Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

Alfonso narrando:

-É? – perguntou ela, sorrindo daquela maneira que me encantava ultimamente.

- É – respondeu sorrindo. Eu me aproximei ainda mais de seu rosto, pronto pra colar meus lábios nos seus, sem me importar nem com o gloss que ela usava, e que sinceramente não gostava muito de beijar meninas com boca melecada. Mas pela Anahí, esquecia qualquer coisa. Eu só não estava mais conseguindo controlar minha vontade. Porém, quando fechei meus olhos pronto pra beijá-la, senti uma coisa diferente em meus lábios. Abri os olhos e pude ver sua mão entre nós, e um sorriso satisfatório estampado em seu rosto.

- Pede pra Mai, moreno. Já que gosta tanto de ouvir o que ela diz, fica com ela. Não sou palhaça não, Alfonso, quando virar homem, ai pensa em me procurar.

E então ela se soltou dos meus braços, se virou, e saiu com seus cabelos ao vento, enquanto seu vestido movimentava-se em seu corpo, deixando-me vidrado no balanço de seu corpo. E mais uma vez com dignidade me deixou de cara, sem conseguir ter respostas. Tudo o que eu queria era esganar a Maite, ou então eu mesmo, por dar ouvidos à ela. Bufei da maneira mais irritada possível, e então fui lanchar para continuar meu serviço.

As horas foram passando, muito documentos para serem entregues, e eu fiquei até às 22h na rua, porque havia dado problema em uma das empresas que o Ricardo era advogado. Cheguei em casa morto de cansaço, tudo o que eu queria naquele momento era me esparramar na cama e dormir até... Bom, até o horário do meu trampo. Abri a porta querendo encontrar somente minha mãe e uma mesa com comida. Mas encontrei isso e de sobra a Maite. Ela veio até mim já me abraçando, mas eu a empurrei assim que percebi que me daria um beijo. Ela deu um passo para trás sem entender, e me olhou com cara de choro.

- O que eu fiz? – emburrou-se – Pô, Poncho, estou aqui cheia de amor pra dar.

Quase dei risada, a frase dela me soou “estou aqui pra dar”, mas não me atrevi a gargalhar. Passei direto por ela e fui até a cozinha, onde a minha mãe estava colocando comida no prato pra mim. Lavei as mãos, sentei à mesa e devorei minha comida com gosto, enquanto sentia os olhos da Mai em mim. Ela estava encostada na pia, e sua cara não era nada amigável.

- O QUE EU FIZ? – aumentou o tom de voz, e eu a encarei com o cenho franzido.

- Abaixa o tom de voz, Mai! E me deixa comer em paz.

- O que foi? Está chateado só porque abri seus olhos sobre a Anahí? – ela riu irônica – Fala sério, Alfonso, não conhecia esse seu lado sensível.

Levantei-me da cadeira, coloquei meu prato na pia e parei de frente pra ela, colocando um braço de cada lado do seu corpo. Aproximei nossos rostos e sorri, mesmo que por dentro eu estivesse com vontade de surtar. Maite sorriu de volta de uma maneira maliciosa e travessa, e então, passou seus braços em volta do meu pescoço.

- Vou te mandar a real, princesa. Te ouvi mais uma vez, porque pensei que você era minha amiga leal, fiel, parceira, e que eu pudesse contar, mas acho que dessa vez me enganei legal – sorri de lado e ela me olhou confusa – Sabe, me arrependi de ter te escutado outra vez. Fiz merda com a única mina que soube me entender por completo, gostou dos meus defeitos, mesmo eu sendo um idiota. Ela se preocupou comigo, e cuidou de mim quando cai ontem, enquanto você, estava onde mesmo? – sorri novamente – Meu, para de se intrometer na minha vida, não aguento mais isso – bati na pia – Eu podia estar com ela agora, e não posso, porque fui cair na besteira de te escutar. Mina, vai embora, vai. Volte aqui só quando quiser o meu bem, e não quando tiver com ciúmes.

Afastei-me dela, mas sua mão direita rapidamente me segurou. Fechei meus olhos ao me virar, querendo quebrar todos os vidros daquela cozinha, e então ela colou nossos lábios sem que eu percebesse. Dei um passo pra trás e a afastei pelos ombros.

- Alfonso, eu amo você. Será que não entende? – suspirou – Do nada essa menina aparece e te rouba pra ela, poxa, acha justo?

- O que não é justo é você não respeitar a minha privacidade. Para de se meter na minha vida. Sempre fiquei com as meninas, e você sabe disso, nunca deu piti dessa maneira. O que tem contra a branquinha, cacete? Que saco, meu. Vai viver sua vida, me deixa.

- Está vendo? – choramingou – Você nunca falou comigo desse jeito. Foi só essa garota aparecer pra tu mudar, velho.

- Não vou ouvir mais nada – disse emburrado – Só não se meta mais na minha vida!

Saí de lá marchando, e subi para o meu quarto. Tomei banho, me deitei na cama e fiquei olhando o celular morrendo de vontade de mandar uma mensagem para a Any. Pensei, pensei... E resolvi mandar, mesmo sem a certeza de que ela responderia.

“Branquinha, sei que desculpas não serão suficientes, mas minha mãe ensinou a arcar com os meus erros. Será que podemos conversar amanhã na hora do meu almoço?”

Não obtive resposta. Talvez ela ainda estivesse chateada, então resolvi deixar pra lá e ir dormir, mesmo. Deixaria que ela viesse ao seu tempo, sem forçar. A hora que estivesse pronta, conversaria comigo.

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Gostaram de como a Any reagiu? Ah! vocês preferem os capítulos menores comos esses últimos ou maiores como os primeiros? 

Comentem, beijinhos ;)