Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

Anahí narrando:

Se o Alfonso não tivesse ido embora naquele momento, eu não responderia por mim. Ao contrário do que disse à ele, não era virgem. Apenas fiquei com vergonha do que poderia rolar em sua casa. Não queria ir tão rápido assim. Era cedo demais, talvez. Mas me entregaria se ficasse mais cinco minutos sob o mesmo teto que aquele garoto. O beijo dele é tão gostoso, que me fazia perder a noção de tudo, até das horas. Fazia-me ficar fora de órbita, na verdade. Assim que ele saiu do quarto, a Angel entrou já me abraçando, certamente sabendo da notícia que ia mudar-me de país. Acabei chorando mais um pouco. Depois fomos ao seu quarto, arrumamos sua cama, e ficamos conversando até às 2:30. Até o sono nos venceu, e fomos finalmente dormir.

Eram 14 h quando acordei com alguém me cutucando. Quando abri meus olhos, pude ver que era a Angelique. Me espreguicei e pude ver que não estava sozinha. O Alfonso estava parado ao seu lado com a maior cara de riso. Me cobri até o rosto e morri de vergonha.

- Ai, nem avisa que o Alfonso está ai, sua chata – resmunguei, debaixo das cobertas.

O Alfonso riu, e eu senti alguém se sentando ao meu lado. Quando puxou a coberta, pude ver que era ele.

- Bom dia – selou nossos lábios – Eu disse depois do almoço, lembra?

- Eu ainda não almocei – fiz bico – A Angelique me deixou hibernar hoje.

O Alfonso riu, e aproximou seu rosto do meu, roçando nossos narizes.

- Bom, vou lá em baixo – disse ela. Angelique saiu e fechou a porta, deixando-nos a sós.

Segurei na nuca do Poncho e puxei seu lábio inferior com os dentes, e iniciei um beijo ritmado e cheio de vontade. Alfonso apoiou sua mão esquerda no travesseiro, e retribuiu o beijo com a mesma intensidade, fazendo-me tocar as estrelas. O beijo foi ficando malicioso aos poucos, tomando um ritmo mais acelerado, porém ainda sincronizado, e então sua mão esquerda abaixou a coberta até meus joelhos, tocando minha coxa com delicadeza e subindo aos poucos até chegar na minha virilha.

Fiquei excitada, confesso. Deu vontade de sentir o Alfonso, porém, ainda achava que era cedo demais para ceder. Não queria que ele tivesse uma ideia errada de mim, pensando que talvez pudesse ser como todas, o que não era verdade. Segurei sua mão e empurrei novamente para a coxa, enquanto me levantava devagar ainda sem parar o beijo. Alfonso ameaçou escorregar sua mão novamente em direção a minha intimidade, mas tornei a segurá-la. Encerrei o beijo e o encarei sem graça.

- Eu vou trocar de roupa, me espera aqui?

Alfonso sorriu de lado e assentiu. Fui até o guarda-roupa, peguei um shorts jeans e uma camiseta tomara que caia rosa da Angel, e fui me vestir no banheiro. Penteei meus cabelos, o amarei em um coque frouxo, calcei uma rasteirinha também da Angel, e descemos. Ainda almocei rapidamente um delicioso risoto de camarão, e então saímos. Não sabia onde estava indo, mas com ele, eu nem precisava saber. Confiava inteiramente, mesmo conhecendo há pouco tempo. Minutos depois, chegamos na rua que eu já conhecia, era sua casa. Ele estacionou, descemos da moto e entramos em sua casa. Sua mãe e Miguel estavam na sala. Eu sorri timidamente e dei um beijo no rosto de cada um.

- Oi, linda – disse Ruth – Que bom que veio. Quer comer ou tomar alguma coisa?

- Não, obrigada – sorri.

- Vou subir, mãe – disse Alfonso, enquanto puxava minha mão em direção à escada.

Subimos calmamente, entramos em seu quarto e ele se jogou em sua cama que ele ainda nem tinha arrumado. Sentei-me ao seu lado, e tirei a rasteirinha, cruzando as pernas em cima da cama. Alfonso me puxou, fazendo-me cair ao seu lado, e me encheu de beijos no rosto, fazendo-me sorris feito boba.

- Branquinha, desculpa por aquilo na casa da sua amiga – disse ele. Deduzi que ele estava falando de sua mão quase avançando o sinal, o que fez meu rosto ruborizar.

- Tudo bem – sorri e nos selei – É que eu acho muito cedo, entende?

- Eu entendo – respondeu carinhosamente – Você é virgem, é normal ter medo ou achar que é cedo. Não vou forçar. Tem que ser com uma pessoa especial, que você não vá se arrepender.

- É – foi o que consegui dizer. Não desmenti, deixei assim. Quando me sentisse pronta para me entregar, contaria a verdade. Nem é algo tão gave assim, é apenas um medo.

- Mas, agora, vêm aqui – disse ele, puxando-me para ficar por cima de seu corpo. Soltei meu peso e ele sorriu, puxando meu lábio inferior com força.

Segurei seus cabelos e ele enroscou seus dedos no meu, puxando ainda mais para si. Logo iniciamos um beijo calmo, sem maldade alguma. Era incrível a sintonia que tínhamos. Em tão pouco tempo, ele me fazia sentir coisas que nunca havia sentido com outra pessoa. Nem o Rodrigo fazia-me tão bem assim. Nos entendíamos por apenas nos tocarmos. Alfonso mordeu meu lábio inferior, e puxou, recuperando um pouco do nossos fôlego, e iniciou outro, e outro... Até não conseguirmos mais respirar, e então parei bruscamente, enquanto arfava. Não deu nem tempo de desacelerar o ritmo, o que fez o Alfonso rir.

- Não ri, tonto – disse, ofegante.

Alfonso inverteu as posições e, nos selou novamente.

- Meu beijo é bom demais, fala sério – disse todo metido, empinando seu nariz.

O empurrei rindo, e o fiz sentar ao meu lado.

- Você sonha demais garoto. Só porque tem um hábito refrescante, acha que é o único homem do deserto.

Revirei os olhos, e sem que eu esperasse, Poncho ficou por cima de mim novamente, iniciando mais um beijo que conseguia me tirar a razão. Havia sincronia em nossas línguas, havia desejo, havia vontade de permanecer com as bocas coladas. Sua mão acariciava a lateral do meu corpo, enquanto eu puxava seu cabelo, tentando nos manter o mais grudados possível. Inverti nossas posições e sentei em seu quadril, recebendo uma pequena grunhida dele. Dava pra sentir o volume em baixo de mim, e ao mesmo tempo que fiquei constrangida, me deu ainda mais vontade. Diminui o ritmo do beijo, e passei a língua em seus lábios.

- Confessa você, que o meu beijo é irresistível, vai – disse, à ele que permanecia com seus olhos fechados.

- Fala menos e me vicia mais – sussurrou, puxando-me pela nuca e voltando a me beijar.

Ficamos nos beijando por no mínimo meia hora. Ele havia usado o termo certo: vício. Sim, seu beijo havia se tornado um vício na minha vida. Era difícil demais desgrudar-me dele. Seus carinhos eram quase enlouquecedores, sua pegada, seu toque, seu hálito, seu beijo, seu jeito marrentinho até na pegada, tudo. Era coisa alucinante, realmente.

- Não consigo te soltar, garota – disse ele, arfando – Estou quase morrendo sem ar, mas não consigo parar de te beijar. O que tem nos seus lábios que viciam tanto?

- O mesmo que nos seus – respirei fundo, tentando procurar um ar – Nossa, garoto!

Alfonso me puxou novamente pela nuca, e nos selou duas vezes.

- Deu até fome, depois disso – sorriu – Quer comer alguma coisa? Acho que tem bolacha no armário.

- Pode comer, moreno – eu sorri, e nos selei novamente – Vai lá que eu te espero.

Deitei ao lado dele, e ele se levantou para pegar a bolacha. Mas, antes que eu pudesse sair, voltou correndo, se jogou na cama e me deu mais cinco selinhos. Eu ri muito e o empurrei.

- Vai logo, menino!

Fiquei ditada o esperando, e ele nunca que voltava. Havia passado vinte minutos e nada, estava quase pegando no sono. Pensei que ele estivesse comendo na sala, ou então foi encomendar a bolacha na china. Levantei-me com vergonha, daí de seu quarto e desci as escadas devagar. Não havia ninguém na sala, pelo barulho no quintal, seu irmão deveria estar brincando por lá, e então deduzi que estivesse junto. Mas, ouvi um barulho na cozinha antes mesmo de sair de sua casa. Fui até lá e me deparei com uma cena que me deixou... Confusa. Não que eu estivesse com ciúmes, mas não gostava desse lance de “pego várias”. Claro, não iria dar um escândalo. Alfonso e eu não tínhamos nada, mas acho que havia encerrado minha tarde por ali. Sai da cozinha sem deixar que o Poncho percebesse minha presença, e subi para esperá-lo em seu quarto.