Fanfics Brasil - Capítulo 13 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 13

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Anahí narrando:


Vamos de moto? – perguntou ele, assim que chegamos ao lado de fora do escritório.



- Não, tá doido? – Soltei um pequeno riso, e o olhei – Vamos andando. Você não está bem, ainda.



- Preciso de alguns beijos seus, aí eu melhoro – Poncho passou seu braço pelo meu ombro, e eu coloquei o meu em sua cintura – Senti sua falta, sabia?



- É? – perguntei com dengo – Eu também – sorri toda boba



- Uhum – sorriu de lado – Acho que seria bom ganhar um beijo depois de dois dias, hein?



Alfonso me puxou pela cintura, e eu subi meus braços até o sue pescoço. Primeiramente nossas testas foram coladas, e sorrimos um para o outro, enquanto nos olhávamos de pertinho. Ele selou nossos lábios, e eu entreabri os meus para o beijo acontecer de uma vez. Estava ansiosa, e senti falta do seu gosto. Nossas línguas se esbarravam, me fazendo arrepiar até o último fio de cabelo, e ele mordeu e sugou o meu lábio inferior, voltando a me beijar com ainda mais intensidade. Paramos com o beijo assim que o ar nos faltou. Nós começamos a andar, a às vezes nos encarávamos de maneira gostosa. Era muito bom estar ao seu lado, mesmo que aquilo não se tornasse nada sério, era bom demais estar ao seu lado. Chegamos ao restaurante que meu pai nos indicou, mas o Alfonso parou na porta, antes mesmo de pisar ao lado de dentro.



- O que foi? – perguntei



- Não vou comer aqui – disse, olhando para a parte de dentro do restaurante, Alfonso estava de cenho franzido, e recuou sem dizer mais nenhuma palavra.



- Poncho, espera – o alcancei, e segurei seu braço, fazendo-o parar de andar – O que foi? Não gostou do lugar?



- É caro, Anahí – disse, sério – Não vou ficar dependendo de você.



Revirei meus olhos, e sorri de lado.



Não tinha nada haver aquele ataque de orgulho seu. Meu paai havia dado dinheiro de bom grado, e ele precisava comer. Alfonso começou a ficar vermelho, mas não era de vergonha, parecia de raiva, realmente. Dei mais um passo em sua direção, e abracei sua cintura, levantando minha cabeça para olhá-lo.



- Ei, não tem nada haver, Poncho. Você precisa comer.



O soltei lentamente, me sentindo um pouco ofendida. Meu intuito era ajudá-lo e não aborrecê-lo.
Alfonso se virou, e atravessou a rua, sem me dizer mais nada. Corri até ele, e mais uma vez o puxei pelo braço, que puxou, e se virou em minha direção parecendo estar muito bravo.



- Alfonso, para com isso – pedi, o encarando – Por favor, me deixa ta ajudar.



- Não preciso de esmola, Any. Eu dou comida para o Miguel, com todo prazer. Dou de coração mesmo, velho, porque me dói pra caramba ver ele e minha mãe com fome – seus olhos marejaram na hora, e aquilo me apertou o coração – Mas isso não quer dizer que pode aparecer dois riquinhos na minha vida, e dizer que eu tenho que comer em um restaurante chique. Não vou, e acabou!



- Eu só queria te ajudar – sussurrei de cabeça baixa.



- Quer me ajudar? Então me deixa, Anahí. Pensei que fosse maneira, mas não gosto desse tipo de agrado. Jamais iria conseguir comer bem, sabendo que minha mãe e o Miguel estão com fome.
Alfonso voltou a andar em direção do escritório sem nem ao menos olhar pra trás. Foi embora como um garotinho fazendo birra, mimado e orgulhoso. Quais ir atrás dele, mas achei que não fosse uma boa ideia. Talvez um outro momento, quando sua cabeça esfriasse, aí sim poderíamos tentar uma conversa sensata.



Voltei ao escritório do meu pai, e entrei, ignorando o Alfonso que estava na porta. Caminhei até Joana, e sentei em uma cadeira que havia ao seu lado, no balcão do escritório. Às vezes eu ficava ali com ela, esperando o meu pai, para não atrapalhar o senhor Ricardo com seus documentos importantes. Alfonso pegou seu capacete com a Joana, me deu uma breve olhada, se despediu somente dela e foi embora. Já que o meu pai havia dado o dia para comer e descansar, ele foi embora. O que mais me doeu? Bom, sei que não nos conhecemos há muito tempo mas eu esperava no mínimo um pouco de respeito. Que ele não dissesse nada e nem pedisse desculpas, mas poderia ter se despedido, ao menos. Assim que ouvi sua moto sendo arrancada em alta velocidade, respirei fundo e olhei para a Joana que mexia em alguns papeis com a maior atenção.



- Jô, se eu te pedir um favor, você me faz? – pisquei os olhos várias vezes, e ela riu.



- O que houve menina? Alfonso, foi grosso, certo? – disse ela, como se o conhecesse há séculos.



- É – revirei os olhos – Pode me passar o endereço da casa dele? O orgulhoso não quis comer nada, e estou preocupada com ele e essa moto. Já pensou se tem tontura ali em cima?



Joana sorriu docemente, caminhou até a mesinha, pegou um pedaço de papel, uma caneta e após alguns segundos me entregou.



- Aqui está, Any. Obrigada por fazer isso pelo meu menino. – sorriu novamente – Eu gostaria de ajudá-los todos os dias, mas infelizmente mal tenho pra mim – Joana torceu os lábios e suspirou – Posso te pedir uma coisa, se não for muito abuso?



- Claro, Jô – sorri



- O irmão dele está com a febre alta. A mãe do Alfonso me disse que era por vontade de comer uma bolacha , passatempo, acho. Será que...



- Eu levo – a interrompi sem deixar que completasse a frase. Lhe dei um sorriso, beijei seu rosto e então sai correndo para pegar a comida no restaurante antes que fechasse. Aí teria que esperar até abrir novamente para a janta.



Fui até o restaurante e pedi seis marmitex. Não que fossem mortos de fome, e nem tive a intenção de ofender, mas assim daria para comerem na janta, também. Ainda fui no mercado, comprei umas coisas mais uteis para o dia-a-dia, e a bolacha para o seu pequeno irmão. Feito essas coisas, fui para o ponto de táxi e lhe disse a direção que iria, a casa do Poncho. Meu coração estava tão disparado, como poucas vezes na vida. Estava sim com medo. Medo e receio do que Alfonso poderia fazer ao me ver ali, parada na porta da sua casa cheia de sacolas, mas pouco me importava o seu orgulho. Eu queria era ajudá-lo, até porque orgulho não enche barriga de ninguém.



Saí do táxi assim que ele chegou ao meu destino, paguei, peguei as sacolas e respirei fundo. Não demorei muito a achar sua casa. Era simples, mas bem bonitinha. Aconchegante logo na entrada. Um pequeno sobrado branco, cheio de plantas na frente. Parei no portão e bati palma. Demorou uma dez minutos até alguém me atender. Era uma mulher morena clara, e o Alfonso se parecia muito com ela. Logo deduzir ser sua mãe.



- Olá – sorriu docemente – Posso ajudá-la?



- Bem, - eu sorri receosa e respirei fundo – é... Meu nome é Anahí – sorri – Sou amiga do Alfonso, ele trabalha no escritório do meu pai . Não sei se a senhora sabe, mas ele passou mal hoje, foi até liberado.
- Sim, ele me contou – a mulher abriu o portão, e encostou-se nele, ouvindo atenciosamente todas as minhas palavras – Seu pai vai despedi-lo? – preocupou-se.



- Não – sorri – Fica tranquila, meu pai gostou muito do Alfonso. É que eu tomei a liberdade de lhes trazer algumas comidas – disse rapidamente. A moça abriu a boca, mas eu a interrompi antes mesmo de pronunciar alguma coisa – Por favor, não se sinta ofendida. A senhora é a mãe dele, não é? Eu nem perguntei – ela apenas assentiu – Não se sinta ofendida, porque não é essa a minha intenção. Apesar de conhecer o Alfonso a pouco tempo, eu tenho um carinho por ele, sabe? E só queria ajudá-lo. Me doeu ver ele passar mal por não comer, e a Joana me contou a situação de vocês – respirei fundo – Olha, essas são as marmitex. Trouxe duas. Uma para o almoço e uma para a janta. E... Essas sacolas são algumas coisas diárias. Como: arroz, feijão... – sorri – E tem uma bolacha para o pequeno. A Joana me contou que ele está com febre.



- Querida, eu não posso aceitar – disse ela, com lágrimas nos olhos – Sei que sua intenção foi a melhor, mas se eu aceitar, o Alfonso com certeza vai brigar comigo. Fora que você e seu pai não tem obrigação de nos sustentar. Mas obrigada. De verdade, obrigada! – ela me abraçou forte, fazendo-me sentir uma calma muito boa. Seu abraço era abraço de mãe, mesmo, como poucas vezes recebi da minha – Você parece ser uma pessoa especial, Anahí. – sorriu – Ah, sou Ruth.



- Me chama de Any – sorri – Dona Ruth, por favor aceita. Deixa o Alfonso falar o que for... Vocês estão com fome, e o pequeno com febre. Aceita, por favor. É de coração!



Dona Ruth olhou as sacolas novamente, colocou a mão no rosto e respirou fundo, soltando completamente o ar dos pulmões. Olhei para dentro de sua casa tentando ver o Alfonso, mas nem sinal dele, pelo menos não pela sala. Voltei minha atenção à ela,e a abracei, quando percebi que estava chorando.



- Por favor, não chore – disse à ela – Apenas aceite as coisas. E não se sinta humilhada, nem nada, porque essa não é minha intenção.



- Eu sei, menina. – ela desfez o abraço e sorriu docemente – Você parece ser uma pessoa bacana. É que o Alfonso não é fácil.



- Eu sei – entortei os lábios – Mas aceite então pelo caçula. Pense nele e na senhora.



- Tá, eu vou aceitar – sorriu – Obrigada, você é realmente um anjo, sabia? – sorriu novamente – Obrigada de verdade.



- Imagina dona Ruth. É de coração!



- Não, duvido.



Ela me abraçou forte e beijou meu rosto. Senti vontade de chorar com tamanho carinho que ela me proporcionou. Não imaginava mais o que o Alfonso pensava, eu estava feliz por vê-la tão agradecida.



- Quer falar com o Alfonso? – perguntou ela, assim que desvencilhamos o abraço – Espera, vou chamá-lo.



Antes mesmo que ela pudesse virar, Alfonso saiu de dentro de sua casa arrumando seu boné na cabeça, e passou direto por mim, sem nem me olhar. Abaixei a cabeça sem graça, fechando o sorriso que havia dado assim que o vi, e olhei para a dona Ruth, que o via partir incrédula.



- Foi essa a educação que te dei, Alfonso? – perguntou em tom crítico – Cumprimenta a sua amiga!



- Oi – disse pra mim – Ela não é minha amiga!



- Filho, não faz assim – disse sua mãe, parecendo constrangida com sua reação – Olha o que a Any trouxe, a bolacha que tanto o Miguel pediu.



- Bacana – ele arrumou novamente o boné na cabeça, e apertou os lábios, posso ir agora?



Aquilo estava me doendo, pra falar a verdade. A maneira como falava comigo só por eu tentar ajudá-lo, partiu meu coração. Eu queria naquele momento... Segurar em seu rosto até ele corresponder o meu olhar, e colocar na sua cabeça, o quão importante ele estava se tornando pra mim. Mas não fiz nada, e nem adiantaria. Abaixei a cabeça sem graça e sua mãe deu um tapa leve em seu braço.



- Eu também tenho que ir – a olhei sorrindo – Tchau, dona Ruth. Espero reencontrar a senhora de novo.



- Eu também minha querida. Gostei muito de você. – sorriu- Me chame apenas de Ruth, tá? Corta o dona.



- Tá – soltei um pequeno riso, e beijei seu rosto – Tchau, Poncho.



- Falou aí – disse, ríspido – Tchau, mãe, vou nessa.



- Aonde vai? – preocupou-se – Espera ai...



- Vou dar uma volta – bufou – Esperar o que agora? Que coisa, mãe, deixa...



Alfonso saiu rapidamente, indo em direção à sua moto, sem dizer mais nada. Ruth ainda ficou super sem graça, mas sorriu como se pedisse desculpas pelo mal- humor do filho. Despedi-me dela, e fui andando meio sem direção. Não sabia onde pegar um táxi, então resolvi procurar um ponto de ônibus.



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Autor(a): anyeponcho

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Alfonso narrando: Estava muito irritado. Incrível a cara de pau da Anahí de bater na minha casa para fazer caridade. Aquilo sinceramente me irritou muito! A hora em que a vi, fiquei com vontade de beijá-la, mas não podia esquecer o fato de que ela estava querendo mandar na minha vida. Me senti humilhado, como se ela estivesse esfregando na minha ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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