Fanfic: Autodestruição - AyA | Tema: Ponny
POV Anahi
- Uau, você está muito bonita! – Dulce falou quando eu desci a escada do quarto.
- Obrigada. – Falei enquanto ajeitava meus cabelos.
- Onde o Poncho vai te levar? – Maite me perguntou.
- No restaurante San Ángel. – Dei de ombros.
- Aquele lugar é caríssimo e super exclusivo. Soube que se leva meses para conseguir marcar um horário. – Dulce estava de boca aberta.
- Nós conhecemos o dono. Ele costuma frequentar as mesmas festas que nossos pais. É um velhinho muito simpático, por sinal.
- Ai que inveja que eu estou de você agora, Anny. – Maite disse enquanto rolava na cama. – Vai passar a noite com o seu amor e eu vou ficar aqui assistindo alguma comédia romântica para solteironas.
Eu ri e revirei os olhos.
- Ele não é o meu amor.
- Essa sua amizade colorida tão ficando estranha até mesmo para mim. Vocês agem como dois namorados. – Dulce falou com uma sobrancelha erguida.
- Eu não estou afim de discutir isso agora. Só me ajude a colocar esse colar. – Coloquei meu cabelo para frente, dando a ela acesso a minha nuca.
Dulce pegou o colar de minha mão e o prendeu em meu pescoço.
- Mas que chupão é esse daqui, dona Anahi? – Ela falou rindo.
Fui correndo até o espelho do banheiro e descobri que estava marcada um pouco abaixado da orelha. Me apressei a esconder aquilo com um pouco de corretivo.
Pude ouvir alguém batendo na porta e depois ela sendo aberta.
- Cadê a Anny? – Era a voz de Poncho.
- No banheiro, escondendo o chupão que você deixou nela. – Dulce falou.
Voltei para o quarto antes que ela conseguisse dizer mais alguma coisa que me deixaria constrangida.
Meus olhos correram por seu corpo. Ele estava muito bem arrumado, com uma camisa social azul bebê e os cachos controlados. Estava lindo e tive que conter a vontade de correr até ele e agarrá-lo ali mesmo. Segurava um enorme buquê de rosas vermelhas na mão, que ele sabia que eram as minhas prediletas.
Do mesmo modo que eu o olhava afetada, ele fazia o mesmo. Seus olhos estavam arregalados e sorria feito um bobo para mim. Quase me perdi em seu sorriso.
- Você está... – Suspirou. – Incrível.
Caminhei até ele e lhe dei um intenso beijo. Em choque, ele levou um segundo para reagir, mas logo estava correspondendo. Enquanto segurava o buquê com uma mão, com a outra segurava minha nuca, me trazendo para mais perto dele. Coloquei meus braços em volta de seu pescoço e puxei seu cabelo quando nossas línguas se encontraram e brincaram uma com a outra.
- Errr, nós ainda estamos aqui, só para vocês saberem. – Maite falou e nos separamos rindo.
- Eu baguncei o seu cabelo todo. – Falei ao mesmo tempo que tentava arrumar seus fios rebeldes.
- Deixa, não tem importância. Até prefiro assim. – Disse e me deu um selinho. – Toma, essas flores são pra você. – Me entregou o arranjo.
- Jura? E eu aqui achando que eram para a Mai. – Comentei irônica e ele revirou os olhos.
- Por que você não pode fazer como todas as outras e simplesmente agradecer o presente?
- Então quer dizer que você sai dando flores para um monte de garotas? – Eu disse irritada. – Safado. – Bati nele com o buquê.
- Calma aí, Anny. Não foi isso que eu quis dizer. O que eu estava querendo dizer é que todas gostam de receber presentes, não que eu dava para elas. Eu nunca levei outra garota para jantar e nem dei flores, você é a primeira.
Ele me abraçou por trás e passou seu nariz por meu rosto.
- Ciumenta. – Falou antes de morder meu maxilar.
Eu estava quase entrando em combustão. O melhor era sair rapidamente dali, não queria que as meninas notassem que eu estava excitada.
Me soltei de Poncho e peguei em sua mão.
- Nós já vamos indo. Tchau pra vocês. – Acenei.
- Tenham cuidado. – Maite alertou.
- Divirtam-se crianças. – Dulce brincou.
As duas eram completamente diferentes.
(...)
As poucas mesas do restaurante ficavam em um pátio aberto, rodeado de canteiros de orquídeas de cor rosa e árvores cobertas por pisca-piscas amarelos. O ambiente ficava no centro de uma casa de estrutura antiga, mas muito bem cuidada, e arquitetura tradicional mexicana. No meio do pátio tinha um chafariz, e na piscina redonda em volta dele, jasmins flutuavam na água. Em um canto, havia um pianista que tocava uma suave melodia.
O maître nos levou até uma das cinco mesas que haviam. Era realmente um lugar muito exclusivo.
Poncho puxou a cadeira para mim e eu o agradeci enquanto sentava. Ele foi até o seu lugar e fez o mesmo.
Um garçom apareceu e anotou nossos pedidos.
- Aqui é muito agradável, não é? – Me perguntou sorrindo.
- É muito lindo, queria ter conhecido antes. Sr. Garibaldi me convidou diversas vezes para dar uma olhada em seu restaurante, mas não tinha quem pudesse me acompanhar.
- Você podia ter me convidado. – Ele falou como se fosse óbvio.
- Em um jantar romântico? Até um mês atrás você conseguiria imaginar nós dois aqui? Nós não fazíamos isso, Poncho.
- É, as coisas realmente mudaram muito. – Disse pensativo.
Tive medo de fazer a pergunta, mas não podia ficar com a dúvida.
- Você se arrepende?
Ele me olhou atentamente.
- O quê? De nós? – Assenti com a cabeça. – Claro que não, tem sido os melhores momentos de minha vida. – Sua expressão ficou preocupada, de repente. – E você... Você se arrepende?
- Não! – Falei mais rápido do que gostaria. Patético, Anahi.
- Então está tudo ótimo exatamente do jeito que está. Parece que ninguém entende que estamos felizes assim. Sabe, o Ucker e o Christian tem realmente tentado me confundir, dizendo um monte de besteiras sobre o nosso relacionamento e que na verdade estamos namorando, essas coisas.
- A Dulce e a Maite fazem o mesmo. É tão difícil assim ver que queremos deixar as coisas como estão? Pra que mexer no que está dando certo?
Ele pegou em minha mão, em cima da mesa.
- É exatamente o que eu penso.
Sorrimos um para o outro e ficamos assim por um bom tempo.
- Anny, Poncho! Me disseram que vocês tinham chegado e não pude resistir à vir recebê-los.
Olhamos para a pessoa que estava em pé diante de nossa mesa.
- Sr. Garibaldi! – Me levantei e fui abraçá-lo. – Quanto tempo! Senti sua falta.
- E eu a sua menina. Está cada dia mais linda. – Apertou minhas bochechas. – Como é que vai, Poncho? – Fizeram um cumprimento com as mãos. – Está cuidando bem da Anny?
- Eu faço o possível, mas ela só se mete em problemas. – Os dois riram.
Mostrei a língua para ele, que me mandou um beijo em troca.
- Vejo que vocês dois continuam os mesmos. – Sr. Garibaldi falou.
- Eu continuo a mesma, mas esse daí está ficando mais chato a cada dia que passa.
- Você bem que gosta desse chatão aqui. – Falou convencido.
- E como é que vai a Sra. Garibaldi? – Mudei de assunto.
- Vai muito bem. Compramos uma nova casa com um jardim imenso, e ela se ocupa cuidando das flores. Você sabe que ela tem uma verdadeira paixão por jardinagem. Acho que só perde por seu amor à culinária.
- Eu sinto uma saudade do bolo de cenoura que ela faz. – Eu falei com água na boca.
- Mas você só pensa em comida, não é possível! – Poncho implicou comigo.
- Vocês poderiam nos visitar, qualquer dia desses. Adoraríamos ter companhia, e tenho certeza que Amélia faria muitos doces para mimar um pouco vocês.
- Nossa, isso parece perfeito. – Eu disse.
- Vamos mesmo passar lá. O problema, Sr. Garibaldi, vai ser para nos mandar embora depois. – Poncho brincou.
- Isso não seria problema nenhum, Poncho. Vocês sabem que eu e Amélia nunca tivemos netos, e então consideramos vocês dois como se de fato fossem. – Ele olhou para seu relógio. – Bem, eu tenho que ir. Minha esposa está me esperando em casa. Hoje vamos ter um encontro.
Ele se despediu de nós e foi embora.
- Eu acho tão bonito que mesmo depois de 50 anos casados, esses dois ainda são tão apaixonados. – Eu falei suspirando.
- Você vai ter isso também, Anny. – Ele falou seguro.
- Como pode ter tanta certeza? Os Garibaldi se conheceram quando ele tinha 15 e ela tinha 11. Eu já tenho 17, Poncho.
- Você fala como se já estivesse na casa dos 40. – Ele disse rindo.
- Você sabia que a chance de um relacionamento iniciado durante a adolescência durar a vida toda é muito maior do que a chance disso acontecer quando os dois se conhecem depois? – Falei neurótica.
- De onde você tirou isso?
- Uma reportagem no New York Times. Ou seja, uma fonte bastante confiável.
- Por que você está se preocupando com isso agora? Você nunca foi obcecada em encontrar o amor da sua vida.
Dei de ombros.
Nem eu sabia exatamente o porquê. Acho que era meu relacionamento com Poncho que estava me fazendo pensar nisso. Estava tão feliz com ele, que me pegava querendo ter uma relação assim para a vida toda. Queria ter alguém sempre ali para mim, que me abraçasse quando as coisas ficassem difíceis e me fizesse esquecer de todas as minhas tristezas, como Poncho fazia.
- Se isso te preocupa tanto e você quer realmente achar alguém e se amarrar, você ainda tem um ano para encontrar essa pessoa. – Ele falou chateado. – Só não me faça de otário. Não está satisfeita comigo e quer procurar outro? Então terminamos aqui seja lá o que tivemos.
Ele se levantou e foi em direção à porta de saída.
Como eu sou uma estúpida.
Prévia do próximo capítulo
POV Poncho Estava caminhando em direção à saída quando uma pequena mão me segurou no braço. - Poncho, vamos voltar para a mesa, por favor. Deixa eu me explicar. – Ela falou em tom suplicante. Ela me olhava com aqueles olhos grandes e de um azul tão intenso, que as vezes eu até me perdia neles. Não pude n ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 182
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Feponny Postado em 26/08/2019 - 01:11:32
Vollllllta
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anyeponcho Postado em 11/06/2018 - 23:44:57
Saudades!!!
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anyeponcho Postado em 15/05/2018 - 15:57:19
Quero maissssss
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anyeponcho Postado em 23/04/2018 - 01:40:39
Kkkkkkkk Tadinha da Any com esses garotos. O Poncho com ciúmes é a coisa mais fofa e maravilhosa, adoro quando ele sente ciúmes dela :)
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ponnyayalove Postado em 13/04/2018 - 21:20:18
Anny dando graças a Deus por ir para a diretoria kkkk ´louca mesmo,cnt
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Angel_rebelde Postado em 13/04/2018 - 19:45:05
Definitivamente Ryan, Levy e Poncho combinaram de deixar a Anny em saia justa kkkkkkkkkkkkkkk quem mandou ser tão adorável q nem ela né ? :3 Mas é melhor ela decidir dar um basta logo antes q Poncho brigue com eles ñ apenas por ciúmes e sim para mostrar q as senhas da fila dela acabaram e o cargo de namorado dela já foi preenchido U.u Coooooooooooonnttt Por Angel_rebelde
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ponnyayalove Postado em 11/04/2018 - 22:22:32
Não creio nisso pega a Angelique aquela vadia Willian e deixa Anny quieta kkk
amandaportilla Postado em 13/04/2018 - 07:19:12
Kkkkkkkkk Morri com esse comentário. Bem que o William podia deixar a Anny em paz mesmo, porque tá pra nascer cara mais chato!
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Angel_rebelde Postado em 11/04/2018 - 18:57:51
Queee azaar esse do Poncho ! Quando pensou ter se livrado do Ryan, agora vem o Levy ! Puuutssss :@ Anny foi ridícula em fazer ceninha fingindo q ela ñ está com o Poncho apenas para Ryan se sentir menos mal ¬¬ Na hora q estiverem sozinhos, espero q ela tenha uma explicação mto boa para ter agido assim. Coooooooooooooooooooooooonttt Por Angel_rebelde
amandaportilla Postado em 13/04/2018 - 07:17:24
Desse jeito que tão as coisas, o Poncho ainda vai perder a cabeça por causa de tanto ciúmes kkkkkk Ah eu não achei tão ruim assim o que a Anny fez. É tipo a mesma coisa que rolou com a Mia e o Miguel na primeira temporada, quando eles esconderam o namoro pra não magoar Celina, Giovanni e Julieta.
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anyeponcho Postado em 10/04/2018 - 00:01:07
Ansiosa por amanhã kkkkk vão botar fogo no quarto kkkk
amandaportilla Postado em 11/04/2018 - 08:35:02
Foi mal te decepcionar, mas vai ter que esperar mais um pouco pra ver se rola deles matarem toda essa saudade no quarto kkk
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Angel_rebelde Postado em 09/04/2018 - 19:01:37
Mesmo rabugentos eles são meeeu casaaaal maaaaaaaaaaais lindoooooooo *---* Poncho qndo deixa de ser besta consegue a Anny de volta e ainda aumenta o amor q ela sente por ele <3333 Coooooooooooooooonnttt Por Angel_rebelde
amandaportilla Postado em 11/04/2018 - 08:32:54
Casalzão toppp mesmo. Poncho sabe direitinho o que fazer pra deixar a Anny boba por ele. Mesmo que os dois vivam fazendo burradas, um acaba sempre perdoando o outro. Não tem jeito, é o amor kkkk