisou ameaçar fazer o mesmo para que eu estivesse de pé.

Logo estávamos todos no carro de Ucker, de cinco lugares. Anny ia em meu colo. Quando estávamos planejando o passeio, sugeri-a que fossemos em meu carro enquanto os outros iam no de Ucker. Ela já devia ter recusado pensando que assim poderia ir em cima de mim no carro. Eu é que não estava reclamando!

Foi bastante difícil de me controlar durante a viagem. Quando ela se remexeu sobre mim, eu fui a loucura. Não pude evitar ficar duro. Percebi que seu corpo ficou rígido, ela realmente se sentiu incomodada. Tratei de acalmar meu amigo o mais rápido que pude, para não deixá-la mais desconfortável ainda. Ela passou o resto inteiro do trajeto sem se mover um centímetro sequer. Droga.

Chegando na praia, não pude conversar a sós com Anny sobre o que aconteceu comigo no carro, pois ela saiu arrastando Dulce e Maite pela areia, antes que eu pudesse dizer um pio. Suspirei enquanto vi-a se afastar. Estava claramente me evitando.

- Ô Poncho, vamos lá jogar um futevôlei. – Ucker me chamou. Como continuei parado no mesmo lugar, ele então decidiu jogar a bola em minha cabeça, para conseguir minha atenção. Funcionou.

- Qual é o seu problema ba****? – Falei enquanto passava a mão onde a bola me acertou.

- Você tava num transe olhando pra onde as garotas estão. Pensei em te dar uma ajudinha para despertar. – Ele deu de ombros.

- Da próxima vez, não me ajude.

- O que foi que te aconteceu? – Ucker perguntou e nesse momento Christian se aproximou de nós.

- Eu fiquei duro debaixo da Anny no carro. – Os dois fizeram cara de confusos.

- E? Qual o problema? – Ucker quis saber.

- Eu perdi alguma parte importante da conversa? Porque eu tô tão perdido quanto em uma aula de matemática. – Christian falou.

- Vocês não entendem que parte “do eu fiquei duro debaixo dela”? – Não podia entender como eles achavam aquilo aceitável.

- É a coisa mais normal do mundo ela te sentir duro, já que vocês estão transando. – Christian disse como se fosse óbvio.

- Aí é que tá. Nós não estamos transando. – Eles arregalaram os olhos, surpresos com a revelação.

- Então, espera aí. Você está em uma amizade colorida só de beijinhos? – Christian caiu na gargalhada. – Cara, ninguém faz isso.

- Eu realmente pensei que estivessem transando. A Anny não tem cara de virgem, ainda mais por conta do lance com o Rodrigo.

- Era exatamente o que eu pensava. Fiquei em choque quando ela me contou.

- Mas você bem que gostou de saber, einh Poncho. – Christian me cutucou com seu braço.

- Lógico que gostei. Ela me disse que quer que eu seja o seu primeiro, que cara não gostaria de ouvir isso.

- Você até pouco tempo atrás não gostava. – Ucker insinuou. – Lembro bem de você dizer que não comia as virgens porque elas eram tímidas na cama.

- A Anny é especial. Não bote ela na mesma categoria das outras, porque ela é um nível muito acima. – Ucker abriu a boca para falar, e eu sabia muito bem o que ele iria dizer. – Se for pra falar dos meus sentimentos pela Anny, nem gasta a saliva.

- Como você é teimoso, Poncho. Pra sua informação eu não ia falar sobre isso, e sim de uma coisa que você gostaria de saber. Mas tudo bem, vou calar a boca.

- Não faz isso comigo, Ucker. Foi mal aê. Mas me conta, vai.

- Não vou contar nada. – Ele falou e ao seu lado Christian parecia se segurar para não abrir a boca.

- Tem um cara passando protetor solar nas costas da Anahi! Ufa, falei. – Ele não conseguia mesmo manter o bico calado.

Virei-me e vi que tinha realmente um cara colocando as mãos nela. Que p**** era aquela? Fui prestes a explodir até eles.

- Posso saber que m**** está acontecendo aqui, Anahi? – Meu tom frio assustou-a, fazendo ela se virar e sentar rapidamente. O sujeito tirou as mãos de cima dela e Dulce e Maite só olhavam espantadas.

- Poncho, podemos falar em um lugar particular? – Ignorei seu pedido.

- Como é que pode? Alguns dias atrás você me pediu fidelidade e agora fica deixando esse daí passar as mãos em você. – Ela se levantou e segurou meu rosto. Tirei suas mãos de mim rapidamente.

- N-não é o q-que você está pen-pensando.

- Nunca é não é mesmo? – Disse irônico.

- P-poncho, v-vem comigo. D-deixa eu t-t-te explicar à-à sós.

- Não vou a lugar nenhum com você. Eu vou é embora dessa porcaria de lugar.

Quando ia sair dali, o cara que estava com ela se pronunciou.

- Olha, desculpa eu me meter, mas é que parece que eu sou o pivô da briga. Só para esclarecer, não é mesmo o que você está pensando. Eu não tenho nenhum interesse nela. Ela não é o meu tipo. Você sim é, docinho.

- Poncho, esse é Aarón Díaz, primo da Dulce. Super gay. Nós estávamos aqui conversando quando ele apareceu e resolveu fazer companhia. Eu estava precisando retocar o protetor nas costas e ele se ofereceu para passar em mim.

- Não acredito que você ficou assim por causa da bicha do meu priminho. Tá bem cego, einh Poncho. – Dulce gargalhava.

- Desculpa mesmo. Se eu soubesse que a Annyzita tinha um bofe tão ciumento, e que bofe, nem teria encostado nela.

- É... Anny... Eu agora tô achando uma boa ideia aquele seu pedido pra conversar em particular.