Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos
Alfonso narrando:
-E ela como está? – perguntou Angelique, enquanto entrávamos em sua casa.
Cris ainda não estava lá. Tinha ligado cinco minutos antes de eu chegar, e avisou Angelique que ia chegar um pouco mais tarde por causa de um imprevisto com seu pai.
Assim que entramos, me arrependi no ato de ter dito que esperava Anahí em sua casa. Duca ainda estava por lá. Na altura do campeonato, nem me lembrei de que ele era seu primo e que provavelmente estaria por lá mesmo depois ano novo. Ter de olhar para sua cara insossa e esperar por horas enquanto Any tem uma conversa com seu pai, foi uma tarefa difícil. Era só olhar para ele que me lembrava de tudo o que viveram juntos, e me lembrava também de que foi ele quem tirou sua virgindade e a namorou primeiro. Raiva poderia me definir naquele momento.
Entramos em sua casa e ele logo ergueu as sobrancelhas enquanto mantinha seu corpo jogado no sofá maior como se a casa fosse sua. Angelique ainda pediu para que ele se sentasse, mas o folgado continuou exibindo sua pança sem camisa, e não se importou em no mínimo ser educado. Ignorar foi tudo o que eu conseguia fazer, porque faltava pouca coisa para eu lhe meter a mão.
- Ela estava nervosa – respondi, enquanto me sentava na poltrona ao lado do sofá em que o tal Duca estava deitado – Queria que eu ficasse com ela, mas acho que isso são coisas que somente os dois tem que resolver. Não posso e nem quero me meter.
- Está certo, Poncho. Eu também acho que isso é entre eles. Ricardo tem que entender o lado de Anahí por si próprio. Não adianta forçarmos e nem estar juntos – sentou-se no sofá menor.
Eduardo se sentou e começou a prestar mais atenção na conversa. Tive a impressão que era pelo nome que envolvia toda a história “Anahí”, e não gostei nada disso. De repente sua atenção estava ali, e a minha estava sobre ele. Meu sangue subia só de olhar e ver em seus olhos algum tipo de sentimento que eu não soube definir. Não sabia se ainda era amor, mas alguma coisa ainda tinha.
Angelique também pareceu ter percebido sua atenção na conversa, e me ofereceu um suco somente para amenizar o clima. Aceitei por educação, e somente para ter algo que me fizesse desviar o foco que naquele momento era o Eduardo.
Tomei o suco de laranja que realmente estava uma delícia, e não voltamos mais ao assunto dos dois. Angelique acabou mudando o rumo da conversa, falando do Cris e dela, e Eduardo que parecia meio desanimado com o assunto, acabou avisando que ia descansar e subiu. Foi somente ali que soltei o ar dos pulmões aos poucos, percebendo que estava sem respirar talvez desde quando encontrei o cara deitado no sofá. O sangue de repente começou a circular novamente.
Cris chegou quase vinte minutos depois, e Bingo acabou aparecendo também. Vitória tinha saído, o que deixou Bingo mordido por simplesmente não ter sido avisado. O namoro deles apesar de ser bem resolvido, tinha seus mais alto do que baixo. Pensei que pudesse ser pela diferença de idade. Bingo ia fazer 19 anos dentro de alguns meses, e Vick, tinha 16 anos e estava na fase de curtir os amigos. Dentre eles o Derick, que ele tanto detestava e o Bruno, que ele também morria de ciúmes.
Os caras conseguiram me animar por algum momento, me fazendo esquecer a agonia que eu estava sentindo por não poder fazer nada. Ainda esperava uma notícia de Anahí, ansiosamente, mas sabia que só receberia quando ela me ligasse para busca-la.
Quando estávamos conversando sobre Bingo e Vitória, o celular de Angelique tocou, e ela correu para atender sobre os olhares ciumentos de Christian. Fiquei com vontade de rir. Era algo inédito ver o nosso quarteto de quatro por uma garota como nos encontrávamos. O Dado era o único perdido, porque nós três estávamos literalmente com os quatro pneus arriados.
- Quem era? – perguntou Cris assim que Angelique desligou a ligação.
- Bernardo – suspirou – Eu comentei com ele que Anahí iria almoçar com o Ricardo, e ele queria saber se eu tinha notícias. Acho que ligou para ela mas só cai na caixa postal.
Cerrei meus punhos e trinquei o maxilar quase sem nem perceber. Estava descobrindo o pior de amar alguém: sentir ciúmes. Não sabia quem era pior, se era seu ex-namorado ou esse amigo que com certeza tinha segundas e terceiras intenções. Eu não queria demonstrar, mas minha missão acabou falindo. Todos desconfiaram da minha repentina mudança de humor e Cris soltou sua piadinha costumeira.
- Ciúme é tenso, amigo – riu- Ai...
- Melhor ficar quieto – interrompi, sem nenhuma noção de como estava meu tom de voz. Pouco me importou naquele momento, se estava sendo grosso demais ou não – Você também teve uma reação bem estranha quando Angelique saiu para atender o celular. Então não começa com suas provocações.
- É. Ninguém pode falar de ninguém – disse Bingo – Nós três estamos apaixonados e morrendo de ciúmes – logo ele que costumava brincar com tudo e tirar proveito da situação, estava sendo mais racional que qualquer outro naquele momento. Percebi que o seu ciúmes talvez fosse maior do que o meu ou do Cris.
Esse não era meu melhor amigo, que sempre estava brincando e fazendo piada. Desde que descobriu seu ciúmes por Vitória, não costuma sorrir direito, e mal fala de outra coisa que não seja Vitória e seus amigos que ele tanto detestava. Às vezes tinha dúvida se esse namoro era mesmo melhor para ele.
Respirei fundo e continuamos conversando sobre outros assuntos que não envolvia mulher. Nossas mulheres. Angelique era muito divertida, e me ajudou a desligar um pouco do mundo “Anahí e ciúmes”. Cris também fazia algumas gracinhas e provocava Angel de todas as maneiras possíveis. Bingo era o menos entrosado, mas logo recebeu uma mensagem da Vitória que ele não quis mostrar, mas que o fez sorrir.
Pelo menos isso.
Anahí narrando:
Ar. Eu queria ar, balão de oxigênio e um copo de água. Meu sangue pareceu ter parado de circular. O oxigênio do meu cérebro sumiu momentaneamente, e nem me lembrava como se respirava. Meu corpo inteiro tremia. Desde os pés até a cabeça. O coração acelerava tanto que eu fiquei com dificuldade de enxergar por pelo menos dez segundos.
Poderia parecer drama, mas eu estava com tantos sentimentos mistos no peito, que não sabia qual se sobressaía mais. Sentia saudades, vontade de abraçá-lo, desejo de que tudo voltasse ao normal, e amor. Muito amor. Por mais que ainda tivesse um pouco de medo e receio de brigar com ele logo no meu aniversário, ao olhá-lo nos olhos, mesmo de longe, percebi o quanto de amor que ainda tinha no peito. O quanto amava aquele homem, mesmo que meu sentimento não fosse tão recíproco assim, ou até fosse, mas não com tanta intensidade.
Respirei o mais fundo que consegui, e uma recepcionista veio ao meu encontro para que pudesse me guiar à uma mesa. Avisei que já tinha avistado o meu acompanhante, e ela me guiou até meu pai. Conforme meus passos lentos, meu coração parava por alguns segundos, e voltava a bater. Mordi o cantinho interno da minha boca e me aproximei ainda mais da mesa, parando de frente para ele.
-Fiquem a vontade – disse a moça morena e baixinha, com um sorriso muito simpático e educado.
Agradecemos e então ela se virou para chamar o garçom. Sentei-me de frente à ele sem nem antes cumprimentá-lo, e nos encaramos por breve momento. Mesmo sendo somente alguns segundos, percebi que tínhamos tanta coisa a ser dita, tanta coisa presa na garganta, que chegava a doer. Eu queria despejar logo minhas angustias, mas simplesmente não conseguia falar nada. Estava muda, atônita, tanto ou mais que ele.
Eu torcia para que ele fosse o primeiro a quebrar o silêncio, e em menos de cinco minutos, Deus ouviu minhas preces.
- Quer comer primeiro? – perguntou, encarando a mesa de maneira em que estávamos. Encarei o número 6, que era o dela, e suspirei, criando forças para responder.
- O senhor é quem sabe – respondi calmamente. Eu queria conversar antes e acabar com aquela angústia, mas talvez comer antes seria o ideal. Dependendo do rumo da conversa, nem eu mesma queria ficar ali.
Ergui minha cabeça e seus olhos me encararam de forma dolorosa. Ele parecia pedir socorro, ou que eu iniciasse o assunto, mas eu não sabia como ajudá-lo. Para meu pai, confessar um erro ou pedir desculpas, era a coisa mais difícil a ser feita. Todas as vezes que errou comigo, era eu quem ia atrás procurando uma maneira de fazê-lo me desculpar. Mesmo que o erro não fosse eu. Mas, naquele momento, para mim também era difícil. Aquela vez nem eu mesmo sabia como iríamos começar amigavelmente uma conversa que com certeza não seria das mais fáceis.
Meu pai ergueu a mão, e logo apareceu um moço loiro e baixinho, mas que tinha um sorriso lindo e os dentes completamente alinhados.
- Pois não? – perguntou, tirando um bloquinho do bolso do avental preto que vestia.
- Eu queria apenas uma água no momento – me olhou – E você?
Olhei para o rapaz e assenti.
- Quero o mesmo, por favor.
Aquilo estava estranho até mesmo para nós dois, que não tínhamos a melhor convivência. Imaginei Alicia ali. Com certeza meu pai já teria pedido desculpas e a agradado com um abraço aconchegante e milhares de beijos pelo rosto. Por que comigo era tão difícil? Era só pedir desculpas, ou pedir que eu esquecesse tudo e voltasse para casa. Qualquer mínima demonstração de afeto derreteria meu coração saudosista. Eu só precisava sentir que ele também queria paz entre nós.
Um novo silêncio se fez presente, me deixando ainda mais agoniada. Eu o chacoalhei mais de uma vez mentalmente, mas infelizmente não era o suficiente para ele despertasse para a vida. Respirei fundo prevendo que se eu não puxasse assunto, ele também não faria.
- Acho que não foi uma boa eu ter vindo – olhei para a mesa – Talvez devêssemos dar tempo...
- Para eu te perder de vez? – perguntou, e eu o olhei – Não. Eu quero e preciso falar com você hoje, só tenha paciência. Não é fácil e você sabe disso, fi - filha. – gaguejou fazendo meus olhos marejarem.
Ricardo desviou seu olhar, e mirou novamente a plaquinha de número 6 que estava sobre a mesa.
Eu tinha paciência e teria a vida inteira se soubesse que no fim estaríamos entendidos. Tudo o que eu mais queria era um abraço seu. Mesmo que não pedisse desculpas, só bastava dizer que sentia minha falta, e que queria tentar outra vez. Eu o amava demais para ser orgulhosa.
- Eu sei que é difícil, mas estou aqui – segurei sua mão, fazendo com que sua atenção fosse rapidamente para elas. – O mais difícil o senhor já fez, me convidou para conversar. Agora estou aqui. Estamos aqui.
Ricardo subiu o olhar até mim e respirou fundo, deixando a mostra os seus olhos marejados.
- Obrigado por vir – sorriu, sem mostrar os dentes – É muito importante para mim ter você nesse dia. Parabéns. Que Deus te dê tudo de melhor na vida e que você seja muito feliz... boneca.
Naquele momento, as lágrimas que evitei desde que o vi sentado na mesa do restaurante, simplesmente apareceram. Fazia tanto tempo que não me chamava de boneca, que aquilo atingiu fundo na minha alma. O que eu mais queria naquele momento era abraça-lo e implorar para que voltássemos a boa, mas daquela vez quem tinha que iniciar a conversa, era ele. Eu sentia necessidade de que ele demonstrasse seus sentimentos, pois os meus estavam expostos desde que nasci. Pena ele não ter visto antes, ou não querer ver.
- Que saudade de ouvir você me chamando assim – funguei – Faz tanto tempo...
- Eu sou um... Como dizem agora na sua época? Idiota? – sorriu de lado – Eu não sou bom com as palavras e acho que você sabe disso, mas... – pausou. Ele ergueu meu queixo com o indicador e limpou minha lágrimas insistentes. – Sou um idiota por não enxergar o quanto você me ama e cuida de mim. Nem mesmo Alicia ou sua mãe fazem coisas que você faz. Só você, você me mima, cuida de mim, cuida da minha saúde e até combina minhas gravatas com o terno e a camisa – sorriu – Eu sinto falta disso.
Eu também sentia, e muita. Desde quando aprendi a combinar minhas roupas, sempre deixava a gravata e sua camisa separadas em cima da cama. Ou, se caso ele mesmo escolhesse, sempre pedia minha opinião, ou na hora do café eu sempre dava meus pitacos. A falta que isso tudo fazia, era imensurável. Tudo bem que meu pai muitas vezes era grosso comigo, mas eu sabia levar algumas vezes, principalmente quando Alicia não estava por perto.
Ouvir aquelas palavras já era um belo começo. Eu queria um pouco mais, mas me dava por satisfeita só de ter escutado que sentia falta dos meus cuidados. Realmente mamãe e Alicia jamais fizeram o que eu fazia. Lembro que até os meus doze anos, toda noite antes de dormir colocava um bilhete dentro da xícara que tomava chá após rever alguns papeis no escritório. Papai parecia amar, mas quando Alicia começou a fazer a mesma coisa, acabei deixando pra lá. Me achei até meio boboca por disputar a atenção do meu próprio pai daquela maneira.
- Você não é idiota – funguei – Eu amo o senhor, e tudo o que eu sempre quisera vê-lo feliz. Sabe, não posso negar que o tempo em que Alicia passou fora do país, foi... – não completei a frase.
Simplesmente não tive coragem. Achei que pudesse ser maldoso dizer que era um alivio em partes. Bom, não por mal, mas eu não precisava dividir sua atenção, disputar seu carinho e nem presenciar cenas desagradáveis de quando ele fazia mais coisas para ela do que para mim. Principalmente beijos e abraços. Isso era o que mais me doía.
- Eu sei – sorriu, ainda sem mostrar os dentes – Eu entendo você. Agora eu entendo. Mas, não era por mal que fazia essas coisas. Você não vai entender por agora, filha. Não tenho como explicar, mas eu sempre amei você muito mais do que Alicia ou Christopher... Ou até mesmo Matheus que sempre me deu orgulho.
Realmente não entendi o que quis dizer. Se me amava mais do que qualquer outro filho, porque me tratava daquele jeito? Porque simplesmente não me abraçava, ou me elogiava quando ia bem na escola?
Qualquer nota baixa que dez era motivo para bronca. Já Alicia, mesmo que tirasse nota oito, já era orgulho para sempre. Isso jamais entendi. Me perguntava todos os dias o que acontecia com ele quando o assunto era eu, mas nunca tive coragem de perguntar por que dessa diferença. Me via diante de fatos que pensei em aceitar calada para não causar maiores desagrados.
- Mas, eu queria entender – engoli em seco, vendo seu maxilar se contrair – O que acontece?
Ricardo negou com a cabeça e enxugou uma lágrima solitária que escorria pelo canto de seus olhos.
- Não posso dizer nada por enquanto, boneca. Mas, um dia você saberá – acariciou minha mão – O importante é saber que eu te amo incondicionalmente, e que tudo o que fiz foi um meio totalmente torto de tentar não te perder – apertou os lábios – Um dia você vai entender.
Eu queria entender naquele momento, enquanto estávamos tentando colocar tudo em pratos limpos para que voltássemos a ser pai e filha. Ou criássemos esse elo enquanto ainda estava em tempo. Mas ao mesmo tempo em que ansiava por uma explicação, ver meu pai chorando na minha frente, demonstrando todo e qualquer fraqueza justamente para mim, era algo que eu não podia ignorar.
Não dava para insistir. Eu não podia cobrar uma explicação sobre algo que o deixava emocionado daquela maneira. Mesmo que eu tivesse direito, já que se tratava da minha vida, eu tinha que me conter.
- Tudo bem – olhei em seus olhos lacrimejados e subi minha mão um pouco, alcançando seu braço na altura do cotovelo – Eu também te amo, pai. Eu não quero te perder, entende? Não quero que isso acabe nos afastando. Eu não sei os seus motivos para me tratar assim, mas eu acredito que se estamos aqui, é porque realmente nos amamos e não queremos nos afastar um do outro, certo? – perguntei, e ele assentiu – Então...
- Me desculpa – interrompeu-me – Me desculpe por tudo, meu amor! Eu amo você. Amo muito e jamais tive a intenção de nos afastar.
Meu pai estava tão encorajado, que minhas lágrimas caíram involuntariamente. Como eu o amava!
Naquele momento então, que demonstrou todo amor sem medo ou receio, meu sentimento simplesmente dobrou e acabou transbordando em cada lágrima minha. Me sentia orgulhosa de tê-lo como pai. Principalmente por saber que não era fácil para ele dizer aquelas palavras, mas seu esforço foi maior.
Isso foi realmente admirável.
- Eu te amo, pai – levantei-me do lugar sem me importar de onde estava, e dei a volta na mesa. Meu pai afastou um pouco sua cadeira e se levantou, abraçando-me de uma maneira completamente nova para mim. Eu jamais tinha recebido um abraço tão bom e tão aconchegante daquele. Eu queria poder ficar ali para sempre, para que nada mudasse quando nos afastássemos. Para que tudo continuasse numa boa mesmo reencontrando Alicia.
Meu pai me apertou ainda mais em seus braços, e beijou meu rosto inteiro com todo o amor. Aquele sim era um pai de verdade. Aquele sim era o herói que eu sonhava em ter quando criança, assim como todas sonham. Aquele era o Ricardo que eu almejei durante toda a minha vida.
Ficamos abraçados por um tempo, até sermos interrompidos pelo garçom com as nossas águas.
Realmente foi melhor ter resolvido tudo antes de comer angustiado. Depois de toda aquela conversa e abraços, meu apetite aumentou de forma anormal. Eu poderia comer um boi inteiro se me oferecessem.
Aquele era o restaurante preferido do doutro Ricardo. Todos o conheciam, até mesmo alguns clientes que também costumava almoçar por lá, cumprimentavam meu pai. O garçom logo pensou que fosse comer o seu prato predileto, o de sempre. Risoto de camarão e uma porção de camarão frito na manteiga com uma pitada de orégano. Mas, surpreendentemente meu pai pediu apenas arroz, feijão e bife acebolado. Explicou que os meses em que passei em Londres seu apetite modificou um pouco, e comida caseiras eram quase suas preferidas. Alfonso também o incentivou a sair um pouco da rotina com comidas mais caras e sofisticadas. Sorri imaginando o sorriso do moreno ao ver que estava tudo bem novamente.
Eu pedi a mesma coisa que ele. Não queria um prato sofisticado e aquele me lembrava muito a comida que Ruth fazia nas terças-feiras. Era tradição comer bife acebolado. Embora estivesse apenas algumas terças-feiras em sua casa, havia pegado aquela mania... E então de repente aquela comida passou a ser uma das minhas preferidas. E um dos motivos era que me lembrava muito o marrentinho.
Ainda conversamos sobre coisas aleatórias e sobre meu namoro. Mas, estranhamente, ao ouvir falando sobre Poncho, meu pai mudou de expressão. Ficou pálido, abatido na hora, mas disse que não era nada. Não acreditei que fosse nada, principalmente porque tive a impressão de que ele desmaiaria a qualquer momento.
- Está tudo bem? – perguntei preocupada – Quer ir embora?
Meu pai negou com a cabeça e bebeu um pouco d´água.
- Claro que não – sorriu – Logo agora que estamos tendo um momento só nosso e completamente agradável...
Concordei que talvez não fosse hora de irmos embora. Nossa comida ainda não havia chegado, e eu não queria sair de lá ainda. Nossa conversa estava agradável demais para irmos embora. Ainda não fazia nem uma hora que eu havia chegado. Eu precisava tê-lo um pouco mais por perto.
- Tem razão – sorri.
Continuamos conversando até nossos pratos finalmente chegarem. Confesso que estava morrendo de fome, mas a conversa e as risadas que dávamos, conseguiram distrair minha barriga até sermos servidos.
A comida estava tão deliciosa, que mal conseguíamos desgrudar o garfo da boca. Apenas nos olhávamos e sorriamos como dois bobões. Papai até fez algumas gracinhas levando-me a rir, coisa que antes não fazia, principalmente à mesa.
Autor(a): anyeponcho
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Anahí narrando: Assim que terminamos, pedimos sorvete como sobremesa. Dois de pistache, que era nossos sabor preferido. Haviam nozes enfeitando, o que deixou ainda mais delicioso. Doutor Ricardo ainda passou um pouco em minha bochecha, melecando-me inteira e me fazendo rir. O clima estava realmente muito agradável e eu não queria nem ir embora. Talvez ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 246
Para comentar, você deve estar logado no site.
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degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00
Contínua 🙏
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34
Continuei =)
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AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57
Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28
Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....
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AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33
Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08
=) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)
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luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41
Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23
Continuando.... =)
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AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16
Continuada <3
anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48
Postei 2 vezes hoje 😀
AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44
Continua* hehehe
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10
Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(
anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20
Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58
Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3
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AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27
Cadê você?
anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51
Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)
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AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48
Tadinha da Mai :(
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AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19
Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua