Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos
- Na boa Júlia! – Alfonso a empurrou com força, acho que desistindo de ser simpático, e se levantou rapidamente, se virando para a Júlia, sem ainda notar a minha presença – Para com isso que está perdendo o resto de respeito que ainda tenho por ti! – respirou fundo – Na boa, estou feliz com a Anahí, e não quero me envolver com outra pessoa. Respeita isso, pô, respeita o sentimento dos outros!
Eu fiquei tão feliz de ouvir suas palavras, que um sorriso inteiramente sincero se fez presente no meu rosto. Fixei meus olhos no Alfonso, e pigarreei, para que ele pudesse me ver.
Poncho se virou abruptamente em minha direção e ficou estático, acho que pensando que fosse brigar com ele.
- Oi – ele sorriu – Veio sozinha, branquinha?
- Vim. – sorri de lado – Quis te fazer uma surpresa.
- Pô, a melhor surpresa, mino, se eu ligasse não seria surpresa – selei nossos lábios novamente, e o abracei pela cintura – Oi Júlia.
- E aí – ela passou pelo Poncho e tentou beijar seus lábios, mas como ele virou o rosto, pegou em sua bochecha – Depois continuamos nossa conversa.
Assim que ela saiu, soltei o Alfonso e sentei em sua cama, sorrindo fraco.
- Não rolou nada entre ela e eu – disse ele, rapidamente. Ele caminhou até mim e se abaixou na minha frente, apoiando-se em meus joelhos – Sério, branquinha, ela tentou, mas eu nem quero.
- Eu vi – colei nossas testas – Não se preocupe, tá? E outra, nós nem temos nada.
- Mas eu não quero ela – entortou os lábios – Posso não ter nada com você, mas tu é que me importa, mina.
Puxei-o pelo braços e o fiz se deitar em mim. Nossos lábios foram colados rapidamente, e nos embalamos em um beijo ritmado e delicioso. Poncho mordiscava meus lábios, enquanto suas mãos criavam vida pelo meu corpo. Estava amando passar os dias com ele, amando viver essa aventura enquanto eu não voltava à Londres. Sabia que iria sentir a sua falta, sabia que as lembranças me angustiariam até os dias passarem, mas naquele momento era o que menos me importava. Eu estava onde meu coração queria, estava no lugar certo, e era com o Alfonso que queria ocupar meu tempo livre.
Nos envolvemos no beijo por longos minutos, até nos faltar o ar. Diminui o compasso até nos afastarmos um pouco, apenas para respirar. Meus olhos continuaram fechados, enquanto eu sentia nossas respirações fortes se misturarem.
- Vou sentir falta disso – sussurrei, com um leve sorriso em meus lábios – Falta de vir aqui te ver.
- Vou sentir falta dessa visita gostosa no fim do meu turno – mordeu meu queixo – Senti falta de você na minha cama.
Nos beijamos novamente, mas logo Alfonso parou com muitos selinhos. Se deitou ao meu lado e me puxou para deitar-me em seu peito.
- Ouvi que está com dor de cabeça, é verdade? – beijei seu peito.
- Sim, branquinha. A cabeça está quase explodindo – ele ri – Mas relaxa, mina, tu é meu remédio. Daqui a pouco passa.
- Posso te mimar? – o olhei – Vou te mimar, daqui a pouco ela passa. Vêm cá – inverti as posições e o coloquei em meu peito. Como estava um friozinho gostoso, nos cobri e fiquei fazendo carinho em seus cabelos por um bom tempo, enquanto olhávamos a televisão sem prestar muito atenção.
Minutos depois senti a respiração calma do Alfonso no meu pescoço, e percebi que ele estava dormindo. Fiquei o olhando por um bom tempo, até que acabei pegando no sono também.
Alfonso narrando:
Acordei com um barulho imenso de trovão. O vento forte batia na janela, e como eu tinha deixado-a aberta, acabou molhando tudo dentro do meu quarto. Levantei devagar pra não acordar a branquinha, peguei um pano na cozinha e enxuguei. O frio aumentou. Coloquei um casaco e deitei novamente ao lado da Any que ainda dormia encolhida. A abracei com força e fiquei fazendo carinho em seus cabelos por um bom tempo.
Alguns minutos depois seu celular tocou. Estava na mesinha ao lado da cama. Peguei, mas como era seu pai, me arrisquei a atender, não queria acordá-la.
Oi, senhor Ricardo. É o Alfonso.
- Oi, garoto. Tudo bem?
- Tudo bem. A Anahí está com você, então?
- Sim. Ela acabou dormindo aqui comigo –fiz uma pausa, e percebi a burrada que falei – Não comigo, só... Dormiu, entende? Não rolou nada. Só dormiu.
Droga!
- Se acalme garoto – ele riu – Meu pai sempre dizia que quem muito se explica, se complica. Fica calmo que eu sei que você jamais a faltaria com respeito, certo?
- Certo. – pigarreei – Quer que eu a chame?
- Não precisa não. Estão na sua casa, certo?
- Sim. Estamos.
- Pede pra ela esperar a chuva passar pra voltar, tá? Está chovendo demais, acabou até a luz aqui no escritório. Acho que vou até fechar mais cedo.
- Ela pode dormir aqui? – perguntei espontaneamente, quase nem percebendo o que havia acabado de pedir para o MEU CHEFE.
Alfonso, se liga!
- Olha, se não for incomodo eu preferia que sim. Tudo bem para os seus pais?
- Tudo sim. Minha mãe gostou muito da Anahí, vai adorar hospedá-la hoje aqui.
- Ah, então ela já foi aí? – ele riu – Sabe, garoto, não costumo dizer essas coisas, mas gosto muito de você. Tem tudo pra crescer na vida, e é por isso que confio tanto em você.
Ouvir aquelas palavras era como se ele estivesse me trazendo de volta à vida. Não sei explicar, mas foi bom ouvir. Como não tinha mais meu pai, acho que precisava de uma presença masculina me apoiando, nem que fosse pra dizer somente isso “tem tudo pra crescer na vida.”
- Obrigado, doutor Ricardo. Foi importante pra mim ouvir isso.
- Que isso, garoto. Só disse a verdade. Seu pai deve se orgulhar.
- Bem, não tenho pai. Mas, minha mãe se orgulha, e eu colocando comida em casa, já sinto orgulho de mim mesmo.
- Você é um bom garoto. Com certeza sua mãe deve se orgulhar, mesmo.
- Valeu, doutor Ricardo.
- Me chame apenas de Ricardo – disse, calmamente – Nos vemos amanhã, então?
- Sim. Com certeza.
- Amanhã você leva minha filha até minha casa, por favor? Mesmo que chegue alguns minutos atrasado, não tem problema.
- Farei de tudo para chegar no horário.
Eu não gostava de chegar atrasado, mesmo com a permissão do próprio chefe. Sentia-me na obrigação de fazer meu serviço certo. Mesmo que ele goste de mim, mesmo que permita que eu o chame pelo nome... Não era isso que faria faltar-lhe com respeito. Ricardo era meu chefe, e continuaria sendo.
Ricardo riu.
- Tudo bem, garoto. Então, cuide dela, tá?
- Pode deixar. Anahí está sendo bem cuidada.
- Abraço.
- Abraço.
Desliguei seu celular e o coloquei novamente na mesinha ao lado da cama. Fui ao banheiro, e quando voltei, Anahí se mexia na cama, como se fosse acordar em instantes. Me aproximei da cama e deitei-me novamente. Me perdi olhando-a por longos minutos. Seus olhos se abriram lentamente, e um sorriso enorme brotou em seu rosto, foi impossível não sorrir de volta.
- Oi – disse ela – Está friozinho, né?
Eu nos cobri até o pescoço, e colei nossos corpos completamente.
- Está chovendo, branquinha.Chovendo muito – selei nossos lábios – Seu pai ligou quase agora, e liberou você dormir aqui.
Anahí me olhou estranho, e ficou em silêncio por longos minutos. Depois simplesmente caiu na risada. Estranhei sua reação, mas não disse nada.
- Está brincando, mô? – sorriu de canto – Meu pai? Deixando eu dormir na casa de um garoto?
- Eu não minto, Any – disse, sentindo-me ofendido – Se quiser ligar pra ele, pode ligar.
Soltei-a um pouco, mas ela me abraçou, colando novamente nossos corpos. Seus lábios selaram-nos duas vezes, e ela acariciou meu rosto.
- Não quis dizer isso, Poncho, sei que tem caráter e não mente. É que, - respirou fundo – meu pai não é liberal assim, entende? É... Só é ... Estranho. Mas se ele deixou, ótimo. Está um tempo gostoso para ficar agarradinha em ti.
Não tive como não sorrir.
- Mas está feliz de estar aqui, mina? Ou quer ir embora?
Anahí se virou por cima de mim, colou nossas testas e sorriu, me encarando bem de pertinho. Coloquei as mãos em sua cintura e apertei, sentindo nossa respiração se misturar. Seus lábios rapidamente se colaram, e ela entreabriu os seus, fazendo-me iniciar um beijo com volúpia. Aquilo estava se tornando melhor dos meus vícios. De todos os beijos que havia dado na vida, os da Anahí eram os mais viciantes e os melhores sem dúvida. Eu viajava sem sair do lugar, eu sentia coisas que jamais senti antes. Queria não ter que encerrar o beijo, queria poder não me despedir da branquinha em poucos dias, queria poder parar o tempo. Mas, o tempo não para como dizia o poeta Cazuza. O tempo estava passando rápido demais, e já era terça-feira. Logo Any estaria entrando no avião e eu ia ficar pra trás. Dois anos sem a branquinha, cada um seguindo suas vidas, e com certeza seríamos apenas lembranças.
Me perdi em pensamentos enquanto a beijava, me perdi em seus braços e com seu carinho. Só obriguei-nos a parar o beijo por falta de ar. Iniciei outro beijo assim que recuperamos o fôlego, porém foi um beijo breve, só pra matarmos um pouquinho mais da nossa enorme vontade. Ela soltou seu peso em mim e sorriu, enquanto fazia movimentos circulares em meu peito, com seu indicador.
- Quero ir embora não, mino – ela sorriu- Está muito bom aqui.
- É? – beijei sua cabeça – Está gostosinho, mesmo, mina. E o dia está só começando.
Anahí assentiu, e me beijou novamente daquele jeitinho só dela. Arrancando-me as melhores sensações e os melhores suspiros.
E aquele dia foi assim. Ficamos o tempo todo no meu quarto nos curtindo. A dor de cabeça que senti, havia passado com os mimos de Anahí, e nem a Júlia nos irritou. Estávamos felizes, nos beijando à todo o momento, aproveitando os últimos dias e não nos desgrudamos nem por um segundo.
Almoçamos, tomamos café, jantamos e tomamos sorvete. Estava tudo tão bom, que eu não queria que acabasse. Se pudesse roubaria a Anahí pra morar comigo. Era estranho pensar aquilo, louco e novidade pra mim, mas eu a queria o tempo todo ao meu lado.
Não rolou nada àquela noite, na verdade não era prioridade naquele momento. Eu queria apenas ficar com ela entre beijos e trocas de carinho. E foi assim a noite toda, até adormecermos abraçados. A Anahí era a única garota que eu gostava de dormir junto. E então pude aproveitar.
No dia seguinte acordamos cedo, tomamos café, eu tomei banho, troquei de roupa e já prontos... A levei até sua casa. Não estava chovendo mais, apesar de ainda fazer muito friozinho. A levei até a sua casa, nos despedimos com um daqueles beijos deliciosos que ela me dava,e então voltei ao trabalho ainda no horário. Recebi até um elogio do Dr. Ricardo.
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Autor(a): anyeponcho
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Anahí narrando: Não vi mais o Poncho na quarta feira, e também não pude vê-lo na quinta. Nos falamos brevemente pelo celular, mas não era a mesma coisa. Eu sentia falta dele, sentia falta do seu toque, do seu cheiro, das suas manias, e até das suas gírias. Se em dois dias eu estava sentindo uma falta imensa daquele marr ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 246
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degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00
Contínua 🙏
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34
Continuei =)
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AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57
Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28
Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....
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AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33
Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08
=) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)
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luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41
Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23
Continuando.... =)
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AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16
Continuada <3
anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48
Postei 2 vezes hoje 😀
AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44
Continua* hehehe
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10
Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(
anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20
Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58
Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3
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AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27
Cadê você?
anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51
Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)
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AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48
Tadinha da Mai :(
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AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19
Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua