Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos
Anahí narrando:
Ar, era tudo o que eu precisava naquele momento. Eu não conseguia enxergar nada além do Alfonso e seu sorriso estonteante na minha frente. As lágrimas deixavam minha visão turva, mas mesmo assim conseguia enxergar cada detalhe seu, e fiquei ainda mais apaixonada com o jeito que me olhava, como se esperasse alguma resposta minha, alguma reação – a mínima que fosse. Fiquei calada por alguns minutos, sem encontrar uma resposta à altura. Não conseguia se quer me mexer. Eu apenas encarei seus olhos, pedindo para que ele lesse meus pensamentos e enxergasse minha alma que estava vibrando.
- Não gostou? – se aproximou vagarosamente, ainda não tirando seus olhos de mim.
Meu coração disparou ainda mais, e eu pensei seriamente que fosse derreter diante dele. Eu tremia tanto, que tive que apertar os meus dedos para que não demonstrasse tamanha tremedeira.
- Am –am- ei – respondi quase inaudível – Que- quer me matar logo no Ano Novo? – soltei o ar aos poucos, tentando buscar meu ar em algum lugar.
Alfonso sorriu de leve e selou nossos lábios demoradamente, enquanto acariciava meu rosto com o polegar. Levei minha mão direita até sua nuca e enrosquei meus dedos em seu cabelo. Entreabri meus lábios pedindo e precisando que ele aprofundasse o beijo. E assim o fez rapidamente, como se necessitasse daquilo era tudo o que precisávamos. Mordi de leve seu lábio inferior e o beijei novamente, sem dar-nos tempo nem de recuperar meu fôlego. Nossos lábios se encaixaram ainda melhor quando movi minha cabeça de leve, e deu um acesso melhor para ele, que por sua vez acelerou o ritmo como se quisesse me engolir.
Nos perdemos cerca de quinze minutos ou mais, e só nós separamos por causa do ar que insistiu em faltar logo quando seus carinhos estavam ficando audaciosos. Quando sua mão esquerda estava alcançando meu seio. Afastei meu rosto do dele e sorri completamente encantada.
- Eu amei, minha vida - sussurrei, olhando em seus olhos – Você é tão, mas tão importante para mim.
- Você é essencial na minha vida – sorriu – Eu sei que às vezes erro, e digo isso porque ainda vou errar e ser grosso contigo – disse ele, como se fosse a coisa mais natural do mundo – Estou sendo sincero – riu – Mas, eu também farei de tudo para que você seja feliz, meu amor – selou nossos lábios – E não pense mais em se mudar para Londres, ouviu? Que eu assalto um banco, mas vou atrás de você e te trago pela orelha.
E lá estava meu moreno meio selvagem de volta. Lá estava ele em meio as declarações, sendo um pouco rude com as palavras. Mas ainda assim, fazendo com que minhas pernas bambeassem só pelo modo como me encarava. Era um olhar possessivo. Como se dissesse que eu era dele, e de mais ninguém. Eu era. E queria ser para sempre se pudesse.
- Eu te amo – selei nossos lábios – Obrigada pelo presente, pelo buquê, pelas palavras... Por tudo! Eu te amo muito e meu amor por você também é infinito, meu marrentinho.
Alfonso sorriu e me abraçou forte. Tão forte, que eu pensei que fosse me desfazer em seus braços. O perfume estava entorpecedor. Eu amava senti-lo assim, tão próximo de mim, tão meu, tão entregue. Eu não tinha forças quando se aproximava, mas eu tinha forças o suficiente para me expressar pelo meu olhar, e dizer com poucas palavras que ele era meu.
Depois de nos beijarmos novamente, ouvimos Ruth nos gritar dos pés da escada, pedindo para que eu a ajudasse com a ceia e Alfonso fosse buscar alguém na rodoviária. Só não entendi quem era. Descemos abraçados e então ele se despediu para que fosse buscar a tal pessoa. Maite estava sentada no sofá, pálida, a aparência era preocupante, mas eu não me atrevi invadir seu silêncio para perguntar o que sentia. Ruth estava na cozinha conversando com a Margarida ou Mag – mãe de Bingo. A cumprimentei com um beijo no rosto e logo fui direcionada à pia, para que pudesse cortar alguns pimentões para enfeitar o prato principal.
Alfonso demorou cerca de uma hora para ir e voltar. Já havíamos terminado tudo na cozinha e até nos maquiado, e o moreno ainda não tinha chegado com a tal pessoa. Estava ficando encucada com quem era. Me preocupei que fosse alguma mulher que me fizesse querer pular em seu pescoço assim que abrisse a porta.
Sentei-me ao lado da Mai ainda preocupada, chacoalhando minha perna direita quase sem nem notar. Apenas vi sua mão me parando e ela fazendo uma careta estranha.
- Está me enjoando – disse rindo – Olha, eu sei que é e te garanto que não vai gostar. As visitas vem aqui todos os anos, e quando eu ficava com o Alfonso, também não gostava.
Cruzei os braços na altura do peito e a encarei, sentindo o sangue parar de circular e se concentrar em minhas bochechas. Senti meu rosto inteiro pegar fogo. Fiquei apavorada ao pensar quem poderia entrar com o Alfonso, e enquanto isso Maite se divertia com a minha preocupação.
- Tia, trouxe um salmão – disse Dado, entrando feito um maluco pela casa – Só coloca no forno, minha mãe até temperou.
Maite levantou-se rapidamente e correu para o banheiro perto da cozinha com a mão à boca. Corri até ela sabendo que iria colocar tudo fora. Fiquei com pena ao vê-la abaixada perto do vaso sanitário vomitando tudo que havia em seu estômago. Segurei seus cabelos e acariciei suas costas, enquanto ela parecia uma fábrica de vômito sem fim.
- AI que nojo – sussurrou ela, voltando a se curvar sobre o vaso. Dei descarga e continuei ali com ela até se acalmar. Assim que terminou, levantou-se e lavou a boca na pia.
Dei descarga e parei ao seu lado, arrumando o vestido que tinha ficado torto em seu corpo.
- Sobe e escova os dentes para tirar o gosto amargo – disse à ela. Virei-me e abri a porta, dando de cara com a Ruth com a mão na boca.
Mal saímos do banheiro e Ruth já entrou correndo. Não deu tempo nem de fechar a porta, e logo se abaixou no vaso sanitário vomitando também tudo o que tinha no estômago, e nem tinha muita coisa. Como passou o dia todo fora, tinha certeza de que não comeu muita coisa. Deveria ter comido alguma coisa que a fez mal, ou...
Abaixei-me ao seu lado e segurei a sua franja, já que seu cabelo era curto. Dei descarga, e ela continuou vomitando. Mas não tinha mais nada. Saía apenas água, e nada mais. Ela se curvou contra o próprio corpo e apertou a barriga, olhando para baixo. Dei descarga, fechei o vaso e a levantei devagar, para que ela não se sentisse tontura e nem nada do tipo.
- Você comeu algo na rua, Ruth? – acariciei seus cabelos – Está tão pálida.
Ela apenas negou com a cabeça e caminhou até a pia.
- Vou escovar os dentes, pode dar uma olhada no salmão, por favor? – ela nem esperou minha resposta. Apenas subiu rapidamente e eu fiquei ali pensando no que tinha acontecido.
Se tivesse visto Ruth com um cara, eu poderia arriscar que estivesse... –pausei meus pensamentos quando me lembrei que ela estava sim saindo com alguém. Não dizia de jeito nenhum quem era, mas saía quase todos os dias e eu a ouvi sussurrar e rir ao telefone como se fosse uma adolescente escondida dos pais. Meu coração gelou só de pensar quando Alfonso descobrisse uma coisa daquelas. Se já era explosivo com pouco, imagina se sua mãe estivesse realmente...
- Branquinha? – Ouvi me chamarem, despertando dos meus pensamentos. Era Miguel com duas garrafas de refrigerantes nos braços, quase não aguentando com o peso. Sorri para ele e o ajudei, levando-os até a geladeira que estava praticamente lotada. Se alguém chegasse com mais alguma coisa, teria que pedir uma geladeira emprestada.
Assim que guardei os refrigerantes, Miguel me puxou até a mesa, me fez sentar e sentou no meu colo, me abraçando. O apertei em meus braços e beijei sua cabecinha. Seus olhinhos estavam praticamente se fechando, e considerando a hora, se fosse em dias normais já era para estar dormindo.
- Quer nana um pouco, pequeno? – disse no seu ouvido – Quando fomos comer eu te acordo, quer?
Miguel negou com a cabeça e bocejou.
- Estou esperando meu amigo. Daqui a pouco eu desperto.
Não protestei, apenas fiquei ali com ele, e vigiando o salmão como Ruth havia pedido. Se passaram mais alguns minutos, até que Alfonso apareceu na cozinha sorrindo. Abaixou ao meu lado e selou nossos lábios. Senti meu corpo inteiro tremer de raiva quando senti perfume feminino em seu perfume.
- Miguel dormiu? – entortou os lábios enquanto acariciava sua cabecinha.
- Sim. Mas ele quer esperar um amigo. – apertei os lábios – Posso saber quem é que você foi buscar no aeroporto?
A feição do Alfonso mudou completamente. O que era calmo, sereno e tranquilo, se transformou na hora em algo receoso, amedrontado e nervoso. Olhei para a porta da sala tentando achar alguém diferente, mas não dava para ver muita coisa. Só podia ouvir um “seja bem vinda menina”, “quanto tempo”. E mais algumas coisas que não dava para ouvir.
Alfonso continuou olhando para mim aflito, e passou a mão na nuca, como se tivesse impaciente. Olhei em seus olhos e me curvei um pouco sobre ele.
- Diz pra mim, amor, prometo me manter tranquila – beijei seu nariz – A não ser que tenha feito alguma coisa, pois senti o perfume em você.
- Não fiz nada, Any – apressou-se em dizer – Apenas a abracei para cumprimentar. Estou nervoso porque... você não vai gostar de saber quem é.
Eu ia perguntar o nome da pessoa, mas não precisei porque na mesma hora pude ouvir aquela voz irritante chamar por Alfonso. Olhei de olhos arregalados para a porta, não acreditando que teria que aturá-la no Ano Novo também.
Autor(a): anyeponcho
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Alfonso narrando: - Ponchito – ouvi aquela voz fina me despertar, e fechei meus olhos antes mesmo de virar em direção de onde o som saia. Eu estava com medo da reação da Anahí, confesso. Júlia e ela não se deram bem desde o primeiro olhar, e para piorar, ainda provocava a branquinha sempre que podia. Eu tive esperan&cc ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 246
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degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00
Contínua 🙏
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34
Continuei =)
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AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57
Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28
Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....
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AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33
Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08
=) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)
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luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41
Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23
Continuando.... =)
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AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16
Continuada <3
anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48
Postei 2 vezes hoje 😀
AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44
Continua* hehehe
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10
Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(
anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20
Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58
Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3
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AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27
Cadê você?
anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51
Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)
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AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48
Tadinha da Mai :(
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AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19
Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua