Fanfics Brasil - Capítulo 137 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 137

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Alfonso narrando:



Meu coração disparou ao ver aquela figura, olhando-me com os olhos estatelados, como se não acreditasse no que estava vendo. Doeu vê-la daquela maneira, doeu ainda mais ver o que ela estava fazendo com sigo própria. Com sua vida e com seu cabelo que era o seu xodó, ela amava aquele cabelo.
Balancei minha cabeça negativamente. Ela se abaixou mais perto da ponta da mesa e sorriu e de uma maneira debochada e completamente bêbada. Seus olhos quase nem paravam abertos. Ela cambaleava de um lado para o outro, tentando manter o equilíbrio. Bebeu tanto, mas tanto, que até o suor pareceu exalar bebida alcoólica. Any piscou duas vezes e se levantou novamente, sorrindo. Arrancou sua camiseta e jogou na minha cara.



-DESCE DAÍ! – gritei. Estava espumando de raiva. Todos a olhavam, e os caras babavam, o que me deixou ainda mais irado. Ela parecia livre, e poderia até ser no momento, mas continuava sendo minha. Ninguém tinha a liberdade de olhar minha mulher seminua. Quem poderia apreciar seu corpo, era somente eu!
Anahí não se importou com meu comando. Continuou movimentando seu corpo sensualmente, arrancando assovios e aplausos de todos os marmanjos. Tanto os do bar, como os que apenas passavam por ali.



Respirei fundo e passei as mãos em meu rosto, tentando novamente manter a calma, mas já não suportava mais ver aquela cena sem fazer nada. Se ela estava afim de provocar ou me quebrar pelo modo que eu estava a tratando, que me batesse, xingasse, qualquer coisa. Tudo seria menos doloroso do que vê-la daquela maneira deprimente, mostrando-se para quem quisesse vê-la.



Suas mãos foram parar nos botões de seu shorts. Quando ela o empurrou, mostrando as laterais de sua calcinha branca, enlouqueci de vez. A puxei pelas pernas fazendo-a cair bruscamente na mesa, e a peguei no colo, guiando-me para fora do bar.



- EI...- gritou alguém. Olhei para trás e era um senhor baixinho. Usava óculos redondos, e tinha um bigode branco imenso, fazendo alguns pelos entrarem em sua boca. Ergui minhas sobrancelhas.



- Pois não? – pensei que já fossem barrar por eu tirar Any daquela maneira dali. Já estava até pensando em socá-lo ou chamar a polícia. Faria qualquer coisa, mais tiraria a branquinha daquele lugar. Ali não era para ela.



- Ela não pagou. Tudo bem que esse show... – pausou, sorrindo sacana – Eu não cobraria. Mas o bar é da minha esposa, sabe como é...



Ao mesmo tempo que respirei aliviado por ser somente grana, quis socar pelo sorriso malicioso que deixou brotar em seus lábios para se referir de Anahí e sua dança obscena. Respirei fundo pela milésima vez aquele dia e tirei minha carteira no bolso. Não perguntei quanto era, apenas o entreguei uma nota de cinquenta reais e saí de lá com ela em meus braços, resmungando por eu tirá-la de seu palco. Eu mereço.



Ela estava completamente desequilibrada. E quando digo isso, não quero dizer somente emocionalmente, mas também por causa da bebida que tomou. Deveria ser algo muito forte para ter derrubado tão bruscamente assim. Não tinha condições de levá-la para casa de moto.



Mesmo com medo de acontecer alguma coisa com a moto do Bingo, acabei deixando-a por ali mesmo, rezando para que quando voltasse, continuasse intacta, ou era minha mente lenta e dolorosa naquele mesmo dia.



Coloquei minha camiseta nela e continuei andando com ela em meus braços, enquanto ouvia sua voz embargada pela bebida e lágrimas, tentando dizer que me queria longe, para deixá-la em qualquer esquina ou beco, que ela sabia voltar. Sua voz saia arrastada, a língua parecia dobrar. È claro que não a deixaria naquele estado. Aliás, não a deixaria jamais. Nem que tivesse em plena consciência de seus atos.



Anahí era magra, não muito pesada. Mas considerando o fato de que estava andando quarteirões com ela em meus braços, não via a hora de chegar em sua casa. E cada vez que pensava estar próximo, mais eu me enganava. Era mais à frente, mais à frente...



Virei a esquina e avistei sua casa. Faltavam apenas alguns passos para alcançar o portão. Mas ainda assim parecia estar longe à beça. Respirei fundo ainda ouvindo seus murmúrios irritados. Andei, andei... E finalmente cheguei em frente ao seu portão imenso. Apertei o interfone que ficava logo ao lado, e ouvi a voz de uma senhora, que certamente era a que cuidava da casa. Pedi para abrir o portão, mas ela chamou o seu patrão. Não sei se ouviu errado ou ficou com medo de ser algum bandido.



- Alfonso? – era o Ricardo, menos mal. Se fosse Fábio, acho que desligaria em sua cara e tentaria bater na casa da vizinha. Tudo para não ter que dirigir a palavra a ele.



- Estou com a Anahí, Ricardo. Posso entrar?



Acho que tinha me avistado naquelas câmeras de segurança, que com certeza tinha ao lado do interfone. Rapidamente o portão foi aberto, sem nem que ele precisasse responder antes. Entrei e fechei o portão. Andei até a porta e ela se abriu abruptamente. Ricardo e Fábio estavam parados lado a lado me encarando, enquanto eu ainda me aproximava com Anahí quase dormindo em meu colo.
- O que fez com a minha filha, seu moleque? – essa reação de Fábio eu preferi ignorar, pois carinho é que não esperava. Quem abandonou a família por uma possível filha, não merecia consideração, e eu não poderia esperar coisa boa dele.



Olhei para Ricardo. Ele revirou os olhos e abriu ainda mais a porta, dando-me passagem para entrar.



- Entre, Alfonso. O que aconteceu com ela? Onde a achou? Ela foi te procurar em sua casa? – os bombardeios de perguntas do Ricardo foi até compreensível, por isso não ousei em ser ignorante. Até porque eu sabia o quanto ele a amava, e seu tom de voz comigo era completamente diferente do tom de voz do Fábio.



Entrei. Levei Anahí até o sofá e a deitei. Sentei-me em seus pés e segurei em suas mãos, ainda sem conseguir tirar meus olhos dela.



- Ela me ligou de um bar, completamente... – o olhei, sem coragem para dizer o que realmente ela estava fazendo. Bom, nem precisava, seu estado a entregava sem necessidade de descrever – Eu fiquei preocupado, e vim aqui procurá-la em todos os bares que encontrei pelo caminho de sua casa – suspirei – Acho que ela precisa de um banho e descansar, Ricardo. Está muito abalada com tudo.
Ricardo assentiu e se aproximou, olhando-a com ternura e surpresa.



- O que ela fez com seus cabelos dourados? – sussurrou. Seu corpo cedeu, fazendo-o cair de joelhos perto do sofá – Não acredito que ela fez isso – me olhou – Por quê?



Neguei com a cabeça. Estava tentando controlar minhas lágrimas. Confesso que não era fácil. Estava doendo tanto em mim vê-la daquela maneira, que o que eu mais queria era voltar para minha casa e chorar. Aliás, eu precisava chorar.



- Eu não sei. Quando cheguei ao bar ela já estava assim. Também fiquei surpreso. – respirei fundo – Não a deixe sozinha, Ricardo. Por favor. Tenho tanto medo que ela faça alguma loucura maior, entende? Eu... – respirei fundo – Ela está abalada demais. Por favor...



Eu não vi, foi tudo muito rápido. Em frações de segundos estava deitado no chão com uma careta de dor. Fábio tinha acertado um soco em meu rosto, quase quebrando o meu maxilar. Ricardo voo para cima dele, enquanto eu permaneci no chão, ainda tentando assimilar o que tinha acabado de acontecer. Eu quem deveria socá-lo até pagar pela dor que causou no passado e ainda causava, não o contrário. Que moral ele tinha para me bater? O que eu havia feito de tão grave para ser cruelmente agredido sem nem esperar?



- Alfonso! – Anahí arregalou seu olhos azuis, e tentou se levantar para me acudir, mas acabou caindo sobre mim – Amor, você está bem? – seu choro começou alto, assustando Ricardo que ainda segurava Fábio perto da porta. Era um choro desesperado. Tive a impressão de que estava colocando toda a sua dor para fora, não só o fato de eu ter apanhado.



A empurrei delicadamente e me sentei. A coloquei em meu colo com as pernas paralelas ao meu corpo e puxei para os meus braços, abraçando seu corpo completamente. Beijei suas lágrimas e encaixei seu rosto na curva do meu pescoço.



- Eu estou bem, calma – sussurrei – Isso não foi nada.



- O que deu em você, Fábio? Ficou maluco? – perguntava Ricardo. Seu braço estava dando uma gravata em seu pescoço, e quase o enforcando. Tudo porque o sujeito ainda tentava de tudo para sair dos braços fortes do Ricardo. Ele ainda queria voar em cima de mim, era visível que queria me matar se pudesse.



- Eu não admito que faça isso com a minha filha – cuspiu as palavras com raiva, como se eu fosse algum bandido solto que estivesse ameaçando Anahí – Se afaste dela, moleque, ou chamo a polícia e...
Anahí me empurrou com força e saiu dos meus braços. Tentou ficar de pé, mas quase caiu duas vezes enquanto tentava se aproximar do Ricardo. Levantei rapidamente e a agarrei pela cintura, dando equilíbrio para que não se estabacasse no chão.



- Cala su boca – colocou o indicador sobre os próprios lábios – Não ofe-fe – me olhou.



- Ofenda? – perguntei. Anahí assentiu e se virou para meu pai com os olhos vermelhos de raiva.
- Não ofenda meu moreno – bateu em seu braço. Não foi algo forte. Na verdade parecia que Anahí tentava tirar alguma poeira de sua camiseta branca.



Apertei os lábios reprimindo o riso e olhei para Ricardo, que estava da mesma forma. Tudo era muito patético para não darmos risada, mas a tentativa da minha mulher de me defender, era algo realmente encantador. Se era possível me apaixonar ainda mais, eu tinha me apaixonado. Embora não pudesse.



Colei completamente nossos corpos. Anahí resfolegou. Seu corpo tentava ficar ereto, mas sua tentativa era de tentar fazer suas pernas firmes no chão. Fábio ainda tentava se soltar de Ricardo, mas o mesmo o segurava firme, tentando prendê-lo ainda mais. A cena era bizarra, mas digna de pena ao mesmo tempo. Não dava para ter outro sentimento pelo sujeito. Só raiva e pena. Era deprimente ver seu estado.



- Alfonso, meu filho, leva a Any até seu quarto. Deixa-me sozinho com o meu irmão, por favor – seus olhos eram tão tristonhos, que me dilacerou. Acho que jamais vi Ricardo tão triste, tão fraco daquela maneira. Estava vulnerável. Por mais que quisesse tomar conta de sua filha, parecia querer cuidado também.



Fiz o que ele me pediu, e peguei novamente a branquinha em meus braços, levando-a para o andar de cima. Entrei em seu quarto, fechei a porta e nos direcionei até a sua cama. Enquanto tirava a minha camiseta que ela vestia e o seu short, Anahí fazia carinho em meus cabelos e chorava. Era doloroso, muito doloroso. Eu queria poder esquecer tudo aquilo, pegá-la em meus braços e ficar em sua cama a tarde inteira, relembrando nossos momentos e fazendo amor com ela. Queria que tudo fosse mais fácil. Poxa, poderia sermos apenas primos, poderíamos ter um namoro proibido ou ciúmes doentio de um de nós dois que estivesse nos afastando. Poderia ter mil e uma opção, mas o que aconteceu com nós, foi essa que nem estava em questão, que nem ao menos tinha sido cogitada.



Não deixei que ela percebesse, mas eu também estava chorando. Chorando por tudo o que estava acontecendo, e por não poder evitar tanta dor á ela. Queria tirar seu sofrimento, mas o irônico é que eu também sofria tanto quanto ela. Era a mesma dor dividida entre duas pessoas e atingindo todo o resto que nos amavam. Os que nos amavam de verdade. Não cogito Fábio estar sofrendo porque sinceramente suas lágrimas não me comoviam. Por mais que estivesse chorando, eu não conseguia sentir dó, apenas sentia pena por ser tão idiota, chorando por um sofrimento que de certa forma ele mesmo tinha causado. Ele e Regina.



Eles poderiam ter contado tudo antes. Poderiam ter contado desde o início, antes mesmo de ter saído de casa sem grandes esclarecimentos. Se isso tivesse sido dito naquela época, Anahí e eu nos conheceríamos sabendo o que éramos. Não iríamos nos apaixonar tão profundamente. Saberíamos desde o começo que não poderíamos ser nada mais do que irmãos. Não iria doer, não iríamos estar desesperados por um ar, por um novo coração livre de danos e tristezas. Os dois eram os culpados, e eu não conseguia mudar esse pensamento. Nem iria conseguir tão cedo.



Terminei de despi-la e deixei que dormisse sem nem ao menos tomar banho. Acho que precisava de uma água no corpo para despertar, mas seus olhos estavam tão pequenos, que era capaz de dormir debaixo do chuveiro. Deitei-me ao seu lado e a abracei em forma de concha, aproveitando cada pedacinho daquele momento. Eu sabia que coisa assim não iria se repetir, então deixei meu corpo relaxar atrás do seu.



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Autor(a): anyeponcho

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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