Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

Anahí narrando:

Eram 19h, e eu estava no meu quarto terminando de pentear meu cabelo, após um delicioso banho. Não tinha ninguém em casa, então fiquei na banheira por mais de 30 minutos. Minha mãe tinha saído com meu tio de novo, esse negócio de amparo social, como sempre. Meu pai foi jantar com Alicia, e depois iam ao cinema. Eu jantei com o Chris, mas ele também saiu pra ir à uma balada. Me convidou, mas eu preferi ficar em casa, mesmo. Assim que me troquei, liguei a televisão e coloquei um filme: Quero matar meu chefe. Fiquei assistindo até ouvir barulhos na janela da varanda. Pensei que fosse o vento, e pararia logo, mas continuou. Era algum barulho, como se alguém tivesse jogado alguma coisa no vidro da janela. Fiquei com medo. Estava sozinha em casa. Minhas pernas começaram a tremer, e eu peguei o celular para ligar para alguém. Como o do Christopher estava caindo na caixa postal, mandei uma mensagem para a Angel.

“Amigam estou sozinha em casa, e ouvindo uns barulhos estranhos. Ladrão não é, porque o Pantera não latiu. Mas eu estou com medo. Dorme aqui comigo?”

“kkkkkkkkk Relaxa, amiga. Não é ladrão, e nem espírito. Vai e abre a janela. Não pergunta mais nada, confia em mim.”

Fiz o que a Angelique havia dito. Mesmo que com receio, confiei nela e fui abrir a janela. Dei de cara com o Alfonso, assim que sai da sacada. Ele ergueu um botão de rosa vermelha, e sorriu daquela maneira que eu amava, e que tinha o poder de me derreter. Balancei a cabeça negativamente e não consegui conter meu sorriso. Entrei peguei o celular, e lhe enviei uma mensagem, sentindo meu coração querer sair pela boca.

“Você é maluco, garoto? É tarde, e você mora longe.”

“Não sou maluco, mas vou ficar se você se recusar a falar comigo.”

O olhei novamente e ele sorriu outra vez. Retribui e logo veio outra mensagem.

“Soube por informante que você está sozinha. Posso entrar?

“A Angelique é bocuda kkkk. Não sei se é uma boa, Poncho, está tarde.”

“Por favor, branquinha, quero conversar contigo. Depois se quiser, eu vou embora.”

“Tá. Vou abrir a porta.”

“E eu vou fazer você querer que eu fique.”

Revirei meus olhos e mandei outra mensagem.

“Se acha, garoto.”

“É a realidade. Não percebe que quando estamos juntos, o resto não importa?”

“Quem disse?”

“Eu sei que é assim. Seus olhos dizem, seus beijos provam...E eu me sinto assim. Sei que é recíproco.”

“Vou descer.”

“Vêm branquinha. Estou com saudades.”

“Conversar, Alfonso.”

“No começo sim kkkkk”

“Poupa-me, moreno. Está se achando demais.”

“Quando estou com você, eu me acho. Se é que me entende.”

Não respondi, apenas o olhei novamente, e sorri. Desci rapidamente, sentindo meu coração acelerar a cada passo que eu dava. Cheguei na porta e respirei fundo. Girei a maçaneta e lá estava Alfonso com seu sorriso lindo e o botão de rosa esticado. Eu o peguei, retribui o sorriso e dei espaço para que ele pudesse entrar. Assim que se aproximou na porta, Alfonso se aproximou de mim, colando nossos corpos, e olhou meus lábios, enquanto mordia os seus. Alternei meus olhares entre seus olhos e boca, e isso não prestou. Alfonso simplesmente me puxou pela cintura poupando palavras, e me beijou com volúpia.

Era um beijo rápido, veloz, como se ele tivesse medo de que eu saísse correndo, porém por mais que eu quisesse resistir, não consegui. Meu coração foi parar na minha testa, se duvidasse, e tudo que consegui fazer foi colocar a mão em sua nuca, e corresponder o beijo. Aproveitando cada minutinho, matando a saudade do seu gosto, e a vontade que estava de senti-lo tão próximo a mim. Cada vez que nossa língua se enroscava uma na outra, eu sentia um frio no estômago, que me fazia querer voar. Digamos que busquei estrelas ao estar em seus braços novamente. Busquei estrelas e consegui um pedaço do céu. Não queria me desgrudar dele, mas o fôlego nos obrigou a pararmos o beijo.

-Eu – ele respirou fundo, ofegante – Precisava disso.

- Por que faz essas coisas? –perguntei, com nossos lábios ainda próximos – Por que se afasta de mim sempre que estamos bem?

- Sou um idiota, branquinha – disse baixo. O que fazia sua voz ficar ainda mais roca, e enlouquecedora – Fui ouvir quem não deveria, e acabei fazendo o que não queria. Mais uma vez, me desculpa.

- Já desculpei, mas não sei se devemos voltar a ficar – rocei nossos narizes – Você vai acabar fazendo tudo de novo, e eu me sentirei uma palhaça outra vez.

- Não vou fazer – nos selou – Sei que fui um canalha, ainda mais por ter falado tudo aquilo depois de termos transado. Mas eu me arrependo do que fiz. Só não me arrependo de ter te levado pra cama. – sorriu, safado, e apertou minha cintura, provocando-me uma onda de arrepios intensos.

- Larga a mão de ser safado – eu ri – Você veio aqui pra conversar, Poncho – suspirei, sentindo nossas respirações se misturarem – Vamos... vamos conversar.

- Aham, vamos – mordeu meu lábio – Vamos conversar no seu quarto. – sorriu de lado.

- Alfonso, Alfonso! – revirei meus olhos, e sorri – Sério, vamos conversar. Vamos pelo menos tentar ser amigos.

O marrentinho me colou ainda mais em seu corpo, e voltou a me beijar. Era mais lento, daquela vez, porém as pegadas era uma coisa mais selvagem, me fazendo suspirar de dois em dois segundos. Ele apertava minha cintura, e me prensava na porta ainda aberta, de maneira que eu pudesse senti-lo completamente, se é que me entendem. Um calor imenso estava tomando conta de mim, e tudo o que eu consegui fazer, era acariciar sua nuca, e prendê-lo ainda mais em mim. O beijo foi ficando cada vez mais quente. Sua mão direita adentrou minha blusinha do pijama, e subiu ligeiramente, alcançando meu seio. Desgrudei nossos lábios, dando pequenos gemidos em seu ouvido, e desci os lábios até seu pescoço, beijando-o de modo que o fez grunhir.

- Moreno, sossega – eu ri, arfando.

- Não dá. Não consigo me controlar quando te vejo, princesa! – ele acariciou meu seio esquerdo, e eu o apertei ainda mais em mim, fechando meus olhos, e indo ao delírio com o toque de seus dedos – eu sei que fui burro, fiz besteira. Fui um estúpido, eu sei. Mas quando te vejo, é como se só existisse tu no mundo, mina, e eu me vejo perdido sem poder te tocar – ele desceu sua mão até a cintura novamente, e selou nossos lábios duas vezes – Deixa eu te fazer minha de novo? Prometo que não vou ouvir mais ninguém.

- E se sua consciência quiser parar tudo de novo? – perguntei, em dúvida.

- Não vai querer parar – disse firme, com um sorriso doce nos lábios.

- E como pode ter tanta certeza? – entortei os lábios.

- Foi ela que quis vir até aqui. Minha consciência diz que quero você, e acho que ela está certa.
Eu sorri, e o puxei pela nuca rapidamente. Desencostei da porta ainda o beijando, e o Alfonso a fechou. Fui de costas até a escada, guiando-me por instinto, sem abrir meus olhos. Quando senti o primeiro degrau, Alfonso abriu os olhos, pegou-me no colo, fazendo-me entrelaçar as pernas em sua cintura, e subiu comigo no colo.

- Qual seu quarto? – perguntou, arfando.

- Aquele – apontei com o dedo o segundo quarto da direita, e ele entrou, chutando a porta, e me prensando nela.

Alfonso foi me colocando no chão aos poucos, enquanto ainda nos beijávamos, e eu puxei sua camiseta, ajudando-o a tirá-la rapidamente.

- Você não vai se arrepender de ter me dado mais essa chance, branquinha – disse, ofegante – Saudades do seu corpo, mina, saudade.