Fanfic: Autodestruição - AyA | Tema: Ponny

POV Anahi

Mamãe e papai mostravam o portfólio da campanha de outono feita no Canadá para o Sr. E a Sra. Herrera, estavam muito distraídos com isso. Estavam sentados todos em um só sofá, enquanto Poncho e eu nos mantínhamos atrás deles. Aproveitando que não estavam olhando, ele me deu um selinho.

- Para. – Sussurrei e bati em seu peito. – Eles podem acabar vendo.

- Eles estão muito ocupados. Vem cá.

Me puxou para seus braços e tomou minha boca em um fogoso beijo. Eu devia me separar dele, o que estávamos fazendo era muito arriscado. Mas eu simplesmente não conseguia. Parecíamos até dois imãs opostos se atraindo magneticamente.

Nos beijávamos com nossos pais a menos de dois metros de distância. O som do beijo era abafado pelo falatório exageradamente alto. Ao mesmo tempo em que minha língua se encontrava com a dele, continuei prestando atenção na conversa, para evitar que fossemos pegos no flagra. Estavam comentando sobre cada uma das fotos da coleção.

As mãos de Poncho estavam firmes em minha cintura, enquanto as minhas agarravam sua nuca. Não podíamos ser muito ousados ali. Se ele me tocasse em algum ponto mais sensível, eu certamente iria gemer e seríamos descobertos.

Ouvi o barulho do portfólio sendo fechado e então empurrei Poncho rapidamente. Só deu tempo para por a mão em frente a minha boca, que deveria estar toda borrada do batom vermelho. Vi-o fazer o mesmo.

Eles se viraram para trás e olharam-nos como se fossemos dois extraterrestres.

- Por que estão tampando a boca? – Perguntou meu pai.

- Err... Dor de dente, sabe como é. – Falei abafado por conta de minha mão.

- Nos dois? Ao mesmo tempo? – Sr. Herrera perguntou desconfiado.

- É, olha só que coincidência. – Poncho falou.

- É mesmo muita coincidência. – Disse a Sra. Herrera.

- Melhor irem na cozinha por um gelo nessas bocas, então. – Minha mãe sugeriu.

- É exatamente o que nós vamos fazer. Com licença. – Puxei Poncho rapidamente para fora dali.

Na cozinha estávamos sozinhos. Todos os empregados tinham terminado de lavar a louça e já estavam em seus pequenos aposentos. Olhando a minha imagem reluzida no fogão, limpei todo o borrado. Em seguida, limpei a boca dele também.

- Você devia parar de usar esses seus batons, eles atrapalham muito.

- Só coloquei porque não esperava ser beijada em frente aos nossos pais. – Ele riu. – A culpa é sua que não consegue ficar longe de mim.

- Hum não consigo mesmo. Mas a culpa é sua por ser tão deliciosa. – Agarrou as minhas pernas e me pôs em cima da bancada.

Ele aproximou o rosto do meu para me beijar. Fiz charme e virei o rosto.

- Você não se cansa nunca não? – Perguntei e ele sorriu safado.

- De você? Impossível.

Tentou me beijar outra vez e me esquivei. Ele bufou.

- Não brinca comigo, Anny.

- Eu? O que eu estou fazendo? – Usei um tom de voz cínico enquanto prendia o riso.

- Você sabe muito bem. – Me olhava sério.

- Não sei, não. Você vai ter que me dizer.

- Está me atiçando, Anny. Gosta de me ver louco por você.

- Acho que você está enganado. – Disse e ele levou seus lábios até meu ouvido.

- Então me diz que você não quer que eu te jogue na mesa e te beije duro, sugando esses seus lábios. – Senti sua respiração pesada me acariciar a orelha.

- Eu não. - Ele agora acariciava minha cintura de modo firme.

- Não quer que eu beije e morda seu pescoço enquanto aperto seus mamilos em minhas mãos e você geme baixo para que ninguém nos escute? – Seus dedos estavam na lateral de meus seios, provocando-me.

- N-não. – Fechei os olhos, implorando mentalmente que ele fizesse tudo isso comigo logo.

- Nem se eu me pusesse entre as suas pernas... – Apertava agora minhas coxas. – E começasse a beijar cada pedacinho ali, até chegar em sua b***** molhadinha para mim?

Balanço a cabeça em sinal de negativo. Não podia abrir a boca, estava muito ocupada cravando meus dentes fortemente no lábio inferior. Ele mordeu meu lóbulo da orelha e trouxe seus dedos para bem próximo de minha intimidade.

- E se minha língua encontrasse seu ponto mais sensível? Se ela lambesse e girasse em volta do seu clitóris? Se eu começasse a chupá-la ali enquanto meto dois dedos dentro de você, ouvindo você gritar meu nome bem alto, para que até nossos pais escutassem o quanto eu te satisfaço?

- Por favor. – Ele sorriu confiante.

- Por favor o quê?

- Faça tudo isso.

Ele aproximou sua boca da minha e quando ía me beijar, escutamos chamarem por nossos nomes.

- P****! – Poncho soltou irritado. Acariciei seu rosto para acalmá-lo.

- Vamos lá. – Sai de cima da bancada e peguei em sua mão.

- Mas você tem que me prometer que vamos terminar depois o que não começamos.

- Quem sabe eu não te deixo fazer a última parte algum dia. Daqui há uns anos, talvez.

- Alguns anos?? Anny, me diz que você está gastando uma com a minha cara. – Ele me olhou apavorado e eu ri.

- Se você se comportar, eu posso até te dar o que você quer mais cedo do que imagina. – Dei-lhe uma olhada provocante e mordi o lábio.

- Por que você faz isso comigo justo agora? Olha o meu estado. – Podia ver um chamativo volume em suas calças.

- Anahi e Alfonso, venham aqui agora mesmo!! – Escutamos novamente minha mãe gritar.

- O que eu faço? – Ele perguntou apavorado.

- Fica o tempo todo atrás de mim e me abraça.

Saímos da cozinha desse jeito e fomos em direção a sala.

- Por que nos chamaram? – Perguntei.

- Armando e Ruth já estão indo embora. – Meu pai falou, sem nem mencionar Poncho.

- Por que vocês estão abraçados? – A Sra. Herrera perguntou.

- É porque eu não vivo sem essa baixinha aqui. – Me apertou mais e deu um sorriso forçado.

- Seu filho me ama e não quer me soltar nunca.

- Bem, pois trate de soltar, pois temos que voltar para casa.

Olhei para Poncho e ele me deu um sinal de positivo com a cabeça, então me soltou e eu me afastei dele.

Seus pais se despediram de mim com dois beijinhos na face e Poncho me deu um longo e apertado abraço. Quando teve a certeza de que ninguém estava nos olhando, me roubou dois selinhos e bati em seu ombro enquanto ria.

Os pais dele prometeram fazer um novo jantar, dessa vez em sua casa. Mamãe disse que iria adorar ver a nova cozinha, que os Herrera tinham reformado. Após uma pequena conversa cheia de promessas de encontros e talvez uma viagem em dezembro, eles foram embora.

Meus pais já estavam subindo a escada, indo para seu aposento, sem nem me dizerem um boa noite, quando eu os interrompi.

- Posso pedir para Peter me levar ainda hoje para o colégio?

- Você é quem sabe. – Minha mãe fez pouco caso e voltou a subir as escadas, sendo seguida por meu pai.

Fiquei com um nó na garganta, mas engoli a vontade de chorar. Eles não mereciam as minhas lágrimas.