Fanfic: Autodestruição - AyA | Tema: Ponny
POV Poncho
Eu dirigia minha Lamborghini, levando Anny de volta para o colégio. De canto de olho eu ficava reparando em seu comportamento, que era bastante estranho desde quando ainda estávamos no hotel. Ela mantinha o tempo todo sua cabeça fixamente virada para a janela ao seu lado, evitando de me olhar. Não abria a boca para dizer nada, e quando eu lhe perguntava alguma coisa, não passava dos sim ou nãos para me responder. Era frustrante.
- Anny? – Chamei-a cauteloso, dividindo minha atenção entre o trânsito e ela.
- Sim? – Respondeu em um fio de voz, ainda vidrada naquela janela.
- Aconteceu alguma coisa? – Eu estava ficando preocupado com a sua atitude.
- Não.
Contive a minha vontade de bufar com a resposta evasiva, precisava ser compreensivo.
- Ok, deixe-me reformular a pergunta. Eu fiz alguma coisa para te deixar chateada?
- Não. – Murmurou.
Ela era muito difícil de lidar às vezes.
- Você pode então me dizer por que está assim? – Perguntei com uma calma que não sei da onde estava tirando.
- Não.
- Você pode dizer outra coisa que não seja não? – Pedi com o que me restava de paciência.
- Sim.
Era inacreditável.
- Olhe para mim. – Ordenei e então ela se virou finalmente. Dei uma olhada para a frente, checando a estrada, para então voltar minha atenção para ela novamente. – Me diz por favor o que você tem.
- Eu não tenho nada. – Falou na defensiva, abraçando à si mesma.
- Você não pode estar esperando que eu acredite nisso, não é? – Eu ria em descrença.
- E-é s-sério. – Ela começou a gaguejar, como sempre fazia quando estava nervosa.
- Por que não quer me contar? Você nunca me esconde nada.
- Vo-você está f-ficando louco! E-eu não estou escondendo na-nada! – Sua voz oscilou, ficando um pouco mais aguda.
- Você pensa que eu sou um otário? A sua gagueira já te dedura. – Falei já sem paciência.
- E-eu não posso te d-dizer, está bem? – Disse com angústia.
- Por que não? Tem haver comigo, não tem? – Questionei-a e ela assentiu com pesar. – O que eu fiz de errado? – Minha voz murchou só de pensar que eu tinha magoado-a.
- Você não fez nada de errado. Na verdade, o problema é que você fez tudo certo até demais. – Seu rosto se contorceu em um meio sorriso.
- Eu não estou entendendo nada. – Inspirei com força. – Vamos, Anny. Me conta logo o que está acontecendo para a gente acabar com essa conversa cansativa.
- Eu simplesmente não posso contar. Iria arruinar a nossa amizade. – Disse exasperada e gesticulando com as mãos.
- Lá vem você de novo com esse papo de arruinar a amizade. – Revirei os olhos e foquei na direção.
- Mas é verdade, caramba! – Irritou-se comigo.
- Você dizia a mesma coisa sobre nos beijarmos e estava indo tudo muito bem, até você ter esse seu ataque de neurose e começarmos a discutir sobre nada.
- Agora eu estou tendo um ataque de neurose? – Estava com uma expressão ofendida e a mão no peito.
- É, está sim, se quer saber.
- E você está sendo ridículo, brigando comigo sem nem ao menos saber o porquê. – Me acusou brava.
- Sabe o que eu acho? Que toda essa sua conversa é um monte de besteiras e que na realidade você está é com medo.
- Cala a boca. – Disse com um olhar de advertência.
- Está morrendo de medo de me contar o que quer que seja que está escondendo e usa então a desculpa de que está protegendo nossa amizade. – Continuei, sem me importar com seu olhar letal.
- EU NÃO ESTOU COM MEDO! – Gritou enfurecida, os punhos cerrados e o corpo rígido.
- ENTÃO PROVE! – Gritei de volta, tomado por raiva.
- EU TE AMO, SEU IMBECIL! – Soltou de uma vez e eu virei minha cabeça em sua direção, atordoado. – E eu não estou falando de amor de amigo, eu te amo como uma mulher ama um homem.
Eu permaneci parado feito pedra olhando-a, completamente chocado e atônito. Sua expressão, que tinha se suavizado, de repente tomou aspecto de pânico, com os olhos bem arregalados.
- PONCHO, O CARRO! – Alertou enquanto se encolhia.
Virei minha cabeça de modo brusco para a frente e me assustei ao ver um engarrafamento bem próximo de nós. Eu estava correndo muito com o carro e não tinha para onde desviar, já que todas as pistas estavam paradas. Só me restava tentar parar o carro com brusquidão, mesmo que pudéssemos nos machucar no processo.
Pisei fundo no freio, e a força da física se encarregou de empurrar Anny e eu contra nossos assentos. Ela gritou pelo baque. Senti o cinto de segurança arder sobre o meu colo.
Aconteceu tudo em questão de segundos, mas pareceu durar uma eternidade, de tão torturoso que foi não saber se conseguiria evitar a colisão. Eu olhava impotente enquanto nos aproximávamos mais e mais do carro à dianteira.
Como se fosse um milagre, o carro parou a centímetros do parachoque do outro.
Olhei para Anny, ainda sem acreditar. Ela me olhou com o mesmo semblante incrédulo, e então começamos a rir aliviados.
- Essa foi por pouco. – Falei agora mais leve.
Anny fazia uma careta de dor enquanto passava a mão sobre a marca em vermelho vivo entre seu pescoço e ombro, causada pelo cinto de segurança.
- Merda, eu te machuquei. Deixa eu ver isso direito. – Tentei me aproximar, mas ela me afastou.
- Eu estou bem, não se preocupe. Só está ardendo um pouco, nada demais. – Nesse momento o trânsito voltou a andar. – Acho que é melhor você encostar o carro em algum lugar, temos uma conversa para terminar e já vimos que não é a melhor ideia fazer isso enquanto você dirige. – Disse com humor sarcástico.
- Que conversa? – Questionei desorientado, estacionando o carro.
* A partir daqui, recomendo lerem ouvindo Stay – Rihanna *
Ela me olhava descrente.
- Como assim que conversa, Poncho? Eu disse que te amo e você não falou nada. Nem mesmo um patético “Puxa, obrigado por sentir isso por mim”. – Brincou imitando voz de homem.
- Anny... – Eu não sabia nem o que dizer.
Na verdade, sabia muito bem o que dizer, só não queria magoá-la.
- Por que está me olhando com pena, Poncho? – Sua voz soava desesperada.
- Você sabe que eu te amo... – Comecei.
- Mas? – Ela me instigou a continuar, seus olhos apreensivos.
- Mas não do jeito que você quer. – Falei com pesar. – Eu queria sentir o mesmo, mas não sinto. Me desculpe.
Me cortou o coração o modo como ela ficou. Seus olhos brilhavam, mas não era um brilho bonito, não podia ser, pois era o brilho de lágrimas de tristeza. Ela lutava, eu podia perceber, para não deixar as gotas caírem, queria ao menos manter sua dignidade. O nariz enrubesceu-se, bem como quase todo o rosto. Ela fungava repetidas vezes, como se estivesse resfriada. A boca estava perdendo a cor, se tornando pálida de tanto que ela mordia-a, reprimindo a vontade de chorar.
Queria desesperadamente confortá-la, mas como fazê-lo se era eu o causador de sua dor?
Tentei abraçá-la, mas ela me empurrou.
- Não encosta em mim. – Mandou, a voz cortante, cheia de mágoa.
- Me bate se quiser, mas por favor não chore. – Pedi.
Ela riu sem humor.
- No final eu estava certa, não estava? Minha declaração destruiu tudo. – Seu olhar era arrependido.
- Não precisa destruir, podemos passar por cima disso.
- Como se só de te olhar me dá vontade de esmurrar essa sua cara? – Me mostrou o punho cerrado.
- Se isso vai te fazer sentir melhor, faça.
- Não seja ridículo. – Revirou os olhos. – Não resolveria nada... O verdadeiro problema é que você partiu meu coração, Poncho. E isso dói demais.
- Me perdoe. Eu não queria que você passasse por isso, te ver assim está doendo tanto em mim quanto em você.
- Não está não, pode acreditar. – Disse dura. Fechou os olhos, tentando se recompor, para em seguida abri-los novamente. – Obrigada por todos esses anos juntos. – Deu um fraco sorriso.
- Por que isso parece uma despedida? – Estava ficando aflito com o rumo que a conversa tomará.
- Por que é uma.
- O que você está pretendendo fazer? - Ela abaixou o olhar e passou a mão em seu braço. – ME DIZ! – Pedi exaltado, aquilo não estava parecendo nada bom.
- Eu acho que vou sair do país. Meus pais tem um apartamento em Nova York e passam mais tempo lá do que aqui, para falar a verdade. – Disse com um olhar triste.
- Você não pode fazer isso, Anny. – Balancei a cabeça em negativo repetidamente, estava apavorado com a ideia de não tê-la mais por perto. - Não pode ir embora e me abandonar.
“Não tenho muita certeza de como me sentir quanto a isso
Algo no seu jeito de se mexer
Faz com que eu sinta que não posso viver sem você”
- Eu não tenho nada que me prenda mais aqui.
- Tem a mim.
- Não, não tenho. Não do jeito que eu quero. – Uma lágrima escorreu por sua bochecha e ela rapidamente catou.
- Somos malditas almas gêmeas, isso não é o bastante para você? – Passei as mãos em meu cabelo. Ela estava escapando por entre minhas mãos e eu sentia que não podia fazer nada.
“Isso me leva até o fim
Eu quero que você fique”
- Por favor entenda, é muito torturante estar perto de você agora. – Ela abraçou a si mesma. - Eu preciso de espaço e tempo para me recompor, catar os cacos... Quem sabe um dia, quando eu já tiver te superado, não possamos voltar a ser amigos?
- Não tem nada nesse mundo que eu possa fazer para te convencer a ficar, não é mesmo? – Perguntei derrotado.
- A única coisa que poderia me convencer, você não pode me dar. – Seu triste olhar era penetrante e capaz de machucar a minha alma.
- Quando você vai?
- O mais rápido possível.
Meu peito se apertou ao imaginar minha vida sem ela. Oh Deus, o que seria de mim agora sem Anny?!
“Engraçado que você é a quebrada
Mas eu sou o que precisa ser salvo
Porque quando você nunca vê a luz
É difícil de saber qual de nós está cavando”
Eu a puxei para mim, prendendo-a em meus braços. Ao contrário do que pensava, ela me abraçou de volta. Eu tentava memorizar tudo o que podia, o cheiro de seu perfume adocicado, o calor que ela me transmitia, a sensação poderosa que seu toque tinha sobre mim. Após um longo tempo daquele jeito, ela se afastou de mim e me fez sentir incompleto, sem sua pele em contato com a minha.
- Eu vou sentir a sua falta como um louco.
- Eu também. – Outra lágrima escorreu por sua face. – Agora podemos ir para o colégio, antes que eu vire uma cachoeira de lágrimas? – Tentou manter um bom humor.
Queria dizer tantas coisas mais para ela, mas ao invés disso liguei o carro e simplesmente saímos dali.
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Estou me sentindo tão dramática hoje, que acabou saindo esse capítulo aí hahaha
Não me batam por ter separado AyA.
Prévia do próximo capítulo
POV Anahi Não foi difícil convencer meus pais à me levarem para Nova York, que não viam diferença entre eu estar por aqui ou lá. A minha viagem acabou sendo marcada para uma semana depois, e passei esse tempo empacotando minhas coisas e comprando o que fosse necessário de vestuário. Não voltei mais no Elite Way ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 182
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Feponny Postado em 26/08/2019 - 01:11:32
Vollllllta
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anyeponcho Postado em 11/06/2018 - 23:44:57
Saudades!!!
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anyeponcho Postado em 15/05/2018 - 15:57:19
Quero maissssss
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anyeponcho Postado em 23/04/2018 - 01:40:39
Kkkkkkkk Tadinha da Any com esses garotos. O Poncho com ciúmes é a coisa mais fofa e maravilhosa, adoro quando ele sente ciúmes dela :)
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ponnyayalove Postado em 13/04/2018 - 21:20:18
Anny dando graças a Deus por ir para a diretoria kkkk ´louca mesmo,cnt
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Angel_rebelde Postado em 13/04/2018 - 19:45:05
Definitivamente Ryan, Levy e Poncho combinaram de deixar a Anny em saia justa kkkkkkkkkkkkkkk quem mandou ser tão adorável q nem ela né ? :3 Mas é melhor ela decidir dar um basta logo antes q Poncho brigue com eles ñ apenas por ciúmes e sim para mostrar q as senhas da fila dela acabaram e o cargo de namorado dela já foi preenchido U.u Coooooooooooonnttt Por Angel_rebelde
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ponnyayalove Postado em 11/04/2018 - 22:22:32
Não creio nisso pega a Angelique aquela vadia Willian e deixa Anny quieta kkk
amandaportilla Postado em 13/04/2018 - 07:19:12
Kkkkkkkkk Morri com esse comentário. Bem que o William podia deixar a Anny em paz mesmo, porque tá pra nascer cara mais chato!
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Angel_rebelde Postado em 11/04/2018 - 18:57:51
Queee azaar esse do Poncho ! Quando pensou ter se livrado do Ryan, agora vem o Levy ! Puuutssss :@ Anny foi ridícula em fazer ceninha fingindo q ela ñ está com o Poncho apenas para Ryan se sentir menos mal ¬¬ Na hora q estiverem sozinhos, espero q ela tenha uma explicação mto boa para ter agido assim. Coooooooooooooooooooooooonttt Por Angel_rebelde
amandaportilla Postado em 13/04/2018 - 07:17:24
Desse jeito que tão as coisas, o Poncho ainda vai perder a cabeça por causa de tanto ciúmes kkkkkk Ah eu não achei tão ruim assim o que a Anny fez. É tipo a mesma coisa que rolou com a Mia e o Miguel na primeira temporada, quando eles esconderam o namoro pra não magoar Celina, Giovanni e Julieta.
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anyeponcho Postado em 10/04/2018 - 00:01:07
Ansiosa por amanhã kkkkk vão botar fogo no quarto kkkk
amandaportilla Postado em 11/04/2018 - 08:35:02
Foi mal te decepcionar, mas vai ter que esperar mais um pouco pra ver se rola deles matarem toda essa saudade no quarto kkk
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Angel_rebelde Postado em 09/04/2018 - 19:01:37
Mesmo rabugentos eles são meeeu casaaaal maaaaaaaaaaais lindoooooooo *---* Poncho qndo deixa de ser besta consegue a Anny de volta e ainda aumenta o amor q ela sente por ele <3333 Coooooooooooooooonnttt Por Angel_rebelde
amandaportilla Postado em 11/04/2018 - 08:32:54
Casalzão toppp mesmo. Poncho sabe direitinho o que fazer pra deixar a Anny boba por ele. Mesmo que os dois vivam fazendo burradas, um acaba sempre perdoando o outro. Não tem jeito, é o amor kkkk