Fanfics Brasil - Capítulo 132 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 132

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Anahí narrando:



Assim que desci, Fábio não estava mais lá. Ricardo e Ruth conversavam no mesmo canto do sofá que ela estivera desde quando chegou em minha casa. Aproximei-me dos dois e fiquei ouvindo o que diziam.



- Amor, eu vou criar essa criança com todo o meu amor – disse ele. Meus olhos se encheram de lágrimas. Ver papai tão preocupado com seu próximo era realmente tocante. Não que fosse tão insensível assim, mas sempre fora sério demais. Negava-me abraços e beijos, e bem... Isso me fez enxergar um Ricardo duro, grosso.



Ruth sorriu sem mostrar os dentes e assentiu.



- Eu sei que sim. Eu não poderia ter engravidado de homem melhor – suas palavras saíram trêmulas. Talvez estivesse sim feliz, mas acho que os últimos acontecimentos eram tão impactantes, que impedia de demonstrar maiores emoções.



E ainda tinha Poncho. Isso era o que mais me preocupava.



Papai parecia tão feliz com a notícia, que seu rosto se iluminou. Ele selou seus lábios aos dela mais de uma vez, sem notar minha presença. Uma alegria me invadiu inteiramente. Pelo menos duas pessoas estavam felizes nessa história. Pelo menos eles tinham algum motivo para tirarem suas forças e serem felizes.



Afastei-me para não atrapalhar os dois, e subi as escadas novamente. Não fui ao meu quarto, fui até o quarto do Christopher. Sabia que não estaria lá, mas eu precisava dele. Não queria ficar sozinha.


Deitei-me em sua cama e fiquei pensando. Minhas lágrimas caíam em meu rosto de forma dolorosa. Esfregando em minha cara que eu não poderia ter meu amor, isso era a minha cruel realidade. Alfonso agora era apenas meu irmão. Beijo no rosto, aperto de mão e abraços rápidos. Somente isso e nada mais.



Fechei meus olhos e fiquei quietinha chorando até adormecer.



Não sei quanto tempo isso durou. Acordei com alguém se deitando ao meu lado, e me oferecendo seu melhor abraço. Desejei que fosse Poncho, mas sabia que não era. O toque não era o mesmo, o cheiro não era igual e nem a realidade permitia isso. Entrelacei minhas mãos às do Chris e fechei meus olhos novamente.



- Sabe, - disse ele baixinho como se fosse uma confissão, somente para eu ouvir e mais ninguém – acho que jamais vi um amor tão grande como o de vocês. Eu estava conversando com a Dulce, e... Faz logo o exame de DNA. Vocês não podem ser irmãos.



Dulce era um ficante do Christopher. Aliás a mais longa. O rolo dos dois estava durando cinco meses. Eu sempre tive para mim, que se amavam, mas tanto um quanto o outro não queriam admitir.


Christopher era carente demais, e isso gerava um medo quase inconsciente nele, de que ela partisse a qualquer momento. Dulce foi traída pelo ex namorado de dois anos, e fez com que ela travasse para o amor. Mas se amavam, isso era nítido em cada gesto, cada expressão, e pela fisionomia de Christopher sempre que falava nela. Eu sinceramente torcia pelos dois, porque de amores roubados já bastava o meu.



Apertei meus olhos com força e deixei as palavras de Christopher ecoarem a minha cabeça. Óbvio que eu faria o DNA. Eu ainda tinha um resquício de esperança de que isso tudo fosse apenas um equívoco, uma confusão. Eu ainda tinha esperanças de ser filha do Ricardo e me tornar quem sabe um dia, a mulher do Alfonso.



- Vou fazer – sussurrei. Minhas lágrimas tomaram o travesseiro quase que todo do Christopher. Acho que se choraria mais um pouco, ficaria desidratada. Minha barriga já doía com os solavancos dos soluços, mas eu não conseguia cessar meu choro.



Virei-me de frente ao Christopher. Ele tocou meu nariz com o seu, e deu um beijinho de esquimó que me fez sorrir. Encostei minha cabeça em seu peito e fui acolhida com tanto amor, que consegui relaxar um pouco mais. Não dormir, mas aos poucos minhas lágrimas foram secando e os soluços também acabaram.



Minha cabeça ainda girava em torno do Alfonso, e com certeza giraria todos os dias até o resultado do exame. E o pior é que em breve eu voltaria a escola. Por ter perdido um ano por causa da viagem à Londres, teria de repetir o terceiro colegial. Sem Angelique, pois ela passou com louvor. Talvez com a sua irmã. Eu não tinha cabeça para nada naquele momento, mas tinha que correr atrás da rematrícula antes que não tivesse mais vaga naquele colégio.



É... A vida não para, para reconstruir nosso coração.


Alfonso narrando:



Já era quase 19h quando minha mãe chegou em casa. Pela buzinada, pude perceber que tinha chegado de carona com alguém, mas não deu tempo de ver quem era, e nem o carro. Ela parecia querer esconder alguma coisa, e eu até pensei na possibilidade de ser o pai da criança, mas não questionei. Queria que ela contasse por vontade própria, por confiar em mim.



Como não tinha nada para comer, ela pediu que eu pensasse em algo fácil para comermos, e subiu dizendo que iria tomar banho. Estava estranha, sua fisionomia pálida, meio sofrida. Como se tivesse acontecido alguma coisa antes de chegar em casa. Logo pensei que esse seria o motivo de sua saída, mas novamente esperei que ela contasse. No fundo eu tive medo de que escondesse tudo de mim, mas ainda assim tive esperanças que me contasse. Tudo bem que dependendo do que era todo aquele segredo que parecia esconder, eu poderia surtar, mas sendo seu filho mais velho, eu tinha obrigação de saber de tudo que se passava naquela casa. Tinha que saber o que acontecia debaixo do meu teto.



Maite também havia chegado um pouco antes toda estranha. Perguntei onde estava e ela mandou que eu fosse me ferrar e a deixasse em paz. Seu rosto estava tomado por lágrimas, mas apesar de estar preocupado, preferi não ir atrás. Eu também tinha meus problemas e não saia distribuindo patadas em todo mundo. Muito menos em quem queria ajudar.



Miguel tinha ido brincar com o Augusto, já que estava emburrado por eu não querer deixa-lo ligar novamente para Anahí. Foi bom ele ter saído, porque sinceramente não estava com a mínima paciência para birras de criança. Tirei algumas horas sozinho, já que Bingo também tinha resolvido se encontrar com a Vitória. Eu precisava daquele tempo. Precisava ficar sozinho para chorar e colocar minha cabeça no lugar.



Pedi duas pizzas, prevendo que ninguém além de mim e do Miguel, iria comer aquele dia. Minha mãe e Maite estavam tão estranhas, que eu teria sorte se saíssem do quarto para ao menos respirar. As pizzas chegaram meia hora depois, e eu não perdi tempo em colocá-las na mesa e sentar para comer. Foi solitário, confesso. Não tinha ninguém para me fazer companhia, e nem Anahí para puxar o queijo do meu pedaço, somente porque gostava de me provocar.



Ao lembrar de como comíamos pizza parecendo duas crianças, puxando um pedaço de mozzarela, doeu. O bendito queijo travou na garganta, e eu simplesmente perdi o apetite. Não era a mesma coisa sem ela. Não era a mesma coisa viver tudo que vivia com ela, sem sua presença. Tudo perdia a graça.



Deixei o pedaço de pizza na caixa, e subi para o meu quarto querendo dormir e esquecer das minhas aflições. Deitei-me na cama. Queria relaxar, apenas. Estava cansado de passar meu tempo chorando por uma coisa que não teria mais. Era drama demais para mim. Depois de tudo o que passei na vida, ainda chorar por uma mulher que eu achava ser a minha vida, era decadente. Eu precisava erguer a minha cabeça e seguir em frente. Precisava deixar isso tudo para trás, como se não tivesse vivido. Mas, ao mesmo tempo, eu não queria esquecer.



Fechei meus olhos. Deixei o sono me consumir, e tentei focalizar em alguma coisa que não fosse em meu próprio sofrimento. Quando estava quase pegando no sono, ouvi o telefone tocar. Como não tinha um em meu quarto, forcei-me a sair da cama para descer, mas minha mãe gritou que já tinha atendido. Respirei fundo e voltei a me deitar. Até que finalmente consegui dormir.



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Autor(a): anyeponcho

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Anahí narrando: Papai havia chegado da casa da Ruth, e até parecia mais calmo, tranquilo. Seu semblante era mais relaxado que antes. Ele me explicou que estava com a Ruth há alguns meses. Antes de eu ir à Londres os dois já estavam envolvidos. Acho que no dia do jantar na casa do Poncho, os dois se encantaram um pelo outro, e tudo acontece ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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