Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

Alfonso narrando:

Descemos, e fomos para uma rua que ficava na esquina da minha casa, que tinha uma pequena ladeira. Nada muito perigoso. E o bom que era sem saída, também. Era onde ensinava meu irmão a andar de skate, também. O coloquei no chão, e a Any subiu, segurando em meus ombros, enquanto eu segurava sua cintura.

- Ai que medo – disse rindo – Não solta, Poncho.

- Não vou soltar, branquinha, relaxa – sorri.

A empurrei lentamente para fazer o skate andar, e ela sorriu, linda, com os cabelos ao vento.
Ficamos um bom tempo assim, até que nos perdemos totalmente um nos olhos do outro. Enquanto a empurrava, olhava em seus olhos, e nem percebemos que a ladeira se aproximava. Só sentimos quando meu corpo foi para o lado mais do que devia. Any fechou os olhos, apertando meu pescoço, e deu um pequeno grito. A puxei com tudo e caímos para trás. Ela por cima de mim. Enquanto víamos o skate descer a ladeira em alta velocidade.

- Que susto- disse ela, voltando seu olhar pra mim.

Não consegui responder, nem tampouco desviar meus olhos dos seus. Parecíamos conectados em algo maior. Levantei minha cabeça, a puxei pela nuca e a beijei novamente, ali mesmo no meio da rua. E dane-se quem olharia. Era o melhor vício, aquele beijo da branquinha.

Nos beijamos por longos minutos, até que ela parou com dois selinhos.

- É melhor nos levantarmos, Poncho – disse ela, rindo – Vão achar estranho.

Ela se levantou devagar, e eu me levantei em seguida. A puxei pela cintura e colei nossos corpos totalmente. Coloquei uma mexa do cabelo da branquinha por trás da orelha, e puxei seu lábio inferior.

- Não ligo para o que pensam – selei nossos lábios – Quer andar mais?

- Uhum – ela sorriu – Mais um pouquinho, pode ser?

- Claro – sorri.

Descemos a ladeira, pegamos o skate e ficamos andando o bastante tempo. Quando ela cansou, foi minha vez, mas o que eu queria mesmo era ficar ao lado dela. Depois que jantamos na minha casa, a levei para sua casa, e depois fui para a minha. A Mai estava por lá com uma cara nada agradável, como sempre. Ignorei e fui para a cozinha. Ela foi atrás.

- E aí, soltou a magrela? – ela riu. Maite se encostou na pia e ficou me olhando, enquanto eu pegava um pacote de biscoito no armário – Mas e aí, cansou de brincar? Vamos jogar sério?

Ela se aproximou e me abraçou por trás, passando os lábios em meu pescoço. Não me movi, fiquei esperando que ela se afastasse, porém isso não aconteceu. Suas mãos subiram até meu peito por baixo da camiseta, e ela continuou com os beijos cada vez mais molhado pelo meu pescoço. Fazia-me arrepiar, não vou negar, nas eu não queria. Queria, pela primeira vez, ficar na boa comendo minha bolacha e quem sabe conversar com a branquinha por mensagens. Fiquei ainda quieto, e segurei suas mãos. Afastei-me de vagar, e sai da cozinha sem nem pronunciar uma palavra se quer. Subi para o meu quarto, mas quando fechei a porta, ela colocou sua mão direita, me impedindo da ação.

- Maite, na boa – suspirei – para. Que coisa, me deixa. Estou cansado, velho, quero dormir.

- Desde quando fala assim comigo? – fez bico – Poxa, Alfonso!

Revirei os olhos e respirei fundo para não exaltar-me ainda mais. Ela entrou no meu quarto e me empurrou até a cama, ignorando totalmente o que eu tinha acabado de falar. Me deitou, vindo por cima, e aproximou nossos rostos lentamente.

- Para, Mai – a empurrei para o lado e respirei fundo – Olha, é melhor ir embora, tá bom? Já disse que estou cansado. E não fala mais dessa maneira da Any, como se não gostasse dela.

- E não gosto – disse emburrada – Por que tenho que fingir?

- Você nem a conhece! – suspirei – Antes de dizer que não curte uma pessoa, conheça primeiro, beleza? – fui até a porta, abri e apontei – Vai pra casa, Mai, quero dormir.

- Você mudou, sabia? – ela caminhou até mim, e parou na minha frente – Quando essa garota te machucar, ou sumir da sua vida, não venha me procurar como consolação, ouviu bem? ACORDA, GAROTO! Ela é filha do seu chefe, acha mesmo que tudo isso que estão vivendo, ela está levando á sério? Meu, você é mais ingênuo do que pensei. Você deve estar sendo apenas um brinquedinho nas mãos dela. Uma diversão, saca? O primeiro garoto pobre que ela pega e se aventura, nada demais – sorriu, confiante – Ela vai sumir e aí, só vai ter a Maitezinha. Porém não vou estar esperando você pra sempre – Maite me roubou um selinho, sorriu, e me deixou parado feito um idiota na porta do meu quarto.

Fechei, e me sentei na cama pensando em suas palavras. Realmente ela tinha razão em certa parte. Com tantos almofadinhas, endinheirados, e bem de vida que deve ter na sua escola, e filhos dos advogados que trabalham com o Ricardo, o que ela queria comigo? Eu não tinha nada. Quase não tinha dinheiro para sustentar a casa. Bom, com o emprego as coisas melhoraram, mas ainda assim eu não era rico. Pra levá-la para sair, tinha que ser em algum lugar barato, uma comida mais em conta. O que ela queria, afinal? Brincar comigo? É. Pode ser. Ela partirá em alguns dias, e quem garante que lembrará de mim ou de tudo o que passamos? Maite tinha razão. Anahí poderia estar apenas curtindo. Se aventurando em algo que ela não conhecia, mas poderia cansar. Era melhor parar com isso.

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Maite agora está fazendo de novo a cabeça do Poncho. E o otário esta caindo na dela. E agora? Será que ele vai terminar mesmo? O que vocês acham?