Fanfic: Autodestruição - AyA | Tema: Ponny
P.O.V Anahi
Hoje seria a viagem de início de ano letivo do 5º ano.
Terminei de pentear meus longos e loiros fios de cabelo e permaneci sentada em frente a penteadeira de meu quarto, me encarando por um minuto mais para checar se a maquiagem estava perfeita. Quando cheguei a conclusão de que não poderia estar mais bonita ainda, sorri com satisfação e me levantei indo em direção ao andar de baixo.
Tomei o café da manhã sozinha no enorme balcão de mármore da cozinha americana. Meus pais, como é de costume, se encontravam fora do país à trabalho. Mamãe estava posando para a nova coleção de outono do papai nos Estados Unidos ou Canadá. Quem se importa.
Enquanto mexia distraidamente a colher em meu cereal, ouvi uma respiração que não a minha e virei minha cabeça em direção à porta da cozinha. Encontrei meu mordomo parado na soleira me encarando com uma expressão enigmática.
- Que susto, Peter! Quer me matar do coração? – Pus a mão em meu peito.
- Anny, minha querida, já está pronta para ir ao colégio?
- Eu nasci pronta, Peter. Vamos.
Sai em direção a Mercedes E 250 prata estacionada em frente a casa. Um dos muitos carros de minha família. Enquanto Peter dirigia pela Cidade do México, eu encostei minha cabeça no banco ao mesmo tempo em que olhava para fora perdida em meus pensamentos.
Nunca tive meus pais realmente por perto. Ambos sempre foram muito dedicados aos seus trabalhos e às vezes passavam meses longe de mim. Quando voltavam de viagem era sempre com vários presentes que eles achavam que iria me fazer esquecer a falta que me faziam. Sempre pensaram que era mais fútil do que realmente sou. Nunca chegaram a me conhecer de verdade. Acho que não se aprende sobre os gostos e sonhos de sua filha com um telefonema por mês.
Fui praticamente criada por Peter. Por isso, tenho um grande apreço e carinho por ele. Não saía de casa nem ao menos para ir a um colégio já que tinha meus professores particulares. Por viver reclusa, não tive contato com ninguém de minha idade até convencer meus pais a me colocarem no Elite Way. Onde não só passava os dias, como também as noites e me livrava assim da minha imensa e fria casa.
No 1º ano, conheci Poncho após a viagem de início de ano letivo. Sorri com as lembranças da noite em que conversamos pela primeira vez. Lembrei de nossa guerra de comida e como nos safamos de sermos punidos pelo simples fato de sermos filhos de nossos pais. Depois disso, vimos que tínhamos uma espécie de carta branca para fazermos o que bem entendêssemos naquele colégio.
Vivíamos grudados naquele ano, sem contato com nenhum dos outros alunos. Éramos dois pré-adolescentes que não sabiam direito como interagir com os outros por termos tido uma formação diferente. Era difícil tanto para mim como para ele, vermos todos nos taxando de esquisitos e anti-sociais. Cansados de nos sentirmos excluídos, acabamos por combinar que mudaríamos nossa atitude e seríamos os mais populares daquele colégio. E conseguimos. Todas as garotas gostariam de ser como eu, copiavam minhas roupas até. E Poncho era visto como o maior galã e o grande pegador.
Nesse processo de mudança em busca de popularidade e aceitação, tanto por parte dos outros como de nós mesmos, algo dentro de nós se quebrou. Não soubemos bem lidar com o novo rumo vazio que nossas vidas tomou e no processo perdemos nossa inocência. E sem ela, passamos a nos meter em diversos problemas. Era uma tentativa de aliviar a dor que sentíamos em nossos peitos, preencher o vazio e ao mesmo tempo um pedido de socorro. Queríamos que nossos pais vissem como éramos problemáticos e desajustados. Que nos resgatassem dessa vida, dando a atenção e carinho que tanto precisávamos. O que claro, não aconteceu.
Quando dei por mim, Peter tinha estacionado em frente a entrada do Elite. Pude ver que ali estava lotado de alunos se despedindo de seus pais grudentos e superprotetores.
- Tenha uma boa viagem, Anny. Sentirei saudades. – Peter me disse com um sorriso caloroso em seu rosto.
- Eu também. Tchau, Peter. – Sorri de volta.
Respirei fundo enquanto abria a porta. Dei meu melhor sorriso ao mesmo tempo em que botava meu pé direito no chão. Comecei a me mover entre a multidão, que abriu caminho para que eu passasse. Imaginei que estava em uma passarela da Victoria Secret´s enquanto andava graciosamente por aquela entrada. Podia sentir os olhares queimando em minha pele. Vi que tinha um garoto que estava quase babando por mim e lhe dei uma piscadela antes de ir de encontro ao saguão.
Lá encontrei Raquel e Jacke, minhas fiéis seguidoras. Só podia contar com elas. Todas as outras pareciam não gostar muito de mim. Começamos uma conversa sobre os novos alunos que ali estavam.
- Olha aquela dali. – Raquel apontava para uma garota de cabelos vermelhos. – Que horror! Ela não tem nenhuma noção de moda.
A ruiva usava uma blusa justa laranja, com uma saia soltinha azul e nos braços tinha luvas com listras rosas e pretas, daquelas que uma emo usaria. Embora sua roupa fosse realmente horrorosa, era com toda certeza uma pessoa de personalidade forte. Já gostava dela.
- E aquela com quem ela está falando? Parece uma freira. – Soltou Jacke. Falava de uma morena muito bonita, mas que não parecia saber disso. Estava vestida da cabeça aos pés com roupas de cores sem graça, largas e que escondiam todo o seu corpo. Só sua cabeça e mãos estavam a mostra.
- Esse parece que saiu de um desenho animado. – Raquel falava de um garoto de cabelos platinados que usava uma blusa florida junto com uma calça vermelha.
Elas riam e botavam defeitos em todos os novos alunos. Sinceramente, estava ficando sem paciência com essas duas. Suas conversas fúteis me cansavam. Era amiga delas por puro medo de ficar sozinha. Além delas, só tinha Poncho.
Olhei ao redor, vendo se o encontrava em algum canto. Nada. Aonde será que ele estava?
P.O.V Poncho
Depois de silenciar o despertador três vezes, na quarta desisti e me levantei preguiçosamente. Ia em direção ao chuveiro para um banho gelado daqueles que tiram todo o sono, quando parei em frente ao espelho e me apreciei um pouco. Me considerava atraente e todas as meninas do Elite pareciam concordar.
Após o banho, caminhei rumo ao meu celular e quando o olhei, percebi que tinha uma mensagem de Christopher perguntando aonde eu estava. Olhei a hora e vi que o ônibus da viagem já devia ter partido. Não me importava. Chegaria no resort que o colégio alugou com meu próprio carro. Já havia feito isso no ano anterior.
Tomei meu café sem pressa, como se nem estivesse atrasado. Ucker continuava me mandando mensagens, mas agora Anny me ligava também. Decidi atendê-la para não deixá-la preocupada.
- Alô.
- Não me diga que você ainda está em casa? – Ela me perguntou com um tom reprendedor.
- Tomando meu café da manhã. Está delicioso, por sinal. – Ouvi ela rir do outro lado da linha. Era um som maravilhoso.
- Você não muda nunca, Poncho. Só não demore muito pra chegar, não queira me ver brava.
- Mas você fica tão bonitinha quando está brava. Nem parece que é capaz de matar um. – Brinquei e nem precisava vê-la para saber que estava rolando os olhos. A conhecia bem demais.
- Pare de conversar comigo e venha logo pra cá. Beijos. – Ela desligou em minha cara.
Terminei de comer e peguei as chaves da minha Lamborghini Aventador preta. Tinha um verdadeiro amor por esse carro.
Com a janela aberta, senti todo o vento bagunçando meus cachos enquanto dirigia a toda velocidade com uma música eletrônica pulsando fortemente através do automóvel e que acabava por me incentivar a correr ainda mais. Com certeza iria levar algumas multas que não iriam nem coçar em meu bolso e com sorte chegaria somente uma meia hora depois de todos no resort em Monterrey, o suficiente para ver Anny um pouquinho emburrada.
(...)
Enquanto estava parado esperando o frentista abastecer, peguei meu celular e vi outra mensagem de Ucker me perguntando se iria demorar muito para chegar.
“Calma amor, já estou chegando. Não precisa ficar com saudades.” – Respondi rindo comigo mesmo.
“ Vai te ca*** Poncho.” – Apareceu em minha tela quase que instantaneamente depois.
Pouco depois estacionei na entrada do belo resort. Era um local de aparência rústica e chique. O hotel era todo de madeira escura e com grandes vidraças que iam do teto ao chão, dando certamente uma ampla visão da paisagem para quem estivesse nos quartos. Tulipas vermelhas estavam espalhados por toda a parte e criavam caminhos para a passagem. Haviam três quadras de tênis, e um campo de futebol com dimensões de jogos profissionais. De frente para o grande lago de água cristalina, tinha uma enorme piscina que ia até dentro do hotel, sendo que sua área interna era aquecida. Sabia também que o resort tinha sauna e passeios de lancha. Ao fundo, a mais bela visão que se podia ter de Monterrey. Suas montanhas que se encontravam e refletiam no lago brilhante.
Deixei minha mala em meu quarto, que soube que estava dividindo com Ucker e um tal de Christian, e fui até a piscina exterior. Antes que pudesse procurar Anny, Christopher e Derrick apareceram em minha frente.
- Até que enfim, meu rei. Pensamos que teríamos que ir até a capital te buscar. – Ucker falou.
- É, não íamos te deixar perder toda a diversão. As novas alunas são todas umas gatas. – Derrick disse com um sorriso sacana.
Vi passar por mim uma loira com as pontas do cabelo rosa. Ela me olhava e sorria para mim, antes da sair rebolando a bunda.
- Filho da mãe! Como que você consegue? Você não tá aqui a nem dois minutos. – Derrick falou indignado e eu ri.
- Fácil. Eu simplesmente sou mais bonito que você. Por isso ganho as garotas.
- Falando em garotas, olha quem tá vindo aí. – Ucker apontou.
Anny apareceu desfilando num pequeno biquíni vermelho que valorizava sua pele bronzeada. Jesus! Ela tinha a atenção de todos os garotos ali. Fiquei subitamente com raiva e uma imensa vontade de enrolá-la em uma toalha e tirá-la de perto de todos esses olhares secantes sobre ela.
Ela me viu e me deu seu mais sincero sorriso. Não pude evitar sorrir também. Veio andando até onde eu estava.
- Oi garotos. – Se dirigiu a nós três.
- Oi Anny. – Derrick disse. O bastardo quase babava.
- Poncho, está tudo certo para hoje a noite? – Ela perguntou me olhando. Tínhamos combinado os quatro de fazer uma fuga do resort naquela noite. Iríamos para uma boate que tinha por perto.
- Sim, já resolvi tudo.
Aquela noite prometia.
Prévia do próximo capítulo
P.O.V. Anahi Terminava de me arrumar em meu quarto do hotel. Eu usava um vestido prata que deixava minhas costas desnudas. Estava passando um gloss em frente ao espelho e podia ver o olhar julgador que Maite, uma de minhas companheiras de quarto, lançava sobre mim. Via que ela se perguntava se devia me dizer algo que estava engasgado em sua garganta. Decidi por tir&a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 182
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Feponny Postado em 26/08/2019 - 01:11:32
Vollllllta
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anyeponcho Postado em 11/06/2018 - 23:44:57
Saudades!!!
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anyeponcho Postado em 15/05/2018 - 15:57:19
Quero maissssss
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anyeponcho Postado em 23/04/2018 - 01:40:39
Kkkkkkkk Tadinha da Any com esses garotos. O Poncho com ciúmes é a coisa mais fofa e maravilhosa, adoro quando ele sente ciúmes dela :)
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ponnyayalove Postado em 13/04/2018 - 21:20:18
Anny dando graças a Deus por ir para a diretoria kkkk ´louca mesmo,cnt
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Angel_rebelde Postado em 13/04/2018 - 19:45:05
Definitivamente Ryan, Levy e Poncho combinaram de deixar a Anny em saia justa kkkkkkkkkkkkkkk quem mandou ser tão adorável q nem ela né ? :3 Mas é melhor ela decidir dar um basta logo antes q Poncho brigue com eles ñ apenas por ciúmes e sim para mostrar q as senhas da fila dela acabaram e o cargo de namorado dela já foi preenchido U.u Coooooooooooonnttt Por Angel_rebelde
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ponnyayalove Postado em 11/04/2018 - 22:22:32
Não creio nisso pega a Angelique aquela vadia Willian e deixa Anny quieta kkk
amandaportilla Postado em 13/04/2018 - 07:19:12
Kkkkkkkkk Morri com esse comentário. Bem que o William podia deixar a Anny em paz mesmo, porque tá pra nascer cara mais chato!
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Angel_rebelde Postado em 11/04/2018 - 18:57:51
Queee azaar esse do Poncho ! Quando pensou ter se livrado do Ryan, agora vem o Levy ! Puuutssss :@ Anny foi ridícula em fazer ceninha fingindo q ela ñ está com o Poncho apenas para Ryan se sentir menos mal ¬¬ Na hora q estiverem sozinhos, espero q ela tenha uma explicação mto boa para ter agido assim. Coooooooooooooooooooooooonttt Por Angel_rebelde
amandaportilla Postado em 13/04/2018 - 07:17:24
Desse jeito que tão as coisas, o Poncho ainda vai perder a cabeça por causa de tanto ciúmes kkkkkk Ah eu não achei tão ruim assim o que a Anny fez. É tipo a mesma coisa que rolou com a Mia e o Miguel na primeira temporada, quando eles esconderam o namoro pra não magoar Celina, Giovanni e Julieta.
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anyeponcho Postado em 10/04/2018 - 00:01:07
Ansiosa por amanhã kkkkk vão botar fogo no quarto kkkk
amandaportilla Postado em 11/04/2018 - 08:35:02
Foi mal te decepcionar, mas vai ter que esperar mais um pouco pra ver se rola deles matarem toda essa saudade no quarto kkk
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Angel_rebelde Postado em 09/04/2018 - 19:01:37
Mesmo rabugentos eles são meeeu casaaaal maaaaaaaaaaais lindoooooooo *---* Poncho qndo deixa de ser besta consegue a Anny de volta e ainda aumenta o amor q ela sente por ele <3333 Coooooooooooooooonnttt Por Angel_rebelde
amandaportilla Postado em 11/04/2018 - 08:32:54
Casalzão toppp mesmo. Poncho sabe direitinho o que fazer pra deixar a Anny boba por ele. Mesmo que os dois vivam fazendo burradas, um acaba sempre perdoando o outro. Não tem jeito, é o amor kkkk