Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos
Anahí narrando:
Realmente acabei ficando. Bom, com aqueles beijos, quem não ficaria? Alfonso tem uma pegada que enlouquece qualquer pessoa em sua sã consciência. Seus beijos são carinhosos e avassaladores, ao mesmo tempo.seu toque me causa uma eletricidade por todo o meu corpo. Nossa, Sá um calor que vou contar, viu? Fiquei até as 17 horas da tarde. Conheci mais da sua mãe, e adorei seu pequeno irmão. Eles são tão apegados que é até fofo de se ver. Poncho me levou pra casa, e depois de mais um beijo gostoso, eu entrei e ele se foi. Entrei sorrindo feito uma idiota, mas meu sorriso logo foi desfeito assim que encontrei meu pai na sala.
- Anahí! – chamou nada amigável enquanto eu ia passando pela sala. Caminhei até ele e me sentei em uma poltrona que ficava perto do sofá onde estava sentado.
- Bom, papi – disse Alicia, que até então estava ao seu lado. Enroscada em seu pescoço, como se ainda tivesse cinco anos de idade – Vou subir. Depois desço para irmos jantar naquele restaurante que pedi.
- Ok, meu amor – beijou seu rosto – Vai lá – ele sorriu, mas logo cessou, assim que seu olhar se direcionou à mim – Vamos ao meu escritório – disse, autoritário.
Qual é, não podia falar por ali mesmo? Estávamos apenas nós dois, mas ele fazia questão de me tratar como funcionária sua. À distância. Levantei-me engolindo seco, já sabendo que a conversa não seria nada agradável, e então fomos ao seu escritório. Meu pai sentou-se em seu lugar, e eu sentei à sua frente, balançando a perna freneticamente, com medo do que falaria.
- Dá para parar com essa perna? – pediu rudemente – Está me deixando nervoso.
Parei de mexer a perna e o olhei com atenção. Meu pai levou por cerca de dez minutos para anunciar a primeira frase que era “bom, vamos ao que interessa...” e, sinceramente mais pareceu séculos, o que levou à dizer. Depois de mais uma pausa que parecia mais drama de sua parte, ouvi as piores palavras que ele poderia dizer.
- Estava pensando, e não tem outro jeito – disse ele, como se fosse me mandar à marte – Suas férias está próxima, e então você irá... – outra pausa agonizante, e eu tive a impressão de que fazia de propósito – Para Londres! Irá fazer um curso, e voltará daqui dois anos.
Levei um choque naquele momento. Meus olhos arregalaram tanto que se fosse possível pularia para fora. Eu queria chorar, mas me segurei para não dar esse gostinho à ele. O que faria em Londres afinal? Que tipo de curso? Fala sério! Não, não queria ir à lugar algum. Ainda mais agora que estava me entendendo tão bem com o Alfonso.
- Pai, não posso ir – falei, calmamente – Minha vida toda está aqui e...
- NÃO PERGUNTEI – interrompeu-me alterado – AVISEI, APENAS! – e então ele se levantou da cadeira e saiu do escritório com uma clássica batida na porta.
Chorei, chorei por quase uma hora ali naquele escritório, perguntando-me porque ele não gostava tanto assim de mim. Alicia poderia fazer o que fosse, mas eu? Não. Só de sorrir de forma que ele não gostasse ou não achasse o momento propício, ele me dava bronca e se pudesse me mandaria para o planeta mais distante da terra. Levantei-me muito tempo depois, e quando estava saindo do escritório, meu pai estava saindo com a Alicia de casa.
- Vou jantar fora – foi a única coisa que ele me disse.
Minha mãe voltaria tarde àquele dia, assim como o tio Fábio. Eles tinham um projeto com crianças carentes e, pelo menos duas vezes por semana, voltavam tarde. Quase meia noite. Estava sozinha, e considerando que era sábado, não tinha empregada. Comida? Sei cozinhar muito bem um miojo. É estava ferrada.
Subi, tomei banho, coloquei shorts jeans e uma camiseta rosa simples, prendi meu cabelo em um coque frouxo e saí. Iria à casa da Angelique que era perto dali, e nada melhor que uma amizade. Acabei chorando no meio do caminho, mas a surpresa mesmo, foi quando encontrei Alfonso parado ao lado de um menino que estava abraçado à Vick, irmã da Angel. Alfonso ergueu as sobrancelhas assim que me viu, e sorriu daquela maneira que me enlouquecia.
- BRANQUINHA! – gritou ele, enquanto desencostava da sua moto, sem nem importar com quem pudesse estar perto.
- Poncho? – perguntei surpresa, mas sorrindo feito uma idiota. Corri até ele que me recebeu com um abraço gostoso e super apertado – O que está fazendo na casa da Angel?
- Angel? – perguntou, confuso – Vim aqui trazer um amigo meu na casa da Vick.
- A Angel é minha irmã – disse Vick, sorrindo – Oi, Any, quer que eu a chame?
Alfonso me apertou ainda mais em seus braços, e balançou a cabeça negativamente.
- Depois, né? – perguntou à mim. Seus olhos foram de encontro aos meus rapidamente, e seu enorme sorriso foi se fechando acho que quando percebeu que estava chorando – Que foi, branquinha?
Aconteceu alguma coisa na sua casa? – sussurrou no meu ouvido.
Apenas assenti a cabeça, e desabei em lágrimas no peito dele.
- Any, você está bem? – perguntou Vick – Vêm, entra. Toma um pouco d´àgua.
- Quer? – perguntou Poncho e eu neguei com a cabeça – O que quer, branquinha? Fala que eu faço qualquer coisa pra colocar um sorriso nesse rostinho.
- Ficar com você, só – sussurrei, ainda chorando.
- Minha mãe foi na casa dos meus avós – disse ela – Vem, vamos entrar. Vão ao quarto de hóspedes se quiserem conversar. Sabe que a casa é sua, Any.
- Obrigada – sorri e beijei o rosto da Vick.
- Esse é o Bingo – disse Alfonso – E essa é a Any.
- Ah! A famosa branquinha – ele beijou meu rosto e sorriu.
Eu fiquei sem graça, mas retribuí o sorriso e puxei o Poncho para dentro. O guiei até o quarto, onde eu já conhecia, e ele fechou a porta, me abraçando novamente, e fazendo com que mais lágrimas saíssem de meus olhos. Porém, Alfonso exalava algo muito bom, que conseguia me proteger e passar segurança ao mesmo tempo.
Alfonso narrando:
Ver Anahí daquele jeito acabou comigo. Era como se fosse minha mãe chorando, e me doeu o peito de forma estranha. A abracei forte, tão forte que quase pude sentir seu coração acelerado contra meu peito. Meio exagerado, eu sei, mas era essa a sensação que tinha. Sentei-me na cama, e a puxei para o meu colo, envolvendo-a em um abraço confortante, ou pelo menos era essa a minha intenção: confortá-la. Assim que suas lágrimas cessaram, sobrando apenas soluços, Any ergueu seu rosto e me deu dois selinhos.
-Obrigada – disse, olhando em meus olhos. Aqueles olhos avermelhados e tão tristes, que eu quase peguei sua dor para colocá-la em meu peito – Você é um anjo, sabia? Bom, nome de anjo já tem – sorriu.
- É esse sorriso que quero ver em seu rosto, branquinha – sorri de lado – Quer me contar o que aconteceu?
- Vou me mudar, moreno – entortou os lábios. Eu sorri, ainda tentando confortá-la, esperando que ela dissesse que se mudaria apenas para outra cidade no máximo. Mas sua expressão continuou séria, o que me intrigou.
- Se mudar pra onde, Any? – perguntei, sem certeza se queria ouvir sua resposta.
- Londres – abaixou a cabeça – E voltarei daqui dois anos, só.
Respirar. Era tudo o que me restou naquela hora. Estranhamente senti meu peito se apertar, como quando meu pai foi embora de casa. Anahí e eu estávamos apenas nos conhecendo, e não tinha nem um mês que estávamos ficando, mas, senti que ia perder alguém que estava me fazendo um bem enorme, doeu muito. E como doeu. Fiquei mudo, estátua, quieto. Apenas respirando como um animal indefeso. Meus olhos se perderam no chão, e senti a mão dela na minha nuca, acariciando carinhosamente, enquanto mantínhamos o silêncio.
- Não sei o que dizer- disse, por fim, depois de algum tempo – Sinceramente, não sei o que dizer.
- Também não sei, Poncho – encostou sua cabeça em meu ombro – Acho que na verdade, não temos nada pra dizer. Certo? Meu pai decidiu e, não tem como enfrentá-lo. Você está de provas.
- Você não pode ir – sussurrei – Sei lá, meu, estou me apegando à você.
Anahí estreitou seu corpo em meu colo, colocando uma perna em cada lado do meu corpo. Nossos olhares se fixaram, e nos perdemos por um segundo, como se estivéssemos mergulhado um no outro. Ela me abraçou forte, e eu a retribui, prensando-a em meu corpo. Beijei seu rosto, e apoiei minha cabeça em seu ombro, apenas deixando aquele momento falar por si só.
Ficamos um bom tempo daquela forma, e sinceramente não tinha vontade de sair de lá, porém, infelizmente fomos interrompidos por alguém batendo na porta. Anahí deitou minha cabeça em meu ombro ainda abraçada a mim, e eu gritei para a pessoa entrar.
- Desculpa atrapalhar, irmão – era o Bingo, todo sem graça – Mas preciso ir embora, dona encrenca ligou pedindo para eu passar no mercado – dona encrenca era um apelido muito carinhoso que ele havia dado à sua mãe.
- Estou indo – disse, o encarando, como se pedisse para ele sair. Bingo assentiu, e saiu, fechando a porta em seguida.
Anahí me olhou tristonha e eu encostei nossas testas, olhando-a de perto.
- Preciso ir, branquinha. Mas não se preocupa, nós vamos dar um jeito nisso, beleza? Você não vai embora.
- Nem tenho esperanças, Poncho – disse, com seus olhos voltando-se a marejar – Mas fico feliz em ter você nesses últimos dias. Aproveitando cada pequeno momento.
Isso era o que eu queria propor à ela, na verdade, passar suas últimas semanas junto comigo. Só pelo meu olhar acho que deu pra perceber que eu topei instantaneamente. Pousei minhas mãos em sua cintura e a beijei. Beijei desejando sentir seu gosto outra vez, e todos os dias se pudesse. Aquele beijo que estava se tornando um vício na minha vida, vicio que eu tinha somente pelo cigarro. Anahí puxou meus cabelos de leve, me deixando maluco, e suspirou entre o beijo. Desci minha mão até sua bunda, dando uma pequena apertada, e ela sorriu entre o beijo. Paramos com um selinho, e ela saiu do meu colo.
- Vou aceitar como um sim – disse, enquanto arrumava sua roupa – Nos vemos amanhã?
- Sim – sorri- E depois também... Se quiser.
Anahí sorriu e eu me levantei, a abraçando novamente.
- Não vai conseguir ir embora desse jeito – riu – Vamos descer, antes que a dona encrenca do seu amigo, surte.
Antes que ela pudesse se desvencilhar do nosso abraço, subi a mão pelas suas costas e agarrei seus cabelos juntando nossas bocas em um beijo calmo. Nossas línguas entraram em contato uma com a outra, e ela subiu suas mãos até minha nuca, cravando suas unhas ali. Juntei ainda mais nossos corpos, sentindo uma onda de arrepios tomar conta de mim, e ela puxou meu cabelo com força, puxando-me ainda mais pra si. O beijo me causava sensações diferentes dos outros, e eu não conseguia parar de beijá-la. A respiração estava no fim, mas para recuperar nosso ar, apenas puxei seu lábio inferior, sem perder meu tempo. Iniciei outro beijo, um pouco mais malicioso, sincronizado e delicioso. Anahí suspirou ofegante, e puxou meu lábio inferior, dando-me um selinho demorado. Nos separamos contrariados, e arfamos, enquanto mantínhamos nosso olhares fixados um no outro.
- Cara, não quero ir embora – resmunguei, dando-lhe um selinho – Vou passar aqui amanhã, tá? Depois do almoço.
Anahí assentiu, e puxou-me novamente pela nuca, colando nossos lábios com ansiedade. Iniciando um beijo ritmado e com mordidas alucinantes, me deixando inteiramente arrepiado. Parei o beijo com um selinho, antes que acabasse por colocá-la na cama, e não indo embora.
- Não vou conseguir ir – dei risada, e selei nossos lábios novamente – Me leva até a porta?
- Melhor não. Seu amigo deve estar querendo ir embora, eu não vou conseguir te soltar – disse, rindo – Vai antes que ele grite, Poncho.
Anahí segurou o meu rosto com as duas mãos, me encheu de selinhos e então eu desci as escadas, ainda querendo voltar e a encher de beijos novamente. Desci sorrindo, e vi o Bingo e a Vitória se pegando no sofá.
- Eita, mas não vamos embora hoje, hein? – disse alto, e os dois pararam de beijar, olhando-me assustados – Vai ficar mais, Bingo?
- Espera ai, cara – disse, voltando a beijar a garota.
- Marcelo, se não formos embora agora, vou voltar com a Any, e não saio mais daqui hoje.
O Bingo deu mais um beijo na Vitória, e então se levantou. Saímos da casa, subi minha moto acenando de longe para a Vitória, e depois de mais pegação dos dois, fomos embora.
Autor(a): anyeponcho
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Anahí narrando: Se o Alfonso não tivesse ido embora naquele momento, eu não responderia por mim. Ao contrário do que disse à ele, não era virgem. Apenas fiquei com vergonha do que poderia rolar em sua casa. Não queria ir tão rápido assim. Era cedo demais, talvez. Mas me entregaria se ficasse mais cinco minutos s ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 246
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degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00
Contínua 🙏
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34
Continuei =)
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AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57
Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28
Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....
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AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33
Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08
=) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)
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luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41
Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23
Continuando.... =)
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AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16
Continuada <3
anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48
Postei 2 vezes hoje 😀
AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44
Continua* hehehe
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10
Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(
anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20
Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58
Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3
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AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27
Cadê você?
anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51
Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)
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AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48
Tadinha da Mai :(
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AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19
Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua