Fanfics Brasil - Capítulo 31 Autodestruição - AyA

Fanfic: Autodestruição - AyA | Tema: Ponny


Capítulo: Capítulo 31

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POV Poncho


Eu dirigia minha Lamborghini, levando Anny de volta para o colégio. De canto de olho eu ficava reparando em seu comportamento, que era bastante estranho desde quando ainda estávamos no hotel. Ela mantinha o tempo todo sua cabeça fixamente virada para a janela ao seu lado, evitando de me olhar. Não abria a boca para dizer nada, e quando eu lhe perguntava alguma coisa, não passava dos sim ou nãos para me responder. Era frustrante.


- Anny? – Chamei-a cauteloso, dividindo minha atenção entre o trânsito e ela.


- Sim? – Respondeu em um fio de voz, ainda vidrada naquela janela.


- Aconteceu alguma coisa? – Eu estava ficando preocupado com a sua atitude.


- Não.


Contive a minha vontade de bufar com a resposta evasiva, precisava ser compreensivo.


- Ok, deixe-me reformular a pergunta. Eu fiz alguma coisa para te deixar chateada?


- Não. – Murmurou.


Ela era muito difícil de lidar às vezes.


- Você pode então me dizer por que está assim? – Perguntei com uma calma que não sei da onde estava tirando.


- Não.


- Você pode dizer outra coisa que não seja não? – Pedi com o que me restava de paciência.


- Sim.


Era inacreditável.


- Olhe para mim. – Ordenei e então ela se virou finalmente. Dei uma olhada para a frente, checando a estrada, para então voltar minha atenção para ela novamente. – Me diz por favor o que você tem.


- Eu não tenho nada. – Falou na defensiva, abraçando à si mesma.


- Você não pode estar esperando que eu acredite nisso, não é? – Eu ria em descrença.


- E-é s-sério. – Ela começou a gaguejar, como sempre fazia quando estava nervosa.


- Por que não quer me contar? Você nunca me esconde nada.


- Vo-você está f-ficando louco! E-eu não estou escondendo na-nada! – Sua voz oscilou, ficando um pouco mais aguda.


- Você pensa que eu sou um otário? A sua gagueira já te dedura. – Falei já sem paciência.


- E-eu não posso te d-dizer, está bem? – Disse com angústia.


- Por que não? Tem haver comigo, não tem? – Questionei-a e ela assentiu com pesar. – O que eu fiz de errado? – Minha voz murchou só de pensar que eu tinha magoado-a.


- Você não fez nada de errado. Na verdade, o problema é que você fez tudo certo até demais. – Seu rosto se contorceu em um meio sorriso.


- Eu não estou entendendo nada. – Inspirei com força. – Vamos, Anny. Me conta logo o que está acontecendo para a gente acabar com essa conversa cansativa.


- Eu simplesmente não posso contar. Iria arruinar a nossa amizade. – Disse exasperada e gesticulando com as mãos.


- Lá vem você de novo com esse papo de arruinar a amizade. – Revirei os olhos e foquei na direção.


- Mas é verdade, caramba! – Irritou-se comigo.


- Você dizia a mesma coisa sobre nos beijarmos e estava indo tudo muito bem, até você ter esse seu ataque de neurose e começarmos a discutir sobre nada.


- Agora eu estou tendo um ataque de neurose? – Estava com uma expressão ofendida e a mão no peito.


- É, está sim, se quer saber.


- E você está sendo ridículo, brigando comigo sem nem ao menos saber o porquê. – Me acusou brava.


- Sabe o que eu acho? Que toda essa sua conversa é um monte de besteiras e que na realidade você está é com medo.


- Cala a boca. – Disse com um olhar de advertência.


- Está morrendo de medo de me contar o que quer que seja que está escondendo e usa então a desculpa de que está protegendo nossa amizade. – Continuei, sem me importar com seu olhar letal.


- EU NÃO ESTOU COM MEDO! – Gritou enfurecida, os punhos cerrados e o corpo rígido.


- ENTÃO PROVE! – Gritei de volta, tomado por raiva.


- EU TE AMO, SEU IMBECIL! – Soltou de uma vez e eu virei minha cabeça em sua direção, atordoado. – E eu não estou falando de amor de amigo, eu te amo como uma mulher ama um homem.


Eu permaneci parado feito pedra olhando-a, completamente chocado e atônito. Sua expressão, que tinha se suavizado, de repente tomou aspecto de pânico, com os olhos bem arregalados.


- PONCHO, O CARRO! – Alertou enquanto se encolhia.


Virei minha cabeça de modo brusco para a frente e me assustei ao ver um engarrafamento bem próximo de nós. Eu estava correndo muito com o carro e não tinha para onde desviar, já que todas as pistas estavam paradas. Só me restava tentar parar o carro com brusquidão, mesmo que pudéssemos nos machucar no processo.


Pisei fundo no freio, e a força da física se encarregou de empurrar Anny e eu contra nossos assentos. Ela gritou pelo baque. Senti o cinto de segurança arder sobre o meu colo.


Aconteceu tudo em questão de segundos, mas pareceu durar uma eternidade, de tão torturoso que foi não saber se conseguiria evitar a colisão. Eu olhava impotente enquanto nos aproximávamos mais e mais do carro à dianteira.


Como se fosse um milagre, o carro parou a centímetros do parachoque do outro.


Olhei para Anny, ainda sem acreditar. Ela me olhou com o mesmo semblante incrédulo, e então começamos a rir aliviados.


- Essa foi por pouco. – Falei agora mais leve.


Anny fazia uma careta de dor enquanto passava a mão sobre a marca em vermelho vivo entre seu pescoço e ombro, causada pelo cinto de segurança.


- Merda, eu te machuquei. Deixa eu ver isso direito. – Tentei me aproximar, mas ela me afastou.


- Eu estou bem, não se preocupe. Só está ardendo um pouco, nada demais. – Nesse momento o trânsito voltou a andar. – Acho que é melhor você encostar o carro em algum lugar, temos uma conversa para terminar e já vimos que não é a melhor ideia fazer isso enquanto você dirige. – Disse com humor sarcástico.


- Que conversa? – Questionei desorientado, estacionando o carro.


* A partir daqui, recomendo lerem ouvindo Stay – Rihanna *


 Ela me olhava descrente.


- Como assim que conversa, Poncho? Eu disse que te amo e você não falou nada. Nem mesmo um patético “Puxa, obrigado por sentir isso por mim”. – Brincou imitando voz de homem.


- Anny... – Eu não sabia nem o que dizer.


Na verdade, sabia muito bem o que dizer, só não queria magoá-la.


- Por que está me olhando com pena, Poncho? – Sua voz soava desesperada.


- Você sabe que eu te amo... – Comecei.


- Mas? – Ela me instigou a continuar, seus olhos apreensivos.


- Mas não do jeito que você quer. – Falei com pesar. – Eu queria sentir o mesmo, mas não sinto. Me desculpe.


Me cortou o coração o modo como ela ficou. Seus olhos brilhavam, mas não era um brilho bonito, não podia ser, pois era o brilho de lágrimas de tristeza. Ela lutava, eu podia perceber, para não deixar as gotas caírem, queria ao menos manter sua dignidade. O nariz enrubesceu-se, bem como quase todo o rosto. Ela fungava repetidas vezes, como se estivesse resfriada. A boca estava perdendo a cor, se tornando pálida de tanto que ela mordia-a, reprimindo a vontade de chorar.


Queria desesperadamente confortá-la, mas como fazê-lo se era eu o causador de sua dor?


Tentei abraçá-la, mas ela me empurrou.


- Não encosta em mim. – Mandou, a voz cortante, cheia de mágoa.


- Me bate se quiser, mas por favor não chore. – Pedi.


Ela riu sem humor.


- No final eu estava certa, não estava? Minha declaração destruiu tudo. – Seu olhar era arrependido.


- Não precisa destruir, podemos passar por cima disso.


- Como se só de te olhar me dá vontade de esmurrar essa sua cara? – Me mostrou o punho cerrado.


- Se isso vai te fazer sentir melhor, faça.


- Não seja ridículo. – Revirou os olhos. – Não resolveria nada... O verdadeiro problema é que você partiu meu coração, Poncho. E isso dói demais.


- Me perdoe. Eu não queria que você passasse por isso, te ver assim está doendo tanto em mim quanto em você.


- Não está não, pode acreditar. – Disse dura. Fechou os olhos, tentando se recompor, para em seguida abri-los novamente. – Obrigada por todos esses anos juntos. – Deu um fraco sorriso.


- Por que isso parece uma despedida? – Estava ficando aflito com o rumo que a conversa tomará.


- Por que é uma.


- O que você está pretendendo fazer? - Ela abaixou o olhar e passou a mão em seu braço. – ME DIZ! – Pedi exaltado, aquilo não estava parecendo nada bom.


- Eu acho que vou sair do país. Meus pais tem um apartamento em Nova York e passam mais tempo lá do que aqui, para falar a verdade. – Disse com um olhar triste.


- Você não pode fazer isso, Anny. – Balancei a cabeça em negativo repetidamente, estava apavorado com a ideia de não tê-la mais por perto. - Não pode ir embora e me abandonar.


“Não tenho muita certeza de como me sentir quanto a isso
Algo no seu jeito de se mexer
Faz com que eu sinta que não posso viver sem você”


- Eu não tenho nada que me prenda mais aqui.


- Tem a mim.


- Não, não tenho. Não do jeito que eu quero. – Uma lágrima escorreu por sua bochecha e ela rapidamente catou.


- Somos malditas almas gêmeas, isso não é o bastante para você? – Passei as mãos em meu cabelo. Ela estava escapando por entre minhas mãos e eu sentia que não podia fazer nada.


“Isso me leva até o fim
Eu quero que você fique”


- Por favor entenda, é muito torturante estar perto de você agora. – Ela abraçou a si mesma. - Eu preciso de espaço e tempo para me recompor, catar os cacos... Quem sabe um dia, quando eu já tiver te superado, não possamos voltar a ser amigos?


- Não tem nada nesse mundo que eu possa fazer para te convencer a ficar, não é mesmo? – Perguntei derrotado.


- A única coisa que poderia me convencer, você não pode me dar. – Seu triste olhar era penetrante e capaz de machucar a minha alma.


- Quando você vai?


- O mais rápido possível.


Meu peito se apertou ao imaginar minha vida sem ela. Oh Deus, o que seria de mim agora sem Anny?!


“Engraçado que você é a quebrada
Mas eu sou o que precisa ser salvo
Porque quando você nunca vê a luz
É difícil de saber qual de nós está cavando”


Eu a puxei para mim, prendendo-a em meus braços. Ao contrário do que pensava, ela me abraçou de volta. Eu tentava memorizar tudo o que podia, o cheiro de seu perfume adocicado, o calor que ela me transmitia, a sensação poderosa que seu toque tinha sobre mim. Após um longo tempo daquele jeito, ela se afastou de mim e me fez sentir incompleto, sem sua pele em contato com a minha.


- Eu vou sentir a sua falta como um louco.


- Eu também. – Outra lágrima escorreu por sua face. – Agora podemos ir para o colégio, antes que eu vire uma cachoeira de lágrimas? – Tentou manter um bom humor.


Queria dizer tantas coisas mais para ela, mas ao invés disso liguei o carro e simplesmente saímos dali.


 


 


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Estou me sentindo tão dramática hoje, que acabou saindo esse capítulo aí hahaha


Não me batam por ter separado AyA. 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 182



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  • Feponny Postado em 26/08/2019 - 01:11:32

    Vollllllta

  • anyeponcho Postado em 11/06/2018 - 23:44:57

    Saudades!!!

  • anyeponcho Postado em 15/05/2018 - 15:57:19

    Quero maissssss

  • anyeponcho Postado em 23/04/2018 - 01:40:39

    Kkkkkkkk Tadinha da Any com esses garotos. O Poncho com ciúmes é a coisa mais fofa e maravilhosa, adoro quando ele sente ciúmes dela :)

  • ponnyayalove Postado em 13/04/2018 - 21:20:18

    Anny dando graças a Deus por ir para a diretoria kkkk ´louca mesmo,cnt

  • Angel_rebelde Postado em 13/04/2018 - 19:45:05

    Definitivamente Ryan, Levy e Poncho combinaram de deixar a Anny em saia justa kkkkkkkkkkkkkkk quem mandou ser tão adorável q nem ela né ? :3 Mas é melhor ela decidir dar um basta logo antes q Poncho brigue com eles ñ apenas por ciúmes e sim para mostrar q as senhas da fila dela acabaram e o cargo de namorado dela já foi preenchido U.u Coooooooooooonnttt Por Angel_rebelde

  • ponnyayalove Postado em 11/04/2018 - 22:22:32

    Não creio nisso pega a Angelique aquela vadia Willian e deixa Anny quieta kkk

    • amandaportilla Postado em 13/04/2018 - 07:19:12

      Kkkkkkkkk Morri com esse comentário. Bem que o William podia deixar a Anny em paz mesmo, porque tá pra nascer cara mais chato!

  • Angel_rebelde Postado em 11/04/2018 - 18:57:51

    Queee azaar esse do Poncho ! Quando pensou ter se livrado do Ryan, agora vem o Levy ! Puuutssss :@ Anny foi ridícula em fazer ceninha fingindo q ela ñ está com o Poncho apenas para Ryan se sentir menos mal ¬¬ Na hora q estiverem sozinhos, espero q ela tenha uma explicação mto boa para ter agido assim. Coooooooooooooooooooooooonttt Por Angel_rebelde

    • amandaportilla Postado em 13/04/2018 - 07:17:24

      Desse jeito que tão as coisas, o Poncho ainda vai perder a cabeça por causa de tanto ciúmes kkkkkk Ah eu não achei tão ruim assim o que a Anny fez. É tipo a mesma coisa que rolou com a Mia e o Miguel na primeira temporada, quando eles esconderam o namoro pra não magoar Celina, Giovanni e Julieta.

  • anyeponcho Postado em 10/04/2018 - 00:01:07

    Ansiosa por amanhã kkkkk vão botar fogo no quarto kkkk

    • amandaportilla Postado em 11/04/2018 - 08:35:02

      Foi mal te decepcionar, mas vai ter que esperar mais um pouco pra ver se rola deles matarem toda essa saudade no quarto kkk

  • Angel_rebelde Postado em 09/04/2018 - 19:01:37

    Mesmo rabugentos eles são meeeu casaaaal maaaaaaaaaaais lindoooooooo *---* Poncho qndo deixa de ser besta consegue a Anny de volta e ainda aumenta o amor q ela sente por ele <3333 Coooooooooooooooonnttt Por Angel_rebelde

    • amandaportilla Postado em 11/04/2018 - 08:32:54

      Casalzão toppp mesmo. Poncho sabe direitinho o que fazer pra deixar a Anny boba por ele. Mesmo que os dois vivam fazendo burradas, um acaba sempre perdoando o outro. Não tem jeito, é o amor kkkk


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