Fanfic: Autodestruição - AyA | Tema: Ponny

POV Anahi

William esperava por minha resposta com um sorriso confiante, ele não tinha a menor dúvida de que eu aceitaria o seu acordo. Era daqueles tipos que sempre conseguiam tudo o que queriam e ninguém tinha a coragem de lhe dizer um não.

Mesmo que eu não gostasse de admitir, estava curiosa por saber o que ele me escondia. Simplesmente disse que me conhecia muito bem e que já tinha me visto pessoalmente antes, mesmo sem eu o ter visto.

Poderia muito bem estar mentindo, mas algo me dizia que não. Ele acertou quando disse que não gostava de falar sobre meu pai. Isso só reforçava que ele podia me conhecer realmente.

Olhei novamente para Poncho, ainda parado no mesmo lugar. Estava visivelmente irritado por eu estar com outro. Ele gradualmente estava se tornando mais e mais ciumento comigo, e eu confesso que gostava disso.

Seus olhos semi-cerrados expressavam raiva, mas acho que bem no fundo daquelas íris eu pude ver um pedido para que eu não fosse com William.

- Seu segredo nem deve ser grande coisa. – Fiz pouco caso.

- Pode mesmo não ser. – Ele se aproximou de meu ouvido. – Ou pode ser. Vai arriscar? – Sussurrou.

- Que seja, eu não me importo. – Me afastei um pouco dele. – Agora se me dá licença, meu nervosinho está me esperando.

- Vai se arrepender depois, Anahi. – Ele disse quando eu já tinha lhe dado as costas e caminhava no sentido de Poncho.

Ele me abriu um grande sorriso quando viu que eu o preferi. Tão adorável que me arrepiou por inteira.

- Achei que estivesse gostando da companhia do mané ali. – Falou encabulado.

- Ficou com ciúmes, é? – Perguntei enquanto enlaçava seu pescoço com meus braços.

- Por que eu teria ciúmes de você? Só não queria ficar sozinho no meio dessa gente chata.

Então ele ia negar. Eu o faria admitir por bem ou por mal.

- Já que não ficou com ciúmes, não vai se importar que eu aceite o convite para jantar que William me fez.

- Ele te chamou para jantar? Você não vai. – Disse autoritário.

- Por que eu não posso ir? – Estava fazendo força para prender o riso.

- Já conversamos sobre isso algumas vezes, nós somos exclusivos. Nem sei porque estou te dizendo isso de novo, se você já sabe.

- Sei muito bem que somos exclusivos, só não sei o porque de ser assim. Nós simplesmente decidimos que seria assim. Mas por que motivo, Poncho?

Ele começou a coçar a nuca e ficou visivelmente sem palavras.

- Porque... Eu não gosto de te ver com outros, e o mesmo acontece com você. – Falou enfim.

- Então você admite que tem ciúmes de mim?

- Talvez eu tenha. – Disse tão baixo que eu quase não o escutei.

- Talvez? – Levantei uma sobrancelha.

- Eu tenho ciúmes de você. Pronto, falei. Está contente?

- Muito. – Não podia esconder o meu sorriso.

Me aproximei para beijá-lo. Ele botou uma mão em minha cintura e eu segurei seus braços. Estávamos tão perto.

- Até que enfim encontramos vocês. – Era a voz de minha mãe.

Rapidamente nos afastamos um do outro, torcendo para que elas não tivessem percebido o que estávamos prestes a fazer.

- Ficamos sabendo da entrevista que deram para a televisão. – Sra. Herrera falou não muito contente.

- O que vocês dois tinham na cabeça quando fizeram nós duas passarmos uma vergonha dessas.

- Primeiro que quem passou vergonha foi eu e a Anny, não vocês. Segundo que foi só uma brincadeira que fugiu um pouco do controle. Mas que ninguém vai levar a sério, estávamos claramente zoando um com o outro. – Poncho disse com pouca paciência.

- Acho bom mesmo que ninguém fique achando que eu tenho uma filha porca. Senão você vai ver só, Anahi. Eu sou capaz de tirar todos os seus cartões de crédito. – Minha mãe me ameaçou.

- O mesmo vale para você, Poncho.

Elas se viraram e foram embora.

- Onde já se viu, trabalhamos tão duro para criar uma imagem e vem esses dois inconsequentes e botam tudo a perder. – Pude ouvir minha mãe dizer para a Sra. Herrera.

Vi que Poncho ainda segurava minha bebida.

- Ótimo, eu vou realmente precisar disso daqui. – Peguei o copo de sua mão e virei todo o conteúdo de uma só vez. Minha garganta começou a queimar. – Preciso de outra.

- Pega leve, Anny. Eu sei o porque de você estar querendo beber. Só esquece o que elas disseram.

- Você consegue esquecer?

Ele ficou um tempo em silêncio, com o olhar perdido.

- Eu vou te acompanhar na bebida. Vem, vamos até o bar. – Ele estendeu sua mão e eu peguei.

Em pouco tempo, estávamos altamente embriagados e prontos para fazer qualquer vexame.