Fanfics Brasil - Capítulo 55 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 55

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Anahí narrando:



Já era sexta feira. Eu não tinha tido oportunidade de falar muito com ninguém no Brasil. A fase de readaptação estava complicada. Eu sentia tanto a falta de todos, que tinha noite que eu dormia chorando, querendo ir embora. Não sei se era pelo amor que eu estava sentindo pelo Poncho, mas estava mas tenso permanecer em Londres, do que a primeira vez. O comentário dele, eu lia toda hora. Entrava em seu Facebook toda vez que pegava meu notbook pra fazer trabalho.



Enquanto Dafne, Rafael e Joe saíram para barzinhos, eu preferia me enterrar no meu apartamento, e me focar nas tarefas do cursinho para não enlouquecer. Não tinha graça saídas, não tinha mais graça ficar com o Joe. Eu queria me focar nos estudos, apenas. Esse era o motivo para eu estar tão longe, e era isso que eu queria fazer.



Àquele dia, tinha voltado tarde do curso. Eram cerca de meia noite, e eu ainda não aguentava mais a dor nos meus pés. Tinha andado atrás de materiais para fazer uma maquete, e tinha ficado metade da tarde na biblioteca estudando.



Assim que cheguei ao meu apartamento, a primeira coisa que eu fiz depois de tirar os sapatos, foi entrar no Skype. Angelique havia me mandado cinco mensagens quase surtando por eu ter sumido a semana inteira. Como no Brasil seria 18 horas, entrei direto no Skype.



Na hora a Angelique já me chamou com uma chamada de vídeo e voz.



- Sua chata. Ficou a semana inteira sem entrar na internet – fez bico – Estamos todos preocupados. Nem com seu pai tem falado, né?



Fiquei pensando quem seria esse “todos”, mas preferi não perguntar.



- Não – entortei os lábios – Meu pai não liga, eu também não. Não tenho muito tempo, Angel. Estou focada, entende? Me desculpa.



- Focada porque está curtindo o curso ou pra esquecer certos marrentinhos?



Fiquei calada por um tempo, mas acho que pela minha expressão, Angelique sacou. Ela me conhecia bem.



- E como vão as coisas por ai? – desconversei.



Angelique gargalhou e balançou a cabeça negativamente.



- Está tudo bem graças a Deus, amiga. Cris vai vir aqui daqui a pouco – sorriu toda boba – Nos beijamos duas vezes essa semana.



Eu abri um sorriso imenso, e desejei felicidades.



Claro que estava imensamente feliz por ela. Angelique estava afim do Cris fazia um tempinho, já, e eu torcia por ela. Não por ser minha amiga, mas por realmente merecer ser feliz.



Ficamos conversando mais um tempo, até que a Angelique pediu licença para atender a porta. Levei o notebook até a cozinha e aproveitei para fazer uma lasanha congelada, mesmo. A fome estava enorme naquele momento.



Angelique voltou, enquanto a lasanha descongelava, mas antes de qualquer coisa, ouvi uma voz que me fez congelar.



- Vai, Cris, agiliza sua mina ai que estou com sono.



Eu parecia uma louca repetindo à mim mesma, “é o Alfonso, é o Alfonso”. E era. Não precisava ver pra saber que era o meu Alfonso. Só pelo tom de voz e o “mina”, já deu pra sacar que era o meu marrentinho. Fechei os olhos para não chorar, e respirei fundo, sentindo meu coração disparar muito.



- Fica, shiu, garoto – disse Angel rindo – Deixa eu falar mais um pouco com a minha amiga, que já vou.
Saquei a da Angelique.



Ela simplesmente parecia estar fazendo de propósito, e eu fiquei em dúvida se a esganava via webcam, ou se agradecia, só de ouvir a voz dele, uma paz imensa se instalou em meu peito.



- Que amiga? – perguntou ele – Trocando a branquinha?



Angelique apareceu novamente na webcam e sorriu, erguendo as sobrancelhas.



- Não, Poncho. É a branquinha.



- A minha branquinha? – perguntou, surpreso – Ela está me ouvindo?



- Estou – disse, baixinho – Tudo bem com vocês?



Eu não os via. A cam estava voltada para à Angelique. Mas meu coração não precisava ver imagem para disparar imensamente. Eu tive a sensação de que teria um infarto à qualquer momento. As mãos suavam, e minha respiração se descontrolou instantaneamente.



Incrível o poder que o Alfonso tinha sob mim. A raiva que sentia há minutos, passou assim que o vi me chamar de branquinha. Isso era um saco, porque eu queria ter raiva dele, queria!



Queria, porque era melhor sentir raiva, do que amor, saudades e todo esse sentimento misto que eu sentia. Queria, porque só assim eu poderia evitá-lo em pensamento, e evitar sentir vontade de estar com ele toda hora.



Ah, a saudade é mesmo algo que machuca!



Alfonso ali, falando e falando... E mesmo sem olhá-lo, eu sentia vontade de agarrá-lo e dizer que eu o amava. Dizer mais uma vez, até que fixasse em sua mente, e ele me pedisse pra voltar. Não que fosse resolver alguma coisa, pois eu não voltaria, mas seria o suficiente saber que me queria por perto.
Fiquei ainda atônita esperando sua resposta sem mover nada, nem uma pálpebra.



Tudo piorou ainda mais quando Alfonso resolveu soltar sua voz.



- Sim, e aí, mina? – sua voz saiu tão natural, que apesar de me chamar pelo apelido de sempre, juro que pensei que não estava sentindo nada ao me ouvir. Nada, mesmo. Nem um coração pulsante, nem vontade de falar comigo, nada.



O “ e aí, mina?”, pareceu frieza. E confesso que doeu.



- Estou bem – respondi naturalmente, também. Como se não estivesse à ponto de me jogar pela janela de tão eufórico que eu estava.



- Aparece aqui, Poncho – disse Angelique – Só você vê a Any? E ela? Não pode ver?



Juro que quase matei a Angelique. Ela não tinha nada que se intrometer nesse lance de falta de afinidade que Alfonso e eu estávamos criando.



Confesso que depois do gelo, nem eu sabia se queria vê-lo.




  • Alfonso narrando:



Ela estava ali. Encostada em algum lugar que não deu pra ver direito, com aquele sorriso que me matava, e que eu sentia falta todos os dias.



Sabe quando você percebe que a pessoa é seu combustível e que você fez uma baita besteira de deixá-la ir embora porque simplesmente não sorri sincero faz dias? É. Era exatamente assim que eu me sentia.



Anahí era o primeiro pensamento do meu dia, e o último. Diariamente, pensava se ela estava bem, se estava comendo, sendo feliz, ou ficando com alguém em Londres.



Fiquei tão besta vendo minha branquinha e decorando cada detalhe que tanto me fazia falta, que não apareci na webcam, e esqueci de ser mais agradável.



- Seja simpático com a mina, velho – brandou Cris – Depois morre de saudades aí...



- Não consigo – murmurei – Velho, eu pareço gay! – estiquei minhas mãos para ele, e eu estava tremendo. Tremendo como jamais na vida. E realmente me sentia um gay, porém, a sensação era boa.



Ver Anahí era algo tão bom, que eu esqueci de tudo, até de tentar usar as minhas melhores palavras.



Filha da mãe de coração acelerado!



Ouvir a sua voz, então, foi a coisa mais gostosa.



Saudades, apenas saudades!



- Eu já vou ter que ir, Angel – disse Anahí, como se fugisse de mim – Depois nós conversamos, ta? Vou comer e dormir.



Cris apareceu na webcam para cumprimentá-la, mas ainda não me movi. Minha bunda pareceu ter grudado bruscamente na cadeira.



- E aí, branquinha? – disse ele – Tudo beleza contigo?



- Tudo – ela sorriu – E você, Cris?



Cris sorriu e assentiu.



- Estou de boa, mina – piscou, depositando um beijo na cabeça da Angel – E os namorados?
Cris tinha que provocar. Veado.



Joguei uma almofada no Cris, que o fez cambalear para o lado e quase cair. A coisa mais gostosa foi ouvir a gargalhada da branquinha.



- Nem tenho tempo pra namorar, Cris – respondeu ela – Estou focada nos estudos, mesmo.



Fiquei aliviado ao ouvir aquilo, confesso. Não seria uma boa sensação se ela respondesse que estava ficando novamente com o tal Joe, ou qualquer outro que fosse.



- Poxa, tem que se divertir – disse Angelique. Tive a impressão que era somente para me provocar, e confesso que estavam conseguindo.



Anahí soltou um suspiro e negou com a cabeça.



- Eu me separei de pessoas importantes para estudar, amiga – entortou os lábios – E por ter sido tão difícil, quero dar valor à ela.



Não sei se estava se referindo a mim, mas pareceu uma indireta. E eu queria que fosse.



Me senti novamente um idiota por ter deixado ela ir. Mas no fundo, eu sabia que era necessário. Era, sim.



Agora, ao invés de estar sendo tratada mal por seu pai, era um orgulho, porque estava fazendo curso fora do país. E se ficasse comigo, iria realmente não ser a melhor filha, pra ele. E já não era. Por isso eu quis que ela fosse.



Queria que ela mostrasse pra ele, que poderia ser melhor que a Alicia.



Ficou um silêncio meio incomodo no quarto, e acho que todos perceberam.



Cris estalava a língua, fazendo som de uma música qualquer, que acho que nem existia. Angelique olhava para a cam, e olhava o computador inteiro, passando os olhos até pelo mouse e teclado, e eu dedilhava algo em minha perna, prestando atenção na tela do computador.



- Espera, amiga, esqueci minha lasanha no forno – disse Anahí – Já venho.



Tive a impressão que ela queria fugir, e eu também não estava mais aguentando aquele clima.
Assim que Anahí saiu, levantei-me e parei perto da porta. Nem queria sair mais, pra dizer a verdade. Já era tarde demais, e estavam enrolando.



Cansei.



- Vou embora – suspirei – Quero mais sair não. Trabalhei pra caramba e vocês estão enrolando demais.



Cris revirou os olhos.



- Tem absorvente, Angel? Acho que vai descer para o Alfonso, não é possível!



Angelique riu, mas eu continuei parado na porta, o encarando. Não achando a mínima graça da sua brincadeira infame.



Novamente o silêncio reinou.



Desisti de ficar ali. Me despedi dos dois e fui embora.



Deixei apenas a moto com o Cris, e fui de busão, mesmo. A forma como iria pra casa, era o que menos me importava. Eu só precisava ir embora.



Queria minha branquinha de volta.



Anahí narrando:



- Poncho já foi – disse Angel, assim que me sentei novamente em frente ao notebook.



Confesso que fiquei decepcionada.



Queria ter visto ele, e tinha uma esperança enorme em meu peito, que Alfonso falasse comigo.


Falasse alguma coisa. Qualquer coisa. Apenas falasse.



A partir daquele momento, a minha decisão estava tomada. Eu esqueceria Alfonso mesmo que demorasse. Não aguentava sua frieza, sua normalidade perante a mim, depois de tudo o que vivemos. Doía tanto, que às vezes eu tinha impressão que não suportaria. Eu precisava esquecer Alfonso. Não era mais questão de capricho, era necessidade. Sobrevivência.



Ou esquecia, ou enlouqueceria.



Dois meses se passaram. Alfonso no meu vocabulário, era coisa do passado. Angelique tentava perguntar sobre ele, o que eu ainda sentia, ou se sentia falta, mas eu desconversava como podia. Não queria falar, não queria lembrar, e não queria admitir que por fora eu o esqueci, mas por dentro, ainda o amava com a mesma força de quando eu fui embora, se não mais.



Foram meses dolorosos para ser sincera, porque eu o amava cada vez mais, e não queria admitir para o meu próprio coração. Comecei a evitar Facebook, porque por mais que eu não quisesse, sempre parava em sua página pessoal, e eu não queria. Evitava até entrar no Skype, porque a Angel soltava sempre algo sobre ele, e eu não queria saber. Sempre pensei que assim, poderia esquecê-lo, seria mais fácil.



Mas não foi.



Dói cada vez mais de forma imaginária. E as lembranças eram o que mais me fazia sofrer. Era lembrar que meses antes eu estava completa, e naquele momento procurava um chão que ele próprio arrancou dos meus pés.



Eu devia ter aproveitado mais. Devia ter aproveitado cada momento como se fossem os últimos de nossas vidas.



Não que eu não tivesse aproveitado, mas sempre pensamos que poderíamos ter dado o nosso melhor enquanto podíamos.



A saudade machucava, o amor maltratava, e ficar sem notícias dele... Ao mesmo tempo que era bom, era ruim, também.



Sempre me perguntava se ele estava com alguém, mas não tinha a mínima coragem de perguntar para a Angelique, porque se a resposta fosse negativa, eu criaria esperanças, mas se fosse negativa isso destruiria o pouco do meu coração que ainda restava inteiro.



A única pessoa que eu mais falava era o Christopher, porque até mesmo o meu pai se afastou. Minha mãe falava comigo vez ou outra, mas estava sempre ocupada com a ONG, assim como meu tio.
Eu me sentia sozinha, e Londres já não era mais interessante.



Eu não saia, só focava nos estudos para não pensar. Porque pensar, era o mesmo que enlouquecer. E acho que isso não demoraria muito.



Saudades, marrentinho.



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Autor(a): anyeponcho

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Alfonso narrando: Dois meses sem ela. Dois meses procurando coisas para ocupar meu tempo livre para não pensar nela. Dois meses que eu lutava contra minha própria mente para não fumar maconha. Ou coisas mais fortes, só para não pensar na branquinha. Pensar que eu a tinha, mas não pedi para que ficasse. Eu entrava em seu Facebook to ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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