Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

- Entrem – disse docemente – Alfonso estava na sala encarando o envelope. Se não abrirem logo acho que ele terá um infarto.

Sorri e tomei a liberdade de entrar na frente, deixando meu pai e a Ruth ali na área. Passei pela porta, e Alfonso subiu seus olhos, encarando-me de uma maneira doce, esperançosa. Seu sorriso foi enorme, e então eu esqueci de tudo o que tinha dito naquela madrugada. Todas as palavras foram revertidas, eu tinha esperança de que o exame desse negativo. Assim que ele se levantou do sofá, corri e me atirei em seus braços, prendendo-o em mim ao máximo que consegui. Poncho encheu meu pescoço de beijos e me afastou o suficiente para me olhar.

- Me desculpe por tudo o que disse aquele dia. Me desculpe pelas merdas que falei – suspirou – Eu te amo, por isso disse aquilo. Quero você, preciso de você... – Quando dei por mim, Alfonso já tinha tocado meus lábios com os seus, dando-me inúmeros selinhos seguidos. Sorri e desviei nossos rostos, o abraçando novamente.

- Eu te amo! – beijei seu peito – Vamos abrir esse exame logo, por favor.

A tensão ali era imensa. Já não estávamos mais sozinhos. Papai e Ruth estavam ali, Bingo e uma garota que não conhecia, com enormes olhos castanhos, Dado e uma morena que também não fazia ideia de quem era, Cris e Angel, Maite e Beatriz. O que me deu muita raiva. Não sabia de onde tinha surgido tanta gente, mas não me importei com nada. Foquei minha atenção completamente naquele envelope em cima da mesinha de centro. Meu futuro e o do Poncho estava ali, e era somente o que me importava.

Alfonso o pegou e me entregou, mas eu empurrei sua mão.

- Abra, Any; o cabelo é seu então tem o direito...

- Não – sorri – Abra você, amor. Quero ouvir o negativo vindo da sua boca.

Alfonso abriu, mas me entregou o que importava.

- Abra você, amor! – sorriu – Por favor, abra!

Peguei o papel e olhei em seus olhos, desdobrei calmamente. Ainda continuei com o sorriso bobo nos lábios. Olhei para o papel e li com atenção cada palavra que dizia ali. Conforme lia, meu sorriso foi cessando e meus olhos encheram de lágrimas. Quando terminei de ler, minhas mãos tremeram, derrubando o resultado no chão.

- O que houve? Perguntou Poncho – Diz, amor, o que está escrito ai? Vai voltar a ser minha namorada?

Olhei para o Alfonso, e minha única reação naquele momento, foi sair correndo de sua casa sem dizer uma palavra.