Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

Anahí narrando:

Acordei no dia seguinte e logo vi uma mensagem do Alfonso no meu celular. Só de ver seu nome estampado no visor, já sorri antes mesmo de ler. Abri rapidamente a mensagem, e li.

“Se puder, vêm na hora do meu almoço aqui no serviço. Preciso conversar contigo.”

Senti uma coisa estranha no meu peito, suas palavras não pareciam amigáveis. Parecia estar meio frio, mas, Alfonso era marrento, mesmo, então tentei não me importar. Levantei-me rapidamente e fui tomar banho para encontrar-me com ele em poucas horas.

Coloquei um vestido florido, soltinho e um pouco acima dos joelhos. Ele era trançado atrás. Prendi apenas minha franja, coloquei os acessórios, perfume, uma melissa, me maquiei basicamente, peguei meu celular e desci. Christopher estava saindo, e acabou me dando uma carona. Era exatamente 12h, quando me despedi do Chris e desci na porta do escritório. Alfonso estava saindo de dentro, com a carinha fechada, como supus pela mensagem. Fui até ele na intenção de selar nossos lábios, mas ele virou o rosto, deixando-me completamente confusa. Dei um passo para trás, e ele me olhou sério.

- O que houve, Poncho? – perguntei, confusa – Fiz alguma coisa?

- Olha, eu andei pensando... – respirou fundo – Acho melhor pararmos por aqui.

Não, ele só podia estar brincando com a minha cara, certo? Só podia! E a parte que ele disse que queria ficar comigo até eu viajar? E a parte da saudade dos meus beijos, do meu gosto viciante, cadê? Onde enfiou tudo isso? O olhei incrédula, sentindo meu sangue parecer borbulhar dentro de mim. Eu queria voar na cara do Alfonso naquele momento, despejar toda a ira que estava sentindo. O encarei furiosa, e ele desviou seu olhar.

- Está brincando, né? – ri, debochada – Não é possível, Alfonso. Está brincando com a minha cara?

- Não, claro que não – disse ele, firmemente – Eu andei pensando e...O que você iria querer comigo? Tipo, não sou rico, Any, não tenho dinheiro nem pra te levar em lugares bacanas. Você pode ter muito mais, mina. Pode ter o mundo aos seus pés. – sorriu de lado – Eu não sou pra você.

- Eu escolho o que é bom pra mim, ta legal? – disse, raivosa – Isso é desculpa. Quer parar com a ficada? Beleza, Alfonso, mas seja sincero. Não diga que é por causa das nossas diferenças sociais. Se você fosse rico e eu pobre, diria que eu estava afim do seu dinheiro? Fala sério, garoto, quem é você afinal? Esperava mais de ti, sabia? E não que me julgasse assim, dessa maneira.

- Any, eu...

- Não diga mais nada, ta bom? Acho que já falou o bastante. Posso ser mimada, fresca, e tudo mais que já me chamaram, mas não pense que pode brincar comigo, porque não pode! Acho que no fim, se saiu pior do que esses garotos, mimados com quem eu já sai, transou comigo e quer me dispensar. Poderia ter arrumado desculpa melhor, só acho! – respirei fundo e me virei – Foi exatamente pelas nossas diferenças que eu gostei de você. Achei que fosse diferente, e que pudesse me tratar melhor do que os garotos ricos e mimados com quem saí um dia. Mas tu é pior que eles.

- Cacete – o ouvi dizer baixo.

Não me virei, continuei andando, e senti sua mão em meu braço. Ele me virou em um giro, e nos colou completamente. Tentei empurrá-lo, mas não consegui. Não tinha forças quando ele estava por perto, e por mais idiota que eu fosse me sentir depois, por ceder novamente, eu não queria sair dos seus braços, não queria me afastar dele. Alfonso colou nossas bocas com necessidade e ansiedade. Coloquei as mãos em seu peito o empurrando, mas ele me prendeu de forma que me deixou completamente imobilizada. Mantive minha boca fechada, pelo menos isso ele não poderia usar sua força. Por mais que eu quisesse esse beijo, não seria tão fácil assim. Estava chateada, e ainda queria bater nele. Alfonso roçou nossos lábios e até passou sua língua nos meus, mas não abri. Mantive firme na minha decisão, e ainda tentava inutilmente empurrá-lo.

- Não sei o que tu tem, branquinha, mas não consigo resistir – disse, com nossos lábios pressionados – Não consigo te deixar ir. Me desculpa.

- Não brinca comigo, Alfonso. Você fica comigo e depois se arrepende. Me julga sem nem saber das coisas, e depois quer me beijar de novo – afastei nossos rostos – Não sou seu brinquedinho.

- Não, eu sei que não é – sorriu – Você é a minha branquinha. Velho, me desculpa. Eu não sei o que me dá. Não sou influenciável, mas a Mai vêm com uns papos que me fazem pensar, sacas?

- Tudo sempre por causa da sua amiga? – ergui as sobrancelhas – E você não consegue perceber que ela quer te ter só pra ela? Que está mordida de ciúmes porque estamos ficando? – eu ri, ironicamente – Na boa, Alfonso, não achava que você se deixasse levar, assim. Pensei que desse pra saber quem eu sou nesses meses.

- Foi mal – colou nossas testas – Pô, branquinha, é que sei lá... Não gosto que as pessoas tentam me fazer de palhaço, e pensei que quando voltasse pra Londres, nem fosse lembrar desse idiota aqui.

- Sabe que também não gosto que me façam de Palhaça? – o encarei – Você não pode me julgar, já disse. Não vou esquecer de você, Alfonso. Nós prometemos sermos amigos, lembra?

- Mas isso é só quando voltar, né? – riu – Então agora pode me dar um beijinho? Estou louco pra te beijar, mina.