Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

Capítulo 8:

Alfonso narrando:

-Para, Mai – disse, após encerrarmos o beijo que ela havia me dado. Não esperava, e acabei correspondendo. Me senti mal. A Any no quarto e eu beijando outra, era estranho. Não fazia muito o gênero fazer essas coisas, e me senti estranho.

Empurrei a Mai delicadamente, e encostei da pia, tentando recuperar meu ar. A Mai ainda tentou me beijar novamente, mas eu dei apenas um selinho e me afastei novamente.

- Qual é, Poncho? – perguntou, exasperada – Você sempre ficou com outras, mas não negava fogo pra mim. O que foi, hein? Se apaixonou?

- Não! – apressei-me em dizer – A Anahí está lá em cima, Maite, nem tem lógica ficarmos na cozinha enquanto ela me espera. Tu sabe que não sou assim, pô.

Eu não estava apaixonado pela Anahí, mas curtia as horas que passávamos juntos. Digamos que foi a menina que mais me viciou na vida. Não gostava dessas coisas de mulher no pé, controlando meus passos e a minha vida, ficar de grude o dia todo... Mas não conseguia soltar a branquinha. Era como se algo nos ligasse. Se eu acreditasse, poderíamos dizer que tinha alguma conexão entre nós. Era diferente, e eu não queria que isso acabasse.

- Você está estranho, Alfonso. Está estranho desde quando começou a ficar com essa garota aí – disse, ressentida. Mai passou os dedos pelo cabelo e respirou fundo, bufando ao soltar o ar.

- Você está enxergando coisa onde não tem, Mai. Não quero discutir com você.

- Qual é, pô? Te conheço há séculos, Poncho. Você nunca agiu assim comigo. Aí aparece essa garota aí, e te muda. Ontem onde esteve quando o Cris queria te chamar para a balada?

- Eu fui levar o Bingo para encontrar a garota que ele está ficando, já te expliquei isso, Maite! – irritei-me – Para de cuidar da minha vida. Você sabe que detesto isso.

- Sabe o que é? – perguntou irônica – Você ainda não percebeu, mas está começando a se apaixonar, aposto. Você não desgruda dessa garota. Fala sério!

- Não estou me apaixonando, que saco! Eu curto ficar com ela, cara, entende isso. Posso parar quando quiser, mas no momento, não quero!

- Pode parar? – perguntou irônica, como se não acreditasse nas minhas palavras.

Maite caminhou até mim, ainda mantendo aquela expressão irônica quase irritante, e se aproximou do meu rosto. Sua mão direita parou em minha nuca, e ela acariciou, roçando nossos lábios.

- Mai... – disse, com a respiração começando a acelerar.

- Se pode parar, para – nos selou – Para de ficar com ela, e fica comigo, Poncho. Como antes. Você pode pegar outras na balada, não te recrimino, você sabe... Mas você sempre volta, no fim da noite é sempre meu.

- Maite, na boa, já cansei disso – afastei-me dela novamente – Posso parar, mas não quero.

- Não pode parar – apertou os lábios – Não pode parar porque não quer. Está se apegando e não percebe. Vai se apaixonar e ela vai ficar no seu pé. Vai ser pior que a Duda, vai ser ciumenta e eu sei que não suporta mulher ciumenta.

Suas palavras foram tendo uma importância a cada frase formada. Ela tinha razão. Any e eu estávamos ficando há quase um mês, e eu só ficava com ela, realmente. Tudo nos juntava. Tudo fazia com que nos encontrássemos, e então acabávamos ficando. Isso estava ficando estranho. Não queria namorar, e não queria que ela se tornasse uma Mai da vida, ou pior uma ficante que não sabia o seu lugar. Aquelas que ligam de madrugada pra perguntar onde estava, e que morre de ciúme quando uma mulher se aproxima de mim. Maite talvez tivesse razão, era melhor parar.

- Posso para quando quiser – estalei os lábios – Posso parar hoje, se eu quiser.

- Então para, Poncho – riu – Para e me liga. Venho te consolar. – ela piscou e então foi embora.

Subi rapidamente e a branquinha estava deitada na minha cama de costas para a porta. Minha vontade de deitar ao seu lado e abraça-la, foi imensa, mas eu ia dar um basta naquilo. Não ia dar certo se Anahí estivesse levando mais a sério do que eu. Logo ela iria para Londres, mesmo, e tudo voltaria ao seu lugar, como deveria ser.

- Any? – chamei, enquanto me aproximava da cama. Anahí se virou na minha direção com aquele sorriso lindo, dela, e me chamou com a mão – Acho... é... – droga, não gagueja!

- Que foi? – perguntou ela- Está estranho.

Any sentou-se na cama, com as pernas pra fora, e me olhou com atenção enquanto eu procurava as palavras certas para não parecer rude. Sentei-me ao seu lado e sorri de canto.

- Sabe o que é, Any... Não me leve a mal. É que esse lance, sei lá... – suspirei – Desculpa, não quero magoa-la, mas acho melhor encerrarmos. Logo você vai para Londres, mesmo.

- Mas... Eu pensei que fosse me ajudar a não ir – disse, com o tom de voz parecendo estar decepcionada – Pensei que estivesse curtindo assim como eu. Se bem que eu vi você com a Mai, a curte mais, certo? – sorriu de lado.

- Vo-Você viu? – pigarrei – Bom, não tem nada a ver com a Mai, é que...

- Relaxa, Poncho – sorriu de canto – Não sou dessas neuróticas que briga com ficante, ou implora pra ficar. Não curte mais? Tudo bem, vamos seguir nossas vidas – disse, tranquilamente, fazendo-me apertar o coração – Talvez possamos ser amigos e quando eu voltar, poderíamos comer aquele cachorro-quente, lembra? – riu – Olha, - ela segurou meu rosto com as duas mãos, e eu fiquei morrendo de vontade de beijá-la – Só quero que saiba que eu amei os dias que ficamos, viu? Seu beijo realmente me viciou, eu não menti. – sorri de canto – Vou indo.

- Eu também não menti, você me viciou, menina- sorri de canto e me aproximei de sues lábios.
Anahí se afastou com um sorriso de canto e soltou meu rosto.

- Se isso fosse verdade, estaríamos nos beijando agora – revirou os olhos – Mas sem grilo, está tudo bem. Só não minta de novo porque pode iludir a garota.

Ela me deu um beijo no rosto, e então caminhou até a porta.

- Eu te levo – disse, me levantando.

- Não precisa – sorriu – Eu já sei onde fica o ponto de ônibus, me viro – ela piscou e foi embora, nem parecendo estar triste. Já eu, me senti estranho.

Anahí saiu com dignidade, e pareceu nem ter se importado tanto assim. Maturidade a definiu bem naquele momento, e aquilo, aquele sorriso compreensivo e o olhar intenso, só me fez querer ir até ela e pedir pra esquecer toda aquela bobagem de parar. Meu coração estava apertado de maneira estranha, e nem eu entendia o que se passava por dentro de mim. Deitei-me com os braços debaixo da cabeça e fiquei pensando no que havia feito, se realmente era certo, ou não. E não menti quando o beijo dela me viciava, só que droga, a Mai tinha que encher a minha cabeça!

Anahí narrando:

- E como está se sentindo? – perguntou Bernardo, enquanto tomávamos um sorvete na pracinha.

Assim que saí da casa do Poncho, resolvi ligar para o Bernardo, já que tinha dado o cano no sábado, por causa do Alfonso. Eu havia contado tudo o que ele tinha me dito, e o Bê como um ótimo amigo, me ouviu com a maior atenção.

- Como me sinto? – repeti a pergunta, dando-me tempo pra pensar. A verdade é que nem eu parei pra pensar o que senti com suas palavras.

Era uma confusão, como se meu coração falasse uma língua completamente diferente da minha, e eu não conseguisse entender nada. Claro que fui pega de surpresa, mas no fundo sempre achei suspeita sua relação com a Maite. Amizade colorida além do normal. Porém não pensei que nosso lance fosse acabar tão cedo. Talvez fosse algum medo do Alfonso, algum receio de que pudéssemos nos apaixonar. Era cedo pra dizer o que rolaria com nós dois daqui uns meses, mas me apaixonar? Ainda não. Era melhor deixar rolar. Entretanto, se ele quis assim, não seria eu a protestar.

- Estava se apaixonando? – perguntou ele, depois de algum tempo em silêncio.

- Não! – disse, rapidamente – Só curtia demais ficar com ele. Era viciante, sabe? – entortei os lábios e ele assentiu – Mas de boa, Bê, acho que foi melhor assim. Vou pra Londres mesmo – dei de ombros e ele arqueou a sobrancelha esquerda.

- E agora, como vai ser? – perguntou Bernardo – Vai deixar assim, mesmo?

- Não tenho escolha, Bê. O Poncho quis assim e eu vou aceitar. Acho que talvez Londres veio em boa hora. O que me dói é deixar você e a Angel.

Bernardo me abraçou forte, e não dissemos mais nada por algum tempo. Por isso era tão bom estar com ele, até o meu silêncio Bê ouvia e respeitava com todo o seu carinho. Um amigo de ouro, que então pouco tempo se tornou tão necessário na minha vida. Ficamos na praça durante algumas horas, e às 19 h, Bernardo me deixou em casa. Levei bronca dos meus pais, e a Alicia ainda me ajudou demais fazendo com que eu quase levasse um tapa na cara. Tudo por não ter avisado que sairia. Dai-me paciência. Eles saem para jantar, não me convidam e eu ainda quase apanho. Mereço.

A semana passou correndo, como se tivesse apostando corrida contra o tempo. Não falei mais com o Alfonso, mas confesso que a vontade de beijá-lo aumentava a cada dia. Por mais que eu quisesse colocar na minha cabeça que seria melhor ir para Londres. Aquele marrento era o único que poderia tirar-me da realidade sem nenhum esforço. As horas passavam, e eu estava há poucos minutos de pegar o avião. Tio Fábio, meus pais, Christopher e Alicia estavam no aeroporto comigo. Me despedi de um em um, e parei na minha mãe que chorava feito doida, e no Christopher que não queria que eu fosse de maneira nenhuma.

- Me liga todos os dias – dizia minha mãe – Por favor, filha, venha nos visitar sempre!

Meu pai a repreendeu com o olhar, mas ainda assim não disse nada. Ficou o tempo todo abraçado à Alicia, que em olhava com um sorriso enorme de satisfação. Claro, teria nosso pai somente para ela. Isso se não tentar algo com o Alfonso, também. Estou fora do seu caminho, era algo impossível ela não ficar feliz.

- Pirralha, entra no skype todas as noites, beleza? – disse Chris e eu assenti sorrindo – Se não entrar, vou até Londres puxar sua orelha.

- Não fala isso – o abracei – Sou capaz de não entrar só pra você aparecer por lá.

Ele se afastou de mim sorrindo, apertou meu nariz e me deu um selinho carinhoso, como sempre fazia. Dei um selinho na minha mãe e fui em direção à porta de embarque assim que fizeram a última chamada.
- Eu amo vocês – disse para a minha mãe e para o Chris. Claro que meu pai sorriu, e eu o amava, mas naquele momento, queria fingir que somente meus dois amores estavam ali, porque eram só eles e o tio Fábio que pareciam tristes com a minha viagem.

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Agora quem além de mim acha o Alfonso um idiota por ter terminado com a Any???? Eu queria esganá-lo kkkkkk E agora ela foi pra Londres achando que ele nao gostou dela... hum... vamos aguardar para ver o que vai acontecer ;)

Vou postar mais 1 gente. Lembrem-se de comentar pra mim deixar feliz e ter mais vontade de postar =D