Fanfics Brasil - Capítulo 48 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 48

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Anahí narrando:



Meu coração estava tão acelerado, que pensei por um instante que chegaria a colidir com o cérebro. Eu não conseguia olhá-lo nos olhos, sem querer tocá-lo. Estava com raiva, fui ao jantar contrariada, mas ao passar pelo Poncho e sentir seu perfume tudo se esvaiu. Só com saudades dele, e com vontade de grudar nossos lábios.



Que saudade!



E lá estavam nós na sala. Alfonso e meu pai conversando e, eu meio que me controlando para não paralisar no Alfonso, que tenho que confessar... Meu olhar é traidor, e ia de encontro ao dele, sem eu nem ao menos notar. Quando percebi que estava querendo demais sentar ao seu lado e abraça-lo, resolvi levantar-me para não acabar realmente onde eu queria.



-Vou falar com a sua mãe – sorri, educadamente.



Alfonso apenas assentiu com aquele sorriso que me matava, e então fui até a cozinha, sentindo minhas pernas vacilarem.



Assim que Ruth ouviu passos, olhou em minha direção e sorriu, abrindo seus braços como nem minha mãe fazia. Era exatamente por isso que eu amava ir à casa do Poncho, eu me sentia em casa. Era um lar, verdadeiramente. Coisa que na minha casa, à vezes parecíamos estranhos, pra dizer a verdade.
Caminhei até ela e a abracei forte. O cheiro que exalava dela, era cheiro de comida misturado com amaciante. Posso dizer que era um dos melhores que já senti na vida. Era o cheiro que minha avó tinha, quando estava em sua casa em uma tarde de sábado. Era cheiro de mãe.



- Oi, minha querida – disse ela, enquanto me aconchegava em seus braços – Como você está? Não veio aqui há uns dois dias.



- Pois é, não deu pra vir antes – beijei seu rosto – Estou bem, e você?



Nos desvencilhamos do abraço, e sorrimos uma pra outra.



- Estou bem, meu amor – sorriu – Está com fome? Fritei algumas coxinhas para tapear o estomago. Acabou o gás, tive que ligar agora a pouco para o cara, vai demorar um pouquinho.



Ela me estendeu o prato, e eu peguei uma coxinha, dando a primeira mordida. Era uma delícia, e era o meu salgado preferido. Ruth me deu o prato para que levasse para o meu pai, e assim o fiz. Expliquei que demoraria um pouco, mas ele não se importou. Na verdade aquele Ricardo estava diferente do que conheci desde que me conhecia por gente, mas não podia reclamar. Estava amando.



Alfonso apresentou meu pai para Ruth, e eu senti uma troca de olhar estranha, entre eles. Fiquei encucada, mas deixei pra lá. Talvez fosse só impressão minha, apesar que o assunto que se formou entre eles, parecia até animado demais.



Fui para o lado de fora da casa, e sentei-me em um murinho que havia ali, ainda comendo a minha coxinha. Minutos depois ouvi passos, e pelo perfume que exalava, eu já sabia muito bem quem era.



- Trouxe mais coxinha – disse ele, colocando só o prato em minha frente, enquanto seu corpo mantinha-se atrás de mim.



- Obrigada – disse baixinho. Peguei outra coxinha, e apoiei meu braço na minha perna, ainda sem conseguir olhar para o Alfonso.



- Any, sobre as mensagens...



- Poncho, não precisa explicar – interrompi – Você fez de novo. Pela terceira vez, deixou de falar comigo do nada. Se dessa vez foi outra menina que abriu seus olhos, ou até mesmo a Mai de novo, não quero saber – abaixei a cabeça – Só vim, porque meu pai insistiu. Disse que faria bem eu te ver, mas já quero ir embora.



Alfonso deu a volta no murinho, e parou de frente pra mim. Ergueu minha cabeça e me olhou de cenho franzido, como se eu tivesse dito a maior besteira do mundo. Umedeceu os lábios, mas quando foi pronunciar alguma coisa, sua mãe apareceu ao seu lado, estendendo um dinheiro.



- Filho, o João vai passar daqui a pouco para entregar o Miguel, entregue esse dinheiro à ele? Hoje tive que consertar minha máquina – revirou os olhos – Aí tive que chamá-lo.



Alfonso assentiu e eu sorri apenas. Logo, ficamos somente nós dois, outra vez. O que não durou muito, só o tempo de comer minha coxinha, sentindo o silêncio se fazer presente. Miguel correu em minha direção assim que me viu, e pulou no meu colo me dando um abraço esmagador.



- Você veio – disse sorrindo – Pensei que não viesse mais, Alfonso comentou que você vai embora domingo.



- Eu vou – entortei os lábios – Mas claro que me despediria de você, pequeno.



- Estava brincando com o Rafael – Rafael era melhor amigo do Miguel e, filho do João – Com ele e com a prima dele – Miguel olhou para Poncho, sorriu de canto e fez a mesma cara de safado do irmão – Ela é gata, mano – disse ele.



Eu ri, não aguentei. O garoto tem apenas cinco anos, mas parecia até adulto falando daquele jeito. Digamos que era um mini Alfonso.



- Aí sim, pirralho – Alfonso riu, e olhou pra mim – Tem que tratá-la bem, hein? Garotas não são só um rosto bonito, tem umas que despertam o melhor de você, e é por isso que você as evita. Porque sabe que em breve ficará sem aquilo que acostumou a ter, e isso dói. Dói como jamais doeu por uma mina antes, e você percebe que talvez seja mais louco por ela do que imaginava.



Apoiei-me na pia e me permiti chorar por alguns minutos.



Então Alfonso não estava me evitando, estava tentando evitar o que sentia. E o que sentia, afinal? Essa era a pergunta que não queria se calar. Aliás, o que eu sentia por ele? Por que estava chorando naquele momento e por que eu não queria ir à Londres? Por que doía tanto?



Ainda ali no banheiro, ouvi toques na porta, mas não respondi. Meu rímel estava todo borrado, e naquele momento eu estava mais para urso panda do que para Anahí Portilha. Mais duas batidas, e eu continuei quieta, fungando, tentando recuperar-me da enxurrada de ainda a pouco.



- Any, sou eu – disse Poncho, fazendo meu coração acelerar – Eu sei que está chorando, abre a porta.



- Não – disse, perto da porta – Você vai se assustar.



Alfonso soltou uma gargalhada e forçou o trinco. Percebi que não desistiria tão cedo.



- Deixa eu entrar, branquinha – disse, baixo. Baixo, mas eu podia ouvir do outro lado da porta. Seu tom de voz suave só me deixou mais enlouquecida.



- Espera só um minutinho.



Lavei meu rosto, já que era a única maneira de tirar as rodas prestas que estavam em meus olhos. Lavei, sequei e voltei até a porta.



- Sua mãe tem rímel? Só para não perceberem que tirei a maquiagem, ou vão me encher de perguntas.



Fiquei alguns minutos em silêncio, sem a resposta do Alfonso. Logo, ele bateu novamente na porta e eu destranquei, deixando-o entrar com a pequena bolsa de maquiagem de sua mãe.



- Ela não perguntou nada? – preocupei-me. Seria estranho ela saber que eu estava chorando, não saberia explicar o motivo.



- Eu vou te contar um segredo – aproximou-se do meu ouvido, e sussurrou – Eu sabia onde estava. Às vezes uso, sabe? Faço bicos nas esquinas da vida.



Não aguentei, acabei rindo muito. Poncho me olhou nos olhos enquanto meu riso ia cessando aos poucos.



- Palhaço – disse, apenas com um sorriso leve nos lábios.



- Sou – sorriu de lado – Gosto de fazer você sorrir.



O olhei no fundo de seus olhos, mas não aguentei permanecer assim daquele jeito. Doía voltar a olhá-lo, sabendo que em breve não o teria mais pra mim. Iria me afastar, e quando voltasse, o que poderíamos ser ainda? Nada mais que lembranças talvez. Lembranças que com certeza não esqueceria mais. Carregaria para o resto da minha vida, mesmo doendo quando pensasse nele.
Alfonso deu um passo na minha direção, e aproximou seus lábios da minha orelha.



- Se eu demorar, me espera. Se eu te enrolar, me empurra. Se eu te entregar, aceita. Se eu recusar, me surra. Se eu for só teu, me tenha. Se eu merecer, me bate. Se eu me mostrar, me veja. Se eu te zoar, me odeia, mas se for bom, me beija – mordeu a pontinha da minha orelha, arrepiando-me por inteira – Se tu tá bem, eu to. Se tu num tá, também. Não to legal, não to, pergunto o quê que tem. Tu diz que ta tranquila, mas sei que tu num ta. Tu ta bolada, filha, vamos desembolar. – desceu os lábios até o meu pescoço, e deu uma chupada que bambeou completamente minhas pernas. Tive que me apoiar-me nele para não cair – Se eu te perder, me ganha – ele fez um caminho de beijos até meus lábios, e parou poucos centímetros dos mesmos – Se eu te perder, me ganha! – repetiu, tocando minha cintura com força, como se eu fosse correr a qualquer momento.



Alfonso não cantou a música toda, foi apenas as partes que mais se encaixavam naquele momento. E aquilo bastou para me deixar ainda mais entregue à ele. Eu ainda não sabia definir o que sentia, mas que atração já não era mais, isso eu tinha plena consciência.



- É verdade tudo o que disse ao Miguel? – sussurrei, de olhos fechados, ainda sentindo os beijos que ele distribuía pelo meu rosto.



- Uhum – murmurou, descendo os beijos pelo meu pescoço – Acho que estou enlouquecendo – riu, fraco – Foi mal, branquinha.



Passei meus braços pelo seu pescoço, e inclinei minha cabeça para trás, ainda sentindo os beijos intensos que ele estava me dando.



- Deixa eu me maquiar, moreno – suspirei – Por favor.



- Olha, não sei o que será de nós daqui dois dias, mina. Mas eu simplesmente não consigo te ver, e não poder tocar – selou nossos lábios – Tudo muda quando te vejo, meu, só existe tu na minha frente, e eu não sei me dar com isso. Não sei, mermo. É diferente pra mim, sacas? Acho que eu...



- Poncho? – era a voz da Ruth.



Droga! Alfonso achava o quê? O QUÊ?



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Autor(a): anyeponcho

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Anahí narrando: Nos separamos rapidamente, arfando, e então ele caminhou até a porta, enquanto eu fingia estar ali me pintando há horas. Alfonso saiu sem deixar que Ruth me visse, e então eu terminei de me maquiar rapidamente. Fechei a bolsinha e coloquei na pia, para depois entregar novamente à ele. Desci, e caminhei até a c ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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