Fanfics Brasil - Capítulo 34 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 34

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Anahí narrando:


Só quero te dar um recado – ela sorriu irônica – Você é toda patricinha, o Alfonso é todo maloqueiro. Você usa roupas de marca, e ele usa roupa de lojas qualquer, algumas são doações dos patrões da mãe dele. Seu celular e suas coisas, está na cara que são as mais caras, o celular dele apenas faz ligações e sms. Você vai em melhores restaurantes, certo? Ele não liga para isso, quer apenas comer. Você viaja, ele nunca saiu de Sampa. A vida de vocês são diferentes, garota. Você é rica, ele é pobre. O que viu nele? – ela suspirou e revirou os olhos – Não brinca com os sentimentos dele, não pensa que ele é apenas um garoto bobo que não pode usar e dispensar, pois ele não é. Alfonso pode não ter nada, mas tem um coração imenso e se mexer com ele...Se o magoar...



- Escuta aqui, garota – a interrompi – Será que não percebe que a única que está fazendo mal à ele é você? Hein? Alfonso pode não ter nada, mas quem liga? Eu o vi por dentro, não as coisas que ele tem. Se eu quisesse realmente ter alguma coisa com o riquinho, ficaria com o Rodrigo... O garoto que dispensei quando conheci o Alfonso. Não fala da minha vida como se me conhecesse, porque você não sabe nada sobre mim. Não me conhece. Eu gostei do Alfonso, porque me sentia bem quando estávamos ficando. Você estragou isso, não estamos mais juntos... Por que pensa que pode vim falar o que quiser? Se toca garota, - me aproximei – Para de julgar as pessoas pela marca de roupa, e te garanto que será mais feliz.



- Cala a sua boca! – esbravejou – Eu amo o Alfonso, e você não vai mais chegar perto dele!



- Se eu quisesse, chegaria sim, e você não teria nada haver com isso! – disse, firmemente – Não mexe comigo, garota, não sou a patricinha frágil que você me julga ser.



- O que vai fazer? Me bater? – perguntou, me peitando – Ah, tenho medo – ela riu alto, e voltou a me encarar.



- Any, não entra na pilha dela – disse Bernardo – Vêm, vamos pra lá.



Bernardo segurou meu braço delicadamente e me puxou. Naquele mesmo momento. Maite segurou o meu cabelo e me puxou com tudo pra trás, fazendo com que eu soltasse bruscamente do Bê, e caísse com tudo no chão. Não aguentei. Ser barraqueira não fazia meu gênero, mas naquele momento, foi como se tudo ficasse escuro. Como se a raiva tivesse tomado conta de mim, e eu não enxergasse mais nada que ela na minha frente. Levantei-me abruptamente e acertei um tapa pesado em sua cara. Ela colocou seu mão em cima de seu rosto, fazendo cara de dor, e pegou no meu cabelo, arranhão no rosto, ponta-pé, tapa na cara, arranhões no braço, tapa na cabeça, de tudo um pouco. A roda ao nosso redor já foi armada, e por mais que tentasse nos separar, não conseguiam. Estávamos nós duas no chão.
Maite estava por baixo, e eu por cima. Não tinha visto quem foi, mas conseguiram finalmente nos separar. Bernardo colocou Maite de pé, e ela ainda tentava inutilmente se soltar, mas não conseguia. Eu também tentei me soltar, e até pisei no pé do garoto que me segurava. Ele deu uma grunhida, mas não me soltou.



- Não vou te soltar branquinha – disse a pessoa que me segurava. Era ele, e confesso que só de ouvir sua voz, meu corpo quase desfaleceu em seus braços – Vêm, vamos subir. Você está toda arranhada.



- Não acredito nisso, Alfonso! – Maite gritou, antes mesmo de nos virarmos – Vai mesmo cuidar dela?



- Maite, na boa, meu, fica na sua que já fez o bastante – disse Alfonso, aparentemente nervoso – Você diz que mudei, mas na real? Nem reconheço mais minha melhor amiga. Volta a ser minha Mai, que podemos conversar sobre voltar a sermos amigos.



Confesso que ouvir “minha Mai” causou-me um certo incomodo. Perguntei à mim mesma, se ele gostava dela, mas iria ter cara para perguntar, mesmo se a minha curiosidade tentasse falar mais alto. Alfonso pegou minha mão, sem entrelaçar nossos dedos, e me puxou para a sala, primeiramente. Estava tão irritada, tão nervosa... Que não lutei contra. Deixei que Alfonso me levasse para o segundo andar, onde ficava o quarto do Bingo. Nós entramos e ele me colocou sentada na cama, fechou a porta e sentou ao meu lado. Não o olhei, apenas abaixei minha cabeça, e tentava à todo custo não chorar em sua frente. Eu sempre chorava quando estava com raiva, e detestava isso.



Depois de alguns minutos de silêncio, Alfonso puxou meu rosto delicadamente, e forçou-se a olhá-lo. Nossos olhares tão conectados, era quase enlouquecedor. Estava com saudades daquele jeito de menino que tem no brilho dos olhos. Estava com saudade, e estar tão perto de mim, causava-me uma espécie de taquicardíaco. Meu coração acelerou tanto, que pensei realmente que fosse ter algum treco. Principalmete quando minha respiração ficou presa na garganta.



- Acho melhor lavarmos seus arranhões – disse ele, acariciando os pequenos arranhões que haviam no meu rosto e no braço – Passar sabonete.



- Vai arder – murmurei – Deixa que eu me viro em casa. Obrigada por me tirar de lá, estava tão irritada.
- Você não deveria ter se pegado na briga com a Mai – respirou fundo.



- Vai defendê-la? – o olhei incrédula – Na boa, Alfonso. Se for defendê-la, vou embora.



- Calma. – acariciou meu rosto novamente – só não queria que te machucasse. Eu sei que a Maite passou dos limites, branquinha. Eu imagino que seja ela que tenha começado tudo, não faz seu gênero brigar daquela maneira.



- Confesso que me senti bem batendo nela – sorriu de lado, e ele riu – Mas não gosto, mesmo, de briga. A sua amiga veio me pedindo pra ficar longe de você. E disse pra não te machucar. Mas enfim, nem havia nexo as palavras dela, não estamos mais ficando, nem nada. Ela se precipitou.



Alfonso sentou-se um pouco mais perto de mim, com sua perna direita dobrada na cama. Estávamos tão próximos, que nossas pernas chegavam a se esbarrar. Ainda nos olhávamos de maneira hipnotizadora. Ele sorriu, e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. Meu corpo amoleceu com um simples toque seu, mas tentei manter-me firme para que ele não desconfiasse. Não queria que ele percebesse o efeito mágico que ele havia sob mim.



- Me desculpa mais uma vez. Eu jamais deveria ter dado ouvidos á Mai. Não sou uma pessoa influenciável, sacas? Mas acho que pela primeira vez senti medo de estar levando algo à sério, e você não. Que quando voltasse para Londres, fosse... Sei lá, nem querer falar comigo, mais.



Balancei a cabeça negativamente, e ri forçado. Parte de mim ficou aliviada em ouvir suas desculpas, mas a outra parte, ficou ainda mais irritada. Não era possível que uma pessoa sabia fingir estar tão bem com a outra, como eu me sentia com ele. Fiquei me perguntando o que tinha de errado em seu cérebro que o impedia de ver que eu estava contente. Meu sorriso era sincero, meu olhar, e poxa... Todos os beijos são tão sintonizados. Alfonso era um amor, mas tinha seu lado que estava me dando vontade de socar no momento.



- Tudo bem. Mas não me julga mais, tá? Você deveria ver que não sou da maneira que ela pensa que sou. Ela nem me conhece, e você, bem... Estávamos nos conhecendo, nos dando bem. Eu jamais faria uma sacanagem dessa contigo, Alfonso.



- Fui um babaca, né? – sorriu de lado – Poderíamos estar aproveitando, ainda. Hoje já é sexta-feira.



- É. Só tenho mais uma semana – disse, tentando não dar importância para a parte que ele disse que poderíamos estar aproveitando, ainda. Sim, poderíamos, mas ele resolveu bancar o babaca.



- Any...



- Acho que tenho que ir – o interrompi – Já causei bastante na casa dos outros, estou morrendo de vergonha – levantei-me rapidamente, mas o Alfonso me segurou pelo braço.



Eu interrompi porque sabia que talvez sairia palavras de sua boca, que não queria ouvir. Não que não fossem boas, mas sim porque eu não queria mais me envolver com ele. Acabaria, mesmo. Poncho só adiantou o fim.



- Vêm lavar o braço primeiro – ele se levantou, esticou sua mão direita e eu a peguei. Fomos para o banheiro que havia no corredor, e ele pegou o sabonete, passando delicadamente em meus braços e rosto. Até na perna direita tinha alguns.



A verdade é que ardia demais, e eu estava quase gritando. Apertei o braço do Alfonso, involuntariamente, e ele beijou meu ombro, como se quisesse me acalmar.



- Está ardendo muito - choraminguei.



- Me beija que você nem sente – disse com um sorriso tortinho que tanto gostava, fazendo-me lembrar do dia que ele havia caído de moto.



Correspondi o sorriso, completamente sem graça, e ele voltou seu atenção para o que estava fazendo, acho que tentando ignorar o clima estranho que se formou no ambiente. Ele enxaguou cada arranhão, e me deu a toalha de rosto para me enxugar. Saímos do banheiro e ele me parou ainda no corredor. Mais trocas de olhares profundas ocorreram ali. Ele se aproximou, mas eu desviei, querendo ir embora, antes que me rendesse à ele. Desci, e ouvi passos atrás de mim. Fui até o Bernardo que estava parado perto da televisão e o olhei.



- Vamos?



- Está bem? – perguntou, baixinho. Eu apenas assenti – Vamos então.



- Não vai tomar sorvete? – perguntou Bingo – Poxa.



Eu sorri sem graça. E balancei a cabeça negativamente.



- Me desculpem, prometo que uma próxima vez compenso vocês por terem ido comprar sorvete pra mim – dei um beijo em cada um, pedi desculpas ao Bingo e fui até o Poncho que estava sentado no primeiro degrau da escada – Obrigada – beijei seu rosto – de verdade.



- Nada, branquinha – sorriu de lado – Não precisa agradecer.



Virei- me em direção ao Bernardo, e o puxei. Fomos ao ponto de ônibus, e ele demorou quase uma hora para chegar. Eu não falei nada quase o caminho inteiro. Me perdi em pensamento completamente. Alfonso mexia comigo, não podia negar. Dois meses sem vê-lo, e agora mais dias sem sentir seu toque. Não era mais vontade, eu sentia necessidade de tê-lo pelo menos por perto. Mesmo que não fossemos nada além de amigos.



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Autor(a): anyeponcho

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Alfonso narrando: Logo depois que a Anahí foi embora, tinha acabado o churras pra mim. O dia foi tenso. Maite passou dos limites, e eu não sabia o que fazer, já que desculpas não foram o suficientes para Any me desculpar. Sentei-me no sofá e fiquei conversando com os caras mais uns trinta minutos. Tentei prestar atenção, mas ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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