Fanfics Brasil - Capítulo 53 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 53

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Anahí narrando:



Não eu não podia ir embora. Não naquele momento, sabendo que o meu sentimento era recíproco. Não depois de tudo o que vivemos, tudo o que passamos para chegarmos onde chegamos. Eu não podia ir embora e deixar pra trás toda uma história que estava sendo construída. Alfonso estava se tornando essencial na minha vida, e viajar pra Londres era como se eu estivesse deixando tudo pra lá. Meu futuro naquele momento, era o Alfonso, apenas ele.



Fui para a porta do embarque, virei- me para trás e vi que minha família estavam começando a ir embora. Olhei novamente para a porta do embarque que, era onde eu deveria ir, mas meu coração não queria. Não conseguia dar mais um passo, simplesmente recuei sem que me vissem, saí correndo para uma outra porta. Saí do aeroporto quase atropelando todo mundo. Fui para o ponto de táxi, entrei em um, e indiquei o endereço do meu marrentinho. Era lá onde meu coração queria estar, e era pra lá que eu iria.



O caminho pareceu estar mais longo que o normal. Levou cerca de meia hora, mas na minha cabeça pareceu um dia inteiro. Senti todas as vértebras do meu corpo tremerem assim que o táxi entrou na rua do Poncho. Tudo piorou ainda mais quando parou em sua porta. Eu sorri, enquanto sentia meu coração acelerar, minhas pernas tremerem e minhas mãos suarem.



Poderia ser loucura, mas era a melhor loucura. Eu precisava dizer o que sentia, olhando em seus olhos, e sentindo sua respiração acelerar junto a minha. Eu precisava do meu moreno naquele momento, e era com ele que eu estaria.



Peguei minha mala, a bolsa, paguei o motorista e então parei na porta, respirando fundo. Fechei meus olhos e toquei a campainha. Abri novamente, e a Ruth abriu a porta, sorrindo daquela maneira inteira, de alma, que era muito bom ver.



-Você, querida? – ela sorriu – Não foi viajar?



- Não consegui – sorri de lado – Preciso ver o Poncho, Ruth. Por favor, diz que ele está.



Ruth sorriu, beijou meu rosto e deu espaço para que eu entrasse.



- Deixa a mala aqui no canto, e vá, amor. Alfonso está lá no quarto dele enfurnado, chorando. Coisa que jamais vi. Vai lá, você faz bem à ele.



Beijei seu rosto e então subi correndo até seu quarto. Abri a porta lentamente e o vi sentado na cama, de costas para a porta, olhando o céu pela janela. Suas costas se movimentavam, como se estivesse soluçando, e aquilo me doeu por dentro. Ver meu marrentinho daquela maneira era estranho, não poderia imaginar nem em sonhos mais insanos. Fechei a porta e caminhei até ele tentando não fazer barulho. Ajoelhei na cama e o abracei forte por trás, forte mesmo. Como se quisesse prendê-lo à mim. Alfonso se virou rapidamente, enxugou suas lágrimas e me olhou confuso.



- Bran-branquinha? – virou-se ainda mais de frente pra mim e sorriu – O que está fazendo aqui? Não era pra ter ido?



Eu não respondi. O enchi de selinhos e o abracei com força. Poncho nos derrubou na cama, fazendo-me sorrir, e passou seus lábios por todo o meu rosto.



Percebi naquele momento que eu estava no lugar certo, estava onde deveria realmente estar e não me arrependi de ter feito a loucura de fugir. Estava completa, digamos assim. Junto com meu moreno, e sentindo aquela coisa que só ele me proporcionava: o amor.



Alfonso me olhou no fundo dos olhos e sorriu daquela maneira que me derretia por dentro. Olhou meus lábios e os colou aos seus rapidamente. Nos envolvemos em um beijo repleto de carinho e muito amor. Não havia malicia, só desejo de nos perdermos um nos braços do outro, havia amor, e um toque de alivio por estarmos juntos. Meu coração estava muito disparado, e eu não conseguia pensar em mais nada. Curti cada pequeno pedaço daquele beijo lentinho. Curtir seus carinhos da minha cintura e seu nariz que vez ou outra roçava ao meu. Nossas línguas se embalavam em um compasso único, excepcional. Não queria mais sair dali. Paramos o beijo lentamente quando o ar resolveu faltar.



- Eu te amo – sussurrei no seu ouvido – Não consegui ir embora.



Alfonso sentou-se rapidamente na cama, e ficou me olhando de maneira indefinida e intrigada. Sua feição mudou completamente. O que antes parecia ser felicidade, no momento em que disse “não consegui ir embora”, foi como se tivesse dito que cometi algum crime, ele ficou completamente sério. Estranhei e ao mesmo tempo senti medo. Medo de que não tivesse gostado, e medo do que ele poderia fazer.



E realmente, ao abrir a boca, Alfonso me encheu de decepção.



- Como assim não conseguiu ir embora? – perguntou, sem se importar com o tom de voz rude.



- Ué, não consegui, moreno – dei de ombros – Você disse que estava apaixonado por mim, como eu poderia ir? Eu amo...



- Não completa – interrompeu-me – Seu pai sabe disso? Sua mãe?



- Não. Eu esperei que fossem embora – ergui as sobrancelhas – Eu queria ver você, Poncho. Queria te abraçar, te beijar. Não consegui passar pela porta do embarque.



- Levanta, Anahí! Tu vai chamar um táxi, vai voltar para o aeroporto e vai embarcar pra Londres!
Não, eu não poderia estar ouvindo aquilo. Doeu muito. Não era aquela reação que eu esperava, não era aquela reação que eu queria.



Ainda encarando Alfonso sem acreditar no que havia dito, aproximei-me dele e tentei nos selar para ver se era apenas uma brincadeira – muito da sem graça – ou pelo menos fazer com que ele mudasse de ideia... Mas não adiantou. Alfonso se esquivou e se levantou ligeiro, ainda mantendo aquela feição marruda que sempre tinha. Como se só ele tivesse razão.



- Não vou embora – respirei fundo – Moreno, olha... Estou aqui – levantei-me e parei em sua frente – Estou aqui pra você. Tu disse que era apaixonado por mim, e eu disse que te amo. Pra que complicar as coisas?



- Você não vai estragar o seu futuro por minha causa. Você deve ir, Anahí, seu pai pensa que tu viajou, cara!



- Eu não quero ir – senti meus olhos encherem de lágrimas – Você é meu futuro, Alfonso. Não quero ficar dois anos ausentes da sua vida. Eu amo você, não ouviu? Amo você!



- Eu ouvi – apertou os lábios – Mas tu vai embora agora! Isso foi loucura, mina. Teu pai deixou você lá pensando que nesse momento estaria indo pra Londres, e não aqui na minha casa. O Ricardo confia em mim, Anahí, não vou trair a confiança dele.



- Então prefere que eu vá? – sorri, forçado – É assim que é apaixonado por mim? Pensei que me quisesse ao seu lado. Pensei que estivesse triste, como eu fiquei ao ter que ir e te deixar.



Afastei-me dele, sentindo minhas lágrimas correrem pelo meu rosto cada vez mais. Alfonso deu um passo na minha direção e me abraçou forte. Sou tão trouxa, que acabei correspondendo.



- Não tá sendo fácil pra mim também não, branquinha! Não queria ter de fazer isso, mas não posso deixar que fique. Cara, você não pensou? Seu pai ia te matar.



- Dane-se – afastei-me dele – Realmente não pensei nele, não pensei em mim, não pensei em nada.


Pensei apenas em você, e olha só como sou burra! – solucei – Quer saber? Tem razão, devo ir embora, mesmo. Eu não deveria ter vindo.



Caminhei até a porta, abri, e desci as escadas rapidamente. Senti a mão do Alfonso me puxar, mas eu consegui me soltar antes que me virasse pra ele. Continuei andando, beijei o rosto da Ruth e peguei minha mala.



- Any, não entenda mal, cara. Eu só não queria que tu viesse escondida – respirou fundo – Eu queria ter você pra mim, corretamente, entende? Você vai voltar pra casa, e vai levar bronca, meu. Não quero isso.



- E quer saber o que eu queria ouvir? O que eu mais queria, era ter você, seu idiota! Dane-se a briga que eu teria de enfrentar, dane-se! Eu queria ficar com você!



Limpei minhas lágrimas, e recuei dois passos quando Alfonso se aproximou. Por mais que eu quisesse me jogar em seus braços, mantive-se irredutível. Abri a porta e sai. Porém, mais uma vez, ele saiu atrás.



- Branquinha – me puxou e virou-me pra ele – Me entende! Você não poderia ter feito isso, foi loucura!



- Por você eu faço loucuras – solucei – Mas quer saber? Esquece! Finge que eu não estive aqui, tá? Finge que estou em Londres, vivendo minha vida LONGE de você!



Os olhos do Alfonso se encheram de lágrimas, e ele me apertou em seus braços, selando nossos lábios.



- Eu amo você – disse, com nossos lábios unidos.



- Eu odeio você! – me afastei dele, e fui andando até a esquina, onde parei para poder ligar para um táxi disponível.


Alfonso narrando:



Tá pra nascer mais idiota – disse minha mãe, assim que pisei novamente em casa.



Não estava a fim de conversar, então simplesmente ignorei e subi para o meu quarto desejando que os dias passassem rápido e que toda a dor que eu sentia no peito, se esvaísse. Eu não estava sabendo me dar com tudo aquilo. Não estava conseguindo nem pensar direito. Aquilo de mandar Anahí ir embora, pode parecer loucura, mas foi a coisa mais dolorosa que já fiz. Ou uma delas. Mas foi doloroso. Ela pedindo pra ficar, querendo ser só minha, e eu tendo que ser maduro o suficiente pra mandar embora a minha felicidade.



Ninguém entendia, mas no fundo, eu sentia que apesar das consequências que eu sofreria, eu havia feito sim, a coisa certa. Ricardo já a tratava mal, e se descobrisse que ela voltou por minha causa? Com certeza seria tudo ainda pior. E não esquecendo o fato de que ele confiava em mim, e eu não poderia trair sua confiança. Não era medo de ser demitido, era medo do que ele poderia fazer com ela.
Deitei-me na cama e chorei ainda mais, parecendo o Miguel, ou então uma mulherzinha. Mas estava pouco me ferrando pra tudo aquilo. Era a primeira vez que eu amava, e eu queria mesmo era chorar.
Fiquei horas no meu quarto, até que ouvi alguém bater na porta. Gritei para entrar, mas já me arrependi assim que vi quem era.



Júlia e seu olhar de cachorro sem dono. Era nítido em sua cara que ela me apoiaria para poder se aproveitar da situação, e eu fiquei entediado antes mesmo de ela se aproximar da cama. Assim que ela se sentou ao meu lado, passou a mão pelos meus cabelos e sorriu de lado.



- Sei o que está sentindo, Poncho, e pode contar comigo – deitou ao meu lado – Eu amo você, tu sabe. Temos que nos ajudar.



- Valeu – respondi, apenas. Querendo que ela saísse logo do meu quarto.



- Não me leve a mal, mas eu sabia que você e Anahí não dariam certo. Vocês são o oposto um do outro. Isso não daria certo nem daqui mil anos.



- Você não sabe de nada, Júlia! – bufei – No nosso caso, os opostos se completam.



- Como pode dizer isso? – ela riu – Poncho, na boa, nem um ano juntos, não estão. Não acha que é cedo, não?



- Não preciso de uma vida pra gostar de uma pessoa – respondi, convicto – Me sinto completo quando estou com ela, e é isso que importa.



- Alfonso...



- Júlia, na boa – sentei-me na cama – estou completamente sem cabeça pra ouvir sermão, mina. Me deixa sozinho!



Júlia fez cara de choro e saiu do quarto, batendo a porta tão forte, que se fosse de vidro se quebraria em mil pedaços. E eu fiquei ali, o resto da tarde, da noite, e só saí do quarto porque o Bingo me chamou pra jogar truco em sua casa. Não estava animado, mas fui mesmo assim. Eu precisava sair daquela fossa, porque a Anahí não iria voltar. Ela tinha ido de vez, e por minha culpa.



Acordei no dia seguinte na hora de sempre, e mesmo que desanimado, tive que vestir minha roupa, usar meu melhor sorriso e ir trabalhar. Tomei um café rápido, dei um beijo na minha mãe e no Miguel, e fui seguir minha vida.



Foi cansativo, o meu dia. Talvez pela exaustão mental que eu sentia, mas foi um dia que eu podia passar, pra chegar logo em casa. O Ricardo também pareceu sentir a mesma coisa, mas ao ver Alicia, claro, tudo se modificou, e um sorriso enorme já brotou em seu rosto.



Às 20 horas cheguei em casa morrendo de fome. Estavam todos em casa: Bingo, Cris, Dado, Mai e a Júlia. Só faltou minha branquinha. Cumprimentei todos e me sentei à mesa.



- E aí cara, como está? – perguntou Cris – Vi a branquinha ontem, o que deu?



Contei tudo à eles, e vi que quase me mataram. Cris me olhou incrédulo, Bingo me deu um tapa na cabeça, Dado me chamou de tapado, Júlia sorriu abertamente e a Mai balançou a cabeça negativamente.



- Se gostava dela, porque fez isso? – perguntou Mai – Não vou mentir, não gosto dela, mas tu era feliz, né?



Ela sorriu de lado, sentou no meu colo e eu sorri. Fazia tempo que não conversávamos, eu sentia saudades.



- Achei que fosse a coisa certa – suspirei – Mas a coisa certa nem sempre é a mais fácil.



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Autor(a): anyeponcho

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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