Fanfic: Autodestruição - AyA | Tema: Ponny

POV Poncho

Estava caminhando em direção à saída quando uma pequena mão me segurou no braço.

- Poncho, vamos voltar para a mesa, por favor. Deixa eu me explicar. – Ela falou em tom suplicante.

Ela me olhava com aqueles olhos grandes e de um azul tão intenso, que as vezes eu até me perdia neles. Não pude negar a chance de se explicar.

Não disse nada e simplesmente voltei a me sentar. Ela me seguiu e fez o mesmo.

Ficou um momento em silêncio, somente me encarando. Eu não estava com paciência para aquilo.

- Então? – Obriguei-a a falar.

Ela deu um longo suspiro.

- Eu tenho realmente a vontade de encontrar alguém.

Eu fiz o movimento de me levantar e ela rapidamente falou:

- Espere! Eu tenho sim essa vontade, mas vai me dizer que você não tem?

Droga. Eu tinha.

- Eu não quero ficar a minha vida toda sozinho, mas não vou sair procurando ninguém enquanto estou com você. – Falei irritado.

- Eu também não vou fazer isso. Eu não sei até quando essa amizade colorida vai durar, mas não vou me envolver com ninguém até que terminemos. Eu não quero estar com mais ninguém além de você, Poncho.

Ela afagou meu rosto e eu fechei os olhos, me deliciando com o seu suave toque.

- Você me perdoa? – Ela me perguntou receosa.

- Acho que eu sou incapaz de ficar chateado com você por muito tempo. – Sorri.

- Desculpe por ter sido uma idiota. – Ela abaixou a cabeça.

- Ei. – Levantei seu queixo. – O idiota aqui costuma ser eu, é até bom uma inversão de papéis de vez em quando.

- Palhaço. – Ela ria.

- Eu tento. – Falei.

Nossos pratos chegaram e então começamos a comer. Tínhamos pedido uma moqueca de camarão para dividir.

Anny fechou os olhos enquanto saboreava a comida.

- Isso daqui é dos céus. Acho até que vou roubar o cozinheiro do Sr. Garibaldi. – Ela disse.

- Se você roubar o cozinheiro dele, Sra. Garibaldi nunca mais vai fazer biscoitos pra você.

Ela fez uma carinha de tristeza.

- Eu amo aqueles biscoitos recheados de chocolate, tem também os de morango, os de caramelo... Melhor deixar o cozinheiro em paz.

- Gulosa. – Provoquei-a.

- Você que não sabe aproveitar a comida. – Ela fez uma careta bonitinha.

- Vamos dizer que eu prefiro comer outra coisa. – Falei malicioso.

- É mesmo? – Ela me devolveu no mesmo tom, em seguida sua perna começou a roçar na minha por debaixo da mesa.

- Anny, não comece o que não pode terminar.

- E se eu não parar? Vai fazer o que? – Me olhava de maneira tão provocante.

- Se não parar com isso logo, eu vou te arrastar até o banheiro, sem me importar que todo mundo aqui saiba o que vamos estar fazendo lá dentro.

- Talvez eu queira que você faça isso. – Sussurrou rouca.

Ela queria me fazer perder a cabeça, só pode.

- Eu juro que não te entendo. Você me disse que não estava pronta, me pediu um tempo e eu te dei. Mas todas as vezes não perde a oportunidade de me provocar e me deixar completamente louco quando dá a entender que quer transar comigo.

Ela pareceu surpresa com o que eu disse. Ficou um tempo quieta, parecendo pensar no que iria dizer.

- Me desculpe por ficar te provocando, não vou fazer mais isso.

Anny ficou o resto do jantar bastante calada, somente dizia alguma coisa quando eu a perguntava, e mesmo assim só monossílabas. Evitava me olhar nos olhos e estava a todo tempo mexendo em seus dedos, costume que ela tinha quando ficava nervosa.

Quando entramos em meu carro, ela fingiu que tinha um fiapo solto em sua saia para não ter que me olhar. Já não podia mais suportar aquela situação.

- Eu disse alguma coisa que te chateou? – Perguntei com o tom mais atencioso que tinha.

Ela enfim me encarou, sua expressão era de surpresa.

- Por que você acha que fez alguma coisa errada?

- Porque foi depois daquele meu comentário que você ficou assim.

- Seu comentário me fez pensar... – Ela parou no meio da frase.

- Pensar em quê?

- No porque de eu te provocar. – Ela fez uma pausa, como se estivesse tomando coragem. – Eu percebi que faço isso porque me sinto cada vez mais a vontade com você. Não só isso, como também gosto de te deixar louco. Assim você faz coisas comigo que não faz no resto do tempo, como quando pegou em minha bunda e em meus seios. Não faz porque eu te disse que não estava pronta. Mas se supostamente eu não estou pronta, por que eu gosto de te provocar?

- Onde você quer chegar? – Eu não estava entendendo direito seu raciocínio.

- Onde eu quero chegar é que quando começamos nossa relação, eu realmente não estava pronta. Mas algo mudou em mim nesse tempo, sem que eu ao menos percebesse. Eu te provoco porque eu quero que aconteça. – Ela sorriu. – Eu estou pronta, Poncho.

Não era possível.

- Não, não. Você está brincando com a minha cara, não é?

- Por que eu brincaria com isso? – Ela me perguntou confusa.

- Você as vezes tem um senso de humor estranho.

- Eu estou falando sério.

- Mas você não está pronta. – Olhei para ela confuso.

- Eu estou te dizendo que agora eu estou pronta.

- Eu só posso estar sonhando com isso de novo. Só que dessa vez está demorando muito para eu acordar.

- Você sonha comigo te dizendo que estou pronta pra transar com você? – Ela me olhava com uma sobrancelha erguida.

Eu me belisquei.

- Isso não é um sonho, não é mesmo? – Perguntei agora constrangido.

- Não é um sonho.

- E você realmente quer transar comigo?

Ela demorou um segundo para responder.

- Bem, não sei se ainda quero transar com você depois de saber dos seus sonhos. – Falou séria.

Eu me desesperei. Maldita boca grande que eu tinha.

- Como você é bobo. – Ela começou a rir. – Achou mesmo que eu desistiria por causa do que acontece em sua cabeça enquanto dorme?

Eu segurei sua cabeça entre minhas mãos e aproximei nossos rostos.

- Eu vou fazer de tudo para que seja a melhor noite da sua vida.

- Eu sei que vai.

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Teremos hot 🔥🔥🔥🔥🔥 Até que enfim hahahah