Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos
Anahí narrando:
Assim que terminamos, pedimos sorvete como sobremesa. Dois de pistache, que era nossos sabor preferido. Haviam nozes enfeitando, o que deixou ainda mais delicioso. Doutor Ricardo ainda passou um pouco em minha bochecha, melecando-me inteira e me fazendo rir.
O clima estava realmente muito agradável e eu não queria nem ir embora. Talvez tivesse medo de tudo não ter passado de um sonho. Talvez medo de que ele voltasse a fazer as mesmas coisas conforme o tempo. Mas, como tínhamos de ir, assim que papai pediu a conta, saímos do restaurante como verdadeiro pai e filha.
Antes de ligar para Alfonso me buscar, meu pai insistiu para me levar em casa, que acabei concordando. Não queria fazer desfeita, e achei que até fosse bom, pois poderíamos conversar sobre mais algumas coisas. Ele até focou no assunto de voltar a morar em casa, mas eu lhe pedi um tempo. Disse que era melhor dar um passo de cada vez, até mesmo por causa do Alfonso. Tínhamos começado o namoro a pouco tempo, e aconteceram tantas coisas que era melhor eu ir me desgrudando lentamente. Achei que pudesse ser menos doloroso. Mas sim, era a hora de voltar para casa já que estávamos nos entendendo bem.
Durante o trajeto de casa, mandei uma mensagem para Alfonso, pedindo para ir com a Angelique, Vitória, Bingo e Cris, enquanto eu ia com meu pai. Poncho apenas respondeu: “tudo bem, meu amor. Acho que as coisas saíram melhor do que esperávamos, né? Fico feliz por você. Até daqui a pouco, fique com Deus, beijos.” Soltei um suspiro apaixonado ao ler sua mensagem, e sorri, virando meu rosto para a janela, e lembrando-me de cada detalhe seu que me tirava de órbita.
Chegamos em minha casa e avistei tantos carros, que apenas olhei para meu pai e revirei os olhos já sabendo que mamãe não tinha feito apenas um bolinho para comemoração, no mínimo convidou a família inteira com direito a agregados e penetras. Como não rira adiantar bater de frente, apenas coloquei um sorriso no rosto e desci do carro assim que papai estacionou em frente a calçada do vizinho, já que até mesmo nossa garagem ou a frente de casa já estavam dominadas. Papai e eu descemos e me abraçou de lado depositando um beijo em minha cabeça. Ainda perguntou novamente se estávamos bem, e claro, eu confirmei com toda a euforia que sentia por estarmos juntos novamente.
Mal entramos em casa e eu já fui recepcionada por uma chuva de beijos e abraços caloroso. Recebi “feliz aniversário” de mais de cinquenta pessoas, mas confesso que era uma delícia ter minha família toda reunida. Faltava apenas o Matheus para a família estar realmente completa.
- COM LICENÇA – gritou tio Fábio, enquanto passava por todas as pessoas, para poder me encontrar.
Percebi de canto de olho que papai não gostou muito, mas não disse nada. Apenas continuou observando com a mãos cruzadas na frente de seu corpo. Abracei o meu tio com a mesma força que ele me abraçava, e ele disse tantas coisas que demorou mais de cinco minutos para me soltar. Desejou tudo de melhor e a proteção de Deus. Só disse que não desejaria um namorado, pois tinha ciúmes. Mas, eu já tinha um, e ele tinha que se acostumar com a ideia. Estava se saindo pior que meu pai.
Mamãe me tirou dos braços do tio Fábio e também me desejou a proteção de Deus e mais milhares de coisas boas e bonitas. Agradeci e fomos nos sentar na sala, onde havia tanta gente, que foi ai que me dei conta que era praticamente uma festa. Ela só poderia ter me avisado para que eu pudesse me vestir melhor. Aquela roupa era mais para o dia-a-dia. Mas tirando isso, meu dia estava indo às mil maravilhas. Eu realmente estava feliz, e a cada minuto que se passava, eu me sentia melhor. Não só eu, como Ricardo também. Ele sorria tanto que seus olhos brilhavam de maneira que jamais antes na vida.
Minutos se passaram até que finalmente vi a porta se abrir, e Angelique aparecer primeiro. Corri até a porta e encontrei Alfonso atrás de Cris, que estava atrás da Angel. Cortei os dois e pulei nos braços do meu marrentinho, enchendo o seu rosto de beijos.
- Estou com vergonha – sussurrou em meu ouvido - Sua casa é linda, branquinha.
Afastei nossos rostos para melhor o olhar e revirei os olhos, dando um selinho em seus lábios.
- Não precisa ter vergonha. Eu amo você do jeito que é, ouviu? – selinho – Vêm, quero te mostrar ao meu tio e minha mãe. Acho que vão amar você.
Alfonso travou um pouco, mas logo continuou a andar, vendo que eu não desistiria de arrastá-lo para dentro. Tio Fábio estava de costas para nós dois. Caminhamos até ele e coloquei a mão em seu ombro. Ele virou de frente para mim rapidamente, e o sorriso que estava em seus lábios enquanto conversava com alguns convidados, simplesmente sumiu ao olhar Alfonso.
- Tio, esse é o meu namorado, o...
- Alfonso – interrompeu-me, engolindo em seco – Você?
Ergui a sobrancelha e olhei Alfonso procurando alguma resposta, e encontrei a mesma cara de pânico que meu tio estava. A boca entreaberta, respiração ofegante, e como que sem nem notasse, apertou minha mão com tanta força, que meus ossos começaram a latejar.
- Vocês se conhecem? – perguntei inocentemente.
Os olhos de Alfonso encheram de lágrimas instantaneamente, e então inesperadamente, ele soltou minha mão e negou com a cabeça, dando um passo para trás.
- Então é aqui que se escondeu durante cinco anos, Fábio? Aqui? – disse alto, fazendo com que a atenção da festa inteira se voltasse pra ele – Sabe quem é esse cara, Anahí? – me olhou – Esse cara é aquele que saiu de casa. Que me abandonou e abandonou minha família. Que sumiu sem dizer pra onde e transformou meus dias em transtorno até eu aprender a me virar na marra!
Minha ficha começou a cair aos pouquinhos, mas pensei que Alfonso estivesse se equivocando. Era maluco demais acreditar que Fábio era seu pai. Se Alfonso fosse meu primo, teríamos alguma foto juntos, pelo menos.
- Poncho, calma – segurei seu rosto com as duas mãos – Esse homem é meu tio. Acho que você confundiu...
- É meu pai, Anahí – me interrompeu e olhou novamente para tio Fábio por cima dos meus ombros – FALA PARA ELA QUEM É VOCÊ DE VERDADE! DIZ QUE É UM COVARDE, E QUE SUMIU DO NADA, ME DEIXANDO COM A RESPONSABILIDADE DE CUIDAR DE UM BEBÊ QUANDO TINHA APENAS TREZE ANOS! DIZ, SEU COVARDE!
Abracei Alfonso por trás e logo papai apareceu na sala, ajudando-me a segurar Alfonso para que não fizesse uma loucura. Respirei fundo e parei de costas para o tio, como se fosse seu escudo.
- Para com isso, Alfonso! Você deve estar se confundindo. Ele é meu tio, apenas isso e não tem filhos! – virei- me para ele – Não é, tio?
- Alfonso, agora não – disse papai – é o aniversário da Anahí.
Os olhos do tio Fábio ainda estavam estatelados. Eu queria entender o que estava acontecendo, mas cada vez que tentava, mais me embolava no meio de toda aquela confusão. Alfonso não podia estar falando sério. Aquele homem que eu tanto amava e admirava, jamais abandonaria uma família como a de Poncho, para viver do outro lado da cidade com seu irmão e uma família já completa.
Peguei a mão do Alfonso para leva-lo até meu quarto na tentativa de acalma-lo, mas meu tio nos barrou, e separou nossas mãos com tanta brutalidade, que fiquei ainda mais confusa.
- Tio... – franzi o cenho confusa – Crise de ciúmes novamente, não! Deixa-me passar.
- Não! – disse rapidamente – Vocês não podem... Não – engoliu em seco, olhando para meu pai como se pedisse ajuda – Vocês não vão ficar juntos! Vai embora Alfonso! Agora!
Sua mão tocou o braço de Alfonso, mas eu entrei em sua frente empurrando tio Fábio de leve. Meu pai segurou Fábio e eu me impus, querendo saber de uma vez por todas tudo o que estava acontecendo.
- Quero saber o que está acontecendo aqui, e quero saber agora! – aumentei o tom de voz – Por que não posso namorar Alfonso, tio? O que está acontecendo?
Meu pai olhou para tio Fábio, que negou com a cabeça e resfolegou. Ele deu um passo em direção ao Alfonso e me olhou com os olhos cheios de lágrimas e vermelhos de raiva.
- Ainda não entendeu? – perguntou Alfonso, enquanto encarava tio Fábio – Somos primos, Anahí!
Soltei uma risada forçada e neguei com a cabeça.
Aquilo estava sendo mais surreal do que Casos em Família. Eu não podia ser prima do meu namorado. Isso não fazia lógica. Por que tio Fábio iria abandonar sua família? Eles falavam do Fábio como se fosse um crápula, e para mim, não era. Eu ainda queria acreditar que estavam confundindo tudo. Poderia ser um cara parecido com meu tio.
- Amor, nós não...
- Vocês não podem namorar! – tio Fábio me interrompeu – SOBE, ANAHÍ. AGORA!
Arregalei meus olhos, surpresa e olhei para o meu pai, sem saber o que fazer. Ricardo franziu o cenho e se aproximou do irmão.
- Não grita com a minha filha! Olha só a confusão que armou...
- Eles não podem namorar, Ricardo – interrompeu novamente – Isso é loucura!
- Por que não? – perguntei alterada – Alguém vai me explicar ou estar difícil?
Eu não queria terminar com Alfonso. Mesmo sendo meu primo, o que para mim ainda não era um assunto esclarecido, eu queria continuar namorando com ele. Alfonso era o amor da minha vida. Eu jamais desistiria dele por causa disso.
- Vocês não são primos – disse Fábio, engolindo em seco – Vocês são...
- Filha, sobe com o Alfonso – meu pai interrompeu – Depois conversamos melhor.
Sua filha uma ova! – brandou, segurando em meu punho – Estou de saco cheio de toda essa omissão! Vai enrolar mais um pouco, Ricardo? Até quando? Vai contar no dia em que se casarem? – cuspiu tais palavras, e eu olhei Alfonso sem entender – Ela é minha filha – puxou-me pelo punho, fazendo-me virar repentinamente em sua direção – VOCÊS SÃO IRMÃOS, NÃO PODEM NAMORAR! IRMÃOS NÃO NAMORAM!
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Quem aqui está com raiva do Fábio, comenta? =)
Aguenta coração... Se preparem para os próximos postes =(
beijinhos e lembrem-se de comentar ;)
Autor(a): anyeponcho
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Anahí narrando: Pisquei algumas vezes sentindo-me presa em um filme de terror sem fim. Olhei para Alfonso, sentindo minhas pernas fraquejarem, e por um momento pensei que fosse morrer ali mesmo, na frente de todos.Aquela história de irmãos não podia ser verdade. O destino não nos juntaria para nos apresentar como irmãos em alguma ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 246
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degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00
Contínua 🙏
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34
Continuei =)
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AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57
Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28
Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....
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AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33
Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08
=) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)
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luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41
Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23
Continuando.... =)
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AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16
Continuada <3
anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48
Postei 2 vezes hoje 😀
AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44
Continua* hehehe
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10
Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(
anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20
Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58
Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3
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AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27
Cadê você?
anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51
Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)
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AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48
Tadinha da Mai :(
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AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19
Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua