Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

Anahí narrando:

Fomos embora minutos depois da brincadeira. Bingo pegou a chave. O capacete e subiu na moto eufórico. Cris acabou indo junto, alegando fazer somente companhia. Dado também foi embora. Alfonso e eu ficamos a sós novamente. Nós subimos e ficamos o resto da tarde assistindo um filme e nos beijando, nos curtindo pra caramba, como se mais nada nos importasse. Ás 18 horas, após Alfonso insistir, liguei para minha mãe avisando que dormiria na Angel, e mandei uma mensagem para que Angelique me acobertasse.

-Agora você é minha – Alfonso riu de maneira maligna, e riu em seguida, me arrancando risadas, também.

Ficamos nos curtindo mais um pouco, até as 19:30, que foi a hora que sua mãe nos chamou pra jantar. Nós descemos, e fomos até a cozinha. Assim que entramos vi uma menina morena, mais ou menos da minha altura, rindo e conversando com a Ruth. Os olhos de Alfonso arregalaram assim que a viu, e sem que eu esperasse, ele saiu correndo e a abraçou por trás, a erguendo em seus braços.

- Pirralha, quanto tempo! – disse ele, mordendo seu ombro – Chegou que horas? Por que não me avisou, mãe?

- Ei, calma! – a Ruth sorriu – Vai sufocar a menina.

- Cheguei agora a pouco, mô. Como sua mãe já ia te chamar pra jantar, não achei necessário chamar antes.

Não sei explicar o que senti naquele momento, mas estava com tanta intimidade, que pareceu caso antigo. Uma namorada antiga, talvez. Fiquei intrigada, mas tentei espantar meus pensamentos. Logo os dois se aproximaram de mim. Alfonso sorriu, mas a menina apenas ergueu as sobrancelhas.

- Essa é minha prima – disse ele – Júlia.

A menina me deu um beijo no rosto, sem esboçar nem um tipo de emoção, e se afastou, entrelaçando seus dedos nos do Poncho. O olhei por um instante, e sorri para a menina, que ainda me olhava de maneira estranha.

- Prazer – disse a menina, após alguns minutos me encarando.

- Julis, essa é a Any – ele sorriu pra mim, e eu retribuí, sentindo minhas bochechas ruborizarem – Minha...

- Ah, mais uma amiga para te roubar de mim? – disse brincalhona.

Não gostei da brincadeira, confesso. Mal chegou e já estava me olhando como se eu realmente estivesse tirando o brinquedo de uma criança. Sem tirar a parte que eu queria saber o restante da frase do Alfonso, e ela o interrompeu como se estivesse com medo de ouvir aquilo. O que será que ele falaria? “minha...”? Ai que droga, a garota tinha que atrapalhar.

- Que isso, Julis – o Poncho riu, meio constrangido – Any quer me roubar de ninguém, não, só quer estar comigo – ele piscou, e eu esbocei um sorriso disfarçado – Comida pronta, mãe?

Logo a comida foi servida. Ruth me deixou mais a vontade possível. Sempre puxava assunto, perguntava-me coisas sobre a minha vida, e tentava ao máximo me deixar enturmada, já que Júlia só queria papo com o Alfonso, e ainda fez questão de sentar ao seu lado. Como eu estava do outro lado seu, Poncho me abraçou de lado assim que o assunto acabou, e beijou meu rosto, fazendo-me sorrir feito idiota.

Sempre fui do tipo garota ciumenta, mesmo. Àquele tipo que se apegava rápido até à uma boneca, e não deixava ninguém pegar. Não por egoísmo e sim por ciúmes. E aí aparece um garoto marrento que estava me encantando cada vez mais, me conquistando com pequenos gestos e sorrisos. Como não me apegar? E agora essa sua prima chega como se fosse sua dona. Sinceramente não sei expressar em palavras o que senti, mas se pudesse explicar em ações... Meteria um tapa na sua cara, pior do tapa que dei na Maite.

Assim que terminamos de comer, Poncho pediu licença e me puxou para o seu quarto. Fechou a porta e foi me empurrando delicadamente até sua cama. Cai deitada, rindo, e ele se jogou em mim, fazendo soltar um pequeno riso. Mordi seu lábio inferior e puxei com força. Continuei segurando, enquanto olhava em seus olhos.

- Vai segurar, mesmo? – disse ele com dificuldade.

Dei risada, mas não soltei.

Alfonso subiu suas mãos pela lateral do meu corpo, alcançando com rapidez, o meu sutiã. Suas hábeis mãos me puxaram um pouco pra si, fazendo com que meu corpo se deslocasse na cama, e então, ele conseguiu abrir o feche. Soltei seu lábio e sorri maliciosamente pra ele. O empurrei para o lado delicadamente, sentei em seu quadril, e ergui minha camiseta, tirando meu sutiã logo em seguida. Curvei meu tronco, e alcancei seus lábios rapidamente. Antes de beijá-lo, ainda o torturei, roçando nossos lábios, e percebendo pelos suspiros que ele soltava, que a tortura não era somente dele, mas minha, também. Eu queria sentir seus lábios, queria sentir seu gosto, com ânsia, desejo, e desejando que os dias passassem cada vez mais lento.

E foi exatamente isso que fiz.

Passei a língua em seus lábios, e ele sorriu.