Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

Anahí narrando:

Espera! O que era aquilo? Alfonso parecia até um cabrito dizendo o apelido do Bernardo como se estivesse irritado. Não consegui prender meu riso. Parecia até ciúmes. Sentei-me em seu colo com uma perna de cada lado e acariciei sua nuca, fazendo-o fechar os olhos.

-Carinho na nuca é meu ponto fraco, mó bom – sorriu de lado – Mas então, qual é desse Bernardo?

Alfonso ainda mantinha seus olhos fechados, e aproveitando isso, não respondi. Apenas o beijei. Suas mãos me puxaram ainda mais para si. Nossas línguas se lançavam de maneira deliciosa, fazendo-me perder a consciência. Estava tão bom aquilo que se eu pudesse, não voltava pra minha casa nem tão cedo. Alfonso fazia-me muito bem. E a cada toque seu, é como se os raios me atingisse, uma corrente elétrica fosse rudemente entrando em meu corpo. Eu queria Alfonso, não nego. Fiquei com vontade de saber como é perder a virgindade, mas estava tudo indo rápido demais e apesar de permitir carícias audaciosas, eu não estava pronta para dar aquele passo tão grande. Não no momento.

O beijo foi acelerando e o Alfonso desceu as mãos até a minha bunda, apertando com força, o que me fez soltar um suspiro pesado. Puxei seu lábio inferior e nos selei assim que senti o fôlego acabando.

- Respondi qual é desse Bernardo? – ergui as sobrancelhas, e ele negou com a cabeça, completamente confuso. – Eu não faço isso nele. Quer dizer que é apenas meu amigo, certo?

- Faz não? – sorriu de lado e eu neguei com a cabeça – Maior mané, cara! – ele riu – Ter uma amiga assim? Ih, não ia rolar amizade com nós dois não, Anyzita.

- Nem roulou, na verdade – eu ri – Você me seduziu.

Alfonso mordeu meu lábio inferior e riu, apertando ainda mais contra o seu corpo.

- É? – mordeu seu lábio inferior, com total malícia – Você é seduzível?

- Na maioria das vezes me mantenho irredutível – rocei nossos lábios – Mas, - sussurrei – Você realmente conseguiu me tirar a razão, a consciência... –cerrei meus olhos, e ele me beijou novamente.
Ficamos nos beijando por um longo tempo, e quando encerrávamos um por conta do ar que nos faltava, ele iniciava outro sem ao menos dar tempo de recuperar totalmente o fôlego. Era um beijo melhor que o outro, e as mãos dele, quentes e macias percorrendo todo o meu corpo, causando-me sensações únicas e novas pra mim. Queria ficar ali pra sempre, pois me sentia bem, me sentia segura.

Era como se ele me protegesse até mesmo do meu pai. Nada poderia chegar até nós naquele momento, nem pensamento negativo. Alfonso estava sendo um anjo na minha vida, mesmo que algumas vezes tenhamos opiniões diferentes.

- Não consigo parar de te beijar – selou nossos lábios – Não dá!

- Então não para – sussurrei, puxando seu lábio inferior – Seu beijo é uma delícia.

- E o seu, então, menina? – mordeu meu lábio – Beija bem pra caramba.

Eu sorri, e puxei seu cabelo. Alfonso sorriu largamente e voltou a me beijar daquela maneira selvagem e carinhosa de sempre. Porém esse beijo não se estendeu. Quando menos esperamos ouvimos um grito no corredor, e antes de pensarmos em nos separar, abriram a porta com tudo. Era uma garota, com os olhos arregalados. Bom, pela cara da menina, deveria ser a tal Mai.

- Que droga é essa, Mai? – disse Alfonso, confirmando as minhas suspeitas.

- Pô, Alfonso. Eu pedi pra tu me ligar quando saísse do serviço, te mandei mais dez mensagens e sei lá quantas ligações. Cadê você quando preciso? – disse, visivelmente furiosa- Agora eu entendi por que não responde. Está com uma vadiazinha qualquer quando sua melhor amiga mais precisa de você?

Alfonso se levantou rapidamente, soltando fogo por seus ouvidos, e agarrou o braço da menina. Sentei-me completamente sem graça, e tentei ignorar o “apelido carinhoso” que ela me deu, pra não ter que descer do salto na casa dos outros.

- Mai, depois conversamos – disse, tentando manter a calma – Eu cheguei agora pouco do trabalho, e não fala assim da Any.

Ele a levou para fora do quarto e fechou a porta. Coloquei minhas sandálias, ajeitei o cabelo e a roupa e sentei-me novamente para esperar os dois terminarem de conversar.

Alfonso narrando:

-Ficou maluca, Maite? – exasperei, ainda a segurando

A Mai balançou seu braço e puxou, fazendo um bico imenso e cara de quem iria chorar. Por trás da aparência durona dela, tinha sempre uma garota pronta para chorar.

- Solta, está me machucando – choramingou, manhosa – Poxa, queria sua ajuda e você se pegando com outra?

- Para com isso, Mai. Já conversamos tantas vezes sobre seu ciúmes – bufei, impaciente – Estamos nos curtindo, e daí? Eu não impeço você de se divertir com outros caras.

- Mas eu sempre volto pra você, Poncho – selou nossos lábios – Foi mal, tá? Eu não queria atrapalhar.

- Beleza – tentei ficar mais calmo e passei a mão em meu rosto, Mai sorriu, e nos selou novamente. – O que queria?

- Carona para ir até o centro. Preciso comprar um negócio.

Fala sério, carona para ir ao centro? Aham, estava na cara que era pra me tirar de casa, com certeza era mais um armação sua. Quando sua mãe não estava, ela arrumava um jeito para ficarmos em sua casa. Mas aquele dia tudo o que eu queria estava no meu quarto. Eu não teria uma noite de sexo, como teria com a Mai. Mas queria ficar com a Anahí, mesmo sendo apenas beijo. Aquela branquinha estava fazendo-me bem. Tinha um jeito meio anestésico de me deixar tranquilo com apenas um olhar seu. Queria aproveitar ao máximo, já que não era sempre que poderíamos nos encontrar.

- Pode pedir para outra pessoa? – entortei os lábios – Pede para o Dado ou o Bingo. Estou com visitas, Mai.

- Sou segundo plano agora, né? – resmungou. Revirei meus olhos perdendo a minha paciência e passei meus braços por sua cintura, só para deixá-la mais calma. Tentando impedir que fizesse um drama ainda maior – Vêm agradar agora, garoto? – sorriu e mordeu meu lábio – Tá, mas posso passar aqui de noite?

- Pode – disse, para fazê-la ir embora – Agora vai lá, pede para o Bingo – dei um selinho e ela saiu rebolando.

Entrei novamente no quarto, e a Any estava sentada na cama, arrumada. Estranhei, e me aproximei dela, dando dois selinhos. Ela sorriu e se levantou.

- Vou indo, Poncho. Vai ajudar sua amiga, vai – ela me deu um selinho e andou em direção à porta. Mas, antes que pudesse colocar a mão na maçaneta, a abracei por trás e beijei seu pescoço – Para, garoto – ela riu

- Fica aqui – sussurrei no seu ouvido – Acabou de chegar, poxa. Não tem nem meia hora.

- Sua amiga não gostou de mim, Poncho, não quero atrapalhar vocês.

Eu a virei de frente pra mim e a prensei contra meu corpo de modo que ela não conseguisse se mover. Mordi seu lábio inferior e rocei nossos lábios.

- Não vou deixar você ir – sussurrei com os lábios próximos – Não atrapalhou nada, ela quem nos atrapalhou. Estava curtindo a branquinha, poxa. – disse brincalhão e ela riu – Fica mais um pouco.

- Hum... Não sei. O que vai fazer se eu não quiser ficar?

- Vou te convencer – mordi seu queixo.

- Como?

- Bom, primeiro vou colocar minha mão direita nos seus cabelos, enquanto a esquerda agarra sua cintura com força, prensando em mim, e depois vou te beijar – eu ri e mordi seu lábio inferior.

- Fraco, muito fraco – Anahí me empurrou até a cama e me fez sentar, sentando em meu colo com uma perna de cada lado – Dependendo do seu beijo, eu fico.

- Tu vai querer ficar, branquinha – peguei em sua nuca e inverti nossas posições, deitando por cima dela, e a beijando com volúpia.