Fanfics Brasil - Capítulo 58 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 58

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Anahí narrando:



-Então diz – pedi, enquanto sentia um medo enorme, e uma incerteza ainda maior. Não sabia se deveria ter pedido aquilo, mesmo.



- Dizer o quê? – perguntou, aparentemente confuso.



- Diz que me esqueceu.



- Não vou dizer.



- Então diz que não me esqueceu – Pedi, novamente sentindo medo de tomar um fora. De ele ser grosso, ou até mesmo desligar o celular na minha cara.



- Também não vou dizer – pausou – Não vou dizer nada pelo celular. Quero falar sobre sentimentos olhando em seus olhos.



Fiquei quieta, apenas absorvendo suas palavras, tentando entender o que ele queria dizer com aquilo.
Afinal, queria dizer que ainda sente algo, ou que não sentia mais nada? Eu levaria um fora pessoalmente, é isso?



Alfonso, você está me enlouquecendo!



- Vou desligar – disse, por fim. Depois de uma grande pausa.



- Tá.



Eu queria que ele pedisse para eu não desligar. Queria que pedisse pra ficar mais, mesmo se não falássemos nada. Queria pelo menos ouvir sua respiração.



Seu “tá”, doeu em mim.



- Beijos. Até daqui dois anos.



Alfonso fez outra pausa, sem dizer absolutamente nada.



Eu queria brigar, xingá-lo, berrar se precisasse, mas não consegui. O nó que se formou em minha garganta, me impediu de falar tudo. Só senti as lágrimas quentes em meu rosto.



Alfonso era um verdadeiro idiota quando queria.


Alfonso narrando:



E lá estava eu chorando feito um idiota, enquanto a ouvia se despedir. Queria pedir que ficasse, que não desligasse o celular, e até mesmo que voltasse o quanto antes, mas minhas palavras travaram. Ficaram presas na garganta. E tudo ainda piorou quando a ouvi dizer com voz trêmula “Beijos. Até daqui a dois anos.”



Não consegui dizer nada. O meu apelo para que ela não desligasse, travou nas minhas cordas vocais. Meu estômago revirou muito, e até suar, eu já suava naquele momento.



-Você não merece ouvir. É um verdadeiro idiota, e eu estou com muita raiva de você – disse ela, falando tão rápido, que tinha a impressão de que gaguejaria a qualquer momento – Mas, eu te amo.



E assim, desse jeito, deixando as palavras ainda soltas no ar, passando pelo bocal do celular... Ela desligou sem esperar minha resposta. A única coisa que pude fazer, foi fechar meus olhos e prendê-las em mim.



- Eu também te amo – sussurrei para mim mesmo – E você não faz ideia do quanto, mina.



Desliguei meu celular, e me deitei na cama, pedindo mentalmente para que ela voltasse antes do tempo, ou que dois anos corressem, voassem.



Saudades, minha branquinha!



E assim se passaram dois meses. Faltavam duas semanas para o natal, e apesar de não ter falado mais com a Any, eu soube que estava cada vez mais focada nos estudos, esquecendo até de comer. O Ricardo estava preocupado, querendo a todo custo trazê-la para passar pelo menos o Natal no Brasil, mas ela relutava. Dizia que não queria, e que só voltaria depois de dois anos como combinado.



Terminei com a Isabele, uma semana depois que falei com a branquinha do telefone. Não havia mais sentido continuar com uma mina, desejando outra ao meu lado. Não via mais sentido nem ficar com outras pessoas.



Meu emprego estava indo muito bem, graças a Deus, e o Ricardo estava cada vez mais próximo da minha mãe, o que eu não entendia muito bem. Me deixava completamente confuso o modo como trocavam olhares quando se encontravam. E até jantar em casa duas vezes, ele jantou.



Meus amigos estavam ali comigo, como sempre. Me apoiando em tudo, e enchendo meu saco como só eles sabiam. A única que se afastou foi a Maite. Andava tão estranha, que nem eu mesmo entendia. Tentava falar com ela, mas não tinha jeito. Era grossa, e não se envolvia mais conosco como antes.
Era uma sexta-feira, e eu estava estacionando a moto na garagem. Foi quando vi a Mai sentada na esquina, chorando.



Claro que achei estranho, e me aproximei rapidamente dela.



- Mai? – a chamei, fazendo-a virar abruptamente e assustada.



Seu rosto estava completamente vermelho. E as lágrimas pareciam sair com tanta dificuldade, que me doeu por dentro.



Minha melhor amiga, e foram poucas as vezes que a vi chorar na vida. Isso porque era amizade de anos.



- Me deixa, Poncho – sussurrou – Por favor, me deixa.



Não, eu jamais a deixaria naquele estado, chorando daquela maneira desesperada, sem pelo menos saber o motivo daquilo tudo.



A abracei sem falar nada. Simplesmente sentei-me ao seu lado e a aconcheguei em meus braços com todo o carinho que sentia por ela. Mai quis se desvencilhar no começo, mas logo cedeu, e permaneceu ali chorando em meu peito por um bom tempo.



Quando se acalmou, ergueu a cabeça, e me olhou com seus olhos castanhos completamente vermelhos. Seus lábios mais carnudos que o normal, e o rosto vermelho intenso.



- Quer me contar o que houve? – disse, baixinho, enquanto acariciava seu rosto – Somos amigos ainda, não somos?



Maite abaixou a cabeça, e entrelaçou nossos dedos.



- Sim, somos amigos, Poncho, mas não quero falar sobre isso.



- Ei! – ergui sua cabeça, e a encarei novamente – Não quer falar comigo sobre isso? – arqueei a sobrancelha esquerda – Qual é, mina? Desde quando tem essas frescuras comigo, hein?



Maite sorriu de lado e continuou a me olhar nos olhos como se procurasse alguma saída para os seus problemas. Como se quisesse dividir comigo, e ao mesmo tempo tivesse receio. Talvez do que eu pudesse pensar.



- Estou grávida – disparou de uma vez – De cinco meses.



Senti um soco certeiro no estomago. Como que em frações de segundos, lembrei-me da última vez que ficamos, e isso já fazia uns cinco ou seis meses.



- Quem é i pai, Mai? – disse, desesperado – Sou eu?



Maite me olhou rindo, e balançou a cabeça negativamente.



- Claro que não, garoto, relaxa! – empurrou-me de leve – Se fosse seu, com certeza eu já teria ido até a sua casa te encher até que o assumisse – afirmou convicta, e abaixou a cabeça.



Confesso que respirei aliviado. Tudo complicaria muito se ela estivesse esperando um filho meu. E quando eu digo que tudo complicaria, me refiro à branquinha. Ainda tinha esperanças de que pudéssemos nos acertar algum dia. Nem que eu tivesse de esperar dois anos, realmente.



- Mas, quem é o pai?



Mai respirou fundo, e me olhou nos olhos, perdida. As lágrimas caíram novamente, e ela encostou seu rosto em meu peito.



- Quando você começou a se envolver com a Anahí fiquei tão desnorteada que fui em uma balada com a Thalita em um sábado. Lá tinha um rapaz tão bonito. Nós ficamos, e acabou rolando lá mesmo. Não sei quem é ele, Poncho, não o encontrei mais.



- Maite, como você faz uma coisa dessas? – disse, com raiva – Meu, tu nunca fez isso!



- Eu estava com raiva de você, ta legal? Com ciúmes, poxa – afastou-se novamente – Sei que não justifica, mas rolou e agora eu estou sofrendo as consequências disso. Mas relaxa, tá? Não precisa ter pena de mim, vou me virar.



A abracei novamente para amenizar o clima, e beijei sua cabeça.



- Seus pais sabem?



O pai dela eram muito nervoso, e eu o conhecendo do jeito que conhecia, poderia arriscar que no mínimo a expulsou de casa.



Acho que minhas suspeitas estavam certas, porque foi só perguntar, para seu desespero aumentar.



- Contei hoje – suspirou – Minha barriga tá aparecendo já, e não tenho como esconder. Então, contei – pausou – Acho que não preciso dizer o que aconteceu, né? Tu conhece meu pai, Poncho.



- Por isso está sozinha aqui? – perguntei, e ela assentiu – Vêm, vamos para a minha casa.



De primeira, ela protestou. Disse que não queria atrapalhar, e que se a Anahí soubesse, talvez não voltasse mais comigo e blá...Mas eu jamais deixaria minha amiga naquele sufoco. Apesar de tudo que aconteceu entre a gente e até mesmo entre ela e a branquinha, Mai era sim minha melhor amiga, e se tem uma coisa que minha mãe me ensinou, era para não abandonar os amigos jamais.



Éramos amigos desde pequenos, e assim como sempre pude contar com ela, Maite também poderia contar comigo para sempre.



Chegamos em casa e ela quis tomar banho. Deixei que fosse, claro. Emprestei uma camiseta minha e uma cueca, e então a deixei à vontade no meu quarto. Sentei na sala e fiquei mexendo no meu celular, até que vi o nome da Anahí nos meus contatos, e meu dedo apertou a discagem como que por impulso.



- Não! – disse à mim mesmo, entrando em desespero. Não era para ligar não era pra ela atender.


Mas...Ambas as coisas aconteceram. No primeiro toque, ela atendeu.



- Pai, eu já disse que não vou e pronto! Não quero mais despedidas, me dói, poxa. Já expliquei! – suspirou – Será que pode por favor me deixar aqui? Não é isso que quis? Então me deixa os dois anos aqui direto e depois eu volto. Que coisa!



Eu apenas dei risada.



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Autor(a): anyeponcho

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Anahí narrando: Estava tão irritada com meu pai, tão irritada, que já não conseguia simplesmente obedecê-lo. Fazia duas semanas que ele ligava diariamente, tentando me convencer de voltar pra casa para pelo menos passar o Natal com eles. Não, eu não queria. A despedida era sempre dolorosa, e ainda mais, despedi-me do ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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