Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos
Anahí narrando:
Dois dias se passaram desde a festa da Angelique, e eu não vi mais o Poncho. Até via o Bingo, já que ele não saia mais da casa da Angel, por causa da Vitória, e o Cris, também. Mas nem perguntei do Alfonso, e eles também não disseram nada. No domingo, Angelique e eu passamos o dia inteiro na piscina da minha casa. Saímos somente às 20 horas. O calor realmente estava enorme, e aproveitamos para colocar nossa fofoca em dia. Segunda-feira eu não aguentei, senti vontade de ver o Alfonso mesmo que de longe. Com a desculpa de visitar Joana, fui ao escritório do meu pai. Estava chovendo muito forte, mas isso não me barrou. Eram 14h quando estava entrando na recepção. Não vi o Alfonso, e logo pensei que tivesse ido para as entregas. Caminhei até a Joana, que praticamente gritou ao me ver. Eu sorri e passei para o lado interno do balcão, para poder abraçá-la.
-Menina, que saudade – disse ela, acolhendo-me em seus braços – Você fez tanta a falta aqui, sabia?
- Que exagero, Jô – eu sorri- Mas também senti muito a sua falta!
- Como foi de viagem? Encontrou algum gatinho?
- Foi bem graças a Deus. Encontrei sim – mas não substituiu o daqui, pensei.
Ficamos conversando mais um pouco, e então escutei uma moto parar na porta. Virei- me instantaneamente, como se alguém girasse minha cabeça, para que eu pudesse ver quem desceria daquela moto. Sorri ao pensar que veria o Alfonso, mas fiquei super confusa ao ver o Bingo descendo da moto.
- Cadê o Alfonso, Jô? – perguntei já com um aperto no peito. Juro que pensei que tivesse sido demitido.
- Sofreu um acidente hoje cedo – entortou os lábios – Em uma das entregas, a moto derrapou por causa da chuva. O Marcelo veio substituí-lo para que ele não fosse demitido.
Nem preciso dizer como meu coração ficou naquele momento, né? Foi como se estivesse levado um soco na boca do estômago, e olha que só tive essa sensação uma vez na vida. Foi quando percebi que meu pai gostava mais da Alicia do que de mim. Foi uma sensação estranha que tive, como se eu precisasse vê-lo bem. Necessitava saber que estava bem, apenas com pequenos arranhões e nada mais. Meus olhos encheram de lágrimas instantaneamente, e eu virei- me em direção ao Bingo sem nem falar com meu pai e nem me despedir da Joana.
- Bingo! – disse, parando em sua frente. Ele sorriu, e me olhou confuso ao perceber minha expressão que era triste. Segurei em seu rosto, e ele ficou sem ação – O Alfonso, cadê? – suspirei – Me diz que ele está bem, por favor...
- Olha, - apertou os lábios e olhou pra baixo – a situação não é das melhores, vou ser franco, gatinha. O Alfonso se machucou pra cacete.
Meu coração doeu ainda mais. Soltei o rosto do Bingo e abaixei a cabeça, sentindo uma coisa estranha em meu peito. As lágrimas queriam escapar, mas eu fazia de tudo para não derrubá-las em sua frente.
- Não diz que está no hospital – o olhei novamente – Preciso...preciso vê-lo, Bingo.
Marcelo começou a rir igual um maluco, estranhei seu comportamento mas não disse nada.
- Alfonso está bem – continuou rindo, e eu bati em seu braço – Calma, bravinha, só pequenos arranhões, nada mais. É que seu velho ficou preocupado e dispensou ele. Pra ajudar, me propus a substituí-lo, sacas? Mas ele está bem, relaxa.
- GAROTO! – disse alto, e bati nele novamente. Nem me importei se outras pessoas estavam olhando, apenas bati – Como você faz isso comigo, poxa? – coloquei a mão em meu peito, e finalmente respirei aliviada.
- Calma, branquinha – riu novamente, e eu sorri – Se quiser, vou fazer uma entrega agora, dou uma fugidinha e te levo pra vê-lo, quer?
- Quero – disse tão rapidamente que até eu me surpreendi.
Bingo sorriu e foi pegar os documentos com a Joana. Minutos depois já estávamos à caminho da casa do Poncho. Estranho que meu coração disparava cada vez que nos aproximávamos da sua casa, e assim que chegamos, eu quase perdi o ar.
Alfonso narrando:
Estava na minha casa, sem camisa e com os arranhões ardendo, mas não queria tomar banho. Ia arder. Minha mãe estava com quatro tipos diferentes de remédios para passar nos machucados, e quase me pegando à tapa para me enfiar debaixo do chuveiro. Ela falava sem parar que eu deveria cuidar dos ferimentos para não infeccionar e blá, blá, blá... Mas tudo o que eu queria era dormir.
- Mãe, pela milésima vez, foram só alguns arranhões – revirei os olhos e virei- me para a direção da janela.
- SÓ ALGUNS ARRANHÕES? OLHA SÓ SUAS COSTAS, ALFONSO! ESTÁ TODA RALADA.
- Não dá pra olhar, mãe, se eu tentasse seria uma cena bizarra. Eu ficaria igual àqueles cachorros querendo comer o próprio rabo – eu ri, e minha mãe me bateu na cabeça – Ei, a senhora não disse que estou machucado?
- Você é impossível, garoto! – suspirou e beijou minhas costas – Não pensa que vou desistir, ok? Logo voltarei e vou te jogar debaixo daquele chuveiro!
Eu revirei os olhos sorrindo, e então ela saiu, me deixando sozinho novamente. Continuei na mesma posição, de lado, com o braço dobrado debaixo da cabeça. Era o jeito que menos doía. Apesar de dizer o contrário, tudo em mim doía. As partes do meu corpo que não estavam raladas, certamente estavam roxa. Mas eu agradeço à Deus que foi somente isso, e minha moto só teve alguns arranhões, nada que o pai do Bingo não pudesse ajeitar.
Estava quase pegando no sono, quando ouvi a porta abrir, seguido por passos, e a porta se fechar novamente. Fechei meus olhos certo de que era minha mãe querendo que eu tomasse banho novamente. Porém o perfume que tomou conta do meu quarto era docinho, tipo menininha. O da Mai era mais forte, mas ainda assim, mesmo querendo que fosse a Anahí, pensei ser totalmente loucura da minha cabeça. O que ela estaria fazendo ali, afinal?
A cama se mexeu e eu continuei imóvel, fingindo estar dormindo. Senti a ponta de dedos pelas minhas costas, fazendo- me ter mil sensações gostosas ao mesmo tempo. Arrepiei-me por inteiro. A pessoa se aproximou e encostou a cabeça na minha, acariciando de leve meu braço que também estava arranhado.
- Poncho? – sussurrou no meu ouvido.
Caramba, era a branquinha!
Não me mexi. Queria ouvir novamente sua voz, ter certeza que era ela e até sentir seu toque outra vez. Fiquei na mesma posição, e ela roçou seu rosto em meus cabelos.
-Poncho? – sussurrou novamente – Não queria te acordar, moreno, mas fiquei preocupada. Queria saber como está.
Virei- me com certa dificuldade em sua direção, e ficamos com nossos lábios quase unidos, de tão próximos que estava. Anahí ainda tentou se afastar, mas eu coloquei minha mão direita em suas costas, a impedindo de fazer isso.
- Estou bem – sorri de lado – Jamais pensei que você fosse vir me ver, sabia?
Seu rosto ficou completamente vermelho, acho que boa parte era por causa da nossa proximidade daquele momento. Porém, nada me importou. Queria ficar assim com ela, ou até mais colado se pudesse. O que eu queria mesmo era me perder em seus braços e vice-versa.
- Fiquei preocupada – suspirou – E seu amigo desmiolado ainda diz que você está mal – revirou os olhos – Depois ele desmentiu, mas não gostei da sensação quando soube que havia sofrido um acidente.
- Preocupada, é? – sorri – Que bonitinho te ver preocupada.
Any escondeu seu rosto no meu pescoço, e aquilo serviu para eliminar o resto da sanidade mental que havia em mim. Juntei ainda mais nossos corpos. Ela desviou o rosto. Eu já podia sentir nossa respiração acelerar, enquanto mantínhamos nossos olhares fixos um no outro. Não conseguia mais resistir, eu precisava daquilo antes que ela pudesse voltar à Londres, precisava nem que fosse a última vez. Porém, novamente ela se afastou como se tivesse com medo de alguma coisa.
- Acho que é melhor eu ir – disse ela, tentando controlar sua respiração – Só vim ver se está bem.
- Com você por perto fico ainda melhor.
A puxei para mais perto, esquecendo totalmente das dores pelo meu corpo. Eu só não queria que ela fosse embora.
- Preciso ir, Poncho, minha mãe acha que estou com meu pai – suspirou – Deixa- me ir.
- Não quero deixar – sorri – Fica, Any – disse, enquanto beijava seu rosto – Fica mais aqui comigo.
- Não dá, Alfonso – apertou os lábios e se sentou na cama – Tenho que ir.
- Vamos voltar a ficar – disse, sentando-me por trás dela – Aproveitar esses dias, branquinha, eu não estou aguentando de saudade dos seus beijos.
- Temos apenas quinze dias – entortou os lábios – Nós vamos acabar nos machucando.
Passei meus braços em torno da sua cintura, e ela encostou a cabeça no meu ombro, soltando um suspiro intenso e extenso. Passei meus lábios pelo seu pescoço, sorrindo ao vê-la ouriçada. Any queria talvez tanto quanto eu, mas acho que seu medo era estar nos envolvendo demais. Isso na verdade não me importava. Eu sentia falta dos seus beijos, e tudo o que eu queria naquele momento era recuperar os meses que estivemos longe. O que poderia rolar depois, eu não sabia. Mas ao me ver, naquela hora, poderíamos voltarmos a ser amigos numa boa. Estávamos apenas atraídos um pelo outro, e curtíamos ficar. Eu curtia seus beijos demais, e pelo que parecia a recíproca era verdadeira, apenas isso.
- Não vamos nos machucar – beijei seu ombro – Fica comigo?
- E depois? E quando eu voltar, Poncho?
- Nós vamos continuar sendo amigos – beijei seu pescoço – Vamos curtir esses dias, Any. Vamos aproveitar. Só nos veremos depois de dois anos, ou sei lá quando. Vamos aproveitar, hein? Viver – a apertei contra meu corpo – Depois, voltamos a ser amigos. Nos comunicaremos pelo Sype, celular, e pánz. O que acha?
- E se nos apegarmos? – entortou os lábios – Acha que conseguiremos?
- Eu só não consigo ficar longe de você – entortei os lábios e encostei a testa em seus cabelos – O que sinto agora, é o que importa. Aliás, o que sentimos. E o que estou sentindo, é vontade de ficar com você. E você?
- Eu também – sussurrou – Mas promete uma coisa?
- Prometo – sorri – O quê?
- Promete que não vamos nos apaixonar? – perguntou ela, surpreendendo-me – Promete que quando eu voltar pra Londres seremos amigos, mesmo? Bons amigos?
- Prometo! – respondi certo do que estava fazendo. Já havia ficado com outras antes e me apaixonei somente uma vez na vida, quando era bem pequeno. Não seria diferente com Anahí.
A puxei para deitarmos novamente e beijei seu rosto inteiro, tentando aproveitar ao máximo cada segundo ao seu lado.
Autor(a): anyeponcho
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Anahí narrando: Era quase impossível resistir à ele. Eu queria tanto ficar ali e me perder com ele sem pensar em mais nada. Logo voltaria para Londres, e então não saberia quando veria o Poncho novamente, e nem se tudo voltaria a ser como antes quando nos viéssemos depois de dois anos. Seus beijos pelo meu rosto eram irresistí ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 246
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degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00
Contínua 🙏
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34
Continuei =)
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AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57
Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28
Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....
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AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33
Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08
=) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)
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luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41
Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23
Continuando.... =)
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AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16
Continuada <3
anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48
Postei 2 vezes hoje 😀
AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44
Continua* hehehe
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10
Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(
anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20
Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58
Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3
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AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27
Cadê você?
anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51
Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)
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AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48
Tadinha da Mai :(
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AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19
Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua