Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos
Alfonso narrando:
Entramos na boate cerca de vinte minutos depois de encarar aquela fila enorme. Thiago e Vitória estavam no bar. Encontramos os dois e partimos para a pista de dança. Eu não estava afim de beber, pois ainda tinha que dirigir a moto para voltar para casa, e como Beatriz também não era de beber, ficamos apenas curtindo o clima agradável daquela boate.
Estávamos dançando, entrosados, e eu tentei ao máximo focar na música para não lembrar-me de Anahí. Tudo parecia querer esfregar na minha cara que ao invés de dançar com Bia, eu queria a branquinha. Até as músicas que rolavam, eram as que a Any mais gostava. Mas mesmo assim, para não enlouquecer, puxei Beatriz pela cintura e nos embalei no ritmo da música agitada que rolava solta. Nos envolvemos por minutos à fio. O clima era agradável, e eu realmente estava gostando de não estar enlouquecendo àquela noite, de estar sorrindo, depois de um mês que só sabia chorar.
Foi uma música atrás da outra, e quando percebi, já fazia quase uma hora que estávamos dançando. Eu não senti falta de bebida alcoólica, e nem Bia, que não era de beber muito, Também. Só saímos de lá quando Thiago adentrou a multidão feito louco, me avisando que Vitória estava desmaiada no bar.
Assim como ele, fiquei inerte quando falou tais palavras. Bingo enlouqueceria se alguma coisa acontecesse à ela, mas ao mesmo tempo, eu não queria falar nada à ele. Vitória não merecia o tamanho da importância que ele dava, não merecia o tamanho do carinho. As coisas que ela fazia, mesmo sem querer, o machucava. Eu via o quanto ele sofria. Quantas noites em claro passava, por imaginar que enquanto estava dormindo para trabalhar no dia seguinte, ela estaria com algum amigo dela.
Saímos da pista de dança seguindo até o bar. Lisa estava a segurando, mas quase não aguentava o peso de Vitória. Seus olhos estavam entreabertos, mas ainda assim parecia fora de si. Tentava se mover, mas mal conseguia abrir os olhos. Bingo tinha comentado que eu era muito fraca para bebida, e que já tinha quase entrado em coma alcoólico uma vez. Essa garota realmente não tem amor à vida.
Thiago acabou ligando para o Bingo. Eu não dei palpite, porque se fosse Anahí ali, mesmo sofrendo por ela não querer fazer o exame de DNA, eu gostaria de saber. Gostaria de cuidar dela, e de estar ao seu lado caso parasse no hospital. Mesmo sendo uma irresponsabilidade dela. Por esse motivo, acabei não falando nada e deixando Thiago chamá-lo.
Demorou quase meia hora, mas finalmente ele apareceu feito louco a pegando no colo e levando em direção à porta da boate. Mal falou comigo quando viu o estado da Victória. Mal raciocinou. Apenas a pegou e foi embora. Provavelmente à algum hospital.
-Acho melhor irmos – disse Bia, enquanto olhava as horas em seu relógio de pulso. A olhei pensativo, mas logo concordei. Já se passava das duas da manhã, e bem... Depois disso era melhor que fôssemos embora.
Não tinha mais clima para continuarmos na boate.
- Concordo.
Beatriz entrelaçou seus braços no meu, e fomos até a minha moto que estava estacionada ao lado da boate. Colocamos o capacete, subimos na moto e fomos embora para casa. Bia tinha medo, mas não falava nada. Apenas segurava a minha cintura com tanta força, que dava-me vontade de rir. Nem a branquinha tinha tanto medo assim. Só não gostava quando eu corria muito.
Chegamos até o apartamento em que morava, e descemos da moto. Bia tinha um olhar diferente naquela noite, um olhar encantador, mais escuro do que já era. Percebi que o seu rosto estava pálido, mas as bochechas rosadas. Parecia que o sangue tinha se concentrado naquela parte, e aquilo a deixou mais bonita. A brisa bateu em seus cabelos, deixando-o esvoaçante, e notei haviam pintas em seus ombros, que antes não tinha reparado. Nos olhamos por minutos, acho que sem notarmos isso. Nos avaliávamos em silêncio, seriamente. Parte por parte. Analisando tudo o que poderíamos. Não senti vergonha, e acho que ela também não. Anahí ficaria envergonhada, mas Bia não, era menos tímida nesse ponto. Apesar de ser um pouco, ela sabia o momento certo de se deixar ruborizar. Não sei como fazia isso, mas vez ou outra deixava claro que estava com vergonha. Poucas vezes mesmo. Só quem a conhecia, sabia quando e em quais momentos deixava a timidez tomar conta.
- Acho melhor eu entrar – entregou-me o capacete, despertando-me dos meus pensamentos. Seus olhos ainda estavam nos meus, mas suavizou um pouco a escuridão de antes.
Não respondi. Continuei a olhando encantado com o que via. Não sei explicar o que estava sentindo, mas desde quando a conheci, mesmo quando Anahí estava em Londres, não tinha a visto daquela maneira. Não tinha sentido desejo de beijar seus lábios como senti naquele instante. Beatiz não se mexeu. Seus olhos desceram para os meus lábios como se estivesse sentido o mesmo que eu. Logo, o olhar encontrou o meu, e novamente a escuridão se encontrava. Parecia sentir desejo, vontade, e eu não estava mais controlando um pequeno pedaço de mim que me mandou ir embora. Poderia não ser certo, ser cedo, e eu amar Anahí, mais eu queria seguir em frente. PRECISAVA. E foi ali naquela noite que vi alguém que poderia me agarrar para me fazer esquecer minha irmã... Pelo menos tentar.
Coloquei o capacete na moto e avancei em sua direção sem nem pestanejar. Como Bia não se mexeu, coloquei minha mão direita em sua nuca por debaixo de seus cabelos e a puxei em minha direção. Nossas bocas se encontraram, e logo seus lábios entreabriram para receber meu beijo, como se esperasse isso há tempos. Nossas línguas se lançavam calmamente, deixando o clima apenas carinhoso. Não tínhamos pressa, e eu nem queria acelerar nada. Estava delicioso beijá-la com aquela calmaria toda, e tenho que admitir que ela sabia beijar muito bem. Sua mão direita subiu lentamente até minha nuca, lançando seus dedos em meus cabelos. Mordi seu lábio delicadamente e tomei sua boca de novo, como se estivéssemos com sede um do outro.
Parei com um selinho demorando alguns minutos depois, quando Anahí veio em minha mente.
Droga!
- Melhor eu ir – sorri. Beatriz retribuiu o sorriso e assentiu – Se cuida, tá?
- Deus acompanhe. Manda mensagem quando chegar... Só para saber se chegou bem – sorriu novamente. Ela tomou a liberdade e selou nossos lábios com calma – Tchau.
Coloquei o capacete e subi na moto. Apenas buzinei, antes de dar partida para Zona Norte novamente. Não via a hora de chegar em casa e cair na cama. Estava exausto.
Cerca de meia hora depois, estava abrindo a porta da minha casa tentando não fazer muito barulho. Assim que tranquei, Peguei o celular do bolso e mandei uma mensagem para a Bia, avisando que tinha acabado de chegar. Não veio a resposta na hora, então saí do whatsApp e o guardei novamente no bolso. Ao pisar no primeiro degrau da escada, o telefone tocou, o que me assustou de primeira. Tirei-o do bolso novamente, e pensei que era a Beatriz, mas a pessoa não disse nada. Ouvia somente sua respiração acelerada.
- Alô? Alô? – pausei. Novamente não obtive resposta – Oi?... – como não obtive resposta desliguei o telefone. Era tarde, e se tivesse acontecido alguma coisa, alguém já teria me procurado.
Virei-me para ir ao meu quarto, e novamente o telefone tocou. Respirei fundo e atendi.
- Alô? – eu já não era considerado a pessoa mais calma do planeta. Detestava que me fizesse de idiota ou coisa do tipo. A pessoa conseguiu me tirar do sério em plena madrugada. Desliguei o telefone outra vez por não ter respostas, mas quando tentei sair da sala, o telefone tocou pela terceira vez.
- Dá para parar de ligar para os outros e não dizer nada? São quase três da manhã, vai dar ou dormir e me deixa dormir também! – antes de tirar o telefone da orelha, tive uma resposta, e meu coração parou de bater por um minuto.
- Não consigo dormir. Queria ouvir sua voz, estava com saudades! – aquela voz, droga!
Autor(a): anyeponcho
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Alfonso narrando: Meu coração sofreu um baque ao ouvir aquela voz tão doce e ao mesmo tempo desesperada no telefone. Fiquei inerte. Não sabia se respondia, chorava, ou ficava calado apenas ouvindo sua respiração. Eu queria poder dizer muitas coisas, mas não consegui. Nada. As palavras travaram na minha garganta, e meu cora&cc ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 246
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degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00
Contínua 🙏
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34
Continuei =)
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AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57
Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28
Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....
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AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33
Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08
=) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)
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luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41
Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23
Continuando.... =)
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AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16
Continuada <3
anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48
Postei 2 vezes hoje 😀
AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44
Continua* hehehe
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10
Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(
anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20
Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58
Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3
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AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27
Cadê você?
anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51
Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)
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AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48
Tadinha da Mai :(
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AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19
Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua