Fanfics Brasil - Capítulo 113 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 113

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Alfonso narrando:



Demos um beijo rápido, mas fomos interrompidos pelos caras que entraram correndo e perguntando se a Ceia estava pronta. Esperamos minha mãe aparecer, e então comemos antes mesmo da meia noite. Não costumávamos esperar para podermos avançar à ceia. Eram marmanjos demais para que as mulheres conseguissem controlar. Todos esfomeados e desesperados por causa do cheiro delicioso que a cozinha exalava. Tenho que admitir que Bingo e eu éramos os que mais enchiam minha mãe para comermos logo.
Anahí sentou ao meu lado, e minha mãe nos serviu como amava fazer, e confesso que também amava receber aqueles mimos dela e da minha namorada. Any estava com o prato tão farto, que até eu me surpreendi. Não tinha visto seu prato tão cheio de comida assim, mas minha mãe forçava a barra ás vezes. Principalmente quando era ela que colocava comida para a branquinha. Seus olhos também pareciam assustados, mas ao contrário da rotina, aquele dia ela não reclamou. Devorou o prato como se não comesse há séculos, e ainda repetiu o salmão da mãe do Dado que realmente estava de comer rezando.
Assim que terminamos de comer em meio a gargalhadas e brincadeiras como sempre era, fomos para a sala esperar para os fogos. Sentamos um ao lado do outro, e a branquinha se encaixou em meus braços.
Faltavam quinze minutos para a meia noite, mas os caras já bebiam e riam alegremente, colocando uma música animada quase no último volume. Bingo era o mais desanimado, mas alegou que era por saudade da Vick. Eles haviam se entendido, mas não conseguiram se vir direito depois. Cris estava no mesmo barco, mas tinha conseguido falar com a Angelique um pouco antes da ceia, o que o deixou mais animado. Dado bebia sem se importar com nada. Já que era solteiro e desimpedido, parecia um alucinado contando piadas e nos fazendo rir de doer as bochechas.



Os minutos passaram correndo com tanta distração, e quando vimos, faltava apenas cinco minutos para um Novo Ano se iniciar.



Branquinha que até então ria alegremente ao meu lado, endireitou o seu corpo e me olhou de uma maneira meio tristonha, que logo imaginei ser pelo seu pai. Beijei sua testa e peguei o telefone de cima da mesinha de centro, a entregando. Ela me olhou confusa, e respirou fundo, acho que tentando imaginar onde eu queria chegar lhe entregando aquilo.



- Liga para ele, vida – disse em seu ouvido – Sei que é o que quer. Liga.



Anahí entortou os lábios e abaixou a cabeça, deixando a primeira lágrima pingar em seu vestido branco.



- Não sei...



- Amor, você está triste – a interrompi – Está nítido que é essa a sua vontade. Deseje ao menos um Feliz Ano Novo. Acho que já vai se sentir melhor, e fazê-lo sentir também. Ele sente a sua falta.



Anahí me olhou perdida, ainda apertando o celular, sem perceber que estava colocando força demais. Olhou para o telefone e voltou a me olhar ainda confusa, sem saber o que dizer ou fazer. Nem eu sabia mais o que dizer, na verdade. Só havia a incentivado porque vi que era isso que queria, mas o orgulho não a deixava perceber ou talvez fazer. A única coisa que eu queria, era não vê-la triste, principalmente naquela data que era tão especial e importante.



Confesso que também não estava explodindo de felicidade. Essa época me fazia lembrar-me demais do meu pai, e doía o meu coração. Mas, eu estava com ela, e queria esquecer do que me entristecia. E assim, queria fazer o mesmo com ela, para sermos apenas nós dois e iniciarmos o ano com o pé direito.
Estávamos juntos, com saúde, com amigos e família graças a Deus, e era isso que me importava.



Ela ainda ficou alguns segundos encarando o telefone sem dizer uma palavra, mas logo se levantou e subiu. Imaginei que fosse ligar para o seu pai e respeitei seu espaço. Não queria forçar a barra. Talvez ela precisasse desse tempo para pensar em seu melhor. Ouvir seu coração.


Anahí narrando:



Eu estava meio perdida em pensamentos, encarando o telefone como se fosse tocar e ser meu pai, ou o próprio telefone fosse me dar alguma solução, porque sinceramente naquele momento eu me encontrava perdida. Bem perdida. Eu queria ligar, mas toda vez que discava o número de casa, meu dedo travava e eu acabava desligando. Não deixava a ligação completar.



Respirei fundo tantas vezes, que em uma dessas vezes, pensei que fosse ter uma parada cardíaca. Continuei ainda por longos minutos tentando criar coragem, até que o Alfonso abriu a porta e me olhou com um sorriso lindo, que me levou a sorrir, também. Talvez não chegou aos meus olhos, pois ainda sentia meu peito doer, mas ainda assim fiz um esforço para que não deixasse o moreno triste bem naquele dia.



- Vida, estão te chamando. Já vai dar meia noite – fechou a porta e caminhou até mim rapidamente. Ainda mantendo aquele sorriso de malandro nos lábios. Sorriso que Alfonso esboçava sem esforço. Talvez sem nem perceber.



Levantei-me para descer com ele, mas fui impedida antes de chegar na porta. Poncho me abraçou forte e beijou minha bochecha, como se tivesse intenção de me consolar. O apertei em meus braços e curtir aquele momento ao máximo. Era como se estivesse renovando minhas forças. Eu precisava daquilo, precisava exalar seu cheiro para criar forças para descer sem chorar e depois pensar novamente se ligava ou não para meu pai.



- Eu te amo – disse, contra seu peito – Acho que se não tivesse você, estaria tão perdida.



Alfonso era como se fosse meu lado racional, meu lado forte e pensante. Sem muita emoção, deixando apenas o lado da razão falar, pensar e agir. Era os meus olhos quando não conseguia enxergar algo certo, era meus ouvidos e até minha boca quando eu não conseguia ser rude com ninguém. Posso dizer que me completava. Nos completávamos. Alfonso era a razão que faltava em mim, e eu era a emoção que faltava nele.



Senti seus braços me apertarem ainda mais, e foi o que bastou para me sentir segura. Sem dúvida alguma era meu porto seguro. Estava tão bem em seus braços, que esquecemos até dos poucos minutos – acho que um minuto – que faltava para os fogos de artifícios.



- Também te amo, branquinha. E muito – selou nossos lábios – Vamos descer? Acho que já está quase na contagem regressiva.



Assenti, e então descemos de mãos dadas. Eu ainda estava com uma dorzinha significativa no peito. Uma saudade enorme do meu pai, mas preferi deixar de lado pelo menos até os fogos terminarem. Eu queria aproveitar aquele momento com alegria, nada de tristeza. Já bastava tudo o que passamos naquele ano para estarmos juntos, Alfonso não merecia que eu lamentasse por algo que eu poderia resolver depois.



O que mais me doía na verdade, era que nossa família nunca havia passado um ano novo separado. Apenas Matheus que morava longe, que passava alguns anos novos afastado. Mas papai, eu, mamãe e Cris estávamos sempre colados. Rindo e brincando em todas as comemorações. Alicia aparecia às vezes, quando conveniente, fazendo com que minha alegria sumisse na hora. Meu pai dava toda atenção à ela, e acabava por me desprezar, como sempre. Logo chegou o tio Fábio para completar a família, e então éramos apenas nós. Passar sem eles era realmente algo novo para mim, e completamente estranho.



Quando pisamos na sala, estavam no número quatro da contagem regressiva. Alfonso me abraçou por trás e começou a gritar alto os números, com toda energia e empolgação. O acompanhei para não deixá-lo triste, e no fim me peguei mais empolgada do que ele.



- DOIS – gritamos todos juntos.



Alfonso me virou em um giro rápido, e colou nossos lábios rapidamente.



- Um – Colou nossas testas – Feliz Ano Novo, meu amor.



Sorri completamente encantada, e passei meus braços pelo seu pescoço, ainda deixando nossas testas coladas. Colei nossos lábios novamente e sorri.



- Feliz Ano Novo, minha vida – sussurrei – Quero você e eu sempre juntos. Promete?



- No que depender de mim, assim será sempre – sorriu de lado – Agradeço a Deus por tu estar aqui, mina. Você não imagina minha felicidade.



Ouvir aquilo foi como música ao meu ouvido. Eu poderia me acostumar sempre com seus mimos e palavras melosas que não eram hábitos seus dizer. Eu amava quando Alfonso estava assim, todo meloso e romântico. Aquilo me fazia apaixonar cada vez mais. Sinceramente eu não sabia mais viver sem aquele marrentinho com um coração maravilhoso.



Alfonso não esperou minha resposta, apenas me puxou pelos cabelos e colou nossos lábios rapidamente, sem nem se importar com os que estavam olhando. Foi um beijo rápido, repleto de amor e um pouco de malicia como tudo o que ele fazia. Sua mão apertou tanto meu cabelo, que subiu, juntando quase um ninho no topo da cabeça. Parecíamos brigar para que lado nossos rostos ficavam, enquanto eu arranhava sua nuca sem medo de machucá-lo. Esqueci-me completamente que estávamos no meio da sala e que fogos eram estourados praticamente em frente a rua do Alfonso. O que me importava realmente era em seus braços. Acho que estava explodindo mais do que os próprios fogos, mas meu caso era de pura felicidade.



- Feliz ano novo, pombinhos! – fomos brutalmente interrompidos por Dado pulando e nos fazendo pular juntos. Começamos a rir, e nos separamos para cumprimentarmos os outros também.



Fomos de um em um. Enquanto todos estavam felizes e correndo para fora de casa olhar os fogos, avistei Ruth no cantinho do sofá quietinha, apenas olhando o celular. Ela não me pareceu nada bem, o que me preocupou bastante. Não queria deixar Poncho ver aquela cena, mas também não pude ignorar.



Caminhei até ela mesmo com receio de que ela não me contasse absolutamente nada, e sentei-me ao seu lado cuidadosamente para não assustá-la. Enrosquei os braços nela e beijei seu rosto docemente, fazendo com que sua atenção se voltasse a mim, e ela sorriu, mas não chegou aos seus olhos.



- Feliz Ano Novo, Ruth! – beijei seu rosto novamente e deitei sobre seu ombro – Está tudo bem?



Claro que não estava. Seus olhos estavam fundos e avermelhados, e havia marcas de lágrimas, como se tivessem limpado ainda pouco. Mas ainda assim ela tentava disfarçar. Talvez para não mostrar aos filhos que algo a agoniava. Até porque seria perigoso, temos que concordar. Alfonso era estourado demais,ainda se tratando de sua mãe. Com bebidas alcoólicas – embora não tivesse tomado muito – não seria uma boa combinação. Agradeci pelos amigos terem o distraído.



- Está sim, meu anjo – segurou minha mão – Só estou com um pouco de mal estar e cansaço, mas nada que deva se preocupar.



Percebi que não iria adiantar insistir, então apenas concordei e não prolonguei o assunto. Talvez fosse trazer mais dores, e também não queria isso. Queria na verdade era consolá-la, mas pensei que existia vários momentos para aquilo, e com certeza aquele não seria o certo.



Fiquei enroscada nela até Alfonso e Miguel pular em nós duas para nos desejar Feliz Ano Novo. Alfonso como já tinha me cumprimentado, apenas beijou sua mãe e lhe dissera palavra bonita como “Deus encha seu ano de alegria e felicidade, luz e proteção”... e então ele se sentou ao meu lado, depositando um beijo em meu color. Virei- me em sua direção e sorri esticando-me um pouco sem soltar Ruth e lhe dando um selinho.



Após os fogos serem estourados, rezamos como eles costumavam fazer e eu também, apesar de estar longe de casa, e depois fizemos algumas simpatias que Ruth sempre fazia. Logo, acabou se entretendo com a mãe de Bingo e a vizinha Zula que tanto eram amigas, e vi sorrisos e gargalhadas sinceras que me fizeram respirar aliviada.



Ficamos zoando e conversando na rua, com vários vizinhos que Alfonso conhecia. Bom, ele conhecia todos na verdade, e até as vizinhas oferecidas, que me deram raiva. Simplesmente não se tocavam. Eu podia beijar Alfonso, ficar abraçada como um bicho preguiça mas nem isso fez com que se mantivesse distancia. Sinceramente estava quase as esganando. Mas percebi que não valia a pena. Até porque Alfonso estava mais me beijando e me apertando do que olhando à sua volta.



Um pouco mais da meia noite, novos fogos foram estourados, e Dado pegou seu estoque guardado para encher a rua onde moravam de cor. Aliás, o céu. Alfonso me abraçou por trás e ficamos vendo as cores se misturarem e as chuvas de prata encantando o céu e enchendo nossos olhos. Dava para ver a cor em seus olhos brilhantes, o que me encantou ainda mais.



Posso repetir quantas vezes forem necessárias que eu simplesmente estava onde queria e precisava. Os braços do Alfonso sempre serão a minha casa, e seus lábios sempre o meu porto seguro. Nada mais me preocupava quando estávamos juntos. Apesar das brigas e dos momentos em que se mostrava machão, Alfonso e eu tínhamos uma conexão de outro mundo. Eu queria acreditar que poderíamos ser almas gêmeas, ou seres que são ligados de outras vidas e predestinados a ficar juntos.



Eu acreditava piamente nisso.



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Autor(a): anyeponcho

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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