Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

Alfonso narrando:

Era uma segunda feira e o Ricardo tinha avisado a Joana que iria mais tarde porque Anahí viajaria àquela manhã. Quando ouvi aquilo, meu coração se apertou muito. Duas semanas sem vê-la e eu tinha esperança de reencontrá-la. Queria vê-la novamente e quem sabe beijá-la novamente. A cada dia que passava, eu não me sentia certo do que havia feito. Parte minha dizia que era melhor deixar rolar, mas, eu já tinha colocado um ponto final em tudo. Maite e eu ficávamos vez ou outra, mas eu estava chateado com as atitudes que andava tendo. Querendo mandar em mim, falando mal da Anahí... Isso realmente não me agradava. Apesar do meu coração estar estranho, continuei meu trabalho, que era tudo o que me restava. Anahí estava atravessando o oceano, e eu ainda tinha contas para pagar.

Ricardo chegou no escritório com a Alicia, eram 15h. Nem parecia que sua filha mais nova havia viajado para longe, sério. O sorriso que estampava seu rosto, era como se alguém tivesse ganho algo realmente importante. Fiz meu trabalho tentando ignorar meus pensamentos, e cheguei em casa às 19h, cansado. Jantei, brinquei um pouco com o Miguel, tomei banho e fui dormir. A Mai ainda apareceu por lá, mas eu fingi que estava dormindo e não abri meus olhos até que ela saísse novamente. Tudo o que eu queria naquele momento, era paz, já que minha cabeça estava agitada demais até pra deixar-me dormir.

Acordei no dia seguinte, e minha rotina começou. Tomei banho, troquei de roupa, tomei café, peguei o capacete, dei um beijo na minha mãe e no Miguel e então fui pro trabalho. Foi exaustivo como sempre, e eu não soube notícias da Any. Tudo o que o Ricardo me contou é que ela tinha chegado bem e que estava encantada com o apartamento que ele havia alugado para ela. É, acho que Anahí no fim estava gostando realmente de tudo aquilo, e agora só daqui dois anos para vê-la novamente, doía o meu coração só de pensar, mas... Era o jeito.

Anahí narrando:

Eu cheguei ao meu apartamento, encantada. Meu pai acertou em cheio, pelo menos ao alugar o apartamento. Era tudo lindo. Não era tão grande, dava para morar duas pessoas tranquilamente. Dois quartos, sala, um banheiro perto da porta da sala, e um dentro do quarto. Os móveis eram lindos como se ele realmente tivesse contratado alguém para mobiliá-lo. Um sonho de qualquer garota, sério! Joguei-me no tapete peludo que havia no centro da sala, e fiquei olhando para o teto pensando em tudo que havia ocorrido nesses últimos tempos, e como seria minha vida daquele dia em diante. Peguei meu celular na bolsa e tinha 10 ligações da minha mãe, 2 mensagens do Christopher, 4 mensagens e 2 ligações da Angelique, 4 ligações do Rodrigo, e 1 mensagem do Bê. Não havia nada do Poncho, mas eu nem esperava, realmente. Acho que já tínhamos encerrado nosso lance, agora era seguir em frente. Não resisti e ainda entrei no Facebook. Havia uma atualização no Face do Poncho de 20 minutos atrás. Eu sorri com aquela foto, e confesso que meu peito encheu-se de saudade de seus beijos.

“Conversando com o parça, Assunto de hoje? Saudades hahahahaha.”

Boné de aba reta sempre me enlouquece, e o jeito do Alfonso mexia muito com a minha sanidade mental. Saí do Facebook e joguei o celular no sofá. Acabei dormindo no tapete, e só acordei com meu celular berrando loucamente. Era minha mãe, mais uma vez. Conversamos por cerca de meia hora. Ela disse que estava morrendo de saudades, já, e bem, a recíproca é verdadeira. Queria seu colo, queria seu carinho, e queria que ela me explicasse porque meu peito doía quando pensava no Alfonso. Assim que desliguei o celular,liguei para a Angel, o Chris e o Bê. Todos estavam bem, só a Angelique que estava chateada comigo. Seu aniversário era daqui a dois meses e com certeza eu não poderia ir.

Alfonso narrando:

Havia se passado duas semanas que a Anahí tinha ido para Londres. Eu ainda ficava com a Mai vez ou outra, e ficava com algumas garotas quando ia em baladas, mas nada se comparava ao beijo da Any. Estava me sentindo estranho de um tempo pra cá, sentindo falta que eu não sabia identificar o que era, mas tinha certeza que era da Anahí. Vez ou outra pegava-me pensando em tudo o que passamos, e até salvei uma foto sua no meu celular. Me senti um babaca, mas era bom olhar o seu sorriso de vez em quando. Dado enchia o meu saco dizendo que eu ia acabar me apaixonando, mas eu não sou fácil assim. Anahí apenas me encantou,e poderíamos ser grandes amigos, mesmo não ficando mais. Se bem que seus lábios sempre me chamavam quando estávamos juntos, e era quase impossível não querer beijá-la.

Era uma quinta feira e, eu estava de folga. Tinha ido com a minha mãe fazer compras no supermercado, com o dinheiro que tinha recebido. Chegamos em casa por volta das 23h e eu estava exausto. A ajudei a guardar as compras e subi. Tomei banho, troquei de roupa e cama. Quando estava pegando no sono o Bingo entrou com tudo no meu quarto. Levei um susto que fez-me sentar abruptamente na cama.

-Quer o quê, Marcelo? – exasperei – Quero dormir, cacete.

- Meu, a Vitória vai me enlouquecer! – ele se sentou nos pés da minha cama e bufou – Desculpa o horário, mas eu precisava conversar. Você sabe que eu tenho ficado com a Vick há quase dois meses,e velho, tem um garoto que a pediu em namoro ontem. Ela acabou de confessar que ele a beijou, quero matar os dois.

- Calma, velho – bocejei – Amanhã você conversa com ela, beleza? Vamos dormir. Estica o colchão aí.
Vi seu rosto ficar vermelho de raiva, e percebi que era melhor conversar com ele, realmente. O cara não estava legal mesmo. Quando o Bingo estava daquele jeito, é porque realmente a coisa era séria. Sentei-me melhor e esperei que ele dissesse o que realmente estava pegando. Aliás, confessasse, porque estava na cara que estava apaixonado.

- Poncho, não sei o que sinto por ela, mas não quero perdê-la, entende? Tá certo que tenho 18 anos e ela 15, mas eu a respeito pra caramba! Quero cuidar dela, quero ficar com ela, e pô...Ela fica com outro garoto assim, e ainda me conta?

- Ela foi sincera, Bingo. E outra vai que ela não queria? – suspirei – Ela parece gostar de ti, não pira. Amanhã vai busca-la na escola e conversa com ela com calma. E confessa estar apaixonado.

Ele me olhou surpreso e soltou uma gargalhada forçada.

- Agora quem está pirando é você – sorriu, irônico – Não estou apaixonado, só estou... estou...

- Apaixonado – o interrompi, rindo – Assume, não é tão mal assim!

- Quando confessar estar apaixonado pela Any, eu assumo estar pela Vitória, firmeza? – sorriu, triunfante e eu bufei – Ah, falando nela, quer ver uma foto que postou a duas horas atrás? Está bem gata.

Ele me passou seu celular e eu coloquei no Facebook da Anahí.

“ Duas semanas de saudades de tudo. Saudades de pessoas, lugares, de sorrisos, de olhares, de beijos e até de um boné de aba reta hahahahaha”

- Como ela está linda, cara – disse, ainda olhando a foto.

Fiquei olhando ainda mais alguns minutos, tentando imaginar quem seria essa pessoa que ela tanto estava com saudades. Boné de aba reta?

- Sacou a indireta, né? – Bingo perguntou, rindo – Se ligou que é um mané por ter parado o lance por causa da Mai, né?

- Cala a boca, Marcelo – brandei – Foi melhor assim. Não ia dar certo. Era maneiro, temos uma química incrível, mas é melhor deixar assim – eu me deitei novamente e me cobri até o pescoço. Ainda com o celular do Bingo na minha mão.

- É, realmente não se arrepende de terminar o lance com a Any – riu – Quando terminar de apreciar sal boneca, coloca o celular ao meu lado que ele desperta às 8h.

Ignorei seu comentário, saí do Face da Any, e devolvi o celular à ele. O sono demorou alguns minutos até voltar, mas dormir como um bebê.

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Parece que o arrependimento está batendo na porta hehehehehe. E ai meninas o que estão achando?

Beijinhos.