Fanfics Brasil - Capítulo 2 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 2

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Anahí narrando:



É, eu estava certa. Naquele momento estava levando uma bronca imensa pelo meu atraso. Levando na cara que não tenho responsabilidade e, que desse jeito não vou ser ninguém na vida. Fazia vinte minutos que ele falava sem parar e, eu já estava cansada. Ele não conseguia entender que eu não queria àquela área, e de nada adiantaria trabalhar com ele de vez em quando. Mania de querer ter sempre a última palavra, mania irritante!



E lá estava ele falando sem parar e, tudo o que me vinha na cabeça era o Alfonso. Que menino, sei lá, misterioso talvez. Diferente dos outros. Um olhar de menino, divertido, sorriso encantador, e uma tatuagem linda no braço. Não deu pra ver o que era, mas eu tenho uma queda por homens tatuados.



ANAHÍ, ESTÁ ME OUVINDO? – gritou, altamente furioso – Não, claro que não. Nunca me ouve. Esta com a cabeça no mundo da lua, como sempre. Não presta atenção em nada, não tem responsabilidade, não leva nada a sério, não sabe fazer nada certo!



Aquelas palavras me doeram de forma que não consegui segurar minhas lágrimas. Eu devia estar acostumada, era sempre a mesma coisa. Só faltava uma coisa, ele falar da Alicia.



-A Alicia, - é, pensei cedo demais – ela na sua idade já sabia fazer de tudo aqui. Até funcionários ela teve competência para demitir. Agora você? Tem dó das pessoas e, ainda não saiu da secretária! Francamente, Anahí, como quer crescer na vida?



“Uso salto alto” pensei, tentando não chorar em sua frente.



Alicia era minha irmã mais velha, por parte de pai. Tinha 22 anos e, era o orgulho dele, a menininha de ouro. No momento ela mora em Londres, foi estudar fora, mas estava pra chegar. Ficou um ano lá, mas pra mim parecia que foi ontem. Não nos dávamos muito bem, porque ela sempre dava um jeito que eu levasse a bronca, que eu fosse a culpada de tudo, e sempre quis sair por cima de todas as situações.



- A Alicia, - continuava a dizer, enquanto eu ainda continuava prendendo as minhas lágrimas – ela é um bom exemplo, você tinha que saber da vida como ela, estudar como ela...



- CHEGA! – o interrompi por impluso – NÃO AGUENTO MAIS, PAI! QUER A ALICIA? A BUSQUE EM LONDRES, ENTÃO, EU NÃO QUERO SER ADVOGADA!



- A Alicia jamais usaria esse tom de voz comigo. – disse, ríspido, com o cenho franzido – A Alicia...



- Chega, pai!- Prendi minhas lágrimas inutilmente e, sai correndo.



Saí daquele escritório como se fosse tirar o pai da forca. Não via nada a minha frente, só queria sair dali. E foi o que eu fiz. Sem direção, eu saí com tudo e acabei parando em uma praça que havia há duas ruas do escritório. Andei por ela inteira, tentando não chorar mais, minha cabeça já estava explodindo. Foi quando esbarrei em um menino que descia de uma das lojas que havia na praça.



- Ai – dissemos juntos. – Desculpa.



Só ai pude perceber que era ele, o garoto do sorriso lindo, o da moto, que me encantou com um sorriso de lado, Alfonso.



- Acho que nosso destino é nos encontrar assim – ele riu, se divertindo com a situação, e pegou seus papeis que acabaram por se espalhar pelo chão da praça. Somente quando o Alfonso me olhou novamente, pronto para dizer alguma coisa, pode ver que eu estava chorando. O garoto passou seu polegar pela minha bochecha, enquanto ainda estávamos abaixados, e olhou-me preocupado – O que aconteceu, Any?



- Não foi nada. – tentei sorrir, lhe entreguei o resto dos papeis que ajudei a recolher e, me levantei.



- Nada? –arqueou a sobrancelha direita – E alguém chora por nada? – ele se levantou e, parou à minha frente, procurando o meu olhar que eu teimava em manter longe dos seus – Se não contar o que aconteceu, vou te perturbar até se encher de mim.



Eu sorri, espontaneamente com suas palavras, imaginando como seria ter ele me perturbando. Não seria nada mal te-lo por perto todos os dias, ou pelo menos alguns dias por semana. Com certeza eu não encheria dele, pelo contrário, acho que ele não riria me aguentar por muito tempo.
Cruzei meus braços na altura do peito, e desviei meu olhar, mirando uma parede pichada que havia do meu lado esquerdo, perto da loja de onde o Alfonso saiu.



- Problemas com meu pai.- respondi, tentando prender minhas lágrimas- Ele pensa que sabe o que é melhor pra mim. Acha que tenho que ser como minha irmã mais velha, que se interessa por tudo que meu pai a ordena fazer – respirei fundo e o olhei – Eu não quero ser advogada, entende?



O Alfonso descruzou meus braços e me abraçou de forma que eu realmente me senti confortável. A confiança que ele me passava, era algo único. Nunca senti a segurança que senti ao toca-lo. Eu o apertei durante o abraço e, acabei desabando todas as minhas mágoas em sua camisa.



- Me desculpe – eu disse – Estou encharcando a sua camisa.



- Não liga, menina. –ele disse em voz baixa – Olha, eu sei o que é ter problemas com o pai, mas... Acho que o seu, não merece que deixe lágrimas aparecerem no lugar do seu lindo sorriso – o Alfonso se afastou de mim, e mais uma vez limpou minhas lágrimas – Não quer ser advogada?



- Não – suspirei – Acho uma profissão séria demais pra mim.



- Eu concordo que seja uma profissão séria. – ele sorriu – O que quer fazer, então?



- Ser dançarina – eu dizia realmente encantada com essa profissão – Meu sonho é rodar o mundo competindo, sabe? Sempre quis isso.



- Dança bem? – perguntou, brincando.



- Não sei. – respondi tímida. – Acho que sim, pois ganhei uma competição o ano passado.



- Quero ver – desafiou-me, enquanto mantinha seus olhos em mim – Me concede uma dança?



- Hã? Nem tem música aqui.



- Resolvemos isso em um segundo – disse ele, como se fosse o Super-Man.



O Alfonso então abriu sua mochila, tirou seu celular com um fone, e colocou em nosso ouvidos. Um lado para cada um. A música era “Vagalume – Pollo”. Eu dei risada, pois não sabia muito bem como dançar àquela música. O Alfonso puxou-me pela cintura, colando nosso corpos e, me guiou em “um pra lá e um pra cá”.



Por um momento não liguei para as pessoas na praça nos olhando rindo, não me importei com o ritmo que dançávamos, e nada mais que pudesse me incomodar. Nem os meus problemas existiam. Tudo o que me importou realmente, era ele cantando ao meu ouvido e, os nossos passos calmos em uma música completamente agitada.



Aproveitando meus braços em seu pescoço, eu acariciei sua nuca sem perceber, enquanto fechava meus olhos o ouvindo cantar.



- Quero ver você sorrir, branquinha – disse ele fazendo-me sorrir espontaneamente, mesmo sem ele ver.



Nossos rostos estavam perto, ele o desviou para poder me olhar nos olhos e, então eu sorri mais uma vez.



- Isso, é assim mesmo que eu gosto. – ele sorriu de lado.


Alfonso narrando:



Eu estava prestes a perder o meu emprego, mas isso era o que menos me importava naquele momento. A hora que vi a Anahí chorando,me apertou o coração. Não sei explicar o por quê, mas aquilo me afetou de uma forma estranha. A única coisa que eu pensei em fazer, era distraí-la, fazê-la sorrir. E foi isso que pelo menos tentei.



Sim, dançamos em plena praça movimentada, e eu não liguei para nenhum olhar repreensivo que eram lançados sobre nós. A coisa que mais me importou, era a Anahí.



Após a música acabar, nós paramos de dançar e nos soltamos, mas não saímos do lugar. Permanecemos parados um de frente ao outro, como se mais nada existisse em nossa volta. Eu me perdi naqueles imensos olhos azuis, como nunca na vida. Seu sorriso de menina ingênua, sem maldade, me fizeram viajar para longe de todos os meus problemas. O emprego não importava pra mim naquele momento, eu só queria vê-la esquecer do que fazia mal à ela, somente isso.



Se sente melhor? – perguntei, tentando controlar a vontade de olhar para os seus lábios.



- Sim – disse, baixo – Obrigada, Alfonso.



- De nada – sorri de lado- Mas me chama de Poncho, beleza?



- Beleza – sorriu.



Ela abaixou a cabeça, e se afastou um pouco de mim, ainda sem tirar seu sorriso lindo do rosto. Eu continuei no mesmo lugar, a olhando, e coloquei minhas mãos no bolso.



- O que está fazendo aqui? – perguntou ela, docemente.



- Vim entregar os papeis – cocei a nuca – Acho que...



- Ai, meu Deus! – interrompeu-me, levando sua mão direita na boca – Te atrapalhei, né? Você estava trabalhando, Poncho, desculpa! Eu nem me toquei...



- Calma – interrompi, enquanto voltava a me aproximar dela – Não liga pra isso tá?



- Falta muitos papeis?



- Entreguei somente uma pasta – disse, meio sem graça. Eu não queria que ela se sentisse culpada, mas só falei a verdade. – Faltam quatro. Mas em cada lugar, tem mais de um papel para entregar.



- Até que horas? – perguntou, nitidamente preocupada.



- Até às 17h.



- São – ela tirou o celular do bolso, olhou as horas, e voltou a olhar-me em seguida – quase 14 horas. E se eu te ajudasse? Você terminaria mais cedo...



- Não precisa, Any – a interrompi – Mas, valeu – eu sorri, e beijei seu rosto – Nos vemos por ai?



- Deixa eu te ajudar, vai? – pediu, toda dengosa. Tive que ri do seu jeitinho. – Seria como te recompensar por me ajudar.



- Mas você me ajudou antes, então estamos kits – pisquei.



- Estou sem nada pra fazer, e não quero voltar para o escritório do meu pai – ela uniu suas mãos como se suplicasse, e fez um beicinho lindo, que foi impossível lhe negar alguma coisa.



- Ta bom, vai – eu sorri – Mas só uma pasta, não precisa se cansar também.



Eu abri minha mochila e tirei três pastas que faltavam.



- Fica quieto, garoto – revirou os olhos, e pegou duas pastas sem que eu percebesse. Quando vi, já estavam em suas mãos.



- Any! – a repreendi.



- Vai entregar essa que falta – ela empinou o nariz e, virou de costas, começando a andar.



- EI! – a chamei novamente, fazendo-a parar e, virar-se para mim – Nos encontramos depois?



- Uhum – ela sorriu – Aqui na praça assim que terminarmos, pode ser?



- Pode – Sorri – Até daqui a pouco.



Ela se virou, e eu parei por alguns segundos, até que ela virou a esquerda, e não a vi mais. Percebi que estava com um sorriso idiota nos lábios, e não entendia muito bem o por que.



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Autor(a): anyeponcho

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Anahí narrando Encantada é o que me define. Encantada pelo sorriso do Alfonso, encantada pelo olhar, e pelo modo como tem me tratado desde a hora que nos conhecemos. O jeito que ele olha, àquele jeitinho de garoto inocente e machão, único. Acho que nunca me encantei por um garoto tão facilmente, quanto estou fascinada por ele. E o q ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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