Fanfics Brasil - Capítulo 38 Autodestruição - AyA

Fanfic: Autodestruição - AyA | Tema: Ponny


Capítulo: Capítulo 38

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POV Anahí


Por um momento, eu esqueci de tudo quando vi Poncho bem na minha frente. Esqueci a rejeição, esqueci que ele me deixou ir embora. Céus, esqueci até mesmo que eu tinha um namorado. Parecia que nada mais no mundo importava quando estávamos nos mirando bem no fundo dos olhos, magicamente o que estava ao redor se borrava e os sons pareciam se silenciar, a mente se tornava nublada e calafrios tomavam conta de meu estômago. Era tão intenso que às vezes eu acreditava que pudéssemos enxergar através da alma um do outro.


Ele aparentava estar tão feliz quanto eu, de nossos caminhos finalmente terem se cruzado outra vez, e isso me fez criar esperanças de que pudéssemos ficar juntos. De que talvez, só talvez, com a minha ausência ele pudesse ter se dado conta de que me amava de volta.


Eu fui invadida com tamanha felicidade, para tudo dentro de mim se quebrar ao ouvir ele dizendo de maneira tão dura que era melhor eu ter ficado nos Estados Unidos.


Ele me tratou tão mal, como nunca pensei que pudesse ser capaz. E não agiu assim só comigo, mas com todos que tentaram intervir. Quase que caiu na porrada com o coitado do Ryan, que não teria nenhuma chance contra Poncho, verdade seja dita, e ainda ameaçou fazer o mesmo com o Ucker, seu amigo de anos, sem contar os olhares feios que lançou para Dulce enquanto ela o ameaçava.


Ele estava irritadiço e alterado demais até mesmo para os padrões dele, que nunca foi nem de longe a pessoa mais calma do mundo. Mesmo não querendo, eu me preocupei com ele. Sabe-se lá em que ele andou se metendo nesse tempo que eu não estive por perto, Deus sabe como ele gostava de se afundar em sua própria merda, adotando sempre atitudes autodestrutivas para tentar aliviar a dor profunda que sentia por dentro.


Quando ele me olhou com tristeza quase auto-piedosa, foi que eu tive a certeza de que ele não estava bem. Então prometi a mim mesma que eu estaria ali por ele incondicionalmente, não importando o quão idiota ele pudesse ser dali em diante, e eu sei que ele ainda seria bastante idiota.


Eu estava andando distraída pelos corredores do colégio, sem saber exatamente para onde meus pés estavam me levando. Tinha noção de que as pessoas conversavam à minha volta, mas não conseguia captar uma só palavra do que diziam. Eu estava concentrada demais em meus próprios pensamentos para prestar atenção em alguma outra coisa, até que tocaram no único nome que me aguçava todos os sentidos.


- Poncho então me ligou à noite, perguntando se eu não queria conhecer a casa dele. – Não conseguia enxergar quem estava falando, mas reconheci que era a voz da Angelique. Me aproximei discretamente da dobra do corredor, dando uma rápida olhada. Ela estava conversando com uma garota do 5º ano, que não era interessante o suficiente para que eu soubesse o seu nome.


- A casa dele né, sei bem o que ele queria te mostrar. – A outra disse maliciosa, e Angelique lhe deu um leve empurrão enquanto ria.


- Não chegou a me mostrar a casa toda, só o caminho até o quarto dele. – As duas riram. – Aliás, ele me mostrou muito bem a cama dele, passou hoooras expondo pra mim como ela era macia. – Se prolongou no “horas”, deixando bem claro que aquilo durou bastante.


Senti meu sangue ferver e cerrando os meus punhos, usei todas as minhas forças para me conter e não ir até lá bater nela.


- Sua safada! – A outra fingiu desdém. – E depois, o que aconteceu?


- O que aconteceu foi que de manhã ele foi super grosso comigo. – O rosto dela murchou. – Me disse que foi só uma foda casual, praticamente me chamou de puta e me expulsou dali.


- E por que você tá fazendo essa cara de bunda? Vai me dizer que não sabia que na semana passada ele levou pra cama uma garota por dia. Não esperava que ele se declarasse e te desse flores, não é verdade?


Poncho estava levando uma por dia para a sua cama? Eu iria matar esse desgraçado.


- Não, eu não esperava que ele fosse ser super romântico nem nada do tipo, eu só queria ter sido tratada decentemente. – Ela suspirou, um pouco derrotada. – Eu esperei tanto por esse momento, não sabe quanto. Quando eu entrei nesse colégio no ano passado, eu ouvi falar da fama dele. As garotas diziam que ele era maravilhoso de cama e as tratava bem depois, era tudo o que eu precisava. Nunca quis nada sério com ele, Deus me livre, eu só estava precisando de uma boa transa. Mas então ele começou aquele lance esquisito dele com a Anahí, eu bem que tentei mas ele só tinha olhos para ela. Depois ela vazou daqui e ele ficou na mais completa fossa, não queria saber de mulher nenhuma, acho que rejeitaria até mesmo se alguma aparecesse nua na frente dele. E então no domingo da semana passada ele viajou para algum lugar que ninguém sabe onde e quando voltou parecia ser o antigo Poncho de quem eu ouvi falar, mulherengo e problemático. Era a minha chance, eu só não contava de que ele fosse agir como um babaca ao final.


- Ao menos valeu a pena? – A outra perguntou com diversão.


- Ô, disso eu não posso reclamar. Ele tem uma pegada que me fez derreter naquelas mãos fortes. – Ela ilustrou com as suas próprias mãos. – E quando ele me botou numa posição que eu nem sabia que existia, Cristo. – Ela se abanou, parecendo estar repentinamente com calor.


Parece que eu teria de encomendar dois funerais.


- É? E o que mais?


- Nossa, ele ficava me dizendo um monte de baixarias no meu ouvido, coisa de enlouquecer qualquer uma. Falou um monte sobre tudo o que ia fazer comigo e me chamou de cachorra, piranha, safada, a lista continua. – Ela riu.


Angelique nem viu quando eu cheguei, só se dando conta de minha presença quando eu já agarrava e puxava seu cabelo. Eu nunca tinha brigado antes em minha vida, mas eu estava possessa de raiva pelo que tive de escutar. Imaginar Poncho com outra me deixou com os nervos à flor da pele e eu precisava descontar em alguém, e quem melhor que a puta que ele comeu.


- ME LARGA SUA DOIDA! – Ela tentava se soltar de mim, se debatendo de um lado para o outro desesperadamente.


- Talvez quando você deixar de ser uma cadela eu te solte. – Puxei seu cabelo com ainda mais força e ela cravou suas unhas em meu braço, me fazendo gritar e soltá-la.


Ela se virou de frente para mim, toda descabelada, o cabelo mais parecendo um ninho de pássaro. Antes que eu pudesse reagir, ela pegou um punhado do meu cabelo e quase arrancou, tamanha a força que usou.


- Ai! Se me deixar careca, é você quem vai pagar pela minha peruca. – Alertei-a, com ela ainda me segurando pelos fios, para em seguida eu chutar a sua canela e ela me soltar, pulando de dor.


- Au! Por que você está me batendo, sua louca? – Perguntou enquanto tentava se esconder de mim atrás da outra.


- Porque você encostou no que é MEU. – Enfatizei bem a palavra e apontei para mim mesma.


- Do que você está falando? – Parecia completamente perdida, e um pouco assustada também enquanto eu me aproximava.


A garota do 5º ano saiu dali, com medo de que acabasse sobrando para ela. Eu me joguei em cima da Angelique, derrubando-a no chão. Ela gemeu de dor.


- Eu estou falando do Poncho. Não fale com ele, não se aproxime dele, não pense nele. Estamos entendidas? – Dei-lhe um sorriso cínico, esperando por sua resposta.


- Eu não quero mais nada com ele! – Se apressou em falar e eu saí de cima dela, deixando-a se levantar. – Eu já consegui o que queria e, honestamente, nem o melhor sexo do mundo vale entrar na lista negra de uma louca possessiva que nem você. – Ela hesitou por um momento. – Posso dizer uma coisa sem que você tente me matar de novo? – Tinha uma expressão apreensiva.


- Fale. – Rosnei e vi ela tremer um pouco, antes de se recompor.


- Você não deveria ter ido bater nele ao invés de mim? Quero dizer, não sou eu quem tinha uma espécie de compromisso com você.


Eu tive de concordar com ela, o verdadeiro cachorro nessa história era o Poncho, que estava transando com várias garotas e depois as descartando como lixo.


- É, você está certa. Eu vou resolver isso agora mesmo. – Me virei para ir embora, mas sua voz me impediu de sair dali.


- Posso te perguntar outra coisa?


- Vá em frente. – Dei-lhe a autorização, ainda me mantendo de costas para ela.


- Se você ainda gosta tanto dele, por que está namorando com aquele americano?


- Isso não é da sua conta. – Falei seca, saindo sem nem olhá-la.


Fui andando furiosa até o quarto do Poncho, abrindo a porta de maneira brusca e batendo-a na parede. Estavam ele e o Ucker ali dentro, sentados no sofá branco que tinham, ambos me olhavam assustados pelo barulho estrondoso que fiz ao entrar no cômodo.


- Ucker, saia. Preciso levar uma conversa com o seu amigo. – Ele saiu rapidamente, antes murmurando um “boa sorte” baixinho para o outro.


- Senti saudades, amor. – Falou em tom de brincadeira, mas com o rosto apreensivo.


- Você. Dormiu. Com. Uma. Garota. Diferente. A. Cada. Dia. Pela. Última. Semana. – Disse pausadamente, carregando cada palavra com ódio.


- Como você ficou sabendo disso? – Eu o fuzilei com os olhos em resposta. – Ok, não importa. Sim, eu dormi com sete garotas nos últimos sete dias, mas eu estou livre, qual o problema nisso? – Perguntou achando graça.


- O problema é você tratar essas pobres iludidas como se fossem descartáveis, usa uma vez e depois joga fora, como se fosse simples assim.


- Mas é simples assim. Eu nunca iludi ninguém, elas sabiam muito bem que era coisa de uma só noite, eu nunca menti sobre isso.


- Mesmo assim, isso não te dá o direito de tratá-las como merda depois de você já ter terminado o que tinha para fazer com elas. – Falei revoltada.


- Espere aí. – Ele abriu um largo sorriso cafajeste. – Você não está furiosa comigo por causa do jeito como eu trato ou deixo de tratar outras mulheres, você está assim porque está com ciúmes.


- O quê? Você está delirando, só pode! – Pus uma expressão de incredibilidade no rosto.


Ele se levantou do sofá, se pondo de pé bem em frente de mim, nossos rostos à poucos centímetros um do outro. Eu fui invadida pelo cheiro de seu perfume amadeirado, tão masculino.


- Diz olhando nos meus olhos, que você não está com ciúmes de mim. – Ele nem ao menos estava me tocando, mas só a sua proximidade e o modo rouco como falou comigo, me fizeram sentir de repente tão febril.


Vamos lá, você consegue. Não gagueje, não gagueje, pelo amor de Deus.


- Eu não estou com ciúmes de você. – Afirmei de maneira convicta. - Na realidade, não poderia estar me importando menos. Eu já te superei, Poncho, e agora estou com outro, se ainda não notou.


Eu estava me tornando realmente boa em mentir, já não era em falta de tempo.


- É, eu notei. – Disse com desprezo, de cara fechada.


- Eu só estava preocupada por essas garotas, não queria que você as iludisse do mesmo jeito que fez comigo.


- É isso que você pensa daquela noite, Anny? – Perguntou descrente. – Você acha que eu só te usei? Que eu só queria transar com você?


- E não queria? – Cruzei os braços, querendo me proteger. – Qual é, no dia seguinte você me deu um pé na bunda. Como acha que isso faz uma garota se sentir? – Questionei com deboche, tentando esconder minha mágoa.


Ele me segurou os braços, acariciando-me com seus dedões.


- Aquela foi a noite mais especial que eu já tive, foi muito além de sexo e você devia saber disso. – Garantiu calmo e eu, nervosa, me desvencilhei de suas mãos.


- Era o que eu pensava, até que no dia seguinte você me rejeitou. Sabe, isso bagunça a cabeça de uma garota.


Ele bufou e passou as mãos no cabelo, parecendo lamentoso, como se minhas palavras estivessem doendo nele também.


- Me desculpe por isso, parece que tudo estava acontecendo no tempo errado... Ou talvez fosse só eu que estivesse muito atrasado.


- Eu não entendi o que você quis dizer.


- Que eu devia ter me tocado na época que eu estava perdidamente apaixonado por você. – Me olhou bem fundos nos olhos, fazendo minhas pernas parecerem duas gelatinas e segurou meu rosto entre suas mãos. - Acho que ainda me restava um pouco de medo de sentir algo tão forte assim e por isso caí em negação. Mas quando você foi embora, eu fiquei num estado deprimente. Foi preciso te perder para me dar conta de que eu sou incapaz de levar uma vida decente sem você ao meu lado.


- V-vo-cê... – Eu não conseguia formar uma frase, completamente chocada pela declaração.


- Demorou, mas eu enfim me dei conta de que eu te amo como um louco, Anny.


  


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Aeeeee se declarou de volta, um ano depois mas se declarou. O que vale é a intenção hahah


Comentem pra essa autora aqui continuar com vontade de escrever.


 



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POV Poncho - Demorou, mas enfim eu me dei conta de que eu te amo como um louco, Anny. – Falei olhando bem no fundo de seus olhos, querendo lhe transmitir através da nossa conexão especial, tudo o que eu sentia por ela. - E-e-eu n-nnãã-o... – Ela gaguejou nervosamente, antes de desistir de falar e bufar. Por que ela estava sempre gag ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 182



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  • Feponny Postado em 26/08/2019 - 01:11:32

    Vollllllta

  • anyeponcho Postado em 11/06/2018 - 23:44:57

    Saudades!!!

  • anyeponcho Postado em 15/05/2018 - 15:57:19

    Quero maissssss

  • anyeponcho Postado em 23/04/2018 - 01:40:39

    Kkkkkkkk Tadinha da Any com esses garotos. O Poncho com ciúmes é a coisa mais fofa e maravilhosa, adoro quando ele sente ciúmes dela :)

  • ponnyayalove Postado em 13/04/2018 - 21:20:18

    Anny dando graças a Deus por ir para a diretoria kkkk ´louca mesmo,cnt

  • Angel_rebelde Postado em 13/04/2018 - 19:45:05

    Definitivamente Ryan, Levy e Poncho combinaram de deixar a Anny em saia justa kkkkkkkkkkkkkkk quem mandou ser tão adorável q nem ela né ? :3 Mas é melhor ela decidir dar um basta logo antes q Poncho brigue com eles ñ apenas por ciúmes e sim para mostrar q as senhas da fila dela acabaram e o cargo de namorado dela já foi preenchido U.u Coooooooooooonnttt Por Angel_rebelde

  • ponnyayalove Postado em 11/04/2018 - 22:22:32

    Não creio nisso pega a Angelique aquela vadia Willian e deixa Anny quieta kkk

    • amandaportilla Postado em 13/04/2018 - 07:19:12

      Kkkkkkkkk Morri com esse comentário. Bem que o William podia deixar a Anny em paz mesmo, porque tá pra nascer cara mais chato!

  • Angel_rebelde Postado em 11/04/2018 - 18:57:51

    Queee azaar esse do Poncho ! Quando pensou ter se livrado do Ryan, agora vem o Levy ! Puuutssss :@ Anny foi ridícula em fazer ceninha fingindo q ela ñ está com o Poncho apenas para Ryan se sentir menos mal ¬¬ Na hora q estiverem sozinhos, espero q ela tenha uma explicação mto boa para ter agido assim. Coooooooooooooooooooooooonttt Por Angel_rebelde

    • amandaportilla Postado em 13/04/2018 - 07:17:24

      Desse jeito que tão as coisas, o Poncho ainda vai perder a cabeça por causa de tanto ciúmes kkkkkk Ah eu não achei tão ruim assim o que a Anny fez. É tipo a mesma coisa que rolou com a Mia e o Miguel na primeira temporada, quando eles esconderam o namoro pra não magoar Celina, Giovanni e Julieta.

  • anyeponcho Postado em 10/04/2018 - 00:01:07

    Ansiosa por amanhã kkkkk vão botar fogo no quarto kkkk

    • amandaportilla Postado em 11/04/2018 - 08:35:02

      Foi mal te decepcionar, mas vai ter que esperar mais um pouco pra ver se rola deles matarem toda essa saudade no quarto kkk

  • Angel_rebelde Postado em 09/04/2018 - 19:01:37

    Mesmo rabugentos eles são meeeu casaaaal maaaaaaaaaaais lindoooooooo *---* Poncho qndo deixa de ser besta consegue a Anny de volta e ainda aumenta o amor q ela sente por ele <3333 Coooooooooooooooonnttt Por Angel_rebelde

    • amandaportilla Postado em 11/04/2018 - 08:32:54

      Casalzão toppp mesmo. Poncho sabe direitinho o que fazer pra deixar a Anny boba por ele. Mesmo que os dois vivam fazendo burradas, um acaba sempre perdoando o outro. Não tem jeito, é o amor kkkk


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