Fanfic: Autodestruição - AyA | Tema: Ponny

P.O.V. Poncho

Estava nadando quando vi Anny vindo de encontro a mim. Não era uma grande nadadora, e acabava por ter um pouco de dificuldade para se mover. Era adorável, pensei comigo mesmo. Não resisti e resolvi brincar com ela. Comecei a jorrar água em sua direção. Ela estava com uma expressão de raiva, mas sei que por dentro estava escondendo um sorriso. Ela era uma criançona, assim como eu.

Batia minhas pernas e braços na água, quebrando a estaticidade que ali havia. Ela veio atrás de mim e ficamos os dois rindo feito bobos. Queria que ela me alcançasse, mas nunca conseguiria por conta própria. Então diminui meu ritmo, fingindo cansaço. Ela pode enfim se aproximar, e me agarrou com suas pequenas mãos.

- Te peguei. – Ela me apertou com mais força. – Não tem como fugir. Agora você vai ter que falar comigo.

- E eu por um acaso estava te evitando? – Dei meu melhor sorriso para disfarçar meu nervosismo.

Estava sim a evitando, mas não pelo motivo que ela acreditava. Mesmo que negasse, a conversa com Ucker ainda estava a todo o tempo martelando em minha mente. Me deixando confuso. Não queria estar assim. Não podia ter dúvidas. Sei o que falei no hospital. Todo o papo de que se fosse possível, eu acabaria me apaixonando por ela. Mas era um momento de fragilidade. Agora não. E o fato de estar com dúvidas me deixava apavorado. E estar perto dela nesse estado, só amplificava os medos, a dúvida e a vontade.

- Não se faça de bobo. Você e eu sabemos muito bem que sim. – Ela me olhava de um jeito penetrante, que fazia meu coração disparar. Por fim, cortou o contato visual para olhar em volta. – Me segue. E nem adianta tentar escapar. Se você não vier atrás de mim, eu vou até o fim do mundo para te buscar. – Eu adorava esse seu jeito mandão.

Que diabos! Tenho vontade de me estapear ao ouvir meus pensamentos.

Tento esvaziar minha cabeça enquanto nado em sua direção. Quando estou saindo da água distraído, piso com força nas pedrinhas que estavam no chão.

- Ai Anny! Essas pedrinhas tão machucando os meus pés. – Ela revirou os olhos e embora tentasse esconder um sorriso bobo de sua face, consegui captá-lo. Ela sempre foi uma droga para esconder suas emoções. E isso tornava tudo tão mais fácil para mim.

- Deixa de ser fresco e senta aqui comigo. – Deu um tapinha no tronco.

Me sentei ao seu lado e instantaneamente fui invadido pelo cheiro de seu doce perfume. Baunilha e framboesa misturadas. Anny nunca tinha usado aquele perfume antes. Teria com certeza me lembrado de um odor tão delicioso.

Olhei para ela. Estava incrivelmente bonita. Sem nenhuma maquiagem, com suas bochechas rosadas naturalmente e lábios assumindo um tom mais claro. Seu cabelo molhado que pingava nas coxas grossas desnudas. Tirei rapidamente minha atenção daquela parte de seu corpo, antes que perdesse o controle. Não me atrevi a olhar para seus seios, sabia que seriam minha perdição.

- Já te disse que está linda hoje? - Falhei em esconder a vontade em minha voz.

Anny estava me deixando completamente louco. Desde a noite anterior na boate, morria de vontade de beijá-la, puxar seus cabelos enquanto lamberia e morderia seu pescoço.

- Não tente me distrair, Poncho. Eu sou imune aos seus encantos. – Ela tenta parecer confiante, mas percebo que é só fachada.

Ela me quer como eu quero ela. O pensamento incendeia o meu corpo. Precisava arriscar. Fazer o que Ucker disse. Me dar uma chance de descobrir o que de fato sentia por Anny.

- Então você admite que eu tenho os meus encantos. – Ela ficou completamente vermelha.

- É, bem, uhm, as outras garotas parecem gostar. Mas eu, obviamente não. – Se ainda tinha dúvidas sobre a reciprocidade dela a minha atração, acabou naquele instante. Anny se pôs tão nervosa que começou a transpirar e limpar o suor de suas mãos em suas coxas.

- Não mesmo? – Me aproximei dela lentamente.

- Não, nadinha. – Sua respiração estava ofegante e muito rápida. Seu coração devia estar para sair do peito, assim como o meu.

- Tem certeza? – Decidi tomar uma atitude. Tirei seus cabelos do pescoço.

- T-tenho certeza s-sim.

Em meu estado normal não faria isso com ela, tinha muito em jogo. Mas estava com tanta vontade. Precisava desesperadamente de Anny. Que se f*** tudo.

- E se eu fizesse isso? – Sussurrei com a voz rouca pelo tesão. Pensei uma última vez se deveria realmente estar fazendo aquilo antes de mandar todas as preocupações para o espaço. Não queria pensar.

Mordi o lóbulo da orelha de Anny e consegui senti-la ter espasmos por todo o corpo. Ela era tão incrivelmente entregue. Estava indo em direção ao seu pescoço quando ela se levantou.

- Não! Você... - Fez uma pausa enquanto parecia pensar. - Você só estava querendo me distrair para não ter que conversar. – De onde ela tirou aquele absurdo? Jamais iria ultrapassar a barreira que tínhamos erguido somente para querer distraí-la. Não sou tão egoísta assim. – Ca***** Poncho! As vezes você é um verdadeiro ba****.

Fiquei sem reação enquanto ela me olhava com o coração despedaçado.

Pensei em me explicar, mas ela saiu correndo e achei melhor assim, por fim. Tinha de pensar bem no que iria dizer.

“Anny, seu corpo estava me enlouquecendo, por isso decidi arriscar a relação mais importante de minha vida pensando em ganhar alguns beijos”.

Ah p****. Eu tinha realmente f*** tudo.

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Recadinho pras minhas lindas leitoras:

Bem, essa é a minha primeira web. Então as vezes quando estou escrevendo me ponho bastante insegura com a minha escrita. Fico achando que não detalho bem as cenas, que não consigo mostrar muito bem o porque da Anny e o Poncho serem desse jeito, a motivação deles. Tenho medo de estar explorando os sentimentos deles de modo muito rápido. Entre outras coisas.

Enfim, só queria dizer que se puderem deixar um comentário falando no que eu posso melhor, vai me ajudar muito. 

Beijos no ❤️ de vocês.